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27/02/2023
Participação em Audiências:
1. Audiência de instrução - Jecrim
2. Audiência de instrução – Justiça Comum
3. Audiência do Tribunal do Júri
QUEIXA CRIME
Inicia a ação penal privada, personalíssima e ação penal privada subsidiária da pública.
o Fundamento da Ação Penal Privada (art. 100, §§ 2º e 3º, CP, art. 29 e 44, CPP e
Art. 5º LIX, CF);
Art. 5º LIX, CF
Art. 5º
[...]
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta
não for intentada no prazo legal;
ESTRUTURA DA PEÇA
o Endereçamento
o Procuração
Art. 41, CP
Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso,
com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou
esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do
crime e, quando necessário, o rol das testemunhas.
o Do Direito
o Do Pedido
LIBERDADE PROVISÓRIA
1. FUNDAMENTO
2. CARACTERÍSTICAS
a. Legalidade da prisão. O pedido de liberdade provisória só será cabível quando
a prisão for legal (prevista em lei). Isso porque a prisão pode ser legal, mas não
necessária. Não sendo necessária o defensor poderá pedir a liberdade
provisória.
b. Natureza jurídica. Ela é uma contracautela. Isso porque a prisão provisória é
medida cautelar. Todas as medias do art. 319, CPP são medidas de
contracautela por serem medidas que se opõem à prisao.
c. É cabível com relação a qualquer prisão.
d. Aplicação. O juiz pode condicionar a concessão da liberdade provisória às
medidas cautelares diversas da prisão previstas no art. 319, CPP. Pode, por
exemplo: determinar o uso de tornozeleira eletrônica, distanciamento de
pessoas e lugares, etc.
e. Possibilidade ou Impossibilidade de imposição de vínculos (art. 319). O juiz
concederá liberdade provisória impondo condições (previstas no art. 319),
exceto no caso do art. 314, CPP. O art. 314, CPP impõe ao juiz a concessão de
liberdade plena sem condições, nos casos previstos no art. 23, I, II e III do CP.
f. Admissibilidade e Inadmissibilidade da liberdade provisória. Prisão “ex lege”
ou prisão automática. Alguns crimes não são suscetíveis de liberdade
provisória. Isso porque a lei prevê que nesses casos são crimes inafiançáveis.
3. IDENTIFICAÇÃO DA PEÇA
4. AUSÊNCIA DO PERIGO
O pedido de liberdade provisória deve demonstrar a ausência de perigo, ou seja, a
ausência dos requisitos do art. 312, CPP o qual autoriza a prisão preventiva. Será
necessário enfrentar todos os requisitos.
Alguns crimes são inafiançáveis, como tortura, racismo, tráfico, terrorismo, crimes
hediondos, crimes de grupos armados, etc, previstos no art. 323, CPP. Em regra, não
caberia liberdade provisória. Porém, pelo entendimento do STF trata-se de regra
inconstitucional. A liberdade acaba sendo concedida sem pagamento de fiança.
Exemplo:
Auto de prisão em flagrante
Distribuído para 2ª vara criminal
O pedido de liberdade provisória deve ser encaminhado à 2ª vara criminal
para onde fora distribuído o auto de prisão em flagrante
7. ESTRUTURA
o Endereçamento
Direcionar a juízo prevento. Ao juízo para onde fora distribuído o auto de
prisão em flagrante. Se o flagrante ainda não houver sido distribuído será
endereçado sem indicar a vara.
RELAXAMENTO DA PRISÃO
RELAXAMENTO DA PRISÃO
https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/campanhas-e-produtos/direito-facil/edicao-
semanal/relaxamento-da-prisao-x-revogacao-da-prisao#:~:text=O%20relaxamento
%20%C3%A9%20utilizado%20no,forma%20imediata%20e%20sem%20condi
%C3%A7%C3%B5es.
1. FUNDAMENTO
O fundamento está no art. 5º, LXV e LXVI, CF e art. 282, § 5º, e arts. 310, caput e I e
316, caput, CPP
ESPÉCIES DE FLAGRANTE
(I) O agente está cometendo a infração penal. É flagrante próprio. Aquele em
que o autor é flagrado praticando o tipo penal;
(II) O agente acaba de cometê-la. Também classificado como flagrante
próprio;
(III) O agente é perseguido, logo após (o cometimento do fato delituoso), pela
autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça
presumir ser autor da infração. Classificado como flagrante impróprio.
