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CURSO DE DIREITO
PROCESSO PENAL I
PROCESSO PENAL I
AÇÃO PENAL
CONCEITO
CARACTERISTICAS
requisição do Ministro da Justiça para ingresso de ação penal por crime contra
a honra do Presidente da República (art. 145, § único, CP)
CONDIÇÕES GENÉRICAS:
Diante do aparente descompasso entre o artigo 68 do Código de Processo Penal e artigos 127
e 134 da Constituição Federal, o Supremo Tribunal Federal se manifestou e (prudentemente)
não declarou, de imediato, a inconstitucionalidade daquele. Adotou o Colendo Tribunal uma
posição intermediaria entre estado de plena constitucionalidade ou de absoluta
inconstitucionalidade (RE 341.717-SP), abraçando a chamada teoria da inconstitucionalidade
progressiva.
CONDIÇÕES ESPECIFICAS
a) Representação do ofendido;
CLASSIFICAÇÃO
AÇÃO PENAL
PÚBLICA PRIVADA
À
REPRESENTAÇÃO PERSONALÍSSIMA
DO OFENDIDO
À REQUISIÇÃO DO
SUBSIDIÁRIA
MINISTRO DA
DA PÚBLICA
JUSIÇA
TITULARIDADE
caput do CPP). Exceção: art. 5°, LIX da CF, caso o MP não ofereça denúncia
no prazo legal, é admitida a ação penal privada subsidiaria, proposta pelo
ofendido ou seu representante legal.
PRINCÍPIOS
Conceito:
O MP, titular dessa ação, só pode a ela dar inicio se a vitima ou seu
representante legal o autorize, por meio de uma manifestação de vontade. O
crime afeta tão profundamente a esfera intima do individuo, que a lei, a
despeito da sua gravidade, respeita a vontade daquele, evitando o escândalo
do processo se torne um mal maior para o ofendido do que a imputabilidade
dos responsáveis.
Exemplo. Crime de lesão corporal leve (CP, art. 129, caput, c/c o art. 88 da
Lei. 9.099/95); perigo de contagio venéreo (CP, art. 130, § 2°); crime contra a
honra de funcionário público, em razão de suas funções (art. 145, II, c/c 145, §
único); ameaça (art. 147, § único). A Lei 12.015/09 modificou Titulo VI do CP,
de “crimes contra os costumes” para “crimes contra a dignidade sexual” os arts.
213 a 218 B do CP passaram a ser apurados como regra ação penal pública
condicionada a representação, salvo se a vitima for menor de 18 anos ou
pessoa vulnerável (ação penal pública incondicionada), ). Injuria por
preconceito de raça, cor, etnia, origem ou a condição de pessoa idosa ou
portadora de deficiência Lei 12.033/09.
Prazo: não está sujeito a prazo decadencial, porém o crime está sujeito
à prescrição;
O direito de punir todo aquele que cometeu um ilícito penal (jus puniendi) é
sempre do Estado. Tanto é assim que somente o Estado, através do juiz, pode
aplicar uma pena. Para exercer, em nome do Estado, o direito de acusar em
juízo (jus accusationis), há um órgão oficial especialmente concebido para esse
fim que é o Ministério Público. Em determinadas situações, porém, o Estado
transfere ao particular o direito de acusar. Ou seja, o jus accusationis que,
normalmente, tem como titular o MP, em hipóteses expressamente previstas na
lei, é transferido para o particular. É o que ocorre na ação penal privada.
Titular: o ofendido ou seu representante legal (CP, art. 100, § 2°, CPP, art. 30).
O autor denomina-se querelante e o réu, querelado. No caso de morte do
ofendido, o direito de queixa passa a seu cônjuge, ascendente, descendente ou
irmão (CPP, art.31).
Pode ser proposta pelo ofendido, se maior de 18 anos e capaz; por seu
representante legal, se o ofendido for menor de 18 anos; ou, no caso de morte
do ofendido ou declaração de ausência, pelo cônjuge, ascendente,
descendente ou irmão (CPP, art. 31)
■ PEREMPÇÃO: prevista no art. 60, I, II, III, IV do CPP, ele importa na perda
do direito de prosseguir com ação penal privada em razão de sua inércia e
é aplicada ao querelante que demonstra desinteresse pelo processo. Somente
é possível após o inicio da ação penal e, uma vez reconhecida, estende-se a
todos os autores do delito Ex. quando o querelante não comparece a ato
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Havendo duas vitimas a renúncia por parte de uma não atinge o direito de a
outra oferecer queixa. Nos termos do art. 49 do CPP, a renúncia em relação
um dos autores do crime a todos se estende.
DENÚCIA OU QUEIXA
a) Exposição do fato
e) Pedido de condenação
f) O endereçamento da petição
O MP pode aditar a queixa para nela incluir circunstâncias que possam influir
na caracterização do crime e na sua classificação, ou ainda na fixação da pena
(dia, hora, local, meios, modos, motivos, dados pessoais do querelado etc.)
(CPP, art.45).Não poderá, entretanto, aditar a queixa para imputar aos
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Art. 395, do CPP. A denúncia ou queixa será rejeitada quando: (Alterado pela
Lei n.11.719-2008)
b) interesse de agir;
Dica:
OBSERVAÇÃO:
CONCEITO
Trata-se da ação ajuizada pelo ofendido, na esfera civil, para obter indenização
pelo dano causado pela infração penal, quando existente. O dano pode ser
material ou moral, ambos sujeitos à indenização, ainda que cumulativa. Art. 91,
I do CP. De tal forma que, uma vez transitada em julgado a sentença
condenatória proferida pelo juiz penal, pode a vitima, seu representante legal
ou seus herdeiros, promoverem, no âmbito civil, ação de reparação de dano,
segundo prevê expressamente o art. 63, do CPP.
Não impedem, ainda, propositura da ação civil, nos termos do art. 67, do CPP:
Por exemplo, se o réu foi absolvido porque não existia prova suficiente para
a condenação (art. 386, VI), nada impede que, no juízo civil, o autor da ação
produza a prova que faltou na esfera criminal. Ou ainda, se o réu é absolvido
porque o fato não constitui infração penal (art. 386, III), pode ser que tal fato
configure um ilícito civil, passível de indenização.
O Código Civil nos artigos 929 e 930 aduz três exceções mesmo absolvido na
égide de excludente, o ofendido pode ingressar na orbita cível:
c) Descriminante putativa
doutrinaria que o prazo é de três anos, para tanto, a regra do art. 206, § 3°, V
do CC, que disciplina a prescrição da “pretensão de reparação civil”.