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Resumo NP1
O direito pode ser dividido em dois grandes ramos: o dos Direitos não
patrimoniais (que dizem respeito à pessoa humana, como, por exemplo,
os direitos da personalidade e os direitos de família) e os Direitos
patrimoniais que, por sua vez, se divide em Direitos reais (consiste em um
conjunto de normas, predominantemente obrigatórias, que tendem a
regular o direito atribuído à pessoa sobre bens corpóreos, moveis ou
imóveis de conteúdo econômico) e em Direitos obrigacionais (podem ser
chamados também de direitos pessoais ou de créditos, e compõe o direito
das obrigações).
a) Direito real: o direito real pode ser definido como o poder jurídico,
direto, do titular sobre a coisa, com exclusividade e contra todos.
Modalidade de obrigações;
Obrigação de dar;
Art. 237 do CC: Até a tradição pertence o devedor a coisa, com os seus
melhoramentos e acrescidos, pelos quais poderá exigir melhoramento no
preço; se o credor não anuir, poderá o devedor resolver a obrigação.
Esse artigo diz que até tradição com a transferência de domínio, a coisa
continua pertencendo ao devedor, com as suas melhorias e acrescidos,
pelos quais o devedor poderá exigir aumento no preço, e se o credor não
aceitar o aumento no preço, o devedor poderá resolver a obrigação, ou
seja, por fim a obrigação. Para fins de exemplificação, podemos usar a
venda de uma égua, que antes da tradição o devedor, seu atual dono,
percebeu que estava prenha, e graças a esse fato resolveu aumentar o
preço da venda da égua, pois houve um acréscimo no bem, se o credor se
recusar a pagar a mais pela égua, o devedor poderá pôr fim a obrigação.
Art. 134 do CC: Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, antes
da tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação
para ambas as partes; se a perda resultar de culpa do devedor, responderá
este pelo equivalente e mais perdas e danos.
Esse artigo faz referência a obrigação de dar a coisa certa e prevê duas
hipóteses, a de perda/deterioração da coisa sem culpa do devedor e a de
perda/deterioração da coisa por culpa do devedor.
Art. 235 do CC: Deteriorado a coisa, sem ser o devedor o culpado, poderá
o credor resolver a obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o
valor que perdeu.
Esse artigo diz que nos casos que houver a deterioração da coisa, sem
culpa do devedor, o credor poderá aceitar a coisa no estado em que se
encontra, abatido o valor que perdeu com a deterioração do bem. Caso o
contrário, poderá por fim a obrigação.
DIREITO CIVIL – OBRIGAÇÕES
Art. 238 do CC: Se a obrigação for de restituir a coisa certa, e esta, sem
culpa do devedor, se perder antes da tradição, sofrerá o credor a perda, e
a obrigação de resolverá, ressalvados os seus direitos até o dia da perda.
Art. 239 do CC: Se a coisa se perder por culpa do devedor, responderá este
pelo equivalente, mais perdas e danos.
Quanto aos frutos da coisa, o parágrafo único do artigo 242 diz que deve-
se observar as normas disposta no código sobre os frutos, e se o devedor
teve ou não boa-fé.
Art. 243 do CC: A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e pela
quantidade.
Art. 244 do CC: Nas escolhas determinadas pelo gênero e pela quantidade,
a escolha pertence ao devedor, se o contrário não resultar do titulo da
obrigação; mas não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar
melhor.
Esse artigo diz que quem irá escolher a coisa a ser entregue é o devedor,
mas também pode ser, por decisões das partes, o credor que fará a escolha
da coisa a ser entregue. O artigo diz que também que o devedor tem
limites na sua escolha, não podendo dar a coisa pior e não sendo obrigado
a prestar coisa melhor, usando, assim, o meio termo.
Art. 246 do CC: Antes da escolha não poderá o devedor alegar perda ou
deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito.
DIREITO CIVIL – OBRIGAÇÕES
Esse artigo diz que o devedor não poderá alegar perda ou deterioração da
coisa, na obrigação de dar a coisa incerta, porque antes da escolha não se
sabe o que vai ser entregue ao credor, sendo assim, o devedor não pode
alegar perda ou deterioração de uma coisa genérica. Existe uma expressão
jurídica que diz que o gênero não perece (genus nunquam perit), por isso
o devedor não pode eximir-se da obrigação alegando a perda ou a
deterioração da coisa incerta.
