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Resumo NP1
O que é hermenêutica?
Exegese bíblica: era o processo que a igreja católica utilizava para ajudar
na difusão do texto sagrado, e está ligada uma interpretação orientada
para à afirmação de dogmas religiosos. Esse modelo, embora tivesse a
finalidade de afirmar os dogmas impostos pela igreja, tem a sua relevância
destacada por se importar com reflexão de um texto acerca do seu
verdadeiro conteúdo. A exegese bíblica, aos poucos, foi dando lugar para
métodos mais racionais de interpretação de texto, sendo, assim,
precursora da Hermenêutica.
Hermenêutica Jurídica
“Dessa forma, vários autores conceituam a hermenêutica como
arte de interpretar, ou como a ciência cujo o objetivo é a
determinação de um sentido de um texto. A verdade é que a
hermenêutica e interpretação possuem um substrato semântico
comum que faz referencia a dizer, explicar e traduzir”
Escola da exegese;
Ideias de Savigny: acreditava que o direito era uma ciência que se deveria
elaborar histórica e filosoficamente, e por filosoficamente, Savigny não
quis dizer que o direito devia se subordinar às noções filosóficas de justiça,
mas que devia ser elaborado de forma sistemática, por meio de conceitos
organizados, constituindo um campo de conhecimento com unidade e
organicidade. Para ele, o Estado era fruto de uma certa necessidade
humana de impor um limite a arbitrariedade, desse modo, os juízes
deveriam intervir nos conflitos como terceiros imparciais, para, assim,
determinar em que limite as liberdades de uns cederiam às liberdades dos
Hermenêutica Jurídica
outros. Savigny também defendia a existência de uma interpretação
objetiva, afim de evitar arbitrariedade do próprio juiz, que possibilitasse a
identificação do verdadeiro sentido da lei, e é nessa medida que ele afirma
que a ciência jurídica é histórica, pois o sentido correto da lei é um dado
histórico. Para se chegar a esse sentido correto, era necessário, segundo a
teoria de Savigny, que houvesse uma reconstrução do pensamento do
legislador por parte do interprete, e essa reconstrução seria feita em três
partes; parte lógica (apresentação do conteúdo da lei em sua origem e
apresenta a relação das partes entre si), parte gramatical (a parte de
análise do próprio texto da lei, está relacionada a parte logica) e a parte
histórica (consiste no conhecimento do momento histórico em que a lei foi
criada).
Segundo Ihering, apesar do direito ter como finalidade a paz, essa paz só
seria possível por meio da luta. Dessa forma, são esses interesses dos
indivíduos e grupos que movem e fazem o direito se desenvolver ao longo
da história, assim, pode-se perceber que à análise feita por Ihering do
direito, é sob uma perspectiva mais sociológica. Ihering também foi um
crítico da jurisprudência dos conceitos, criticando a posição muito central
dos conceitos, pois segundo ele “a vida não é um conceito. Os conceitos é
que existem por causa da vida”, assim Ihering prioriza em sua teoria as
necessidades sociais.
Jonh Austin foi o primeiro expoente do positivismo jurídico, e foi com ele
que o positivismo se tornou uma das escolas mais influentes da teoria do
direito. Com ele, pela primeira vez o direito é um objeto de estudo
cientifico. O positivismo jurídico tenta trazer um descrição moralmente
neutra do direito, ele não nega a importância da moral e da politica para
o direito, mas que para que o direito seja estudado de forma objetiva, é
necessário tirar esses outros elementos da análise, ou seja, para Austin o
direito pode ser estudado sem suas críticas políticas, morais e filosóficas.
Austin define o direito como um comando dado por um soberano sob
ameaça de sanção, ou seja, ele ver o direito a partir de uma relação
vertical, onde um comando é imposto por um soberano, que estabelece
sanções para o seu descumprimento.
