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OAB PENAL

COM ELAS
MATERIAL DE APOIO

ADRIA CRISTINA DE CASTRO ROSA


dricrosa8@gmail.com
818.916.441-49
PRÁTICAS
PEÇAS

ANA CRISTINA MENDONÇA


E CLAUDIA BARROS
CURSO PARA A 2ª FASE DE PENAL
PROFESSORAS ANA CRISTINA MENDONÇA E CLÁUDIA BARROS

QUEIXA-CRIME

1. Introdução

O presente assunto tem muita importância para a prática penal. Em virtude disso, inicialmente, será abordado a ação
penal de forma ampla, para, posteriormente, ingressarmos efetivamente na petição inicial da ação penal privada, que é a queixa-
crime.

2. Ação penal pública

2.1. Ação penal pública incondicionada

Como vimos antes, a ação penal é o meio pelo qual se provoca o ente estatal através do exercício da jurisdição para
solucionar uma lide composta por um conflito de interesses. Ou seja, o Estado NÃO vai atrás das lides, sendo a jurisdição penal
inerte por natureza.

A ação penal pública incondicionada é aquela em que o Ministério Público é o titular do direito de ação e não necessita
da manifestação de vontade de quem quer que seja para oferecer a denúncia, bastando, no caso concreto, a existência da justa
causa, ou seja, prova da materialidade ADRIA
do crimeCRISTINA DE CASTRO
e indícios suficientes ROSA
de autoria ou participação, e das demais condições da
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ação. As provas nos dão certeza de que um fato ocorreu, já os indícios são indicativos acerca dos fatos.
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A regra geral é a de que os crimes sejam de ação penal pública incondicionada, e quando a lei silenciar sobre o tipo de
ação penal que o crime motiva a ação penal será pública incondicionada. Já para o crime ser motivador de ação penal pública
condicionada ou ação penal privada deve haver expressa disposição legal, como bem elucida o art. 100 do Código Penal.

A denúncia é a peça inicial da ação penal pública incondicionada, procedida pelo MP, na regra geral (art. 46 do CPP),
no prazo de 5 dias estando o réu preso e 15 dias estando o réu solto, porém o prazo é impróprio, não existindo preclusão para
o oferecimento da denúncia. Da mesma forma, o MP NÃO sofre decadência do direito de ação.

Ex: Imagine um homicídio simples, no qual o MP tem prazo de 5 dias ou 15 dias para oferecer denúncia e não a oferece
no prazo legal, mesmo após o prazo, ainda que 10 anos depois (desde que o crime não esteja prescrito), poderá ainda o MP
oferecer a denúncia, pois o prazo não preclui e o MP não sofre decadência.

! OBS.: Juiz não pode iniciar um processo de OFÍCIO, valendo salientar que o processo criminal instaura-se com o
RECEBIMENTO da denúncia. Assim, não é o simples oferecimento da peça acusatória que faz surgir o processo, pois o juiz
pode rejeitar a denúncia ou queixa ou recebê-la.

! DICA: O entendimento dominante estabelece que não mais existe a obrigação do Ministério Público em denunciar,
mas sim em manifestar-se. Ou seja, ao ser comunicado formalmente da ocorrência de um delito, como por exemplo, pelo rece-
bimento dos autos do inquérito policial, o Ministério Público deverá manifestar-se, formando o que chamamos de opinio delicti.

Assim, recebidos os autos de inquérito ou outras peças de informação, o MP DEVERÁ oferecer denúncia OU devolver
os autos à delegacia para a continuidade das investigações OU requerer o arquivamento.

2.2. Ação penal pública condicionada


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A ação penal pública será condicionada nas hipóteses expressamente previstas em lei, existindo duas modalidades,
quais sejam, ação penal condicionada à requisição do Ministro da Justiça ou à representação do ofendido. Elas serão devida-
mente analisadas a seguir.

a) Ação penal pública condicionada à requisição do Ministro da Justiça.

Hoje as hipóteses desta ação são muito poucas e se restringem às seguintes situações:

- Crimes praticados contra a honra do Presidente da República ou Chefe de Governo Estrangeiro (art. 141, I, c/c, art. 145, pará-
grafo único, CP)

- Crimes cometidos por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil. (art. 7º, § 3º, b, CP)

! OBS.: Se o crime for de ação penal pública condicionada à requisição do Ministro da Justiça, sem a referida requisi-
ção não será possível ao Ministério Público promover a ação penal, uma vez que aquela configura condição específica de
procedibilidade. Porém, vale lembrar que a requisição do Ministro da Justiça não obriga a propositura da ação penal. Além disso,
a requisição é irretratável, não sendo possível, de acordo com entendimento dominante, sua retratação. Vale ressaltar, também,
que não existe prazo para o Ministro da Justiça apresentar a requisição, uma vez que a mesma, diferentemente da representação
da vítima, não está sujeita a prazo decadencial.

b) Ação penal pública condicionada à representação do ofendido.

Neste tipo de ação penal, o promotor


ADRIA deCRISTINA
justiça só poderá oferecer denúncia
DE CASTRO ROSAse houver a representação do ofendido,
funcionando esta, também, como uma condição específica de procedibilidade. Esta representação, vale lembrar, é uma mani-
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festação de vontade do ofendido ou de seu representante legal, no sentido de que seja o fato objeto de processo.
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A representação é despida de maiores rigores formais, podendo ser feita oralmente ou por escrito perante a autoridade
policial, o órgão do Ministério Público ou o juiz, nos termos do art. 39 do CPP.

Porém, uma vez feita a representação, o Ministério Público não está obrigado a oferecer denúncia, pois devem estar
presentes as demais condições e requisitos para a propositura da ação penal, dentre os quais a justa causa. O que obriga o MP
ao oferecimento da denúncia é a presença de todas as condições da ação.

Além disso, o ofendido não está obrigado a representar, porém se ele decidir fazê-lo, deverá apresentar sua manifes-
tação de vontade dentro do prazo decadencial de 6 meses contados do conhecimento da autoria do delito, nos termos do art.
38 do Código de Processo Penal. Ou seja, a representação deverá ser apresentada no prazo de seis meses a contar do momento
em que o ofendido souber quem foi o autor da prática delitiva. Não sendo oferecida a representação dentro do prazo de seis
meses contados da data em que se soube quem era o autor do fato (regra geral), a decadência implicará na perda do direito de
representação, e consequente extinção da punibilidade, na forma do art. 107, IV do Código Penal.

ATENÇÃO! Se a vítima for menor de 18 anos, e o seu representante legal não oferecer a queixa crime ou a repre-
sentação, é majoritário o entendimento de que a vítima poderá exercer tanto o direito de queixa, se for crime de ação
penal privada, como o direito de representação, se for crime de ação pública a esta condicionada, ao completar 18 anos, mo-
mento a partir do qual, neste caso, serão contados os seis meses decadenciais.

Cumpre ainda lembrar que se o ofendido for menor de 18 anos e não possuir representante legal, ou se os interesses
do representado forem conflitantes com os interesses do representante, o juiz nomeará um curador especial para o menor (art.
33 do CPP). Neste caso, apesar da ausência de previsão expressa em lei, entende-se que o curador terá o prazo de 6 meses a
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contar de sua nomeação para exercer o direito de representação. O mesmo aplicar-se-á aos crimes de ação penal privada e o
prazo para o exercício do direito de queixa pelo curador especial.

! OBS.: O prazo decadencial é prazo próprio, sofrendo preclusão temporal. Além disso, doutrina e jurisprudência
entendem que ao prazo decadencial NÃO se aplicam quaisquer hipóteses de suspensão, interrupção ou prorrogação. O mesmo
é ainda contado na forma do art. 10 do Código Penal, incluindo-se, portanto, o dia do início, e pouco importando se o dia do
início ou o último caem em dias úteis ou não. Assim, se a vítima soube quem era o autor do fato no sábado, 10 de maio, este
será o primeiro dia dos seis meses decadenciais, vencendo-se o prazo no dia 09 de novembro, independentemente deste dia
possuir ou não expediente forense.

Ou seja, o prazo decadencial para o exercício tanto do direito de queixa como do direito de representação não se
prorroga, não se interrompe e não se suspende.

Já o prazo de que dispõe o Ministério Público para a formação da opinio delicti e consequente exercício da ação penal
configura prazo impróprio e, portanto, não preclui. Mesmo após o decurso do prazo indicado pelo art. 46 do CPP, poderá o MP
oferecer a denúncia, requerer o arquivamento ou a devolução dos autos para a delegacia a fim de continuarem as investigações.
O MP não sofre decadência.

! DICA: Deve-se estar atento à análise sobre se o prazo é PROCESSUAL PENAL ou PENAL, uma vez que a contagem
dos mesmos se dá de forma distinta.

Contagem de prazos PROCESSUAIS PENAIS, aos quais se aplica o art. 798 do CPP:

Art. 798. Todos os prazos correrão em cartório e serão contínuos e peremp- tórios, não se interrompendo por
férias, domingo ou dia feriado.
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§ 1º Não se computará no prazo o dia do começo, incluindo-se, porém, o do vencimento.
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§ 2º A terminação dos prazos será certificada nos autos pelo escrivão; será, porém, considerado findo o prazo,
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ainda que omitida aquela formalidade, se feita a prova do dia em que começou a correr.
§ 3º O prazo que terminar em domingo ou dia feriado considerar-se-á prorrogado até o dia útil imediato.
§ 4º Não correrão os prazos, se houver impedimento do juiz, força maior, ou obstáculo judicial oposto pela
parte contrária.
§ 5º Salvo os casos expressos, os prazos correrão:
a) da intimação;
b) da audiência ou sessão em que for proferida a decisão, se a ela estiver presente a parte;
c) do dia em que a parte manifestar nos autos ciência inequívoca da sen- tença ou despacho.

Contagem de prazos PENAIS, com aplicação do art. 10 do CP:

Art. 10. O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calen-
dário comum.

! OBS.: A contagem dos prazos de PRESCRIÇÃO, DECADÊNCIA, PRISÃO E CUMPRIMENTO DE PENA é feita na
forma do art. 10 do CP, são, portanto, prazos penais! E devemos incluir o dia do início e excluir o dia do final. Da mesma forma,
não importa se o primeiro e o último dia é ou não útil, isso não faz diferença.

Exemplo: Imagine que, em um crime de ação penal privada, a vítima tenha tomado conhecimento da autoria do fato no
dia 15 de novembro de 2016, feriado nacional por ser dia da Proclamação da República. O fato se ser feriado não importa, pois
como o prazo decadencial é um prazo penal, o dia do início é incluído e não importa se é útil ou não. Assim, o primeiro dia é o
próprio dia 15/11/2016. A queixa tem que ser oferecida dentro do prazo decadencial de seis meses (art. 38 do CPP).
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Contando-se 6 meses a partir de 15/11/2016 observamos o seguinte:

dezembro = 1 mês

janeiro = 2 meses

fevereiro = 3 meses

março = 4 meses

abril = 5 meses

maio = 6 meses

Ou seja, o prazo decadencial vencerá em maio de 2016. Como a vítima conheceu da autoria em 15/11/2016, comple-
tam-se 6 meses em 14/05/2017 (porque devemos contar os seis meses e excluir o dia do final).

O problema é que dia 14/05/2017 cai em um domingo, e o prazo decadencial não se prorroga, assim, a queixa terá que
ser oferecida até a sexta-feira anterior, dia 12, pois se for oferecida na segunda já terá ocorrido a decadência do direito de queixa.

! DICA! Natureza jurídica da representação e da requisição nos crimes de ação penal pública condicionada:

Nas infrações de ação penal pública


ADRIA condicionada,
CRISTINAo DE Ministério
CASTRO Público somente poderá oferecer a denúncia se pre-
ROSA
sente, além das condições genéricas para o exercício do direito de ação, mais um requisito, consistente na representação do
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ofendido (ação penal pública condicionada à representação) ou na requisição do Ministro da Justiça (ação penal pública condi-
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cionada à requisição).

Assim, representação do ofendido e requisição do Ministro da Justiça são condições específicas de procedibilidade.

A representação do ofendido nada mais é que uma manifestação inequívoca de vontade, que independe de maiores
formalidades, podendo ser extraída, por exemplo de um simples depoimento da vítima em sede policial. A representação, da
mesma forma que a queixa-crime nas infrações de ação penal privada, sujeita-se ao prazo decadencial de 6 meses previsto no
art. 38 do CPP, que deve ser contado a partir da data em que a vítima vem a saber quem foi o autor do fato.

A representação é retratável até o oferecimento da denúncia, sendo ainda possível a retratação da retratação, desde
que dentro do prazo decadencial de 6 meses, ressalvadas as hipóteses de infrações de menor potencial ofensivo quando, por
força do parágrafo único do art. 74 da Lei 9.099/95, a composição civil dos danos levaria à renúncia ao direito de representação
e, para muitos, extinção da punibilidade.

A requisição do Ministro da Justiça, no entanto, é irretratável e não se sujeita a prazo decadencial, conforme entendi-
mento doutrinário dominante.

Outrossim, devemos lembrar que nem a representação, nem a requisição do Ministro da Justiça, vinculam o Ministério
Público, que formará a opinio delicti em razão da presença ou ausência das condições da ação.