(IV) O agente é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou
papéis que façam presumir ser ele autor da infração. Classificado como
flagrante presumido.
Flagrante provocado ou preparado. É aquele em que o agente é induzido a
provocar o crime. As autoridades policiais ou a própria vítima preparam uma
situação para que o agente incorra na prática do crime. Súmula 145, STF. Tal
flagrante é nulo.
Súmula 145, STF: “Não há crime, quando a preparação do flagrante
pela polícia torna impossível a sua consumação.”
Flagrante esperado. É aquele em que os agentes policiais, de posse de uma
informação da iminência da prática de um crime, que pode vir inclusive
através de denúncia anônima, se põem em posição de espera para atuarem
no momento em que o crime for praticado. Trata-se de prática legal. Não há
simulação por parte da autoridade policial.
3. ILEGALIDADE DO FLAGRANTE
a. Ilegalidade formal
É a inobservância dos arts. 304 e 306 do CPP. Ocorre na forma da lavratura do
auto de prisão em flagrante. As formalidades do auto de prisão está prevista
nos arts. 304 e 306 do CPP.
b. Ilegalidade material
Ocorre quando houver violação ao art. 302 do CPP.
Ex.: O acusado não está em flagrante. Não pode ser preso em flagrante.
4. IDENTIFICAÇÃO DA PEÇA
e. Se a prisão for legal e o juiz negar a liberdade provisória não cabe relaxamento
da prisão
f. O pedido de relaxamento é ação autônoma e tramitará em apenso ao APFD
g. Deve ser endereçado ao juízo do APFD
5. ESTRUTURA DA PEÇA
o Endereçamento
Tem ligação direta com a matéria criminal.
o Qualificação do preso
o Indicar corretamente a fundamentação da peça no preâmbulo
o Dos fatos – descrição detalhada dos fatos
o Do direito – apontando os fundamentos jurídicos que dão suporte à alegação
de prisão ilegal e ao pedido de relaxamento
o Pedido – por conta da ilegalidade pede-se:
Relaxamento da prisão
A liberdade do acusado
Alvará de soltura
30/03/2023
RESPOSTA À ACUSAÇÃO
O maior objetivo da resposta à acusação é a absolvição sumária. É a primeira defesa
apresentada pelo réu no processo penal, e sua finalidade é rebater os termos constantes da
denúncia e conseguir a absolvição sumária, a qual poderá ocorrer no caso das hipóteses
previstas no artigo 397 do CPP.
1. FUNDAMENTO
Art. 396-A. Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e alegar tudo o que
interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas
2. PRAZO
Prazo de 10 dias corridos.
5. ESTRUTURA
a. Endereçamento
b. Qualificação completa
c. Dos fatos
d. Dos fundamentos
e. Teses que podem ser alegadas na resposta à acusação, nas preliminares,
prejudiciais e no mérito:
Preliminares (CPP)
o Opor exceções de suspeição, incompetência do juízo, litispendência,
ilegitimidade de parte ou coisa julgada: Art. 95, CPP.
o Alegar existência de provas ilícitas: art. 157, CPP
o Alegar existência de nulidades: art. 564, CPP
o Alegar inépcia, ausência de pressuposto processual ou ausência de
justa causa (a justa causa traduz-se em indício de autoria e prova da
materialidade. É o lastro probatório mínimo): art. 395, CPP.
o Requerer a suspensão condicional do processo: art. 89 da Lei
9.099/1995.
o Alegar prescrição, perempção ou retroatividade de lei que não
considera mais o fato como criminoso: art. 107, Código Penal.
Acolhendo a alegação de prescrição o juiz não analisa mais nada.
Princípio da economia processual.
