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Questão 1
Apesar de o latrocínio ser um crime patrimonial (roubo seguido de morte) a súmula 610 do STF
dá uma valoração maior a morte, e assim concluímos que teremos tantos latrocínios quanto
forem as mortes. Assim, no caso em questão por terem agido mediante uma só conduta de
roubo ao patrimônio do casal concorreram em duas mortes dolosas, caracterizando um
concurso formal imperfeito. Art. 70 segunda parte CP.
A jurisprudência orienta que, no caso de haver duas mortes e uma subtração há concurso
formal impróprio, já que há dois homicídios praticados.
O crime de latrocínio é complexo, pois em sua figura típica abrange dois bens jurídicos:
patrimônio e vida. Mas, repise-se, trata-se de crime contra o patrimônio, visto que previsto
dentro do Código Penal no título que cuida deste bem jurídico:
Roubo
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou
violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de
resistência:
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete a quinze anos,
além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa.
(Destacamos)
Condizente com este posicionamento, a jurisprudência também orienta que, no caso de haver
duas mortes e uma subtração há concurso formal impróprio, já que dois homicídios praticados.
Concurso formal é aquele em que o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou
mais crimes, idênticos ou não, quando então, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou,
se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. Já
no concurso formal impróprio aplicam-se as regras do concurso material, no qual somam-se as
penas porque aqui a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios
autônomos (art. 70, caput, parte final, do Código Penal).
Questão n.2
Simplício ingressou em um ônibus linha Centro Jardim Violeta, no centro da cidade do Rio de
Janeiro com o dolo de subtrair pertences dos passageiros. Meia hora após o ingresso no
ônibus, sentou-se ao lado de um passageiro que cochilava e subtraiu-lhe a carteira dentro da
mochila sem que ele percebesse. Em seguida, com emprego de grave ameaça, atemorizou
Abrilina e Lindolfo, obrigando-os a entregar seus celulares. Ante o exposto, sendo certo que,
no caso do primeiro passageiro Simplício praticou o delito de furto e, no caso de Abrilina e
Lindolfo, os delitos de roubo, diferencie de forma objetiva e fundamentada concurso material
e concurso formal de crimes a partir dos sistemas de aplicação de pena adotados em cada
instituto e apresente o sistema aplicável ao caso concreto.
* Art. 69 – C.P.
* Art. 70 – C.P.
* aplicação da pena: responderá pela soma das penas, isto é, pela cumulação de
penas. * classificação do concurso material: * Homogêneo o sujeito pratica crimes da
mesma espécie * Heterogêneo o sujeito pratica crimes de espécie diferentes | *
aplicação da pena feita em dois tipos: concurso formal perfeito ou próprio: O sujeito
não tem mais de um desígnio (dolo direto) usa-se o critério da exasperação => aplica-se a pena
mais grave acrescida de 1/6 à metade – quanto maior o nº de crimes, maior o aumento da
fração. concurso formal imperfeito ou impróprio: O sujeito tem mais de um desígnio (mais
de 1 dolo direto) aplica-se o critério da cumulação => soma das penas (igual a do concurso
material). |
Questão n.3
Otelo objetiva matar Desdêmona para ficar com o seguro de vida que esta havia feito em seu
favor. Para tanto, desfere projétil de arma de fogo contra a vítima, causando-lhe a morte.
Todavia, a bala atravessa o corpo de Desdêmona e ainda atinge Iago, que passava pelo local,
causando-lhe lesões corporais. Considerando-se que Otelo praticou crime de homicídio doloso
qualificado em relação a Desdêmona e, por tal crime, recebeu pena de 12 anos de reclusão,
bem como que praticou crime de lesão corporal leve em relação a Iago, tendo recebido pena
de 2 meses de reclusão, é correto afirmar que:
a) o juiz deverá aplicar a pena mais grave e aumentá-la de um sexto até a metade.( pois trata-
se de concurso formal perfeito ou próprio, onde a aplicação da pena se faz pela exasperação
- aplica-se a pena mais grave acrescida de 1/6 à metade.)
b) o juiz deverá somar as penas. (Não, pois não é um caso de concurso material de crimes e
nem concurso formal impróprio ou imperfeito)
Questão n.4
1) Leia o texto abaixo e responda às questões formuladas com base nas leituras indicadas no
plano de aula e pelo seu professor.