Outra característica da representação é a de que ela é retratável, ou seja, a pessoa pode representar e depois voltar
atrás. A retratação da representação, na regra geral, não carece de fundamentação, inclusive, é possível a retratação da retra-
tação. Entretanto, como bem elucida o art. 25 do CPP, pode haver a retratação até o oferecimento da denúncia. Logo, a repre-
sentação do ofendido é irretratável depois do oferecimento da denúncia.

A exceção à regra ocorre nos crimes de violência doméstica e familiar contra a mulher que sejam de ação penal pública
condicionada, como se verifica, por exemplo, em caso de ameaça. Nestes casos, a Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006)
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estabelece que a retratação da representação somente será possível na presença do juiz, em audiência especialmente desig-
nada para tal fim, até o recebimento da denúncia (art. 16 da referida lei). Assim dispõe o artigo:

Art. 16 da Lei 11.340/2006 – Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que
trata esta Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente desig-
nada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público.

Por fim, ainda em relação ao tema representação, vale elucidar que esta somente poderá ser oferecida pelo:

- Ofendido

- Representante legal – age em nome da vítima que é viva, porém incapaz.

- Sucessor processual – se o ofendido for falecido ou declarado ausente por decisão judicial, a substituição ou sucessão
processual segue a regra do CADI (Cônjuge, Ascendente, Descendente e Irmão), conforme art. 24, § 1º, do CPP.

Oferecida a representação, para que o MP ofereça denúncia deverão estar presentes todas as condições da ação,
dentre as quais destaca-se a justa causa para a ação penal, consistente na prova da existência do crime e nos indícios suficientes
de autoria.

Justa Causa é a existência de lastro ou suporte probatório mínimo (prova da existência do crime e indícios suficientes
de autoria) extraído de peças de informação, de forma a evitar uma acusação temerária. Sobre a justa causa:
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Não nos parece corretadricrosa8@gmail.com
a afirmação de que para a sua admissibilidade basta que a denúncia esteja lastreada
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em prova da autoria e materialidade. Se examinarmos tais elementos ao nível da dogmática Penal, vamos
constatar que autoria e materialidade não chegam sequer a configurar um juízo de tipicidade, na medida em
que as normas Penais incriminadoras têm outros elementos essenciais, quer subjetivos, descritivos ou nor-
mativos.
(…) Não basta que, formalmente, a denúncia (…) impute ao réu uma conduta típica, ilícita e culpável. Isto
satisfaz o aspecto formal da peça acusatória, mas para o regular exercício da ação pública se exige que os
fatos ali narrados tenham alguma ressonância na prova do inquérito ou constante das peças de informação.
Em outras palavras, a acusação não pode resultar de um ato de fé ou de adivinhação do autor da ação penal.
Tudo que de essencial ele descrever na denúncia deve estar respaldado na prova do inquérito, ainda que de
forma frágil ou incompleta. (JARDIM, Afrânio Silva. Direito Processual Penal. Estudos e Pareceres. 11ª ed.
Rio de Janeiro: Forense, 2002. pp. 97-8)

3. Ação penal privada

3.1. Queixa-crime

Em certos casos previstos em lei, a publicidade inerente aos atos processuais de alguns crimes seria mais prejudicial
do que o próprio fato ou ainda que a própria impunidade do agressor, por esta razão, por critérios de política criminal, existe a
ação penal privada, tendo como titular o particular ofendido.

A queixa-crime é a peça inicial da ação penal privada, promovida pelo ofendido ou por quem tenha qualidade para
representá-lo. Caso o ofendido venha a falecer, ou seja declarado ausente por decisão judicial, o direito de queixa será transmi-
tido a seus sucessores processuais, seguindo a sequência do CADI (cônjuge, ascendente, descendente e irmão), nos termos
do art. 31 do Código de Processo Penal.

Por se tratar de uma petição inicial em matéria criminal, deve conter todos os requisitos do art. 41 do Código de Processo
Penal, também exigidos no oferecimento da denúncia, ou seja, imputação do crime, pedido de condenação, qualificação do
acusado e, quando necessário, rol de testemunhas.
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No que se refere ao prazo da queixa-crime, salvo expressa previsão legal em contrário, a queixa deverá ser oferecida
no prazo de seis meses a contar do momento que o ofendido tomou ciência da autoria do delito, sob pena de decadência (art.
38 do CPP). Ou seja, a queixa-crime possui prazo próprio para ser oferecida, existindo o prazo decadencial de 6 meses a contar
do momento em que a vítima toma ciência da autoria do delito.

Os crimes que preveem ação penal privada estão expressamente previstos em lei. Quando o Código for silente, o crime
será de ação penal pública incondicionada.

A queixa-crime é peça privativa de advogado e tem 2 características elementares:

- Não obrigatoriedade ou discricionariedade – a vítima move a queixa-crime se quiser, pode haver, inclusive, a renúncia ao
direito de queixa de forma expressa ou tácita contra todos os ofensores. A isto se dá o nome de oportunidade ou conveniência,
princípio regente da ação penal privada.
- Indivisibilidade – a queixa é indivisível, ou seja, a queixa contra qualquer um dos autores do crime obrigará o processo contra
todos. Caso exista renúncia ao direito de queixa em relação a um dos autores do delito, esta renúncia se estenderá a todos (arts.
48 e 49 do CPP).

! OBS.: A ação penal privada é discricionária na propositura e também discricionária durante o processo. Por isso,
após oferecida a queixa-crime, a vítima poderá desistir da pretensão deduzida, ou seja, poderá desistir do processo, e poderá
fazê-lo através do perdão ou através da perempção.

É importante lembrar que o perdão do ofendido também goza de indivisibilidade, pois o perdão oferecido a um dos
autores do delito, a todos se estenderá. Todavia o perdão configura-se como ato bilateral, pois o acusado deve aceitá-lo. Exis-
tindo uma pluralidade de acusados, caso um ou alguns deles não aceitem o perdão ofertado, o processo seguirá contra estes,
mas será extinto em favor dos que acataram o perdão.
ADRIA O perdãoDE
CRISTINA do ofendido,
CASTRO da ROSA
mesma forma que a perempção, funciona como
causa extintiva de punibilidade. dricrosa8@gmail.com
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3.2. Modalidades de ação penal privada

Existem as seguintes modalidades de ação penal privada:

a) Propriamente dita ou exclusiva – é aquela que, desde o início, o crime procede-se mediante queixa e está previsto expres-
samente no tipo penal. Este tipo de ação penal privada pode ser proposta pela vítima, representante legal ou sucessor proces-
sual.

b) Personalíssima – é aquela que não admite representação legal, nem substituição processual. Só quem pode mover a ação
privada é a vítima. Só existe um crime motivador de ação penal personalíssima que é o induzimento a erro essencial ou ocultação
de impedimento para o casamento (art. 236 do Código Penal). Este crime ocorre nos casos em que um dos cônjuges casa com
outrem sem prestar uma informação essencial, havendo o induzimento a um erro essencial. Neste caso, SOMENTE o cônjuge
que tenha sido ofendido é que pode propor a ação. Para esta ação penal, há uma condição específica, a anulação do referido
casamento.

c) Alternativa ou Secundária – manifesta-se nos crimes contra a honra de servidor público em razão das funções que estes
exercem. Nestes crimes existem duas ações penais possíveis, ação penal pública condicionada à representação ou ação penal
privada.

! OBS.: A ação penal alternativa ou secundária possui, inclusive, expressão na jurisprudência do STF, haja vista a
Súmula 714 que prevê a legitimidade concorrente do ofendido, mediante queixa, e do Ministério Público, condicionada à repre-
sentação do ofendido, para a ação penal por crime contra a honra de servidor público em razão do exercício de suas funções.

d) Privada subsidiária da pública – inicialmente deve-se estar diante de uma hipótese em que originalmente o crime era de
ação penal pública, podendo ser incondicionada ou condicionada, no qual o Ministério Público nada fez, quedou-se inerte. Sa-
bemos que o MP é regido pelo princípio da obrigatoriedade, o que significa que deverá, recebendo os autos de inquérito ou
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outras peças de informação, manifestar-se, formando a opinio delicti, decidindo pelo oferecimento da denúncia, devolução dos
autos à delegacia ou requerer o arquivamento. A inércia do MP não é compatível com o princípio da obrigatoriedade que rege a
ação penal pública e, por isso, ficando ele inerte, ou seja, quando não apresenta nenhum tipo de manifestação no prazo legal
(art. 46 do CPP), será possível o oferecimento, por parte da vítima, da queixa subsidiária.

! LEMBRE-SE: não será cabível a ação penal privada subsidiária da pública caso o MP se manifeste, assim, se o MP
oferecer denúncia, requerer o arquivamento ou devolver os autos do inquérito para a delegacia não será possível o oferecimento
da queixa subsidiária.

A queixa subsidiária pode ser intentada por representante legal (no caso de vítima menor ou incapaz a qualquer título)
ou pelo sucessor processual (em caso de morte da vítima), valendo ressaltar que a figura do sucessor deve respeitar a ordem
prevista no art. 31 do CPP (CADI: cônjuge, ascendente, descendente, irmão).

Ressalte-se que qualquer dos agentes tem legitimidade para propor a referida a ação e, comparecendo mais de uma
pessoa com direito de queixa, aplica-se o constante no art. 36 do Código de Processo Penal, sendo a ordem de preferência,
mas não uma ordem de vontades.

Art. 36. Se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, terá preferência o cônjuge, e, em seguida,
o parente mais próximo na ordem de enumeração constante do art. 31, podendo, entretanto, qualquer delas
prosseguir na ação, caso o querelante desista da instância ou a abandone.

Sobre a sucessão processual: ADRIA CRISTINA DE CASTRO ROSA


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(…) caso o ofendido morra ou seja considerado ausente por decisão judicial, autoriza a lei que familiares
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(parentesco biológico ou civil) prossigam no intuito de ajuizar ação penal contra o agressor ou dar continui-
dade, caso ela já tenha sido proposta. O rol deste artigo é taxativo e segue exatamente a ordem dada: em
primeiro lugar, o cônjuge, passando, em seguida, ao ascendente, descendente e irmão. Em caso de omissão
de um ou recusa, o legitimado seguinte pode optar pela propositura da ação. Havendo discordância, prevalece
o intuito daquele que pretende ingressar em juízo. (NUCCI, Guilherme de Souza. Código de processo penal
comentado. – 13ª ed. rev. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense, 2014. p. 123)

! OBS.: Na ação penal privada subsidiária da pública, o MP intervirá em todos os termos do processo, podendo ainda,
na forma do art. 29 do CPP, propor prova, recorrer de decisões interlocutórias, repudiar a queixa e oferecer denúncia substi-
tutiva, aditar a queixa (hipótese na qual se formará um litisconsórcio ativo, no qual o MP atuará como assistente litisconsorcial),
ou ainda, em caso de negligência do ofendido, retomar a ação como parte principal. Mas o que seria a “negligência” que autori-
zaria o MP a “retomar a ação”? Em crimes de ação penal pública não existe possibilidade de perdão ou de perempção, portanto,
negligência seria tentar dar margem a qualquer um destes institutos, incompatíveis com crimes de ação penal pública. Nestes
casos, o MP reassume o polo ativo da ação e a vítima é excluída da relação processual.

! DICAS: Vale ressaltar que não existe perempção nas ações penais privadas subsidiárias da pública, já que esta
hipótese de causa extintiva de punibilidade é exclusiva para as ações penais que são essencialmente privadas.

A queixa subsidiária possui prazo de 6 meses a partir do momento que findar o prazo de manifestação do Ministério
Público e houver inércia deste.

Oferecida a queixa subsidiária, o Ministério Público poderá aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva,
intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência
do querelante, retomar a ação como parte principal, tudo em conformidade com o art. 29 do Código de Processo Penal.

! OBS.: Cuidado com o instituto do perdão do ofendido, o mesmo acarreta extinção da punibilidade, mas não gera
responsabilidade penal do agente. É uma decisão “de mérito”, mas não “com mérito”. Significa dizer que a decisão, embora faça
coisa julgada material, não reconhece a responsabilidade penal do indivíduo, pois o juiz não está condenando nem absolvendo.
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O juiz não chegou a apreciar o pedido. O processo apenas é extinto e é também extinta a punibilidade, na forma do art. 107, V,
CP.

Em relação ao perdão, lembre-se:

1. Não cabe perdão na ação penal privada subsidiária da pública.

2. O perdão é indivisível – o perdão oferecido para um estende-se aos demais, com fundamento no art. 51 do Código de Processo
Penal.

3. É ato bilateral – o perdão só vai existir se houver anuência do querelado, portanto, ele tem que ser aceito. Por isso, quando o
perdão é oferecido a um dos querelados, a oferta se estenderá a todos, mas somente produzirá efeitos em relação aos que o
aceitarem. Havendo pluralidade de querelados e um deles não aceitar o perdão, o processo se extingue para aqueles que o
aceitaram, mas continuará para os demais, com fundamento no art. 51 do Código de Processo Penal.

! OBS.: Perempção. O art. 60 do CPP é um artigo importantíssimo no assunto relacionado à ação penal privada, e
traz as hipóteses de perempção (que também acarreta a extinção do processo e da punibilidade sem que se caracterize qualquer
análise da responsabilidade do agente). Da mesma forma que no caso do perdão, não cabe perempção em hipótese de ação
penal privada subsidiária da pública, tendo em vista que o crime é de ação penal pública. Na ação penal privada o querelante é
que tem que adotar as diligências para o andamento processual, caso não adote, pode haver a perempção.