Art. 249 do CC: Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao
credor manda-lo executar à custa do devedor, havendo recusa ou mora
deste, sem prejuízo ou indenização cabível.
Art. 250 do CC: Extingue-se a obrigação de não fazer, desde que, sem culpa
do devedor, se lhe torne impossível abster-se do ato, que se obrigou a não
praticar.
Art. 251 do CC: Praticado pelo devedor o ato, cuja abstenção se obrigara,
o credor pode exigir dele que o desfaça, sob pena de se desfazer à sua
custa, ressarcindo o culpado perdas e danos.
Esse artigo diz que quando se há uma obrigação divisível, e se tem vários
credores ou/e devedores, deve-se dividir a obrigação em partes iguais para
cada credor e para cada devedor. Essa divisão irá gerar uma obrigação
distinta para cada credor e devedor.
Art. 259 do CC: Se, havendo dois ou mais devedores, a prestação não for
divisível, cada um será obrigado pela dívida toda.
I. a todos conjuntamente;
II. a um, dando caução de ratificação aos outros credores.
Esse artigo diz que como a obrigação é indivisível, não tem como dividir a
obrigação entre os credores, sendo assim cada credor terá direito a dívida
inteira.
Art. 266 do CC: A obrigação solidaria pode ser pura ou simples para um
dos co-credores ou co-devedores, e condicional, ou a prazo, ou pagável
em lugar diferente para outro.
Solidariedade ativa;
Art. 267 do CC: Cada um dos credores solidários tem direito a exigir do
devedor o cumprimento da prestação por inteiro.
Art. 268 do CC: Enquanto alguns dos credores solidários não demandarem
o devedor comum, a qualquer daqueles poderá este pagar.
Esse artigo diz respeito ao caso de que quando nenhum dos credores
solidários solicitar o pagamento da dívida ao devedor comum, este poderá
pagar para qualquer um dos credores solidários. Vale ressaltar que, no
caso dos credores ou um credor, ajuizarem uma ação de cobrança, nesse
caso o devedor comum deverá pagar para aqueles credores ou credor que
cobraram a dívida judicialmente.
Art. 273 do CC: A um dos credores solidários não pode o devedor opor as
exceções pessoais oponíveis aos outros.
Esse artigo diz que o devedor não pode opor uma exceção pessoal a um
dos credores solidários, se essa exceção pessoal disser respeito a outro
credor solidário.
Esse artigo diz que o credor pode exigir, de forma parcial ou total, a dívida
em comum de um ou de alguns dos devedores, uma vez que na
solidariedade passiva, todos os devedores são obrigados pela dívida toda.
Vale destacar que o artigo diz que se o pagamento tiver sido feito de
forma parcial, todos os demais devedores continuam obrigados pelo
restante.
Esse artigo diz que se um dos devedores solidários fizer novas disposições
com o credor, e essas novas disposições vierem a agravar a obrigação dos
Resumo de D. Civil – Obrigações- NP2
demais devedores solidários, essas novas disposições não terão valor para
os demais devedores solidários que não consentiram.
Esse artigo diz que se a obrigação se tornar impossível por culpa de apenas
um dos devedores solidários, todos tem a obrigação de pagar o
equivalente à prestação que se tornou impossível, entretanto só o
devedor solidário culpado pela impossibilidade da prestação responderá
por perdas e danos.
Art. 280 do CC: Todos os devedores respondem pelos juros da mora, ainda
que a ação tenha sido proposta somente contra um; mas o culpado
responde aos outros pela obrigação acrescida.
Art. 281 do CC: O devedor demandado pode opor ao credor exceções que
lhe forem pessoais e as comuns a todos; não lhe aproveitando as exceções
pessoas a outro codevedor.
Esse artigo faz referência as exceções, que são a defesa que cabe contra
uma pretensão em um processo judicial, e existem dois tipos de exceções
que podem ser alegadas pelo devedor solidário, as exceções pessoais (que
dizem respeito unicamente a um único devedor que está alegando a
exceção e ao credor) e as exceções comuns (que são aquelas que atingem
todos os devedores solidários ou dizem respeito ao objeto da obrigação).
Art. 283 do CC: O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a
exigir de cada um dos codevedores a sua quota, dividindo-se igualmente
por todos a do insolvente, se o houver, presumindo-se iguais, no débito,
as partes de todos os codevedores.
