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AÇÃO PENAL
Segundo exemplo:
A atribui falsamente um crime à B (art. 138 CP) - A praticou crime de calúnia contra B:
A poderá pedir ao MP para que peça ao juiz aplique as penas do 138 ?
Não, pois aqui, o crime será de ação penal privada.
• B terá que contratar um advogado (OAB) e ele através de uma peça chamada
QUEIXA CRIME irá pedir ao Estado para que aplique as penas do artigo 138 do
CP... Esse é o exercício da ação penal, mas pela vítima.
Ação Penal nada mais é que o direito subjetivo que pode ser pleteado pelo MP na ação
penal publica ou pela vítima de pedir para o Estado, para que esse estado aplique o direito
penal objetivo ao caso concreto.
Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando: (Redação dada pela Lei nº 11.719,
de 2008).
Bom, eu se eu fosse o MP, não posso chegar no juiz e dizer " juiz, puna fulano, por ser
gremista” É até aceitável mas não é juridicamente possível.
Então, é preciso alguns requisitos que toda ação deverá ser preenchida por quem vai
pedir ao juiz que se aplique ao caso concreto.
Requisitos que vão subordinar o exercício da ação penal e o juiz vai observar:
Requisitos genéricos: valem pra todas as ações
A doutrina moderna diz que aqui também deveria além da tipicidade, estar ausentes as
causas excludentes de ilicitude.
Sempre que o juiz recebe uma ação penal (vinda do MP) ou privada (pelo advogado) , se
todos estiverem ok, ele vai dar prosseguimento, caso contrário ele vai REJEITAR A
DENÚNCIA.
É necessário aquilo que o promotor ou advogado pede, estar previsto em lei como
crime!
Exemplo1 : João traiu joana. João é adultero... isso foi crime, mas hoje não é mais tido
como crime... Joana contrata um advogado, advogado entra com ação penal privada
(queixa crime) ...
O juiz vai falar "senhor, não posso dar continuidade pois o pedido é juridicamente
impossível...
Adultério não é mais crime, rejeito sua queixa crime.
Exemplo 2 : crime de incesto.... Imaginem que o pai manteve relações sexuais com uma
filha maior, isso não é crime, por mais repugnante e imoral que seja.
Poderia o promotor processar o pai? Nâo, pois não é uma conduta tipicamente prevista
como crime.
O CRIME sempre será de ação penal pública ou ação penal privada... o legitimado sempre
será aquele titular de determinada ação penal...
Ação penal pública: o polo ativo sempre será o MP que é titular da ação penal (art. 129,
I CF/1988)
Ação Penal de iniciativa privada: caberá à vítima ou seu representate legal (Art. 30 e
31 do CPP) - (ex: advogado) - assumir o polo ativo da situação processual.
Exemplo: No caso de injúria, imagine que uma amiga de B tenha presenciado o momento
em que A lhe imputou falsamente um crime e diga "hmm vou processar A"
O juiz vai olhar para o processo e dizer que é juridicamente possível. está previsto no
artigo 138. Quando ele for pro segundo requisito, não poderá receber por ilegitimidade
da parte.
PASSIVA: decorre da autoria do injusto típico. Está relacionada com a autoria do delito.
A imputação deve ser dirigida contra quem praticou o injusto típico. Nesse momento não
pode ser feito um juízo de certeza, mas sim a MERA PROBABILIDADE da autoria.
A ilegitimidade da parte permite que seja promovida NOVA AÇÃO. Corrigida a falha,
a ação pode ser novamente intentada.
Exemplo: é o que acontece quando o ofendido ajuíza queixa em delito de ação penal
pública. A rejeição da queixa não impede que o MP ofereça a denúncia.
C) INTERESSE DE AGIR ou (punibilidade concreta):
Para a ação penal ser admitida, é necessário que não tenha ocorrido nenhuma causa de
extinção da punibilidade... como a prescrição, decadência e renúncia.
Exemplo: Imaginem que em 1993, há 29 anos atrás João matou Pedro.. Hoje o promotor
fica sabendo disso e entra com denúncia...