Vale salientar que a perempção deve ser decretada pelo juiz, e pode ocorrer nas seguintes hipóteses, todas trazidas
pelo art. 60 do CPP:

1ª) Se o querelante deixar de dar andamento


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atos processuais por 30 dias seguidos.
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2ª) Se o querelante morrer e não aparecer quem tenha818.916.441-49
qualidade para sucedê-lo em 60 dias.

3ª) Se o querelante deixar de comparecer sem justificativa aos atos processuais.

4ª) Se o querelante deixar de formular pedido de condenação nas alegações finais ou memoriais.

5ª) Em sendo o querelante pessoa jurídica esta se extinguir sem deixar sucessores.
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4. Rol de crimes de ação penal privada e ação penal pública condicionada (LISTA MENCIONADA NA AULA)

4.1. Crimes de ação penal privada no Código Penal

Espécie Crime Observações importantes:

Atenção às exceções previstas no parágrafo do art. 145 do CP, ou


Calúnia (Art. 138) :seja
- injúria real e injúria preconceituosa: ação penal pública condicionada
à representação;

Crimes contra a Difamação (Art. 139) - crimes contra a honra do Presidente da República ou chefe de
honra governo estrangeiro: ação penal pública condicionada à requisição
do Ministro da Justiça;

- crimes contra a honra de servidor em razão das funções: ação


Injúria (Art. 140) penal pública condicionada à representação, mas deve ser
observada a Súmula 714 do STF.

Alteração de limites (Art. 161 caput)


Usurpação de
propriedade particu- Usurpação de águas (Art. 161 inc. I) Observar o § 3º do art. 161
lar
Esbulho possessório
ADRIA (Art. 161 inc. II)DE CASTRO ROSA
CRISTINA
dricrosa8@gmail.com
Dano simples – Art. 163,818.916.441-49
caput)

Dano qualificado por motivo egoístico ou


com prejuízo considerável para a vítima
Verificar o art. 167 do CP
Crimes contra o (Art. 163, IV)
patrimônio
Introdução ou abandono de animais em
propriedade alheia (Art. 164)

Fraude à Execução (Art. 179) Art. 179, parágrafo único, do CP

Os §§ 1º e 2º do art. 184 são crimes de ação penal pública in-


Dos crimes contra a
Violação de direito autoral (Art. 184 caput) condicionada e o § 3º de ação penal pública condicionada à
propriedade imaterial
representação.

Dos crimes contra Induzimento a erro essencial e ocultação É o único crime de ação penal privada personalíssima (que não
o casamento de impedimento (Art. 236) admite representante legal ou sucessor processual)

Dos crimes contra a Exercício arbitrário das próprias razões


administração da jus- (Art. 345) (salvo se há emprego de violên- Art. 345, parágrafo único, do CP
tiça cia)
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4.2. Crimes de ação penal privada na legislação extravagante

Lei Observações importantes:

Os crimes contra a propriedade industrial são de ação penal


privada, salvo na hipótese do art. 191 da Lei nº 9.279/96, em
que a ação penal será pública.
Art. 191. Reproduzir ou imitar, de modo que possa in-
Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996. (Regula direitos e obri- duzir em erro ou confusão, armas, brasões ou distinti-
gações relativos à propriedade industrial). vos oficiais nacionais, estrangeiros ou internacionais,
sem a necessária autorização, no todo ou em parte, em
marca, título de estabelecimento, nome comercial, in-
sígnia ou sinal de propaganda, ou usar essas reprodu-
ções ou imitações com fins econômicos.

4.3. Crimes de ação penal pública condicionada do Código Penal

Espécie Crime Observações

Exceção: Lesão corporal em violência do-


ADRIA CRISTINA DE CASTRO ROSA méstica e familiar contra a mulher é crime
dricrosa8@gmail.com de ação penal pública incondicionada. De-
Lesão corporal leve e culposa (Art. 129,
818.916.441-49 cisão proferida pelo STF no julgamento da
caput, por força do disposto no art. 88 da ADC 19 e ADI 4424, e sumulada pelo STJ
Dos crimes contra a pessoa Lei nº 9.099/95) no enunciado 542:
"A ação penal relativa ao crime de lesão
corporal resultante de violência doméstica
contra a mulher é pública incondicionada."

Perigo de contágio venéreo (Art. 130)

Calúnia contra servidor público no exercí-


cio de suas funções (Art. 138 c/c parágrafo Atenção à Súmula 714 do STF.
único do art. 145 do CP)

Difamação contra servidor público no exer-


cício de suas funções (Art. 139 c/c pará-
grafo único do art. 145 do CP)

Injúria contra servidor público no exercício


de suas funções (Art. 140 c/c parágrafo
Crimes contra a honra
único do art. 145 do CP)

Injúria preconceituosa (art. 140, § 3º) é


crime de ação penal pública condicionada
à representação do ofendido.

Na Injúria real, quando da violência resul-


tado lesão corporal, o entendimento é o de
que se aplica o art. 88 da Lei 9.099/95,
exigindo-se a representação
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Ameaça (Art. 147 do CP)


Crimes contra a liberdade pessoal
Perseguição (Art. 147-A)

Em regra são crimes de ação penal condi-


cionada a representação, com exceção de
quem instala ou utiliza estação ou apare-
Violação de correspondência (Art. 151 do lho radioelétrico, sem disposição de dispo-
Dos crimes contra a inviolabilidade de CP) sição legal, bem como se o agente comete
correspondência o crime, com abuso de função em serviço
postal, telegráfico, radielétrico ou telefô-
nico, de acordo com o § 4º do art. 151)

Correspondência comercial (Art. 152)

A exceção ocorre quando resultar prejuízo


Divulgação de segredo (Art. 153 – em re-
para a Administração Pública, neste caso
gra somente se procede mediante repre-
Dos crimes contra a inviolabilidade dos a ação penal será incondicionada de
sentação)
segredos acordo com o § 2º do art. 153)

Violação do segredo profissional (Art. 154)

Não é punível a subtração de coisa co-


mum fungível, cujo valor não excede a
Furto de coisa comum (Art. 156)
quota a que tem direito o agente, de
ADRIA CRISTINA DE CASTRO ROSA acordo com o § 2º do art. 156.
dricrosa8@gmail.com
818.916.441-49 § 5º do art. 171 - Com o Pacote Anticrime,
o estelionato passou a exigir representa-
ção, salvo se a vítima for a Administração
Estelionato (art. 171)
pública direta ou indireta, criança ou ado-
lescente, idoso e pessoa com deficiência
mental.

Somente se procede mediante representa-


Dos crimes contra o patrimônio ção, e o juiz pode, conforme as circunstân-
Outras fraudes (Art. 176)
cias, deixar de aplicar a pena, de acordo
com o parágrafo único.

Nos crimes contra o patrimônio, sem vio-


lência ou grave ameaça, cometidos em
prejuízo do cônjuge desquitado ou judicial-
mente separado, de irmão, de tio ou sobri-
Crimes patrimoniais sem violência ou nho, com quem o agente coabita, a ação
grave ameaça (exceto dano) somente se procede mediante representa-
ção (art. 182).
ATENÇÃO ainda às escusas absolutórias
do art. 181.

Violação de direito autoral quando prati-


Quando a violação for de fonograma ou vi-
cada através de cabo, fibra ótica, satélite,
Dos crimes contra a propriedade deograma (art. 184, §§ 1º e 2º), o crime é
ondas etc, o crime será de ação penal pú-
imaterial de ação pública incondicionada (art. 186,
blica condicionada à representação (Art.
II, do CP).
184, § 3º, c/c art. 186, IV, do CP)
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ATENÇÃO AOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL

ATUALMENTE, todos os crimes contra a dignidade sexual são de AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA, mas esta mo-
dalidade de ação penal decorre da recente alteração implementada pela Lei 13.718/2018, que entrou em vigor em 25/09/2018.

Assim, para estes crimes, temos que ter atenção à data em que a conduta foi praticada, pois, se praticados antes da vigência
da lei supramencionada, devemos considerar a antiga redação do art. 225 do Código Penal, uma vez que devemos considerar
a irretroatividade da lei penal prejudicial.

Vejamos nas tabelas abaixo, a natureza da ação penal para os referidos delitos, a depender da data em que a conduta foi
praticada.

Crimes praticados a partir do dia 25.9.2018

(sob a vigência da redação dada pela Lei 13.718/2018)

Espécie Crime Natureza da ação penal

ADRIAEstupro
CRISTINA DE CASTRO ROSA
(Art. 213)
dricrosa8@gmail.com
Violação sexual mediante fraude (Art. 215)
818.916.441-49
Importunação sexual (Art. 215-A)
Assédio sexual
(Art. 216-A)
Estupro de vulnerável (Art. 217-A)
Corrupção de menores (Art. 218)
Todos de
Satisfação de lascívia mediante presença de
Dos crimes contra a criança ou adolescente (Art. 218-A) Ação penal pública
dignidade sexual
Favorecimento da prostituição ou de outra forma
de exploração sexual de criança ou adolescente incondicionada
ou de vulnerável (Art. 218-B)
Divulgação de cena de estupro ou de cena de es-
tupro de vulnerável, de cena de sexo ou de
pornografia (Art. 218-C)
Estupro coletivo
(arts. 213 ou 217-A, c/c art. 226, IV, a, do CP)
Estupro corretivo
(arts. 213 ou 217-A, c/c art. 226, IV, b, do CP)
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Crimes praticados entre 10.8.2009 e 24.9.2018


(sob a vigência da redação dada pela Lei 12.015/2009)
Espécie Crime Natureza da ação penal

REGRA:
Ação penal pública condicionada à representação.

EXCEÇÕES:
- estupro seguido de morte: Ação penal pública incondicionada;
Estupro - estupro seguido de lesão grave: Ação penal pública incondici-
(Art. 213) onada;
- estupro praticado mediante violência real: Ação penal pública
incondicionada (Súm. 608 do STF);
- estupro de vulneráveis (art. 217-A) ou quando a vítima for me-
nor de 18 anos*: Ação penal pública incondicionada (parágrafo
único do art. 225 do CP).

Regra: Ação penal pública condicionada.


Violação sexual mediante
ADRIA
fraude CRISTINA Exceção
(Art. 215) nos casos
DE CASTRO em que a vítima é vulnerável ou menor de
ROSA
18 anos (parágrafo único do art. 225 do CP).
dricrosa8@gmail.com
818.916.441-49
Dos crimes contra a dig- Regra: Ação penal pública condicionada.
Assédio sexual
nidade sexual Exceção nos casos em que a vítima é vulnerável ou menor de
(Art. 216-A)
18 anos (parágrafo único do art. 225 do CP).

Estupro de vulnerável Ação penal pública incondicionada (Art. 225, parágrafo único,
(Art. 217-A) do CP)

Regra: Ação penal pública condicionada.


Corrupção de menores
(Art. 218) Exceção nos casos em que a vítima é vulnerável ou menor de
18 anos (parágrafo único do art. 225 do CP).

Satisfação de lascívia me- Regra: Ação penal pública condicionada.


diante presença de criança Exceção nos casos em que a vítima é vulnerável ou menor de
ou adolescente (Art. 218-A) 18 anos (parágrafo único do art. 225 do CP).