Prejudiciais (CPP)
o Alegar existência de controvérsia sobre o estado civil das pessoas da
qual dependa a decisão sobre a existência da infração: Art. 92, CPP
Mérito (CP)
o Negar a existência do fato. O crime realmente aconteceu?
o Desqualificar a conduta como fato criminoso. Terá realmente sido
crime?
o Alegar excludente de tipicidade: art. 20, CP. Aqui entra o princípio
da insignificância porque ele afasta a tipicidade material da
conduta. Entra a Súmula Vinculante 24 do STF, que trata de crimes
contra a ordem tributária: “Não se tipifica crime material contra a
ordem tributária, previsto no art. 1º, incisos I a IV, da Lei
8.137/1990, antes do lançamento definitivo do tributo.”
o Excludente de ilicitude: legítima defesa, estado de necessidade,
estrito cumprimento do dever legal ou no exercício regular do
direito: Art. 23, CP. Obs.: O consentimento do ofendido é causa
supralegal de exclusão da ilicitude.
o Exclusão da culpabilidade: art. 21, § 1º e art. 22, CP.
o Alegar inexistência dos elementos da culpabilidade:
imputabilidade, potencial consciência da Ilicitude e exigibilidade
de conduta diversa
o Alegar embriaguez total e involuntária: art. 28, § 1º, CP.
o Alegar inimputabilidade: art. 26, CP.
o Concurso de agentes. Art. 29, CP. Alegar concurso de agentes para
eliminar a imputação de associação criminosa, por exemplo.
o Concurso de crimes: art. 69 e 70, CP. Alegar concurso de crimes ao
invés da ocorrência de vários crimes. O concurso de crimes resulta
em pena menor do que a soma dos crimes em separado.
o Alegar tratar o fato de tentativa: art. 14, II, CP. Alegar a ocorrência
de tentativa e não de crime consumado.
o Alegar ter havido culpa ao invés de dolo: art. 18, II, CP.
o Alegar ter ocorrido crime impossível: Art. 17, CP.
o Alegar ter havido desistência voluntária: Art. 15, CP
o Alegar causas extintivas da punibilidade: Art. 107, CP.
f. Dos pedidos
i. Reconhecimento da incompetência
ii. Absolvição sumária
iii. Reconhecimento da prescrição do crime
iv. Demais pedidos alegados no mérito
g. Rol de testemunhas
i. Não pode esquecer de relacionar as testemunhas sob pena de
preclusão
01/04/2023
1. FUNDAMENTO
Art. 5º, LXI, CF; Art. 282, § 5º, CPP; Art. 310 e 316, CPP
2. PRISÃO PREVENTIVA
É uma das espécies de medida cautelar adotada antes do trânsito em julgado. Difere
da prisão-pena que só é decretada após o trânsito em julgado. A prisão preventiva tem
seus pressupostos que devem estar presentes, não apenas no momento da
decretação, mas também durante toda a execução da medida cautelar. Tem que ter a
contemporaneidade das medidas em relação aos fatos. Ex.: não faz sentido decretar a
prisão preventiva em 2023 contra acusado de cometer crime ocorrido em 2005.
A prisão preventiva deve ser a “ultima ratio”, ou seja, última medida cautelar.
i. Pressupostos fundamentais
O juiz não pode decretar a prisão preventiva de ofício em hipótese alguma, sob
pena de ser considerado constrangimento ilegal (art. 3º-A, CPP).
4. IDENTIFICAÇÃO DA PEÇA
O pedido de revogação da prisão preventiva deve tramitar dentro dos próprios autos
em que foi decretada.
6. ESTRUTURA
a) Endereçamento
b) Qualificação com denominação da peça. “Vem requerer”
c) Dos fatos. Devem ser descritos os fatos que ilustram a tese da revogação da prisão
preventiva.
d) Do direito (fundamentação jurídica). Enfrentar o motivo que o juiz utilizou para
decretar a prisão preventiva e demonstrar que tais requisitos estão ausentes.
Negar a existência dos pressupostos fundamentais, ou dos pressupostos
normativos ou dos pressupostos fáticos. Observar se há contemporaneidade.
Alegar que não há risco à ordem pública (não há reiteração). Alegar que o acusado
não destruiu provas nem ameaçou testemunhas. Observar se já ocorreu a
audiência de instrução (se sim, não pode mais ficar preso, quando a prisão for
decretada fundamentada apenas na conveniência da instrução criminal). Em
relação à lei penal, alegar que não há indícios concretos de que o acusado irá fugir.
e) Dos pedidos.
a. Revogação da prisão preventiva: liberdade plena
b. Subsidiariamente a substituição pela imposição de medida cautelar diversa
da prisão.
c. Pedir para expedir o alvará de soltura.