John Austin: foi o primeiro expoente do positivismo jurídico e fez com que
o positivismo se tornasse uma das correntes mais influentes do direito. Na
Hermenêutica Jurídica
teoria de Austin, o direito ele deve ser estudado separado de outros ramos
no conhecimento, como a moral e a política, tendo o seu próprio método
de pesquisa. Vale destacar que ele não negava a importância desses outros
ramos do saber para o direito, apenas pregava que o direito deveria ser
estudado de forma objetiva, independente da política e da moral. Austin
define o direito como uma norma, imposta por um soberano, sob risco de
sanção, ou seja, ele vê o direito como uma relação vertical, em que uma
norma é imposta por um soberano, que também impõe uma sanção para
o seu descumprimento.
Realismo Jurídico: essa corrente, apesar de ter seu foco voltado para a
atividade judicial, é uma grande crítica do positivismo normativista, uma
vez que acredita que o sentido objetivo de uma norma não passa de um
ideal normativista, que é fundado em uma certa imaturidade, que resulta
na constante necessidade de uma segurança jurídica, que somente pode
ser superada com uma verdadeira maturidade emocional. Nessa
perspectiva, essa linha de raciocínio da menos valor a norma para a criação
do direito, já que que antes da decisão judicial, não existia nenhuma
norma que regulasse a situação. Os realistas jurídicos estavam
preocupados em entender com funciona a atividade judicial e não como
ela deveria funcionar, em diferente da normativista, ela também dá mais
importância para os outros aplicadores do direito, como os advogados,
que, segundo essa teoria, devem saber como efetivamente funciona a
atividade judicial, para dessa forma poder influenciar suas decisões.
Robert Alexy;
Normas Jurídicas: para Alexy, as normas jurídicas são as que dizem o que
deve ser, sendo assim expressões deônticas do mandato de obrigação,
proibição e permissão. Para ele, regras e princípios, são espécies de
Resumo de Hermenêutica – NP2
normas jurídicas, ainda que sejam distintas, e ele faz essa distinção em sua
teoria.
Regras: para Alexy as regras são aplicadas com a regra do “tudo ou nada”,
ou seja, são normas que sempre são satisfeitas ou não satisfeitas, se a
regra for considerada válida, deve ser aplicada na sua totalidade, nem mais
nem menos, sendo assim, um mandato de determinação. Para ele regras
não devem ser submetidas a ponderação, pois o único ponto que importa
para a regra é a sua validade, e pondera-la seria descumpri-la.
Proporcionalidade e razoabilidade;
Em seu trabalho, Virgílio dedica uma parte para fazer a distinção entre a
proporcionalidade e razoabilidade, que, segundo sua perspectiva, é usado
erroneamente como sinônimos. Ele diz que fora do meio jurídico, em
situações mais corriqueiras, as palavras proporcionalidade e razoabilidade
podem ter o mesmo significado, entretanto, quando analisadas no meio
jurídico, o princípio da razoabilidade e a regra da proporcionalidade, estão
revestidos de uma conotação técnico-jurídica e não são mais sinônimos,
pois expressam construções jurídicas diferentes, mesmo que tenham
objetivos semelhantes, quanto a controlar a atividade legislativa ou
executiva. Ele também faz distinção quanto a própria origem do princípio
da razoabilidade e a regra da proporcionalidade, enquanto a
proporcionalidade tem origem germânica, o princípio da razoabilidade
tem origem norte-americana.
A jurisprudência do STF;
Resumo de Hermenêutica – NP2
Nessa parte de seu trabalho, Virgílio se dedica a fazer uma crítica ao STF,
no sentido de dizer que as decisões do Supremo Tribunal Federal, só
fomentam a ideia de que o princípio da razoabilidade e a regra da
proporcionalidade são a mesma coisa, e afirma que, de maneira
recorrente, a regra da razoabilidade é usada como uma simples retórica
para fundamentar alguma decisão, no sentido de afastar alguma conduta
considerada abusiva. Também crítica que não é aplicada de forma correta,
uma vez que o STF, limita-se a citar a regra da proporcionalidade, em vez
de usar o processo racional e estruturado para a sua aplicação, proposto
por Alexy, e assim, ele afirma que o raciocínio usado pelos ministros é
simplista e mecânico. Dentro desse contexto, Virgílio também diz que em
muitos casos, o STF não fundamenta o uso da regra da proporcionalidade,
usando-se de uma fundamentação pressuposta, como se estivessem
usando um princípio constitucional de larga tradição no direito brasileiro.