Favorecimento da prostitui-
ção ou de outra forma de Regra: Ação penal pública condicionada.
exploração sexual de cri- Exceção nos casos em que a vítima é vulnerável ou menor de
ança ou adolescente ou de 18 anos (parágrafo único do art. 225 do CP).
vulnerável (Art. 218-B)
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Crimes contra a dignidade sexual praticados antes da Lei 12.015/2009


(até o dia 09.08.2009)
- Tomando por base o crime de estupro –
Crime Natureza da ação penal

estupro (regra) ação penal privada

estupro seguido de morte ação penal pública incondicionada

estupro seguido de lesão grave ação penal pública incondicionada

estupro em vítima pobre ação penal pública condicionada à representação

estupro com abuso do poder familiar ação penal pública incondicionada

estupro em menor de 14 anos ou vulnerável regra da época: ação penal privada

estupro mediante violência real Súmula 608 do STF: ação penal pública incondicionada

Contudo, embora clara, em nossa concepção, quanto a irretroatividade da lei penal prejudicial, quando do advento da
Lei 12.015/2009, surgiu séria discussão jurisprudencial no caso da ação penal do estupro de vulneráveis e menores de 18 anos
praticados antes da vigência daquela lei.ADRIA CRISTINA DE CASTRO ROSA
dricrosa8@gmail.com
Em tese, não perfazendo nenhuma das exceções antes mencionadas, o crime seria de ação penal privada. Contudo,
818.916.441-49
vejamos o que definiu o STF no julgamento do HC 123.971, julgado em 25/02/2016:

DIREITO CONSTITUCIONAL, PENAL E PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. ATENTADO VIO-


LENTO AO PUDOR CONTRA MENOR. 1. Não podem prevalecer decisões contraditórias do Poder Judiciário
cuja consequência seja a negativa de acesso à Justiça e o esvaziamento da proteção integral da criança,
prevista constitucionalmente (art. 227). 2. O art. 225 do Código Penal, na sua redação original, previa que em
crimes como o dos presentes autos somente se procedia mediante queixa, salvo se a vítima fosse pobre ou
tivesse ocorrido abuso do pátrio-poder. O dispositivo vigeu por décadas sem que fosse pronunciada a sua
inconstitucionalidade ou não recepção. 3. A Lei nº 12.015, de 07.08.2009, modificou o tratamento da matéria,
passando a prever ação pública incondicionada no caso de violência sexual contra menor. 4. Na situação
concreta aqui versada, o Poder Judiciário considerou, por decisão transitada em julgado, descabido o ofere-
cimento de queixa-crime pelo pai da vítima, entendendo tratar-se de crime de ação penal pública. Se o STF
vier a considerar, no presente habeas corpus, que não é admissível a ação penal pública, a consequência
seria a total desproteção da menor e a impunidade do crime. 5. À vista da excepcionalidade do caso concreto,
o art. 227 da CF/88 paralisa a incidência do art. 225 do Código Penal, na redação originária, e legitima a
propositura da ação penal pública. Aplicação do princípio da proibição de proteção deficiente. Precedente. 6.
Ordem denegada. (STF. HC 123971, Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI, Relator(a) p/ Acórdão: Min. RO-
BERTO BARROSO, Tribunal Pleno, julgado em 25/02/2016, DJe-123, PUBLIC 15-06-2016)

Portanto, atenção ao posicionamento do STF para os crimes de estupro praticados com a antiga presunção de violência,
ou seja, vítimas menores de 14 anos, que, independentemente da data em que praticado, será de ação penal pública incondici-
onada, em face da decisão acima colacionada.
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5. Observações importantes para o oferecimento da queixa-crime

5.1. Requisitos da queixa-crime

Inicialmente, devemos estar atentos aos requisitos da petição inicial da ação penal condenatória, seja ela uma denúncia,
na ação penal pública, ou uma queixa, nas ações penais privadas.

Tais requisitos estão elencados no art. 41 do CPP, que transcrevemos a seguir:

Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a
qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e,
quando necessário, o rol das testemunhas.

Especial atenção deve ser dada à exposição do fato criminoso, o qual deverá ser narrado em todas as suas circunstân-
cias, de forma a viabilizar o exercício da ampla defesa e do contraditório, sob pena de inépcia da inicial acusatória, na forma do
art. 395, inciso I, do CPP.

Contudo, além dos requisitos exigidos pelo art. 41 do CPP, ao elaborarmos uma queixa-crime, devemos ter atenção a
uma série de outros detalhes, igualmente importantes, os quais serão apresentados a seguir.

5.2. Prazo decadencial

No que se refere ao prazo para oferecimento da queixa-crime, salvo expressa previsão legal em contrário, a queixa
deverá ser oferecida no prazo de seis meses
ADRIA a contar do momento
CRISTINA que o ofendido
DE CASTRO tomou ciência da autoria do delito, sob pena
ROSA
de decadência (Art. 38 do CPP c/c art. 103 do CP). Ou seja, a queixa-crime
dricrosa8@gmail.com possui prazo próprio para ser oferecida, existindo o
prazo decadencial de 6 meses a contar do momento em que a vítima toma ciência da autoria do delito.
818.916.441-49
Referido prazo, lembramos, configura prazo penal, devendo ser contado na forma do art. 10 do CP.

Art. 10. O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calen-
dário comum.

ATENÇÃO: Devemos ainda nos lembrar da seguinte regra: "Prazo decadencial não se interrompe, não se sus-
pende nem se prorroga."

5.3. Procuração com poderes especiais

Para o oferecimento de um queixa-crime, o art. 44 do CPP exige que o advogado detenha procuração com poderes
especiais. Mas o que seriam esses "poderes especiais"?

A exigência funciona como mecanismo de proteção de todos os envolvidos, seja o ofendido, naquele ato querelante,
seu advogado, já que a queixa é peça privativa de advogado, e até mesmo o querelado.

É certo que a provocação de procedimento criminal por informação que sabe ser falsa configura o crime de denunciação
caluniosa, previsto no art. 339 do CP:

Art. 339. Dar causa à instauração de inquérito policial, de procedimento investigatório criminal, de
processo judicial, de processo administrativo disciplinar, de inquérito civil ou de ação de improbidade
administrativa contra alguém, imputando-lhe crime, infração ético-disciplinar ou ato ímprobo de que
o sabe inocente: (Redação dada pela Lei nº 14.110, de 2020, com vigência a partir de 21/12/2020)
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.
§ 1º - A pena é aumentada de sexta parte, se o agente se serve de anonimato ou de nome suposto.
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§ 2º - A pena é diminuída de metade, se a imputação é de prática de contravenção.

Imprescindível, portanto, que se possa identificar quem seria, na eventualidade da queixa configurar imputação falsa
de crime, de quem seria a responsabilidade penal pelo ocorrido.

Por tal motivo, a procuração dada pelo ofendido/querelante ao seu advogado deverá conter uma sucinta, porém com-
pleta, narrativa do fato a ser imputado através da queixa, com a indicação da data, crime supostamente praticado, e, principal-
mente, em face de quem a queixa deverá ser oferecida.

Se referido requisito não for preenchido, o juiz rejeitará a queixa liminarmente, sem que ocorra qualquer interrupção ou
suspensão do prazo decadencial. Até porque, como já dito, prazo decadencial não se interrompe, não se suspende nem se
prorroga.

Vejamos, portanto, o que estabelece o art. 44 do CPP:

Art. 44. A queixa poderá ser dada por procurador com poderes especiais, devendo constar do instrumento
do mandato o nome do querelante e a menção do fato criminoso, salvo quando tais esclarecimentos depen-
derem de diligências que devem ser previamente requeridas no juízo criminal.

Antes de prosseguir, faz-se necessário uma ressalva. O art. 44 acima transcrito possui um erro de semântica. No lugar
de "querelante" (sublinhamos no texto), devemos ler "querelado". Não há dúvidas de que esta era a intenção do legislador.

Mas não se assuste, não será necessário, na prova prático profissional que requeira uma peça de queixa crime, que o
candidato elabore a procuração. Mas ao identificar o querelante, que estará oferecendo a queixa através de seu advogado, deve
ADRIA CRISTINA DE CASTRO ROSA
ser feita menção expressa à "procuração com poderes especiais, conforme art. 44 do CPP."
dricrosa8@gmail.com
5.4. A competência para o processo e julgamento 818.916.441-49

Os crimes de ação penal privada têm foro de eleição, o que significa dizer que a competência territorial é de escolha do
ofendido quando do oferecimento da queixa. A vítima/ofendido poderá escolher entre oferecer a queixa no lugar da infração ou
no domicílio do réu (art. 73 do CPP).

Quanto à competência em razão da natureza da infração, os crimes de ação penal privada são hoje, em maioria, infra-
ções com pena máxima de até dois anos, portanto, é muito provável a competência dos Juizados Especiais Criminais.

Mas CUIDADO! Provável não significa necessário! Para o oferecimento da queixa-crime, será necessária a verificação
da pena máxima do crime praticado, e do qual será acusado o querelado, e, em sendo esta de até dois anos (inclusive) a
competência será do juizado especial criminal do local em que foi praticada a infração (art. 63 da Lei nº 9.099/95).

Mas se a infração tiver pena máxima superior a dois anos, ou se forem dois ou mais crimes cujas penas somadas
ultrapassem o patamar de dois anos, a competência será de uma das Varas Criminais da Comarca em que se consumou a
infração (art. 70 do CPP) ou do domicílio do réu, que, como dito, é foro de eleição na ação penal privada (art. 73 do CPP).

Lembre-se ainda que pode ocorrer um crime de ação penal privada no âmbito da violência doméstica e familiar contra
a mulher, e, neste caso, a competência será dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher.

Da definição da competência dependerá o endereçamento de sua queixa.

5.5. A legitimidade para o exercício do direito de queixa

Reparem que o legitimado para o exercício do direito de queixa é a vítima, que pode ou não ser plenamente capaz.
Para o oferecimento da queixa é preciso que a vítima possua 18 (dezoito) anos, pois o CPP trabalha com idade cronológica. Se
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a vítima for menor de 18 ou incapaz, a queixa deverá ser oferecida através do seu representante legal. Da mesma forma, é
possível que a vítima tenha falecido. Neste caso, o direito de queixa passará a um dos sucessores.

Ao elaborar a queixa devemos também estar atentos à legitimidade “ad causam” e ad processum, bem como à possi-
bilidade da sucessão processual do art. 31 do CPP.

Assim:

Caso seja a própria vítima a oferecer a queixa:

NOME DA VÍTIMA, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº , inscrito no CPF sob o nº ,
residência e domicílio, por seu advogado abaixo assinado, conforme procuração com poderes especiais em anexo, em confor-
midade com o artigo 44 do Código de Processo Penal, vem a Vossa Excelência oferecer…

Em caso de vítima menor ou por outro motivo incapaz:

NOME DA VÍTIMA, menor (ou incapaz), neste ato representada por NOME DO REPRESENTANTE LEGAL, nacionalidade, es-
tado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº , inscrito no CPF sob o nº , residência e domicílio, por seu advogado
abaixo assinado, conforme procuração com poderes especiais em anexo, em conformidade com o artigo 44 do Código de Pro-
cesso Penal, vem a Vossa Excelência oferecer…

Caso seja um dos sucessores (CADI) a oferecer a queixa:


ADRIA CRISTINA DE CASTRO ROSA
NOME DO SUCESSOR, nacionalidade, estado civil, dricrosa8@gmail.com
profissão, portador da carteira de identidade nº__, inscrito no CPF sob o nº
, residência e domicílio, por seu advogado abaixo assinado, conforme procuração com poderes especiais em anexo, em con-
818.916.441-49
formidade com o artigo 44 do Código de Processo Penal, vem a Vossa Excelência, na forma do art. 31 do Código de Processo
Penal, oferecer…

ou

NOME DO SUCESSOR, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da car- teira de identidade nº , inscrito no CPF sob o
nº , residência e domicílio, por seu advogado abaixo assinado, conforme procuração com poderes especiais em anexo, em
conformidade com o artigo 44 do Código de Processo Penal, vem a Vossa Excelência oferecer…

(NESTE CASO, ANTES DOS FATOS INCLUIR UMA PRELIMINAR EXPLICANDO QUE A VÍTIMA MORREU E QUE O QUE-
RELANTE OFERECE A QUEIXA NA FORMA DO ART. 31 DO CPP.)

5.6. O valor de reparação do dano de que trata o art. 387, inciso IV, do CPP

Com a reforma implementada no Código de Processo Penal pela Lei 11.719/2008, o art. 387, em seu inciso IV, passou
a viabilizar que o juiz criminal, ao proferir sentença condenatória, possa desde logo fixar, na própria sentença, os valores mínimos
de reparação do dano sofrido pela vítima.

A doutrina e a jurisprudência muito discutem o tema, surgindo, de tais discussões, as seguintes conclusões:

1) a fixação do quantum debeatur mínimo na sentença penal condenatória somente poderá ocorrer se o crime houver
sido praticado após a entrada em vigor da Lei 11.719/2008, responsável pela referida alteração. a hipótese é de norma mista
(penal e processual penal), vigorando a irretroatividade da norma penal prejudicial (posicionamento pacífico);

2) o juiz deverá ser provocado para a fixação dos referidos valores, sob pena de violação do princípio acusatório e
julgamento extra petita (posição controversa);
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3) os parâmetros e provas que levaram o juiz a definição do valor mínimo de reparação devem ter-se submetido ao
contraditório e à ampla defesa (posição majoritária).

Desta forma, ao elaborar uma queixa crime, devemos inserir, dentre os pedidos formulados, o requerimento de fixação
do valor mínimo de reparação dos danos sofridos pela vítima. Para tanto, basta incluir, após os pedidos de praxe, a seguinte
frase: "Requer ainda a fixação dos valores de reparação de que trata o art. 387, inciso IV, do CPP".

6. Estrutura da queixa-crime

Regra geral: em crimes de ação penal privada

Endereçamento:

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE


_______________________ (Regra Geral)

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO ____ JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA DE
_____________________ (Crimes tutelados pela Lei nº 9099\95 – crimes de pequeno poder ofensivo)

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO ____ JUIZADO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CON-
TRA A MULHER DA COMARCA DE _______________________
ADRIA CRISTINA DE(Crimes
CASTRO de Violência
ROSA Doméstica e Familiar contra a Mulher)
dricrosa8@gmail.com
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Identificação do Querelante e do Querelado

(Fazer parágrafo – regra dos dois dedos) Nome, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da Cédula de Identidade número
_______________, expedida pela ________________ inscrito no Cadastro de Pessoa Física do Ministério da Fazenda sob o
número ___________________, residência e domicílio, por seu advogado abaixo assinado, conforme procuração anexa a este
instrumento, vem oferecer

QUEIXA-CRIME

com base nos artigos 30, 41 e 44 do Código de Processo Penal e art. 100, § 2º do Código Penal, contra NOME, nacionalidade,
estado civil, profissão, portador da Cédula de Identidade número ____________, expedida pela ______ inscrito no Cadastro de
Pessoa Física do Ministério da Fazenda sob o número ____________________, residência e domicílio, pelas razões de fato e
de direito a seguir expostas:

1. Dos Fatos

Lembre-se do que dissemos ao abordar o art. 41 do CPP. A narrativa dos fatos, no caso de elaboração de uma queixa crime,
deve ser a necessária a garantia do contraditório e da ampla defesa por parte do acusado/querelado. Portanto, narre pormeno-
rizadamente os fatos praticados. Contudo, atenha-se aos elementos apresentados no enunciado da questão, sem criar fatos
novos.
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2. Do Direito

- Demonstrar o “animus” do agente (a intenção);

- Indicar que a conduta do querelado configura o crime de ação penal privada, mencionando o crime nominalmente, o artigo de
lei e eventuais agravantes, qualificadoras ou demais causas de aumento de pena, caso existam;

- Demonstrar que a conduta do agente adequa-se inequivocamente a tipificação feita.