No dia 05 de abril de 2008, por volta das 18h, na Av. República Argentina, n. 000, Bairro
Centro, na cidade de Blumenau, Belízia, locatária do apartamento de Ana Maria, deixou o
imóvel e levou consigo algumas tomadas de luz, dois lustres e duas grades de ferro, bens de
que detinha a posse e detenção em razão de contrato de locação. Ana Maria dirigiu-se ao
imóvel tão logo tomou ciência de que Belízia havia o abandonado sem efetuar o pagamento do
último aluguel, bem como constatou a apropriação dos objetos acima descritos, que
guarneciam parte do imóvel conforme descriminado no contrato de locação.
Dos fatos narrados, Belízia, restou denunciada pelo delito de apropriação indébita, previsto no
art.168, do Código Penal, tendo a sentença rejeitado a denúncia sob o fundamento de que sua
conduta configurava mero ilícito civil, não havendo falar em responsabilização penal.
►Apropriação indébita
Art. 168. Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção:
Ante o exposto, é correto afirmar que a decisão do magistrado teve por fundamento qual (is)
princípio(s) norteador (es)de Direito Penal? Responda de forma fundamentada.
A questão versa sobre a incidência do principio da intervenção mínima, segundo qual o direito
penal só pode ser utilizado como forma de controle social se realmente necessário e eficaz face
aos demais ramos do Direito, tal principio da intervenção mínima orienta e o poder
incriminador do estado, preconizando que a criminalização de uma conduta só se legitima se
constituir meio necessário para a proteção de determinado bem jurídico, tanto assim o Direito
Penal não pode ser utilizado como mecanismo de resolução de ilícito civil. Para cobrança de
alguma coisa. O código civil é suficientemente apto para restabelecer a paz jurídica entre as
partes já que a relação locatícia existe e ainda por cima o valor da lesão é bastante ínfimo.
Obs.: Ver no STJ os critérios utilizados para o reconhecimento do principio da insignificância.
2) Leia o texto abaixo e responda às questões formuladas com base nas leituras indicadas no
plano de aula e pelo seu professor.
João da Silva foi denunciado pelo delito de moeda falsa, previsto no art. 289 do Código Penal,
por ter falsificado uma nota de R$ 50,00 e colocado-a em circulação. O feito foi distribuído
perante a Justiça Federal, tendo o réu sido citado para apresentação de resposta. Na qualidade
de advogado de João da Silva, apresente a tese defensiva a ser sustentada de modo a afastar a
tipicidade da conduta, com base nos estudos realizados sobre os princípios norteadores do
Direito Penal no Estado Democrático de Direito.
►Moeda falsa
Art. 289. Falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda metálica ou papel-moeda de curso legal no
país ou no estrangeiro:
§ 1° Nas mesmas penas incorre quem, por conta própria ou alheia, importa ou exporta,
adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda ou introduz na circulação moeda falsa.
3)O princípio da ultima ratio: (Prova de ingresso à Carreira de Promotor de Justiça – Ministério
Público Estadual – RO -2006).
c) Segundo o princípio da culpabilidade, o direito penal deve limitar-se a punir as ações mais
graves praticadas contra os bens jurídicos mais importantes, ocupando-se somente de uma
parte dos bens protegidos pela ordem jurídica.
d) De acordo com o princípio da fragmentariedade, o poder punitivo estatal não pode aplicar
sanções que atinjam a dignidade da pessoa humana ou que lesionem a constituição físico
psíquica dos condenados por sentença transitada em julgado.
Questão n. 1)
Um homem de 28 anos, flagrado pela Polícia Militar usando apenas duas calcinhas pelas ruas
de Maracaju, a 160 quilômetros de Campo Grande, terá de doar R$ 300 ao Conselho da
Comunidade pela prática do ato obsceno, ocorrida em julho. Segundo o acordo judicial
assinado em 12 de dezembro, o pagamento será feito em três parcelas, a serem depositadas
todo dia 30 a partir de janeiro de 2012. O acusado terá ainda de comprovar o depósito perante
o cartório do fórum local. A medida foi solicitada pelo Ministério Público e aceita pela
Defensoria Pública. Na madrugada de 31 de julho, o homem foi abordado pela polícia após
denúncias de moradores. Agentes da PM constataram que o homem estava seminu e
perambulando próximo a uma pizzaria. Questionado pelos agentes sobre o motivo, ele alegou
que foi expulso da casa da namorada e que ela teria ficado com todas as suas roupas. O
homem apresentava escoriações no joelho e no cotovelo e foi conduzido à delegacia da Polícia
Civil para prestar esclarecimentos. Ele foi interrogado pelos responsáveis do plantão e, em
seguida, foi liberado depois de assinar um termo circunstanciado de ocorrência. Ele só deixou
a delegacia de Maracaju após conseguir uma bermuda emprestada.