Esse artigo diz que se apenas um dos devedores solidários pagar a dívida
toda, este terá o direito de cobrar dos demais a parte que lhes cabia na
obrigação. Vale destacar que se tiver um devedor insolvente, isto é,
aquele devedor que não tem como pagar a sua parte, a quantia que cabia
a ele será dividida de forma igualitária entre os demais devedores,
presumindo-se iguais, no débito, as partes de todos os codevedores.
Esse artigo diz que se um dos devedores foi o único beneficiado pela
dívida, este devedor responderá por toda a dívida sozinho perante os
demais devedores. Nesse caso não haverá rateio entre os devedores pois
esse devedor que foi o único beneficiado pela dívida responderá por toda
a obrigação perante os demais devedores solidários.
Art. 314 do CC: Ainda que a obrigação tenha por objeto prestação
divisível, não pode o credor se obrigado a receber, nem o devedor a pagar,
por partes, se assim não se ajustou.
Esse artigo diz respeito ao modo que a prestação será cumprida, que nas
obrigações cumulativas, a obrigação só estará de fato cumprida quando o
devedor tiver feito todas as atividades que foram acordadas no contrato.
Assim, esse artigo veda a possibilidade de a prestação ser paga de forma
fracionada, uma vez que não foi o acordo feito pelas partes.
Esse artigo diz que, em via de regra, nas obrigações alternativas a escolha
de qual obrigação será realizada cabe ao devedor, se as partes não
tiverem estipulado o contrário.
Art. 253 do CC: Se uma das duas prestações não puder ser objeto da
obrigação ou se tornada exequível, subsistirá débito quanto à outra.
Esse artigo diz que se uma das prestações, da obrigação alternativa, torna-
se impossível (física e juridicamente) ou exequível, a obrigação persiste
em relação às demais prestações, isto é, como somente uma das
prestações se tronou impossível, o devedor ainda terá que cumprir a que
sobrou ou as que sobraram, pois ainda está obrigado com essas.
Art. 254 do CC: Se, por culpa do devedor, não se puder cumprir nenhuma
das prestações, não competindo ao credor a escolha, ficará aquele
obrigado a pagar o valor da que por último se impossibilitou, mais as
perdas e danos que o caso determinar.
Art. 255 do CC: Quando a escolha couber ao credor e uma das prestações
tornar-se impossível por culpa do devedor, o credor terá direito de exigir
a prestação subsistente ou o valor da outra, com perdas e danos; se, por
culpa do devedor, ambas as prestações de tornarem inexequíveis, poderá
o credor reclamar o valor de qualquer das duas, além de indenização por
perdas e danos.
de alteração de seu elemento pessoal, sem que essa mudança atinja a sua
individualidade, de modo que o vínculo subsistirá na sua identidade,
apesar das modificações operadas pela sucessão singular ativa ou passiva.
Mesmo com a substituição de um dos sujeitos da relação obrigacional,
essa permanece a mesma, continuando a existir como se não houvesse
sofrido qualquer alteração.
Cessão;
Quanto à origem;
Art. 286 do CC: O credor pode ceder o seu crédito, se a isso não se opuser
a natureza da obrigação, a lei, ou a convenção com o devedor; a cláusula
proibitiva da cessão não poderá ser oposta ao cessionário de boa-fé, se
não constar no instrumento da obrigação.
Esse artigo trás as hipóteses de quando um crédito não pode ser cedido,
tendo três casos. O primeiro é quando se opuser a natureza da obrigação,
pois nem todo direito pode ser cedido, como, por exemplo, os direitos
personalíssimos (alimentos); os direitos de personalidade (nome; honra;
filiação, etc); os créditos alimentares (salários e vencimentos). Vale
ressaltar que esses direitos não podem ser cedidos porque pertencem
exclusivamente a própria pessoa. O segundo é quando a lei dispuser em
contrário, ou seja, se a lei não permite a cessão de um tipo de crédito, o
credor não poderá realizar a cessão, como, por exemplo, o art. 298. O
Resumo de D. Civil – Obrigações- NP2
terceiro é por convenção com o devedor, isto é, o credor não pode ceder o
crédito quando ficou convencionado no negócio jurídico feito entre o
credor e o devedor que não será permitida a cessão (cláusula proibitiva de
cessão).