3. Do Pedido

Ante o exposto, requer o querelante a Vossa Excelência que seja recebida a presente queixa-crime, citado o querelado
para responder aos termos da presente ação penal, e, ao final, que seja julgado procedente o pedido para condenar o querelado
nas penas do art. _______ (indicar artigo tipificado e suas possíveis combinações).

Requer ainda a intimação do Ministério Público, e que sejam fixados os valores de que tratam o art. 387, IV do CPP,
bem como sejam intimadas e inquiridas as testemunhas abaixo arroladas.

Termos em que

espera deferimento. ADRIA CRISTINA DE CASTRO ROSA


dricrosa8@gmail.com
818.916.441-49
Comarca, Data

Advogado

Rol de testemunhas:

1–

2–

3–

! DICAS MUITO IMPORTANTES:

1. Em se tratando de ação penal privada subsidiária da pública deve-se fundamentar a apresentação da queixa-crime
com base no art. 5o., LIX, da CRFB e nos arts. 29, 41 e 44 do CPP c/c o art. 100, § 3º do CP;

2. Existindo mais de um querelado, deve-se fazer a identificação de todos (atenção ao princípio da indivisibilidade da
ação penal privada);

3. Quando se tratar da elaboração de uma queixa-crime, devemos estar atentos às peculiaridades dos procedimentos
dos crimes contra honra e dos juizados especiais criminais. Portanto, devemos também verificar se a hipótese é da competência
da vara criminal ou do juizado especial criminal.
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Seja para fins de endereçamento da peça prático-profissional, seja para que elaborarmos o pedido adequadamente,
devemos, antes, verificar se o crime é ou não infração de menor potencial ofensivo.

Lembre-se que são infrações de menor potencial ofensivo as contravenções penais e os crimes cuja pena máxima
privativa de liberdade não ultrapasse 2 (dois) anos, desde que não se trate de infração praticada no âmbito da violência doméstica
e familiar contra a mulher.

Além disso, em caso de concurso material de duas ou mais infrações de menor potencial ofensivo, imprescindível veri-
ficar o somatório das penas máximas dos crimes e, caso o total ultrapasse DOIS anos, a competência, de acordo com o STF e
o STJ, será da Vara Criminal, embora haja posicionamento diverso dentre os enunciados do FONAJE (Enunciado 120 do Forum
Nacional dos Juizados Especiais). Para nossa prova, entretanto, devemos adotar a posição dos Tribunais Superiores, que
colacionamos a seguir:

Posição do STJ

PROCESSO PENAL. RECURSO EM HABEAS CORPUS. CRIMES DE RESISTÊNCIA E DE LESÃO COR-


PORAL LEVE. ALEGADA INCOMPETÊNCIA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL. EXEGESE DO ART. 61
DA LEI N. 9.099/1995. PENA MÁXIMA COMINADA. CONCURSO MATERIAL. SOMATÓRIO. OBSERVÂNCIA
DA PENA MÁXIMA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL CARACTERIZADO. NULIDADE ABSOLUTA. RECURSO
PROVIDO.
1. A Constituição Federal, em atenção ao devido processo legal, estatui, como garantia individual, o juízo
natural, e impõe que "XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção" e "LIII - ninguém será processado
nem sentenciado senão pela autoridade competente".
2. A criação dos Juizados Especiais concretiza a garantia do acesso à Justiça e permite a materialização da
tutela jurisdicional de maneira célere e mais simples. Já no aspecto penal, adota medidas despenalizadoras,
reduzindo a característica
ADRIA CRISTINA punitiva paraDE
crimes considerados
CASTRO ROSAde menor potencial ofensivo.
3. O rito célere e simplificado não atenta o devido processo legal, contudo, a competência do Juizado Especial
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Criminal se encerra no contexto criminoso cuja pena máxima não exceda dois anos, haja ou não concurso de
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delitos.
4. A atuação do JECRIM em casos cuja pena máxima excedam o limite do art. 61 da Lei n. 9.099/1995 fere o
princípio do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, por retirar da parte a possibilidade de,
em processo mais dilatado e amplo, produzir as provas que entender necessárias.
5. No caso em exame, o somatório das penas máximas em abstrato dos crimes excedeu o limite legal de 2
anos, de modo que é da competência absoluta da Justiça comum o processamento e julgamento da ação
penal.
6. Recurso em habeas corpus provido para declarar a nulidade da ação desde o recebimento da denúncia.
(STJ, RHC 84.633/RJ, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado em 14/09/2017, DJe
22/09/2017)
PROCESSUAL PENAL E PENAL. RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. AÇÃO PENAL PRIVADA.
CALÚNIA, DIFAMAÇÃO E INJÚRIA. AUDIÊNCIA PRÉVIA DE CONCILIAÇÃO. NÃO REALIZAÇÃO. NULI-
DADE. INOCORRÊNCIA. CONCURSO MATERIAL DE INFRAÇÕES DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO.
SOMA DAS PENAS EM ABSTRATO SUPERIOR A DOIS ANOS. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM.
ATIPICIDADE DO FATO. AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA. IMPOSSIBILIDADE. DESCRIÇÃO RAZOÁVEL
DOS FATOS IMPUTADOS. TESES DEFENSIVAS QUE DEPENDEM DE INSTRUÇÃO. CONSTRANGI-
MENTO ILEGAL NÃO EVIDENCIADO. RECURSO IMPROVIDO.
1. As instâncias ordinárias reconheceram que por diversas vezes foi tentado efetivar a intimação do recorrente
sobre a designação da audiência de conciliação, restando todos aqueles atos judiciais frustrados. Ademais, o
querelante, em duas oportunidades, manifestou perante o Togado que não tinha interesse em conciliar-se
com o ofensor. Tais fatos, demonstram a prescindibilidade da realização da audiência prévia de conciliação,
inexistindo ofensa ao art. 520 do CPP.
2. A despeito dos delitos em apuração serem de menor potencial ofensivo, deve-se considerar a soma das
penas máximas em abstrato em concurso material, ou, ainda, a devida exasperação, na hipótese de crime
continuado ou concurso formal, e ao se verificar que o resultado da adição é superior a dois anos, afasta-se
a competência do Juizado Especial Criminal.
3. Há na inicial razoável descrição dos fatos imputados ao recorrente, tendo sido devidamente discriminadas
as condutas relativas a cada crime e apontadas as respectivas normas penais infringidas, com, inclusive, o
detalhamento das circunstâncias de modo, tempo e local concernentes a cada delito, como se denota das fls.
4/6 do apenso.
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4. O Tribunal a quo, valendo-se dos fundamentos de trecho extraído do Parecer da Procuradoria-Geral de


Justiça, consignou que "a inicial relata a possibilidade da ocorrência dos crimes narrados, não havendo, por-
tanto, razão para impedir a continuidade do feito, já que o relato das condutas realizadas e das palavras
proferidas pode, sim, caracterizar os crimes pelos quais o paciente está sendo processado". (fl. 57) 5. Com
efeito, atestar que a conduta em questão se amolda ao exercício regular de direito e que houve consunção da
difamação pela injúria implicam necessária dilação probatória a ser realizada no curso da ação penal.
6. Recurso em Habeas Corpus improvido.
(STJ, RHC 60.883/SC, Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 09/08/2016, DJe
19/08/2016)

Posição do STF

DECISÃO: Trata-se de Recurso Extraordinário interposto pelo Ministério Público do Estado do Piauí, contra
acórdão do Tribunal de Justiça que declarou sua competência para processar e julgar originariamente o vere-
ador recorrido, por crimes de menor potencial ofensivo. O recorrente, Ministério Público do Estado do Piauí,
alega que a competência do Tribunal de Justiça, estabelecida em Constituição Estadual, não pode prevalecer
sobre a competência dos juizados especiais, prevista no art. 98, I, da Constituição da República. É o relatório.
Decido. A competência dos juizados não se aplica ao caso dos autos. Apura-se a prática dos crimes de calú-
nia, injúria e difamação, durante entrevista concedida a uma emissora de rádio local. Assim, diante do con-
curso de crimes, que eleva a pena máxima abstrata a mais de dois anos, os fatos deixam de ser da compe-
tência do juizado. Com efeito, é da jurisprudência pacífica do Supremo Tribunal Federal que “Havendo con-
curso de infrações penais, que isoladamente sejam consideradas de menor potencial ofensivo, deixam de sê-
lo, levando-se em consideração, em abstrato, a soma das penas ou o acréscimo, em virtude desse concurso”
(HC 80.811, rel. min. MOREIRA ALVES). Do exposto, nego seguimento ao recurso (art. 21, §1º, do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal, c/c art. 38 da Lei 8.038/90). Publique-se. Brasília, 30 de agosto de 2010.
(STF, RE 581496,
ADRIA Relator(a):
CRISTINAMin. JOAQUIM BARBOSA,ROSA
DE CASTRO julgado em 30/08/2010, publicado em DJe-165 DI-
VULG 03/09/2010 PUBLIC 06/09/2010)
dricrosa8@gmail.com
818.916.441-49
Enunciado 120 do FONAJE

O concurso de infrações de menor potencial ofensivo não afasta a competência do Juizado Especial Criminal,
ainda que o somatório das penas, em abstrato, ultrapasse dois anos

Além disso, no caso de crimes contra a honra, importante destacar os parágrafos do art. 141 do CP, em especial o 2º.,
que trouxe grande aumento de pena para os crimes praticados através das redes sociais. Vejamos:

Art. 141 do CP ....


§ 1º - Se o crime é cometido mediante paga ou promessa de recompensa, aplica-se a pena em dobro. (Redação dada
pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 2º Se o crime é cometido ou divulgado em quaisquer modalidades das redes sociais da rede mundial de computadores,
aplica-se em triplo a pena. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

Embora ambos os dispositivos tenham surgido com o Pacote Anticrime (Lei 13.964/2019, que entrou em vigor em
23/01/2020), o § 2º. foi inicialmente vetado pelo Presidente da República, mas o veto foi derrubado pelo Congresso Nacional e
o dispositivo foi promulgado em 29/04/2021 (vigência a partir da publicação, que ocorreu no dia 30/04/2021).

Atenção, portanto, às tabelas abaixo:

Art. 138 do CP 2 anos* JECrim


Art. 138 c/c 141 caput
Quando praticada:
CALÚNIA** -contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro; 2 anos e 8
- contra funcionário público, em razão de suas funções, ou contra os Presidentes do Senado Vara Criminal
meses*
Federal, da Câmara dos Deputados ou do Supremo Tribunal Federal;
- na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação;
- contra pessoa maior de 60 anos ou portadora de deficiência, exceto no caso de injúria.
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Art. 138 c/c 141 § 1º


4 anos* Vara Criminal
Quando cometida mediante paga ou promessa de recompensa.
Art. 138 c/c 141 § 2º
6 anos* Vara Criminal
Quando cometida através das redes sociais.
Art. 139 do CP 1 ano* JECrim
Art. 139 c/c 141 caput
Quando praticada:
-contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro; 1 anos e 4
- contra funcionário público, em razão de suas funções, ou contra os Presidentes do Senado JECrim
meses*
Federal, da Câmara dos Deputados ou do Supremo Tribunal Federal;
DIFAMAÇÃO - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação;
- contra pessoa maior de 60 anos ou portadora de deficiência, exceto no caso de injúria.
Art. 139 c/c 141 § 1º
2 anos* JECrim
Quando cometida mediante paga ou promessa de recompensa.
Art. 139 c/c 141 § 2º
3 anos* Vara Criminal
Quando cometida através das redes sociais.

* pena máxima em abstrato ** quando praticada contra a mulher no âmbito doméstico e familiar, a competência, independente-
mente da pena, será do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher

Em caso de injúria, ressalvada as hipóteses em que praticada em concurso, ou quando praticada contra a mulher no
âmbito doméstico e familiar, todas as hipóteses permanecem no Juizado Especial Criminal, pois, ainda que a pena seja triplicada,
permanece dentro do patamar dos 2 anos, ou seja, infração de menor potencial ofensivo.