Ante a notícia de jornal acima descrita, com base nos estudos realizados sobre a Pena
Criminal, responda de forma objetiva e fundamentada: a sanção imposta configura-se como
pena alternativa ou substitutiva à pena privativa de liberdade? Diferencie as duas medidas a
partir da análise de seus requisitos e das conseqüências no caso de seu descumprimento.
A questão versa sobre a aplicação de pena alternativa, que no caso exposto acima é
caracterizado pela aplicação de multa. Segundo Capez as penas alternativas podem ser
classificadas em penas restritivas de direito (em sentido estrito – prestação de serviços a
comunidade, limitação de finais de semana , etc... ) ou pecuniário – (prestação pecuniária em
favor da vítima; prestação inominada; perda de bens e valores) Como o ocorreu no caso
exposto, pelo motivo do infrator ter cometido um ílicito de baixo potencial ofensivo, o
julgador de acordo com a lei aplicou pena pecuniária conforme o art. 45 § 1o A prestação
pecuniária consiste no pagamento em dinheiro à vítima, a seus dependentes ou a entidade
pública ou privada com destinação social, de importância fixada pelo juiz, não inferior a 1 (um)
salário mínimo nem superior a 360 (trezentos e sessenta) salários mínimos. O valor pago será
deduzido do montante de eventual condenação em ação de reparação civil, se coincidentes os
beneficiários. LEI Nº 9.714 - DE 25 DE NOVEMBRO DE 1998.
Ato obsceno é definido como crime no Art. 233 do Código Penal brasileiro. Consiste na
prática de obscenidade em lugar público, ou aberto ou exposto ao público. A pena é de
detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa.
Como já citado na lei 9,714 art 44 § 2o “Na condenação igual ou inferior a um ano, a
substituição pode ser feita por multa ou por uma pena restritiva de direitos; se superior a um
ano, a pena privativa de liberdade pode ser substituída por uma pena restritiva de direitos e
multa ou por duas restritivas de direitos.”
De acordo com o caso em voga o ilícito é cominado com pena de até 1 ano de
reclusão, e doravante, executado sem violência ou grave ameaça. Possiblitando a adoção da
pena alternativa e desprezando nessa caso pena de privação de liberdade.
b) Somente fará jus à substituição o réu que for condenado a pena não superior a 4 (quatro)
anos.
Questão n.3) (JUIZ DE DIREITO. MG/2005) É correto afirmar que é possível a substituição da
pena privativa de liberdade quando:
a) A pena privativa de liberdade não for superior a 4 (quatro) anos. Mesmo se o crime tiver
sido cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada,
se o crime for culposo.
b) O condenado for reincidente, desde que, em face da condenação anterior, a medida seja
socialmente recomendável e a reincidência não se tenha operado em virtude da prática do
mesmo crime.
d) A condenação for superior a 1 (um) ano, substituindo-se a pena privativa de liberdade por
uma pena restritiva de direitos e prestação pecuniária ou por duas restritivas de direitos.
Questão n.1)
Adam foi condenado à pena de 3 (três) anos de reclusão, a ser cumprida no regime aberto,
bem como ao pagamento de 14 (quatorze) dias-multa pela prática de delito contra a ordem
tributária (art.1º, incisos II e IV, da Lei nº 8.137/90) em continuidade delitiva. Inconformado
com a decisão interpôs recurso com vistas à revisão da condenação imposta e conseqüente
redução da pena-base fixada, sob o argumento de que não poderia ter sido objeto de
caracterização de maus antecedentes, pelo juízo a quo, condenações pretéritas por delitos
culposos (crimes de lesão corporal culposa), haja vista ter transcorrido lapso temporal superior
a 5 (cinco) anos entre o efetivo cumprimento das penas e a infração posterior – objeto da
presente decisão impugnada. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre a
dosimetria da pena, responda de forma objetiva e fundamentada se assiste razão à tese
defensiva de Adam.