Afirma, ainda, que a quando o STF se propõe a aplicar a regra da
proporcionalidade, se resume ao uso de duas das subregras, a adequação
e a necessidade, e nesse ponto, mais uma vez está limitando a regra da
proporcionalidade a um mero sinônimo do princípio da razoabilidade.
Sendo assim, todas as vezes que o STF se referiu a regra da
proporcionalidade, essa referência está tecnicamente incorreta, pois na
verdade ele estavam fazendo referência ao princípio da razoabilidade.
Konhad Hesse;
Peter Haberle;
amicus curiae, que pode ser uma pessoa, entidade ou órgão, que tem um
profundo interesse em uma questão jurídica, e que se envolve como um
terceiro nessa questão jurídica.
https://migalhas.uol.com.br/depeso/259072/a-teoria-
estruturante-do-direito-de-friedrich-muller-e-sua-contribuicao-
para-interpretacao-da-norma-juridica
Quanto ao órgão:
Quanto ao momento:
Ações:
Nesse ponto, a autora traz dois aspectos que justificam a invalidação dos
atos dos representantes eleitos, pela jurisdição constitucional, sem
representar uma violação ao princípio democrático, sendo a proteção dos
direitos fundamentais e a garantia do adequado funcionamento do
processo democrático. A atuação das cortes constitucionais para
assegurar o respeito ao adequado processo democrático, por sua vez, teria
o propósito de assegurar a legitimidade das deliberações da maioria,
evitando que sejam destorcidas. De acordo com essa concepção, os
direitos fundamentais teriam sido retirados pelo constituinte originário do
alcance da deliberação majoritária porque representam aspectos
inerentes à dignidade dos indivíduos, sem os quais não faria sentido viver
em comunidade. A garantia de tais direitos seria, por isso, pressuposto de
validade do próprio exercício do poder político. Essas são as razões que
justificam o poder judicial invalidar atos do poder legislativo e do
executivo. A autora, também destaca que muitas vezes, ao exercer o
controle de constitucionalidade, as decisões do STF convergem com a
vontade da maioria, que não foram acolhidas pelas instâncias majoritárias,
o que acontece com uma certe frequência, e nesse ponto, afim de
fundamentar e exemplificar o seu ponto, a autora discorre sobre a Súmula
27 do STF, que tratava do foro por prerrogativa de função, e em síntese, a
constituição deixa claro que compete ao STF julgar e condenar as mais
altas autoridades da República, nas infrações penais por crimes comuns e
nos crimes de responsabilidade, e a Súmula estabelecia que esse foro se
estenderia até mesmo depois que a pessoa deixasse de ocupar o cargo,
com a ideia de que mereciam um julgamento justo e neutro, diretamente
pela mais alta corte. Entretanto, esse foro era visto pela população como
sinônimo de impunidade, uma vez que são raros os processos penais que
passam pelo STF, e mais raros ainda a condenação. A partir disso, outra
turma do Supremo superou essa Súmula, afirmando que a constituição
não era explicita com relação aos ex-ocupantes de cargos, fincado, então,
a competência para julgar estes, depois de deixarem seus cargos, sobre o
juiz natural, atendendo, dessa forma, a vontade popular.