ADRIA CRISTINA DE CASTRO ROSA


dricrosa8@gmail.com
Assim, PARA FINS DE ENDEREÇAMENTO DA QUEIXA:
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A atenção deve ser redobrada também no tocante ao pedido a ser formulado na queixa crime. Tal pedido dependerá
do rito processual adotado. Portanto, é novamente de extrema importância a análise sobre se a infração é ou não de competência
dos Juizados Especiais Criminais, hipótese em que o procedimento a ser adotado é o rito sumaríssimo da Lei 9.099/95, que
prevê uma audiência preliminar durante a qual poderá ou não ocorrer a conciliação ou composição civil dos danos.

É fato que, ocorrendo a conciliação,


ADRIA o acordo homologado
CRISTINA pelo juiz acarreta
DE CASTRO ROSArenúncia ao direito de queixa, a qual so-
mente poderá ser oferecida se não houver o acordo civil, ao final da audiência preliminar.
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Contudo, em face do prazo decadencial de que trata o art. 38 do CPP, nem sempre é possível à vítima querelante
aguardar a realização da audiência, devendo o advogado, quando verifica que se aproxima o final do prazo de 6 (seis) meses,
oferecer a queixa, condicionando seu recebimento à realização da audiência preliminar e não ocorrência do acordo.

Desta forma:

Se a queixa foi oferecida perante o JECrim, o procedimento será o da Lei nº 9.099/95.

Consequentemente, deve ser observado se já ocorreu a audiência preliminar ou não.

Caso a audiência preliminar já tenha ocorrido, e não tenha havido conciliação, o pedido a ser formulado é o tradicional,
ou seja:

"DIANTE DO EXPOSTO, requer o querelante seja recebida a presente, citado o querelado para responder aos termos
da ação penal e, ao final, julgado procedente o pedido para condenar o querelado como incurso nas penas do art. … do CP (ou
lei extravagante, se for o caso).

Requer ainda seja fixado, na sentença condenatória, o valor de reparação de que trata o art. 387, inciso IV, do CPP,
bem como sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas."

ATENÇÃO: ESTE MESMO PEDIDO ACIMA (QUE CHAMAMOS DE TRADICIONAL OU NORMAL) DEVERÁ SER
UTILIZADO NO CASO DE UMA QUEIXA-CRIME OFERECIDA PERANTE A VARA CRIMINAL OU MESMO PERANTE O JU-
IZADO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER, EM CRIME DIVERSO DO CRIME CONTRA A
HONRA.
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Se a queixa foi oferecida perante o JECrim, caso a audiência preliminar ainda não tenha ocorrido:

DIANTE DO EXPOSTO, requer o querelante seja designada audiência preliminar, na forma do artigo 72 da Lei nº
9.099/95, e, em caso de impossibilidade de conciliação, requer seja recebida a presente, citado o querelado para responder aos
termos da ação penal e, ao final, julgado procedente o pedido para condenar o querelado como incurso nas penas do art. … do
CP (ou lei extravagante, se for o caso).

Requer ainda seja fixado, na sentença condenatória, o valor de reparação de que trata o art. 387, inciso IV, do CPP,
bem como sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas."

TRATANDO-SE DE CRIMES CONTRA A HONRA, a queixa poderá ser oferecida tanto no JECrim como na Vara Cri-
minal (ou até mesmo perante o Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher), dependendo da pena da conduta
imputada.

Contudo, crimes contra a honra possuem um rito processual próprio, previsto no art. 519 e seguintes do CPP, e depen-
dem de uma audiência de conciliação (ou reconciliação) prévia, prevista no art. 520 do CPP.

Como nos Juizados Especiais Criminais o próprio procedimento contempla um momento para conciliação, esta neces-
sidade já é, de certa forma, suprida.

ADRIA CRISTINA DE CASTRO ROSA


dricrosa8@gmail.com
Mas, se a queixa – em um crime contra a honra - está sendo oferecida perante uma Vara Criminal ou Juizado de Violência
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Doméstica e Familiar contra a Mulher, onde será adotado o rito sumário, deve-se formular o pedido da seguinte forma:

DIANTE DO EXPOSTO, requer o querelante seja designada audiência de conciliação, na forma do artigo 520 do Código de
Processo Penal, e, em caso de impossibilidade de conciliação, requer seja recebida a presente, citado o querelado para respon-
der aos termos da ação penal e, ao final, julgado procedente o pedido para condenar o querelado como incurso nas penas do
art. …

Requer ainda seja fixado, na sentença condenatória, o valor de reparação de que trata o art. 387, inciso IV, do CPP,
bem como sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas."

! OBSERVAÇÕES:

- A oitiva do MP não precisaria ser requerida, mas pode ser incluída.

- É também possível o requerimento de fixação do valor mínimo de indenização pelo juiz sentenciante, na forma do art. 387, IV,
do CPP.
- Como visto acima, também devemos incluir o pedido de condenação dos querelados nas custas e demais despesas do processo.
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7. Modelos de queixa-crime

7.1. QUEIXA OFERECIDA PELA PRÓPRIA VÍTIMA PERANTE OS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS, APÓS A AUDIÊNCIA
PRELIMINAR

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO ___ JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA _____

NOME DA VÍTIMA, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº ____, inscrito no
CPF sob o nº ___, residência e domicílio, por seu advogado abaixo assinado, conforme procuração com poderes especiais em
anexo, em conformidade com o art. 44 do Código de Processo Penal, vem a Vossa Excelência, na forma dos artigos 30 e 41 do
Código de Processo Penal, e art. 100, § 2º do Código Penal, oferecer

QUEIXA CRIME

ADRIA CRISTINA DE CASTRO ROSA


dricrosa8@gmail.com
em face de ______, brasileiro, estado civil _____, profissão ________, identidade número ___, inscrito no CPF sob o nº __,
818.916.441-49
residência e domicílio, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

DOS FATOS

(Apresentar os fatos indicados no enunciado da questão, motivadores da ação penal privada).

DO DIREITO

(Indicar as razões jurídicas que justificam a tipificação da conduta).

DO PEDIDO

DIANTE DO EXPOSTO, requer o querelante seja recebida a presente, citado o querelado para responder aos
termos da ação penal e, ao final, julgado procedente o pedido para condenar o querelado como incurso nas penas do art. …. do
Código Penal (ou lei aplicável).

Requer também sejam fixados os valores de reparação do dano de que trata o artigo 387, IV, CPP.

Requer ainda sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas.

Nestes termos,
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Espera deferimento.

Comarca, data.

Advogado, OAB.

Rol de testemunhas:

1)

2)

3)

7.2. QUEIXA OFERECIDA PELA VÍTIMA INCAPAZ, ATRAVÉS DE SEU REPRESENTANTE LEGAL, PERANTE OS JUIZA-
DOS ESPECIAIS CRIMINAIS, APÓS A AUDIÊNCIA PRELIMINAR
ADRIA CRISTINA DE CASTRO ROSA
dricrosa8@gmail.com
818.916.441-49

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO ___ JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA _____

NOME DA VÍTIMA, menor ou incapaz, neste ato representada por NOME DO REPRESENTANTE LEGAL, nacio-
nalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº ___, inscrito no CPF sob o nº ___, residência e domicílio,
por seu advogado abaixo assinado, conforme procuração com poderes especiais em anexo, em conformidade com o art. 44 do
Código de Processo Penal, vem a Vossa Excelência, na forma artigos 30 e 41 do Código de Processo Penal, e art. 100, § 2º do
Código Penal, oferecer

QUEIXA CRIME

em face de ______, nacionalidade, estado civil, profissão, identidade número ___, inscrito no CPF sob o n°__, residência e
domicílio, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

DOS FATOS

(Apresentar os fatos indicados no enunciado da questão, motivadores da ação penal privada).


CURSO PARA A 2ª FASE DE PENAL
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DO DIREITO

(Indicar as razões jurídicas que justificam a tipificação da conduta).

DO PEDIDO

DIANTE DO EXPOSTO, requer o querelante seja recebida a presente, citado o querelado para responder aos
termos da ação penal e, ao final, julgado procedente o pedido para condenar o querelado como incurso nas penas do art. …. do
Código Penal (ou lei aplicável).

Requer também sejam fixados os valores de que tratam o art. 387, IV do CPP.

Requer ainda sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas.

Nestes termos

Espera deferimento. ADRIA CRISTINA DE CASTRO ROSA


dricrosa8@gmail.com
818.916.441-49
Comarca, data.

Advogado, OAB.

Rol de testemunhas:

1)

2)

3)

7.3. QUEIXA OFERECIDA PELO SUCESSOR DA VÍTIMA FALECIDA, PERANTE OS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS,
APÓS A AUDIÊNCIA PRELIMINAR

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO ___ JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA _____
CURSO PARA A 2ª FASE DE PENAL
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NOME DO SUCESSOR, nacionalidade, estado civil, portador da carteira de identidade nº ___, inscrito no CPF sob
o nº ___, residência e domicílio, por seu advogado abaixo assinado, conforme procuração com poderes especiais em anexo, em
conformidade com o art. 44 do Código de Processo Penal, vem a Vossa Excelência, na forma do art. 31 do Código de Processo
Penal, na forma dos artigos 30 e 41 do Código de Processo Penal, e art. 100, § 4º do Código Penal, oferecer

QUEIXA CRIME

em face de ______, nacionalidade, estado civil, profissão, identidade número ___, inscrito no CPF sob o n°__, residência e
domicílio, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

PRELIMINARMENTE

Cabe ressaltar que, em verdade a vítima dos fatos objeto da presente, NOME DA VÍTIMA, faleceu na data
________, não havendo tempo hábil para o exercício do seu direito de queixa, motivo pelo qual o querelante, _________ (indicar
se cônjuge ou companheiro, ascendente, descendente
ADRIA ou irmão)
CRISTINA DEoferece
CASTRO a queixa
ROSAna forma do art. 31 do Código de Processo
Penal. dricrosa8@gmail.com
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DOS FATOS

(Apresentar os fatos indicados no enunciado da questão, motivadores da ação penal privada).

DO DIREITO

(Indicar as razões jurídicas que justificam a tipificação da conduta).

DO PEDIDO

DIANTE DO EXPOSTO, requer o querelante seja recebida a presente, citado o querelado para responder aos
termos da ação penal e, ao final, julgado procedente o pedido para condenar o querelado como incurso nas penas do art. …. do
Código Penal (ou lei aplicável).

Requer também sejam fixados os valores de que tratam o art. 387, IV do CPP.

Requer ainda sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas.

Nestes termos
CURSO PARA A 2ª FASE DE PENAL
PROFESSORAS ANA CRISTINA MENDONÇA E CLÁUDIA BARROS

Espera deferimento.

Comarca, data.

Advogado, OAB.

Rol de testemunhas:

1)

2)

3)

7.4. QUEIXA OFERECIDA PELA PRÓPRIA VÍTIMA PERANTE OS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS, ANTES DA AUDIÊN-
CIA PRELIMINAR:
ADRIA CRISTINA DE CASTRO ROSA
dricrosa8@gmail.com
818.916.441-49

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO ___ JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA _____

NOME DA VÍTIMA, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº ____, inscrito no
CPF sob o nº ___, residência e domicílio, por seu advogado abaixo assinado, conforme procuração com poderes especiais em
anexo, em conformidade com o art. 44 do Código de Processo Penal, vem a Vossa Excelência, na forma artigos 30 e 41 do
Código de Processo Penal, e art. 100, § 2º do Código Penal, oferecer

QUEIXA CRIME

em face de ______, nacionalidade, estado civil, profissão, identidade número ___, inscrito no CPF sob o n°__, residência e
domicílio, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

DOS FATOS

Apresentar os fatos indicados no enunciado da questão, motivadores da ação penal privada.


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DO DIREITO

Indicar as razões jurídicas que justificam a tipificação da conduta.

DO PEDIDO

DIANTE DO EXPOSTO, requer o querelante seja designada audiência preliminar, na forma do artigo 72 da Lei
9.099/95, e, em caso de impossibilidade de conciliação, requer seja recebida a presente, citado o querelado para responder aos
termos da ação penal e, ao final, julgado procedente o pedido para condenar o querelado como incurso nas penas do art. …. do
Código Penal (ou lei aplicável).

Requer também sejam fixados os valores de que tratam o art. 387, IV do CPP.

Requer ainda sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas.

Nestes termos

Espera deferimento.
ADRIA CRISTINA DE CASTRO ROSA
dricrosa8@gmail.com
818.916.441-49
Comarca, data.

Advogado, OAB.

Rol de testemunhas:

1)

2)

3)

7.5. QUEIXA OFERECIDA PELA VÍTIMA INCAPAZ, ATRAVÉS DE SEU REPRESENTANTE LEGAL, PERANTE OS JUIZA-
DOS ESPECIAIS CRIMINAIS, ANTES DA AUDIÊNCIA PRELIMINAR:

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO ___ JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA _____
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PROFESSORAS ANA CRISTINA MENDONÇA E CLÁUDIA BARROS

NOME DA VÍTIMA, menor ou incapaz, neste ato representada por NOME DO REPRESENTANTE LEGAL, nacio-
nalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº ___, inscrito no CPF sob o nº ___, residência e domicílio,
por seu advogado abaixo assinado, conforme procuração com poderes especiais em anexo, em conformidade com o art. 44 do
Código de Processo Penal, vem a Vossa Excelência, na forma artigos 30 e 41 do Código de Processo Penal, e art. 100, § 2º do
Código Penal, oferecer

QUEIXA CRIME

em face de ______, nacionalidade, estado civil, profissão, identidade número ___, inscrito no CPF sob o n°__, residência e
domicílio, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

DOS FATOS

Apresentar os fatos indicados no enunciado da questão, motivadores da ação penal privada.