Não, pois antecedente não quer dizer reincidente o mesmo se baseia no art. 64, inciso 1
erroneamente onde trata da reincidência assim sendo para efeitos de reincidência o prazo
alegado esta correto porem ele tem antecedentes que trata de sua ficha criminal que
carregara até o fim de sua vida.
Questão n.2)
b) é defeso ao juiz fixar a pena intermediária em patamar acima do máximo previsto, ainda
que haja circunstância agravante a ser considerada.
d) é possível que o juiz, analisando as circunstâncias judiciais do art. 59 do Código Penal, fixe
pena-base em patamar acima do máximo previsto.
Questão n.3)
(OAB. EXAME DE ORDEM UNIFICADO JULHO/2011. TIPO 1 . BRANCO. QUESTÃO 61) Tício
praticou um crime de furto (art. 155 do Código Penal) no dia 10/01/2000, um crime de roubo
(art. 157 do Código Penal) no dia 25/11/2001 e um crime de extorsão (art. 158 do Código
Penal) no dia 30/5/2003. Tício foi condenado pelo crime de furto em 20/11/2001, e a sentença
penal condenatória transitou definitivamente em julgado no dia 31/3/2002. Pelo crime de
roubo, foi condenado em 30/01/2002, com sentença transitada em julgado definitivamente
em 10/06/2003 e, pelo crime de extorsão, foi condenado em 20/8/2004, com sentença
transitando definitivamente em julgado no dia 10/6/2006. Com base nos dados acima, bem
como nos estudos acerca da reincidência e dos maus antecedentes, é correto afirmar que:
c) cinco anos após o trânsito em julgado definitivo da última condenação, Tício será
considerado primário, mas os maus antecedentes persistem.
d) nosso ordenamento jurídico-penal prevê como tempo máximo para configuração dos maus
antecedentes o prazo de cinco anos a contar do cumprimento ou extinção da pena e eventual
infração posterior.
Joaquina, ao chegar à casa de sua filha, Esmeralda, deparou-se com seu genro, Adaílton,
mantendo relações sexuais com sua neta, a menor F.M., de 12 anos de idade, fato ocorrido no
dia 2 de janeiro de 2011. Transtornada com a situação, Joaquina foi à delegacia de polícia,
onde registrou ocorrência do fato criminoso. Ao término do Inquérito Policial instaurado para
apurar os fatos narrados, descobriu-se que Adaílton vinha mantendo relações sexuais com a
referida menor desde novembro de 2010. Apurou-se, ainda, que Esmeralda, mãe de F.M.,
sabia de toda a situação e, apesar de ficar enojada, não comunicava o fato à polícia com receio
de perder o marido que muito amava.
Sim. Esmeralda também praticou estupro de vulnerável (artigo 217-A do CP c/c artigo 13, §2º,
“a”, do CP), uma vez que tinha a obrigação legal de impedir o resultado, sendo garantidora da
menor.
b) Considerando que o Inquérito Policial já foi finalizado, deve a avó da menor oferecer
queixa-crime?
Não, pois se trata de ação penal pública incondicionada, nos termos do art. 225, parágrafo
único, do CP
Questão n.2)
(OAB. EXAME DE ORDEM UNIFICADO FEV. 2012. TIPO 1 . BRANCO. QUESTÃO 63)
Nise está em gozo de suspensão condicional da execução da pena. Durante o período de
prova do referido benefício, Nise passou a figurar como indiciada em inquérito policial em que
se apurava eventual prática de tráfico de entorpecentes. Ao saber de tal fato, o magistrado
responsável decidiu por bem prorrogar o período de prova. Atento ao caso narrado e
consoante legislação pátria, é correto afirmar que:
Questão n.3)
c) É vedado ao juiz especificar outras condições a que fica subordinada a suspensão da pena,
além daquelas previstas no Código Penal.