O final do art. 286 diz que a cláusula proibitiva não poderá ser oposta
cessionário de boa-fé, se não constar no instrumento da obrigação, isto é,
a cláusula contratual que proíbe a cessão de crédito tem de constar
expressamente no contrato (instrumento) para poder ser exigida. Caso o
credor realize uma cessão de crédito para um cessionário de boa-fé e,
posteriormente, o devedor venha alegar que o crédito não poderia ser
cedido, a proibição somente poderá ser alegada pelo devedor se constar
no instrumento da obrigação.
Esse artigo diz que quando o credor ceder seu crédito para outra pessoa,
ele também estará cedendo todos os assessórios desse crédito, em
conformidade com o princípio da gravitação jurídica, salvo os casos que as
partes dispuseram o contrário.
Em via de regra, a cessão de crédito para gerar efeito entre as partes, pode
ser realizada de forma livre. Considerando que a lei não exige uma forma
especial, a cessão de crédito é um negócio jurídico não solene (de forma
livre). Entretanto, o art. 288 diz que para que a cessão de crédito tenha
eficácia em relação a terceiros, deverá obedecer aos requisitos, que são
ser realizada por instrumento público ou ser realizada por instrumento
particular que obedeça as solenidades previstas no art. 654, § 1, do CC.
Instrumento público é aquele realizado por escritura pública, é um
documento público elaborado por um tabelião (cartório ou tabelionato) e
o instrumento particular é o negócio jurídico realizado entre as partes, não
é confeccionado no cartório, mas para que a cessão de crédito tenha
eficácia contra terceiros, o instrumento particular deverá obedecer aos
requisitos previstos no art. 654, §, que estabelece que o instrumento
particular deve conter indicações do lugar onde foi passado, a qualificação
do outorgante e do outorgado, a data e o objetivo da outorga com a
designação e a extensão dos poderes conferidos (ver melhor na vídeo
aula).
Para entender o que diz o art. 289, primeiro é preciso saber o que é crédito
hipotecário, que é quando um bem imóvel é oferecido pelo devedor ao
credor como garantia de pagamento. Em palavras técnicas, é um direito
de garantia de natureza real para assegurar a eficácia de um direito
pessoal. Dessa forma, quando um credor recebe um crédito hipotecário
como garantia do pagamento de uma dívida e, posteriormente, o credor
transfere o crédito hipotecário para outra pessoa, essa pessoa que
recebeu o crédito será chamada de cessionário do crédito hipotecário. O
cessionário do crédito hipotecário, assim como está disposto no artigo,
tem o direito de averbar (ato de inserir modificações que possam ter
havido no registro do imóvel) no registro do imóvel e a cessão para que
conste no registro público do imóvel e gere efeitos para terceiros, assim
todos que tiverem acesso ao registro do imóvel saberão que houve uma
cessão de crédito hipotecário.
Esse artigo diz que se ocorrer mais de uma cessão do mesmo crédito, vai
valer a cessão que ocorreu pela tradição (entrega) do título do crédito
cedido, ou seja, havendo várias cessões do mesmo crédito, o devedor
deverá pagar para o cessionário que estiver com o título do crédito que foi
cedido.
se pagar a dívida ao devedor primitivo, uma vez que não foi notificado e
não se declarou ciente da cessão de crédito. O segundo caso fala sobre
quando o credor faz mais de uma cessão de crédito e o devedor for
notificado de mais de uma cessão, então ele ficará desobrigado se pagar a
dívida para o cessionário que apresentar o título do crédito cedido. E o
terceiro caso diz respeito a se forem feitas mais de uma cessão do mesmo
crédito por escritura pública, e nesse caso o devedor ficará desobrigado se
pagar para o cessionário cuja cessão o devedor foi notificado por primeiro.
Esse artigo diz que mesmo que o devedor não ter sido notificado da cessão
de crédito não se extingue a dívida para com o cessionário. Assim que o
credor cede seu crédito para o cessionário, este assume a posição do
credor na relação jurídica. Após a cessão de crédito, o cessionário passa a
ser o novo credor e passa a ter o mesmos direitos que o credor primário,
logo, segundo o que está disposto no artigo, mesmo que o devedor não
tenha sido notificado, o cessionário poderá exercer os seus direitos de
atual credor e exercer o seus direitos para garantir o seu crédito.
Art. 294 do CC: O devedor pode opor ao cessionário as exceções que lhe
competirem, bem como as que, no momento em que veio a ter
conhecimento da cessão, tinha contra o cedente.