DO DIREITO
ADRIA CRISTINA DE CASTRO ROSA
Indicar as razões jurídicas que justificam a tipificação da conduta.
dricrosa8@gmail.com
818.916.441-49

DO PEDIDO

DIANTE DO EXPOSTO, requer o querelante seja designada audiência preliminar, na forma do artigo 72 da Lei
9.099/95, e, em caso de impossibilidade de conciliação, requer seja recebida a presente, citado o querelado para responder aos
termos da ação penal e, ao final, julgado procedente o pedido para condenar o querelado como incurso nas penas do art. …. do
Código Penal (ou lei aplicável).

Requer também sejam fixados os valores de que tratam o art. 387, IV do CPP.

Requer ainda sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas.

Nestes termos

Espera deferimento.

Comarca, data.

Advogado, OAB.

Rol de testemunhas:
CURSO PARA A 2ª FASE DE PENAL
PROFESSORAS ANA CRISTINA MENDONÇA E CLÁUDIA BARROS

1)

2)

3)

7.6. QUEIXA OFERECIDA PELO SUCESSOR DA VÍTIMA FALECIDA, PERANTE OS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS,
ANTES DA AUDIÊNCIA PRELIMINAR:

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO ___ JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA _____

NOME DO SUCESSOR, nacionalidade, estado civil, portador da carteira de identidade nº ___, inscrito no CPF sob
o nº ___, residência e domicílio, por seuADRIA
advogadoCRISTINA
abaixo assinado, conforme procuração
DE CASTRO ROSA com poderes especiais em anexo, em
conformidade com o art. 44 do Código de Processo Penal, vem a Vossa
dricrosa8@gmail.com Excelência, na forma do art. 31 do Código de Processo
Penal, na forma dos artigos 30 e 41 do Código de Processo Penal, e art. 100, § 2º do Código Penal, oferecer
818.916.441-49

QUEIXA CRIME

em face de ______, nacionalidade, estado civil, profissão, identidade número ___, inscrito no CPF sob o n°__, residência e
domicílio, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

PRELIMINARMENTE

Cabe ressaltar que, em verdade a vítima dos fatos objeto da presente, NOME DA VÍTIMA, faleceu na data
________, não havendo tempo hábil para o exercício do seu direito de queixa, motivo pelo qual o querelante, _________ (indicar
se cônjuge ou companheiro, ascendente, descendente ou irmão) oferece a queixa na forma do art. 31 do Código de Processo
Penal.

DOS FATOS

Apresentar os fatos indicados no enunciado da questão, motivadores da ação penal privada.

DO DIREITO
CURSO PARA A 2ª FASE DE PENAL
PROFESSORAS ANA CRISTINA MENDONÇA E CLÁUDIA BARROS

Indicar as razões jurídicas que justificam a tipificação da conduta.

DO PEDIDO

DIANTE DO EXPOSTO, requer o querelante seja designada audiência preliminar, na forma do artigo 72 da Lei
9.099/95, e, em caso de impossibilidade de conciliação, requer seja recebida a presente, citado o querelado para responder aos
termos da ação penal e, ao final, julgado procedente o pedido para condenar o querelado como incurso nas penas do art. …. do
Código Penal (ou lei aplicável).

Requer também sejam fixados os valores de que tratam o art. 387, IV do CPP.

Requer ainda sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas.

Nestes termos

Espera deferimento.

Comarca, data.
ADRIA CRISTINA DE CASTRO ROSA
Advogado, OAB.
dricrosa8@gmail.com
818.916.441-49

Rol de testemunhas:

1)

2)

3)

7.7. MODELOS DE QUEIXA OFERECIDA PELA PRÓPRIA VÍTIMA, PERANTE A VARA CRIMINAL

* O mesmo modelo será utilizado no caso de oferecimento de queixa perante o Juizado de Violência Doméstica e Familiar
contra a Mulher, hipótese na qual deverá ser alterado o endereçamento

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ______
CURSO PARA A 2ª FASE DE PENAL
PROFESSORAS ANA CRISTINA MENDONÇA E CLÁUDIA BARROS

NOME DA VÍTIMA, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº ____, inscrito no
CPF sob o nº ___, residência e domicílio, por seu advogado abaixo assinado, conforme procuração com poderes especiais em
anexo, em conformidade com o art. 44 do Código de Processo Penal, vem a Vossa Excelência, na forma artigos 30 e 41 do
Código de Processo Penal, e art. 100, § 2º do Código Penal, oferecer

QUEIXA CRIME

em face de ______, nacionalidade, estado civil, profissão, identidade número ___, inscrito no CPF sob o n°__, residência e
domicílio, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

DOS FATOS

Apresentar os fatos indicados no enunciado da questão, motivadores da ação penal privada.

DO DIREITO

Indicar as razões jurídicas que justificamADRIA


a tipificação da conduta.
CRISTINA DE CASTRO ROSA
dricrosa8@gmail.com
818.916.441-49
DO PEDIDO

DIANTE DO EXPOSTO, requer o querelante seja recebida a presente, citado o querelado para responder aos
termos da ação penal e, ao final, julgado procedente o pedido para condenar o querelado como incurso nas penas do art. …. do
Código Penal (ou lei aplicável).

Requer também sejam fixados os valores de que tratam o art. 387, IV do CPP.

Requer ainda sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas.

Nestes termos

Espera deferimento.

Comarca, data.

Advogado, OAB.

Rol de testemunhas:

1)
CURSO PARA A 2ª FASE DE PENAL
PROFESSORAS ANA CRISTINA MENDONÇA E CLÁUDIA BARROS

2)

3)

7.8. MODELOS DE QUEIXA OFERECIDA PELA VÍTIMA INCAPAZ, ATRAVÉS DE SEU REPRESENTANTE LEGAL, PE-
RANTE A VARA CRIMINAL

* O mesmo modelo será utilizado no caso de oferecimento de queixa perante o Juizado de Violência Doméstica e Familiar
contra a Mulher, hipótese na qual deverá ser alterado o endereçamento

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ______

NOME DA VÍTIMA, menorADRIA ou incapaz, neste ato DE


CRISTINA representada
CASTRO porROSA
NOME DO REPRESENTANTE LEGAL, nacio-
nalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº
dricrosa8@gmail.com ___, inscrito no CPF sob o nº ___, residência e domicílio,
por seu advogado abaixo assinado, conforme procuração com poderes especiais em anexo, em conformidade com o art. 44 do
818.916.441-49
Código de Processo Penal, vem a Vossa Excelência, na forma artigos 30 e 41 do Código de Processo Penal, e art. 100, § 2º do
Código Penal, oferecer

QUEIXA CRIME

em face de ______, nacionalidade, estado civil, profissão, identidade número ___, inscrito no CPF sob o n°__, residência e
domicílio, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

DOS FATOS

Apresentar os fatos indicados no enunciado da questão, motivadores da ação penal privada.

DO DIREITO

Indicar as razões jurídicas que justificam a tipificação da conduta.

DO PEDIDO
CURSO PARA A 2ª FASE DE PENAL
PROFESSORAS ANA CRISTINA MENDONÇA E CLÁUDIA BARROS

DIANTE DO EXPOSTO, requer o querelante seja recebida a presente, citado o querelado para responder aos
termos da ação penal e, ao final, julgado procedente o pedido para condenar o querelado como incurso nas penas do art. …. do
Código Penal (ou lei aplicável).

Requer também sejam fixados os valores de que tratam o art. 387, IV do CPP.

Requer ainda sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas.

Nestes termos

Espera deferimento.

Comarca, data.

Advogado, OAB.

Rol de testemunhas:

1) ADRIA CRISTINA DE CASTRO ROSA


dricrosa8@gmail.com
2)
818.916.441-49
3)

7.9. MODELOS DE QUEIXA OFERECIDA PELO SUCESSOR DA VÍTIMA FALECIDA, PERANTE A VARA CRIMINAL

* O mesmo modelo será utilizado no caso de oferecimento de queixa perante o Juizado de Violência Doméstica e Familiar
contra a Mulher, hipótese na qual deverá ser alterado o endereçamento

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ______

NOME DO SUCESSOR, nacionalidade, estado civil, portador da carteira de identidade nº ___, inscrito no CPF sob
o nº ___, residência e domicílio, por seu advogado abaixo assinado, conforme procuração com poderes especiais em anexo, em
conformidade com o art. 44 do Código de Processo Penal, vem a Vossa Excelência, na forma do art. 31 do Código de Processo
Penal, na forma dos artigos 30 e 41 do Código de Processo Penal, e art. 100, § 2º do Código Penal, oferecer

QUEIXA CRIME
CURSO PARA A 2ª FASE DE PENAL
PROFESSORAS ANA CRISTINA MENDONÇA E CLÁUDIA BARROS

em face de ______, nacionalidade, estado civil, profissão, identidade número ___, inscrito no CPF sob o n°__, residência e
domicílio, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

PRELIMINARMENTE

Cabe ressaltar que, em verdade a vítima dos fatos objeto da presente, NOME DA VÍTIMA, faleceu na data
________, não havendo tempo hábil para o exercício do seu direito de queixa, motivo pelo qual o querelante, _________ (indicar
se cônjuge ou companheiro, ascendente, descendente ou irmão) oferece a queixa na forma do art. 31 do Código de Processo
Penal.

DOS FATOS

Apresentar os fatos indicados no enunciado da questão, motivadores da ação penal privada.

DO DIREITO

Indicar as razões jurídicas que justificamADRIA


a tipificação da conduta.
CRISTINA DE CASTRO ROSA
dricrosa8@gmail.com
818.916.441-49
DO PEDIDO

DIANTE DO EXPOSTO, requer o querelante seja recebida a presente, citado o querelado para responder aos
termos da ação penal e, ao final, julgado procedente o pedido para condenar o querelado como incurso nas penas do art. …. do
Código Penal (ou lei aplicável).

Requer também sejam fixados os valores de que tratam o art. 387, IV do CPP.

Requer ainda sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas.

Nestes termos

Espera deferimento.

Comarca, data.

Advogado, OAB.

Rol de testemunhas:
CURSO PARA A 2ª FASE DE PENAL
PROFESSORAS ANA CRISTINA MENDONÇA E CLÁUDIA BARROS

1)

2)

3)

7.10. MODELOS DE QUEIXA OFERECIDA PELA PRÓPRIA VÍTIMA, PERANTE A VARA CRIMINAL, EM CASO DE CRIMES
CONTRA A HONRA

* O mesmo modelo será utilizado no caso de oferecimento de queixa perante o Juizado de Violência Doméstica e Familiar
contra a Mulher, hipótese na qual deverá ser alterado o endereçamento.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ______

NOME DA VÍTIMA, nacionalidade, estado civil, profissão,


ADRIA CRISTINA DE CASTRO portador da carteira de identidade nº ____, inscrito no
ROSA
CPF sob o nº ___, residência e domicílio, por seudricrosa8@gmail.com
advogado abaixo assinado, conforme procuração com poderes especiais em
anexo, em conformidade com o art. 44 do Código de818.916.441-49
Processo Penal, vem a Vossa Excelência, na forma artigos 30 e 41 do
Código de Processo Penal, e art. 100, § 2º do Código Penal, oferecer

QUEIXA CRIME

em face de ______, nacionalidade, estado civil, profissão, identidade número ___, inscrito no CPF sob o n°__, residência e
domicílio, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

DOS FATOS

Apresentar os fatos indicados no enunciado da questão, motivadores da ação penal privada.

DO DIREITO

Indicar as razões jurídicas que justificam a tipificação da conduta.

DO PEDIDO

DIANTE DO EXPOSTO, requer o querelante seja designada audiência de conciliação, na forma do artigo 520 do
Código de Processo Penal, e, em caso de impossibilidade de conciliação, requer seja recebida a presente, citado o querelado
CURSO PARA A 2ª FASE DE PENAL
PROFESSORAS ANA CRISTINA MENDONÇA E CLÁUDIA BARROS

para responder aos termos da ação penal e, ao final, julgado procedente o pedido para condenar o querelado como incurso nas
penas do art. …. do Código Penal (ou lei aplicável).

Requer também sejam fixados os valores de que tratam o art. 387, IV do CPP.

Requer ainda sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas.

Nestes termos

Espera deferimento.

Comarca, data.

Advogado, OAB.

Rol de testemunhas:

1)
ADRIA CRISTINA DE CASTRO ROSA
2)
dricrosa8@gmail.com
3) 818.916.441-49

7.11. MODELOS DE QUEIXA OFERECIDA PELA VÍTIMA INCAPAZ, ATRAVÉS DE SEU REPRESENTANTE LEGAL, PE-
RANTE A VARA CRIMINAL, EM CASO DE CRIMES CONTRA A HONRA

* O mesmo modelo será utilizado no caso de oferecimento de queixa perante o Juizado de Violência Doméstica e Familiar
contra a Mulher, hipótese na qual deverá ser alterado o endereçamento.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ______

NOME DA VÍTIMA, menor ou incapaz, neste ato representada por NOME DO REPRESENTANTE LEGAL, nacio-
nalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº ___, inscrito no CPF sob o nº ___, residência e domicílio,
por seu advogado abaixo assinado, conforme procuração com poderes especiais em anexo, em conformidade com o art. 44 do
Código de Processo Penal, vem a Vossa Excelência, na forma artigos 30 e 41 do Código de Processo Penal, e art. 100, § 2º do
Código Penal, oferecer

QUEIXA CRIME
CURSO PARA A 2ª FASE DE PENAL
PROFESSORAS ANA CRISTINA MENDONÇA E CLÁUDIA BARROS

em face de ______, nacionalidade, estado civil, profissão, identidade número ___, inscrito no CPF sob o n°__, residência e
domicílio, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

DOS FATOS

Apresentar os fatos indicados no enunciado da questão, motivadores da ação penal privada.

