O documento apresenta um resumo sobre a queixa-crime, explicando que se trata da petição inicial de uma ação penal privada movida pelo ofendido. Apresenta os principais pontos a serem abordados na queixa-crime, como a qualificação das partes, a descrição dos fatos, a tipificação jurídica dos crimes e as provas a serem produzidas.
O documento apresenta um resumo sobre a queixa-crime, explicando que se trata da petição inicial de uma ação penal privada movida pelo ofendido. Apresenta os principais pontos a serem abordados na queixa-crime, como a qualificação das partes, a descrição dos fatos, a tipificação jurídica dos crimes e as provas a serem produzidas.
O documento apresenta um resumo sobre a queixa-crime, explicando que se trata da petição inicial de uma ação penal privada movida pelo ofendido. Apresenta os principais pontos a serem abordados na queixa-crime, como a qualificação das partes, a descrição dos fatos, a tipificação jurídica dos crimes e as provas a serem produzidas.
tem o interesse de punir por se tratar de segurança pública.
OBS: na ação penal privada por mais que o Estado
não tenha o interesse de provocar a ação, cabe a ele o dever de punir. Queixa-crime
Artigos importantes!
-Art. 100, CP -Art. 30, CPP.
-Art. 41, CPP.
-Art. 44, CPP.
-Art. 32, CPP.
Artigos importantes
Ação pública e de iniciativa privada
Art. 100 CP - A ação penal é pública, salvo quando a lei
expressamente a declara privativa do ofendido.
§ 1º - A ação pública é promovida pelo Ministério Público, dependendo, quando
a lei o exige, de representação do ofendido ou de requisição do Ministro da Justiça. § 2º - A ação de iniciativa privada é promovida mediante queixa do ofendido ou de quem tenha qualidade para representá-lo. § 3º - A ação de iniciativa privada pode intentar-se nos crimes de ação pública, se o Ministério Público não oferece denúncia no prazo legal. (Art. 46, CPP) § 4º - No caso de morte do ofendido ou de ter sido declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou de prosseguir na ação passa ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. Artigos importantes
Art. 30, CPP. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para
representá-lo caberá intentar a ação privada.
Art. 31,CPP. No caso de morte do ofendido ou quando
declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão
Art. 41, CPP. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato
criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas. Artigos importantes
Art. 44, CPP. A queixa poderá ser dada por
procurador com poderes especiais, devendo constar do instrumento do mandato o nome do querelante e a menção do fato criminoso, salvo quando tais esclarecimentos dependerem de diligências que devem ser previamente requeridas no juízo criminal.
Súmula 594 STF
Os direitos de queixa e de representação podem ser exercidos, independentemente, pelo ofendido ou por seu representante legal. Expressões importantes
Querelante – Autor da ação penal privada. Pode ser a
vítima ou seu representante.
Querelado – É o autor dos fatos, ou seja, o réu na
ação penal.
CADI – Cônjuge, Ascendente, Descendente e Irmão.
Representam a vítima, em caso de morte ou ausência. (Artigo 31, CPP).
Querela – É o litígio, a demanda judicial
Expressões importantes
OBS: Só existe “réu” depois que a ação
penal foi instaurada. Na queixa-crime não há que se falar em réu.
A expressão réu só deve ser utilizado
depois que o juiz receber a queixa. Do Prazo Decadencial
É, sem dúvidas, um dos pontos mais importantes no
estudo da ação penal privada. É que você deve ficar atento ao prazo decadencial.
Isso porque o Estado limita o tempo para que você
possa exercer seu direito de queixa.
Esse prazo está previsto no artigo 38 do Código de
Processo Penal e também no artigo 103 do Código Penal. Do Prazo Decadencial
O prazo decadência deve ser contado do dia em
que a vítima souber quem é o autor dos fatos.
Cuidado com isso! – não é do dia dos fatos,
conta-se 06 meses para que a queixa-crime possa ser oferecida. Do Prazo Decadencial
O prazo decadencial é direito material e não formal.
Ou seja, a forma de se contar prazo no direito penal é diferente de se contar prazo no direito processual.