Esse artigo diz que o devedor pode opor exceções contra o cessionário em
relação ao próprio cessionário, isto é, pode opor às defesas que tiver
contra o próprio cessionário, e contra o cessionário em relação ao cedente,
isto é, pode opor defesas que tiver em relação ao cedente por fatos
ocorridos até o momento que soube da cessão. No caso das exceções com
relação ao cedente, o devedor só poderá opor aquelas que ocorreram
antes de ter conhecimento da cessão de crédito, pois, após ser notificado,
o devedor já tem conhecimento que existe outro credor.
Art. 295 do CC: Na cessão por título oneroso, o cedente, ainda que não se
responsabilize, fica responsável ao cessionário pela existência do crédito
Resumo de D. Civil – Obrigações- NP2
Esse artigo diz que quando o cedente faz uma cessão de crédito onerosa,
este ficará responsável perante o cessionário pela existência do crédito ao
tempo em que lhe cedeu, ou seja, no momento em que foi realizada a
cessão de crédito, o crédito necessariamente tem de existir sob pena de
configurar-se o enriquecimento ilícito do cedente, independentemente se
o cedente agiu de má-fé ou boa-fé. Se o crédito deixar de existir depois da
cessão de crédito, o cedente não responderá. O final do artigo estabelece
que o cedente também vai ser responsável pela existência do crédito nas
cessões gratuitas, mas somente se ficar provada a sua má-fé, e existe essa
diferença, pois, no caso das cessões onerosas, está tentando se evitar o
enriquecimento ilícito do cedente, e nas cessões gratuitas, como não
existe o enriquecimento ilícito do cedente, somente os casos em que este
agir de má-fé é que será responsabilizado.
Art. 298 do CC: O crédito, uma vez penhorado, não pode mais ser
transferido pelo credor que tiver conhecimento da penhora; mas o
devedor que o pagar, não tendo notificação dela, fica exonerado,
subsistindo somente contra o credor os direitos de terceiros.
Esse artigo diz que quando o credor tem um crédito para receber e esse
crédito é penhorado, e o credor tiver ciência da penhora sobre o seu
crédito, o credor não poderá transferir esse crédito que foi penhorado
para outra pessoa (o credor não poderá fazer uma cessão de crédito do
crédito que foi penhorado). O artigo ainda destaca que, se o devedor não
tiver sido notificado da penhora do crédito do credor, e pagar a dívida
diretamente para o credor, o devedor não terá responsabilidade e não
precisará pagar a dívida novamente, e o terceiro somente poderá cobrar o
crédito do próprio credor.
Parágrafo único: Qualquer das partes pode assinar prazo ao credor para
que consinta na assunção da dívida, interpretando-se seu silêncio como
recusa.
O parágrafo único destaca que qualquer das partes pode assinar prazo
para que o credor aceite a assunção da dívida, e destaca que o silêncio
desse implica recusa, ou seja, se o credor silenciar, quer dizer que não
aceitou a assunção de dívida.
Para entender o que diz o artigo, é preciso saber que garantias essenciais
são formas de garantir o pagamento de uma dívida, e que não são
essenciais ao negócio jurídico. São aquelas garantias prestadas
Resumo de D. Civil – Obrigações- NP2
voluntariamente pelo devedor ou por um terceiro, como, por exemplo, a
hipoteca, o penhor, a fiança etc. Então, artigo diz que, se o devedor
primitivo não concordou expressamente com a assunção da dívida, as
garantias especiais prestadas pelo devedor primitivo serão extintas,
entretanto, se concordou expressamente, as garantias especiais
permanecem.
Sobre a garantia dada por terceiros, como a fiança, o terceiro que garantiu
o pagamento de uma dívida prestou a garantia em razão da pessoa do
devedor. Caso haja assunção da dívida e, consequentemente, mude a
pessoa do devedor, a garantia prestada pelo terceiro deverá ser extinta,
pois o terceiro somente foi garantido da dívida porque levou em
consideração a pessoa do devedor, exceto se esse garantidor consentir em
manter a garantia.
Art. 302 do CC: O novo devedor não pode opor ao credor as exceções
pessoais que competiam ao devedor primitivo.