Resumo de Hermenêutica – NP3
Nesse ponto do texto, a autora faz uma crítica incisiva a mídia e a forma
como as discussões do STF chegam para população, destacando a
imparcialidade desse veículos de comunicação, que não visam fornecer a
veracidade dos fatos, mas sim conseguir um furo jornalísticos, tratando os
consumidores dos seu conteúdo, não como cidadãos que precisam ser
informados, mas como pessoas em busca de entretenimento,
estabelecendo todos os fatos como uma novela, elegendo vilões e heróis,
e, dessa maneira, influenciando a decisão do povo, uma vez que essas
notícias são replicadas em massa por mais de um veículo de comunicação,
isso é conhecido como o efeito manada. Outro ponto destacado é
superexposição dos Ministros, com julgamentos televisionados, o que os
deixa sujeitos ao contagio reputacional e ao contagio informacional,
exercendo influência direta nas suas decisões, tornando-os, de uma certa
forma, prisioneiros da mídia, da opinião popular e do populismo judicial.
Conclusão;
forma que você pensa, e que isso não pode ser mudado, fazendo com que
as pessoas não dialoguem e não mudem pontos de vistas. O segundo
ponto destacado pelo autor é os limitados conjuntos de argumentação
dentro de cada grupo, isto é, os limitados posicionamentos presentes em
um determinado grupo, e as direções para onde esses posicionamentos
levam os membros do grupo, podendo leva-los ao extremismo, como, por
exemplo, partidos políticos, terroristas, etc.
Nesse ponto do texto, o autor destaca dois pontos que explicam como a
polarização grupal acontece. O primeiro ponto destacado é a comparação
social, e consiste no desejo das pessoas de serem aceitas em um
determinado grupo ou por si mesmas, e após ouvirem como os outros se
posicionam, decidem ajustar seus posicionamentos na direção dominante,
ou seja, para um ou outro extremo, e essa dinâmica por trás da
comparação social, reside no fato de que a maioria das pessoas podem
querer tomar uma posição de um certo tipo social preferido. O segundo
ponto são os argumentos persuasivos, e baseado na ideia de senso
comum, já que quaisquer posições individuais são, em parte, o resultado
de que os argumentos apresentados no grupo parecem convincentes,
dessa forma, a escolha de como essas pessoas vão se posicionar se move
para à posição mais persuasiva defendida pelo grupo.
Resumo de Hermenêutica – NP3
Refinamento e despolarização;
Polarização e democracia;
Sugestões do autor;
A ideia do autor, para resolver a problemática, está voltada para que sejam
assegurados espaços de deliberação, com pessoas que têm as mesmas
convicções, para que estas sejam desenvolvidas e ouvidas posteriormente,
e também espaços de deliberação com pessoas com opiniões divergentes,
nos grupos relevantes, para que assim se estabeleça uma comunicação
entre essas pessoas, e surja um pensamento crítico e uma consciência
para, assim, evitar ou mitigar a polarização grupal. Para que esses
objetivos sejam atingidos, é necessário um planejamento institucional,
para aumentar a probabilidade de deliberações sensatas.
perceber como todos esses fatos estão conectados e fazem parte da nossa
realidade, como, por exemplo, as eleições dos Estados Unidos, que teve
toda uma problemática envolvendo a interferência Russa, por meio das
redes sociais, ou as próprias eleições brasileiras, onde uma pesquisa
mostrou um número alarmante de fake News sendo compartilhadas nas
redes sociais. Dessa forma, fica evidente que estudos voltados a entender
a relação da internet com a democracia são mais que necessários, são uma
necessidade para saber quais os impactos que a internet pode ter nas
fundações democráticas.
Perspectiva internacionalista;
Perspectiva constitucional;
Eficácia social: pode-se dizer que uma norma tem eficácia social, se na
maioria dos casos em que é aplicada, produz efeitos de concretização de
suas consequências, na sociedade.
Eficácia limitada: são aquelas normas que podem ser classificadas como
incompletas, uma vez que necessitam de uma regulamentação
infraconstitucional para começarem a produzir efeitos.
Precedentes.
Legislação simbólica.
Resumo de Hermenêutica – NP3
Transconstitucionalismo.