Aula 6, c. 1 - Hoje, deve ser dada preferência ao tratamento ambulatorial, normalmente mais
eficaz do que a internação no tratamento do inimputável. Todavia, havendo severa
periculosidade do agente, como costuma ocorrer nos casos de homicídio, impõe-se a
segregação do paciente.
c. 3 - B
Aula 7, c. 1 - Pode ser aplicado o perdão judicial ao crime do artigo 302 do CTB, ainda que por
analogia (em norma não incriminadora, o que é admitido). Ressalvo opinião pessoal, no
sentido de que o delito em tela não é de trânsito, sendo irrelevante a discussão.
c.2 - b; c. 3 - c; c.4 - a
c. 2 - a; c.3 - a; c.4 - c.
Aula 9, c.1 - Houve tentativa de homicídio qualificado, praticado dolosamente. Ao atear fogo à
casa, certamente a autora sabia do risco de ferir suas filhas, no mínimo anuindo com ele,
embora não se possa excluir, de plano, o dolo direto de segundo grau. A alegação de conduta
culposa não encontra respaldo.
c. 2 - C.
c. 2 - C.
Aula 11, c. 1 - Há crime de aborto consentido (gestantes) e aborto praticado por terceiro com
consentimento (médicas e enfermeiras), ou seja, uma exceção dualista à teoria monista.
c. 2 - B; c. 3 - C
Aula 12, c. 1 - O caso em exame, versa sobre a possibilidade de aplicação de pena substitutiva
à pena privativa de liberdade no caso de concurso formal de crimes entre os delitos culposos
de homicídio e lesões corporais na condução de veículo automotor. Ainda, é passível de
análise pelo discente, a discussão acerca da aplicação do disposto no art.44, do Código Penal
aos delitos de trânsito, haja vista a lei n.9503/97 ser silente a respeito. Acerca do tema já se
manifestou a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, em sede de habeas corpus, no
sentido de que, no que concerne ao inciso III, do art.44, do Código Penal: "Infere-se que o
legislador optou por deixar ao arbítrio do julgador, dentro de seu prudente critério, a
deliberação sobre a possibilidade ou não de se converter a reprimenda privativa de liberdade
por restritivas de direito, contudo não se trata de discricionariedade livre, mas vinculada, já
que deve ter por base as circunstâncias elencadas no art. 59 do Código Penal, à exceção, como
bem observado pela impetrante, das consequências do delito e do comportamento da vítima,
não reproduzidas no inciso III do art. 44 do CP.(STJ, HC n. 123373/RJ, Quinta Turma, Rel.
Min.Jorge Mussi, julgado em 06/04/2010)". Desta forma, na questão em análise o melhor
entendimento è no sentido de conceder a ordem para fins de substituição por penas restritivas
de direitos por igual período da pena reclusiva sob condições a serem definidas pelo Juízo da
Execução Penal.
C. 2 - C / c.3 - B
Aula 13, c. 1 - O principal traço distintivo entre a tortura e os maus-tratos é o animus
corrigendi existente no segundo. A tortura é caracterizada por castigos oriundos de atos de
mero sadismo, não é movida pela intenção de educar, consoante jurisprudência majoritária.
C.2 - D
Aula 14, c. 1 - Não há que se falar em racismo, pois, na verdade, a conduta amolda-se ao tipo
penal da injúria qualificada, preconceituosa ou discriminatória prevista no art. 140, §3° do CP.
Neste sentido, há entendimento do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais: EMENTA.
Injúria. Ofensas de caráter racial. Crime caracterizado. Hipótese em que foram dirigidas à
vítima expressões como “negra-preta”, “crioulinha”, “macumbeira” e “feiticeira”. Ofensa a
dignidade e ao decoro. Testemunhas confirmando o assaque das palavras injuriosas.
Desprovimento. Comete o crime de injúria qualificada pelo preconceito, aquele que se utiliza
de palavras depreciativas à raça e cor, com o intuito de ofender a honra de outra pessoa.
Rejeitaram preliminar e negaram provimento.( TJMG – Apelação Criminal n. 1045602012684-
7/001, Terceira Câmara Criminal, Rel. Des. Kelsen Carneiro, DJ 19/01/2006).
c. 2 - A; c. 3 - C
Aula 15, c. 1 - Houve a promessa de mal injusto e grave, o que se amolda ao art. 147. Há que se
verificar, contudo, a questão do "animus irae", que, para parte da doutrina e da jurisprudência,
exclui o delito em tela.
c. 2 - B.
Aula 16 - CABBDBBADCDBB