DO DIREITO

Indicar as razões jurídicas que justificam a tipificação da conduta.

DO PEDIDO

DIANTE DO EXPOSTO, requer o querelante seja designada audiência de conciliação, na forma do artigo 520 do
Código de Processo Penal, e, em caso de impossibilidade de conciliação, requer seja recebida a presente, citado o querelado
para responder aos termos da ação penal e, ao final, julgado procedente o pedido para condenar o querelado como incurso nas
penas do art. …. do Código Penal (ou leiADRIA
aplicável).
CRISTINA DE CASTRO ROSA
dricrosa8@gmail.com
Requer também sejam fixados os valores de que tratam o art. 387, IV do CPP.
818.916.441-49
Requer ainda sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas.

Nestes termos

Espera deferimento.

Comarca, data.

Advogado, OAB.

Rol de testemunhas:

1)

2)

3)
CURSO PARA A 2ª FASE DE PENAL
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7.12. MODELOS DE QUEIXA OFERECIDA PELO SUCESSOR DA VÍTIMA FALECIDA, PERANTE A VARA CRIMINAL, EM
CASO DE CRIMES CONTRA A HONRA

* O mesmo modelo será utilizado no caso de oferecimento de queixa perante o Juizado de Violência Doméstica e Familiar
contra a Mulher, hipótese na qual deverá ser alterado o endereçamento.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ______

NOME DO SUCESSOR, nacionalidade, estado civil, portador da carteira de identidade nº ___, inscrito no CPF sob
o nº ___, residência e domicílio, por seu advogado abaixo assinado, conforme procuração com poderes especiais em anexo, em
conformidade com o art. 44 do Código de Processo Penal, vem a Vossa Excelência, na forma do art. 31 do Código de Processo
Penal, na forma dos artigos 30 e 41 do Código de Processo Penal, e art. 100, § 2º do Código Penal, oferecer

QUEIXA CRIME

ADRIA CRISTINA DE CASTRO ROSA


em face de ______, nacionalidade, estado civil, dricrosa8@gmail.com
profissão, identidade número ___, inscrito no CPF sob o n°__, residência e
domicílio, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir818.916.441-49
expostos.

PRELIMINARMENTE

Cabe ressaltar que, em verdade a vítima dos fatos objeto da presente, NOME DA VÍTIMA, faleceu na data
________, não havendo tempo hábil para o exercício do seu direito de queixa, motivo pelo qual o querelante, _________ (indicar
se cônjuge ou companheiro, ascendente, descendente ou irmão) oferece a queixa na forma do art. 31 do Código de Processo
Penal.

DOS FATOS

Apresentar os fatos indicados no enunciado da questão, motivadores da ação penal privada.

DO DIREITO

Indicar as razões jurídicas que justificam a tipificação da conduta.

DO PEDIDO

DIANTE DO EXPOSTO, requer o querelante seja designada audiência de conciliação, na forma do artigo 520 do
Código de Processo Penal, e, em caso de impossibilidade de conciliação, requer seja recebida a presente, citado o querelado
CURSO PARA A 2ª FASE DE PENAL
PROFESSORAS ANA CRISTINA MENDONÇA E CLÁUDIA BARROS

para responder aos termos da ação penal e, ao final, julgado procedente o pedido para condenar o querelado como incurso nas
penas do art. ..... do Código Penal (ou lei aplicável).

Requer também sejam fixados os valores de que tratam o art. 387, IV do CPP.

Requer ainda sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas.

Nestes termos

Espera deferimento.

Comarca, data.

Advogado, OAB.

Rol de testemunhas:

1)
ADRIA CRISTINA DE CASTRO ROSA
2)
dricrosa8@gmail.com
3) 818.916.441-49

7.13. MODELOS DE QUEIXA NA AÇÃO PENAL PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA

Lembre-se que, neste caso, estamos diante de um crime de ação penal pública no qual o Ministério Público descumpriu
o prazo do art. 46 do CPP, permanecendo inerte. Assim, surge para a vítima a oportunidade de oferecer a queixa-crime subsidi-
ária.

Referida queixa-crime subsidiária poderá ser oferecida perante a Vara Criminal, o Tribunal do Júri, os Juizados Especi-
ais Criminais, ou mesmo o Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, dependendo do crime praticado e da
competência para o seu processo e julgamento. Assim, você deve estar atento à possível diferença no endereçamento, como
indicado no quadro a seguir:

Hipótese Competência Endereçamento

Crime doloso contra a vida EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO


Tribunal do Júri
(consumado ou tentado) __ TRIBUNAL DO JÚRI DA COMARCA _______
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Infração praticada contra a Juizado de Violência Do- EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA
mulher no âmbito da vio- méstica e Familiar contra __ JUIZADO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CON-
lência doméstica a Mulher TRA A MULHER DA COMARCA _______

Infração de menor poten- Juizado Especial Crimi- EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO
cial ofensivo nal __ JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA _______

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA


Outras hipóteses Vara Criminal
__ VARA CRIMINAL DA COMARCA _______

Os exemplos abaixo referem-se a uma queixa-crime subsidiária oferecida perante a Vara Criminal.

QUEIXA-CRIME SUBSIDIÁRIA OFERECIDA PELA PRÓPRIA VÍTIMA

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ______

NOME DA VÍTIMA, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº ____, inscrito no
CPF sob o nº ___, residência e domicílio, por seu advogado abaixo assinado, conforme procuração com poderes especiais em
anexo, em conformidade com o art. 44ADRIA
do Código de Processo
CRISTINA DEPenal, vem a Vossa
CASTRO ROSAExcelência, na forma artigos 29 e 41 do
Código de Processo Penal, e art. 100, § 3º do Código Penal, oferecer
dricrosa8@gmail.com
818.916.441-49

QUEIXA-CRIME SUBSIDIÁRIA

em face de ______, nacionalidade, estado civil, profissão, identidade número ___, inscrito no CPF sob o n°__, residência e
domicílio, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

PRELIMINARMENTE

Embora a conduta ora imputada ao querelante se caracterize como infração de ação penal pública verifica-se que
o Ministério Público recebeu as peças de informação em ___/___/___, sendo certo que permanece inerte até a presente data.
Assim, possui o ora querelante legitimidade para o oferecimento da presente queixa subsidiária, conforme arts. 5o., LIX, da
Constituição Federal, 100, § 3o., do Código Penal e 29, do Código de Processo Penal.

DOS FATOS

Apresentar os fatos indicados no enunciado da questão, motivadores da ação penal privada.

DO DIREITO
CURSO PARA A 2ª FASE DE PENAL
PROFESSORAS ANA CRISTINA MENDONÇA E CLÁUDIA BARROS

Indicar as razões jurídicas que justificam a tipificação da conduta.

DO PEDIDO

Diante do exposto, requer seja recebida a presente queixa-crime subsidiária, citado o querelado para responder
aos termos da ação penal e ao final julgado procedente o pedido para condenar o querelado nas penas do art. ..... do Código
Penal (ou lei aplicável).

Requer também sejam fixados os valores de que tratam o art. 387, IV do CPP.

Requer ainda sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas.

Nestes termos

Espera deferimento.

Comarca, data.

Advogado, OAB. ADRIA CRISTINA DE CASTRO ROSA


dricrosa8@gmail.com
818.916.441-49
Rol de testemunhas:

1)

2)

3)

QUEIXA-CRIME SUBSIDIÁRIA OFERECIDA PELA VÍTIMA INCAPAZ, ATRAVÉS DE SEU REPRESENTANTE LEGAL:

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ______

NOME DA VÍTIMA, menor ou incapaz, neste ato representada por NOME DO REPRESENTANTE LEGAL, nacio-
nalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº ___, inscrito no CPF sob o nº ___, residência e domicílio,
CURSO PARA A 2ª FASE DE PENAL
PROFESSORAS ANA CRISTINA MENDONÇA E CLÁUDIA BARROS

por seu advogado abaixo assinado, conforme procuração com poderes especiais em anexo, em conformidade com o art. 44 do
Código de Processo Penal, vem a Vossa Excelência, na forma artigos 29 e 41 do Código de Processo Penal, e art. 100, § 3º do
Código Penal, oferecer

QUEIXA-CRIME SUBSIDIÁRIA

em face de ______, nacionalidade, estado civil, profissão, identidade número ___, inscrito no CPF sob o n°__, residência e
domicílio, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

PRELIMINARMENTE

Embora a conduta ora imputada ao querelante se caracterize como infração de ação penal pública verifica-se que
o Ministério Público recebeu as peças de informação em ___/___/___, sendo certo que permanece inerte até a presente data.
Assim, possui o ora querelante legitimidade para o oferecimento da presente queixa subsidiária, conforme arts. 5o., LIX, da
Constituição Federal, 100, § 3o., do Código Penal e 29, do Código de Processo Penal.

DOS FATOS ADRIA CRISTINA DE CASTRO ROSA


dricrosa8@gmail.com
Apresentar os fatos indicados no enunciado da questão, motivadores da ação penal privada.
818.916.441-49

DO DIREITO

Indicar as razões jurídicas que justificam a tipificação da conduta.

DO PEDIDO

Diante do exposto, requer seja recebida a presente queixa-crime subsidiária, citado o querelado para responder
aos termos da ação penal e ao final julgado procedente o pedido para condenar o querelado nas penas do art. ..... do Código
Penal (ou lei aplicável).

Requer também sejam fixados os valores de que tratam o art. 387, IV do CPP.

Requer ainda sejam intimadas as testemunhas abaixo arroladas.

Nestes termos

Espera deferimento.
CURSO PARA A 2ª FASE DE PENAL
PROFESSORAS ANA CRISTINA MENDONÇA E CLÁUDIA BARROS

Comarca, data.

Advogado, OAB.

Rol de testemunhas:

1)

2)

3)

QUEIXA-CRIME SUBSIDIÁRIA OFERECIDA PELO SUCESSOR DA VÍTIMA FALECIDA:

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTORADRIA


JUIZ DECRISTINA
DIREITO DADE
___CASTRO
VARA CRIMINAL
ROSA DA COMARCA DE ______
dricrosa8@gmail.com
818.916.441-49

NOME DO SUCESSOR, nacionalidade, estado civil, portador da carteira de identidade nº ___, inscrito no CPF sob
o nº ___, residência e domicílio, por seu advogado abaixo assinado, conforme procuração com poderes especiais em anexo, em
conformidade com o art. 44 do Código de Processo Penal, vem a Vossa Excelência, na forma do art. 31 do Código de Processo
Penal, na forma dos artigos 29 e 41 do Código de Processo Penal, e art. 100, § 3º do Código Penal, oferecer

QUEIXA-CRIME SUBSIDIÁRIA

em face de ______, nacionalidade, estado civil, profissão, identidade número ___, inscrito no CPF sob o n°__, residência e
domicílio, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.

PRELIMINARMENTE

Embora a conduta ora imputada ao querelante se caracterize como infração de ação penal pública verifica-se que
o Ministério Público recebeu as peças de informação em ___/___/___, sendo certo que permanece inerte até a presente data.
Assim, possui o ora querelante legitimidade para o oferecimento da presente queixa subsidiária, conforme arts. 5o., LIX, da
Constituição Federal, 100, § 3o., do Código Penal e 29, do Código de Processo Penal.

Ainda cabe ressaltar que, em verdade, a vítima dos fatos objeto da presente, NOME DA VÍTIMA, faleceu na data
________, não havendo tempo hábil para o exercício do seu direito de queixa, motivo pelo qual o querelante, _________ (indicar
se cônjuge ou companheiro, ascendente, descendente ou irmão) oferece a queixa-crime subsidiária na forma do art. 31 do
Código de Processo Penal.
CURSO PARA A 2ª FASE DE PENAL
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DOS FATOS

Apresentar os fatos indicados no enunciado da questão, motivadores da ação penal privada.

DO DIREITO

Indicar as razões jurídicas que justificam a tipificação da conduta.

DO PEDIDO

Diante do exposto, requer seja recebida a presente queixa-crime subsidiária, citado o querelado para responder
aos termos da ação penal e ao final julgado procedente o pedido para condenar o querelado nas penas do art. ..... do Código
Penal (ou lei aplicável).

Requer também sejam fixados os valores de que tratam o art. 387, IV do CPP.

Requer ainda sejam intimadas


ADRIAas testemunhas
CRISTINAabaixo arroladas. ROSA
DE CASTRO
dricrosa8@gmail.com
818.916.441-49
Nestes termos

Espera deferimento.

Comarca, data.

Advogado, OAB.

Rol de testemunhas:

1)

2)

3)

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