O juiz olha o processo e diz:
1 - é juridicamente possível
2 - o promotor parte é legitima
3 - ué, mas já se passaram 20 anos, esse crime não esta prescrito? Sim.. em 20 anos se
prescreve o homicídio...
Ou seja, existe os dois primeiros requisitos...
Agora o processo é útil ainda? Não, pois é um crime prescrito...
Então quando a vítima chegar na delegacia, pra registrar B.O, o policial vai perguntar:
Você deseja representar criminalmente contra o autor do fato? e a vítima precisa dizer
que sim para condicionar o exercício da ação penal.
Geralmente, não existe nenhum documento para esta representação, ela está no final da
declaração no IP.. .ou no final da descrição dos fatos no B.O por exemplo.
Nomenclaturas:
As condições específicas será no delito de lesão corporal leve e lesão corporal culposa
na direção de veículo automotor.
Súmula 542 do STJ - A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de
violência doméstica contra a mulher é pública incondicionada.
Aqui é muito mais legal, estudar processo penal do que processo civil...
É mais fácil classificar as ações penais do que a ação civil...
1. Personalíssima
2. Exclusiva
3. Subsidiária da pública
Art. 100 - A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do
ofendido. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
P. obrigatoriedade:
E se ele em algum momento não entrar? então ele prevaricou... Art. 319 do cp...
P. Indisponibilidade:
jamais...
P. divisibilidade:
Se o MP está investigando A, B e C, mas ele tem provas contra somente os dois primeiros,
mas não tem provas contra C, ele pode denunciar o A e o B e continuar investigando C,
porque ela é divisível...
Princípios da APPrivada:
P. Conveniência e Oportunidade:
Bom, a vitória está difamando minha conduta como professora. Eu tenho contra vitória
autoria e materialidade.. gravaram ela falando mal de mim
Eu decido denunciar Vitória mas ela chega em mim e diz: Olha thaís, eu não quis fazer
isso, sou concurseira... se eu for processada por isso posso ser reprovada na investigação
social...
eu falo: olha vitória: eu vou desistir e não vou te processar, mas vou ficar cuidando pra
ver se vc vai fazer de novo.
Logo, eu não sou obrigada a processar, diferente se o crime fosse de roubo pelo menos
em que é de ação penal pública...
Indivisibilidade:
Somente em 02 situações :
Representação:
Ou seja, eu preciso dizer para o promotor que eu tenho interesse em representar contra o
autor do crime.
A Laís me atropelou, 07 meses depois DO DIA QUE EU SEI QUE FOI A LAIS QUE
ME ATROPELOU... eu procuro O MP PARA PROCESSAR A LAIS, O promotor ou o
policial vai dizer: olha ocorreu a decadência.
Outra situação:
Retratar-se significa desdizer-se, declarar que errou, retirar o que disse, sendo
causa de extinção de punibilidade nos termos do artigo 107, VI, CP.
Art. 107 - O perdão do ofendido, nos crimes em que somente se procede mediante queixa, obsta ao
prosseguimento da ação. Fui atropelado. Estou no hospital, chega a Lais e pede para não
processar ela. Diz que já pagou o hospital..
Eu digo, puts Lais, eu já representei contra você... mas eu sou concurseiro, estou
estudando e conheço o art. 25 do código de processo penal.
Saio do hospital, vou ate a delegacia e me retrato da representação. DAR EXEMPLO DO MONGE...
Quando vou pegar minha bicicleta, ia pagar o conserto da bicicleta... depois que você
tirou a queixa contra contra ela, ela disse que estava livre e que não ia pagar.
Eu posso voltar na delegacia e dizer ao delegado que eu quero voltar a processar a Lais.
Morte (CADI) –Art. 31 CPP - No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente
por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge,
ascendente, descendente ou irmão.
É ato político – não é brincadeira... não é retratável, uma vez que o MJ autoriza o Estado à
persecução Penal, o Estado vai Processar.
PRAZO: não tem prazo decadencial, porem o delito esta sujeito ao prazo prescricional:
Art. 141 c/c art. 145 do § único ) – crime contra a honra praticados contra o Presidente da
Republica ou chefe de estado. Estrangeiro que esteja no Brasil.