Cessão de contrato;
Efeitos;
Adimplemento;
c) Objeto possível;
Esse artigo diz que, além do devedor por si só, do seu representante legal
ou contratual ou seus sucessores, pode pagar o terceiro interessado e o
terceiro não interessado. São terceiros interessados aqueles que podem
vir a ser obrigado a pagar, ou todo aquele que pode vir a se prejudicar caso
o devedor não pague, como, por exemplo, o fiador, o avalista, o devedor
solidário, o sublocatário, o sócio, o terceiro que prestou hipoteca ou
penhor, e todos estes podem pagar a dívida independentemente do
consentimento do devedor, e vale ressaltar que esse pagamento não
extingue a dívida do devedor, somente extingue dívida em relação ao
credor, ou seja, o devedor continua devendo, só que ao terceiro por força
de sub-rogação, a qual tem o poder de transferir ao terceiro interessado
que paga, todos os privilégios do credor. Já o terceiro não interessado
somente pode pagar pelo devedor e, em consequência desse pagamento,
sub-rogar-se nos direitos de credor do devedor, se este não se opuser.
Art. 305 do CC: O terceiro não interessado que paga a dívida em próprio
nome, tem direito a reembolsar-se do que pagar; mas não sub-roga-se nos
direitos do credor.
Art. 308 do CC: O pagamento deve ser feito ao credor ou a quem de direito
o representa, sob pena de só valer depois de por ele ratificado, ou tanto
quanto reverter em seu proveito.
Esse artigo diz que o pagamento deve ser feito ao credor, aos seus
sucessores ou quem os represente, pois quem paga mal paga duas vezes.
O pagamento deve ser feito ao credor ou a seu representante, se o
pagamento for feito à pessoa errada, a regra é que o devedor pague
novamente, exceto se provar que a culpa foi do devedor.
Assim, os casos que o pagamento for feito a não credor e que o devedor
fica desobrigado são os seguintes: quando o credor der causa de erro;
quando o credor ratificar o pagamento; quando o pagamento for
proveitoso ao credor.
Para entender esse artigo, é preciso saber que credor putativo é aquele
que, na percepção de todos, aparenta ser o real credor. Assim, a condição
de eficácia do pagamento feito ao credor putativo é a boa-fé do devedor,
que é caracterizada pela existência de motivos objetivos que o levaram a
acreditar tratar-se do verdadeiro credor, não basta apenas a crença
subjetiva. Também é condição de validade da eficácia do pagamento, sob
estas condições, a escusabilidade de seu erro, ou seja, a partir da
perspectiva do homem médio, qualquer um poderia ter cometido aquele
erro. Quando o pagamento ocorre nessas condições, fica o devedor
Resumo de D. Civil – Obrigações- NP2
Art. 310 do CC: Não vale o pagamento cientemente feito ao credor incapaz
de quitar, se o devedor não provar que em benéfico dele efetivamente
reverteu.
Como provar o pagamento (Art. 319 ao 326/ PS: quando for estudar nas
férias, ver os artigos do 313 ao 318);
Art. 319 do CC: O devedor que paga tem o direito a quitação regular, e
pode reter o pagamento, enquanto não lhe seja dada.
Art. 320 do CC: A quitação, que sempre poderá ser dada por instrumento
particular, designará o valor e a espécie quitada, o nome do devedor, ou
quem por este pagou, o tempo e o lugar do pagamento, com a assinatura
do credor, ou do seu representante.
Art. 321 do CC: Nos débitos, cuja quitação consista na devolução do título,
perdido este, poderá o devedor exigir, retendo o pagamento, declaração
do credor que inutilize o título desaparecido.
Art. 323 do CC: Sendo a quitação do capital sem reserva dos juros, estes
presumem-se pagos.
Esse artigos trás os caso que o pagamento tem que ser feito por medida
ou peso, e como esses podem variar, até mesmo dentro do próprio
território nacional, caso as partes não se manifestem, pode ser entendido
que aceitaram os parâmetros do lugar de execução;
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Art. 329 do CC: Ocorrendo motivo grave para que se não efetue o
pagamento no lugar determinado, poderá o devedor fazê-lo em outro,
sem prejuízo para o credor.
Caso aconteça um motivo grave para que o pagamento não seja feito no
lugar determinado, o artigo diz que poderá o devedor fazer em outro lugar,
sem que prejuízo do credor. Nesse caso em específico, se mudança do
local, que será feita pelo devedor, acarretar acréscimo nas despesas, estas
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Art. 331 do CC: Salvo disposição em contrário, não tendo sido ajustado
época para o pagamento, pode o credor exigi-lo imediatamente.7
Esse artigo estabelece que, caso as partes não tenham acordado sobre o
tempo do pagamento, o credor poderá exigi-lo imediatamente.
Ler os slides,
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