É importante saber que o prazo decadencial é prazo
penal material e não processual e, por isso, a sua forma de contar é diferente. Exemplo
Filisbina, no dia 10.03.2019, encontrou sobre sua
mesa, na sala de aula, uma carta em que estava escrito que toda turma sabia que ela era uma vagabunda e burra. Muito ofendida com as expressões, Filisbina faz uma notícia crime na delegacia e, o delegado, depois de investigar, informou a Filisbina, no dia 20.03.2019, que quem tinha escrito a carta era Filisbino – um desafeto que ela tinha na turma. Em posse dessas informações, qual seria o último dia para Filisbina oferecer uma queixa-crime contra Filisbino? Resposta
O primeiro detalhe que você deve observar é que a
data dos fatos é diferente da data em que ela tomou conhecimento da autoria. Para fins de prazo decadencial vale o dia do conhecimento da autoria. Desta feita, façamos de forma bem prática. Contamos seis meses a partir de 20 de março e, depois, retiramos 01 dia do final (lembra-se do dia do início? Pois é, se contamos ele, no final, temos que retirar 01 dia). Assim o último dia para oferecer a queixa-crime será 19 de setembro de 2019. Ou seja, seis meses após março e menos 01 dia. (06 meses menos 01 dia). DICA
OBS: sempre que uma questão lhe apresentar datas,
não perca tempo. Faça uma linha do tempo e vá pontuando todas as informações. Isso será imprescindível para você não errar prazos. Endereçamento
Observe que o artigo 394 do Código de Processo Penal
determinou que os crimes cuja pena máxima em abstrato não ultrapasse 02 anos, serão julgado no rito sumaríssimo.
O rito sumaríssimo é previsto na Lei 9.099/95 (Juizados
Especiais Criminais). Todos os crimes de ação penal privada tem pena máxima em abstrato menor ou igual a 02 anos. Ocorre que, em havendo concurso de crimes, pode ser que a soma das penas máximas em abstrato ultrapasse 02 anos. Endereçamento
O autor praticou calúnia (artigo 138, CP) e difamação
(artigo 139, CP) em concurso material (artigo 69, CP – soma as penas), já teremos a pena máxima em abstrato superior a dois anos. Isso significa que, a competência não será mais do Juizado Especial. Nesse caso o endereçamento de sua peça ao invés de colocar “EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL DA COMARCA....”, você irá colocar: “EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ...VARA CRIMINAL DA COMARCA...”. Da Queixa-Crime
I- Da Qualificação das Partes
Já no início da petição você deverá apresentar
de forma minuciosa a qualificação do querelante (vítima) e do querelado (autor dos fatos).
Mas cuidado! Use apenas as informações
dadas no caso – nunca invente informações. EXEMPLO
ENRICO, brasileiro, estado civil, profissão, RG, CPF,
endereço, vem, por intermédio de seu advogado constituído com poderes especiais, que a esta subscreve, vem, respeitosamente, oferecer QUEIXA- CRIME, com fundamento no artigo 30 do Código de Processo Penal e do artigo 100, § 2º, do Código Penal, em razão da prática das infrações penais praticadas por HELENA, brasileira, estado civil, profissão, RG, CPF, endereço, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas. Da Queixa-Crime
Observação: Ao fazer a qualificação, você mencionará que
“fulano, devidamente representado por seu procuração deve ter poderes especiais conforme estabelece o artigo 41, CPP. A prova não irá te cobrar para fazer procuração, mas na qualificação você deve mencionar expressamente que “Fulano, devidamente representado por seu procurador, COM PODERES ESPECIAIS, vem diante de Vossa Excelência, oferecer QUEIXA- CRIME....”. Usar essa expressão irá demonstrar ao examinador que você tem conhecimento da necessidade de poderes especiais para ajuizar um ação penal privada. Da Queixa-Crime
II – Da Descrição dos Fatos
A queixa-crime é a única peça em que os fatos são
avaliados e, devem ser minuciosos. Veja que é o contrário do que tenho dito a você nas outras peças. Aqui você deve organizar os fatos de forma lógica e cronológica. Descreva em parágrafos. Explique o fato em si. Cite a data, o local, as pessoas, as palavras ou gestos proferidos. Da Queixa-Crime
III – Do Direito – Qualificação Jurídica dos
Fatos
Ao explicar o direito, seja minucioso. Aponte em
qual dispositivo de lei se enquadra cada ato praticado pelo autor, ora querelado. Se forma vários crimes em um mesmo contexto, separe-os. Da Queixa-Crime
Explique cada fato isoladamente dando a ele a tipificação correta.
Vamos trabalhar com um exemplo:
Observe a frase: “Você, Filisbino, é um vagabundo, ladrão.
Furtou o celular do professor. E além de tudo é burro, idiota, não sabe nem conversar direito”. Se ela foi proferida contra Filisbino na frente de várias pessoas, teremos a seguinte tipificação: - “é vagabundo” – Incorreu em Difamação (artigo 139, CP). - “Furtou o celular do professor” – Incorreu em Calúnia (artigo 138, CP). - “é burro, idiota” – incorreu em Injúria (artigo 140, CP). Da Queixa-Crime
IV – Das Provas a Produzir
No processo penal, o ônus da prova incumbe a quem alega
(artigo 156, CPP). Nesse caso, como estamos falando da queixa-crime, o ônus da prova quanto aos fatos alegados nessa petição inicial é do querelante. Portanto, crie em sua peça, uma espaço para indicar as provas que deseja produzir para provas suas alegações. Nesse espaço, informe que irá produzir prova testemunha, cujo rol deve ser indicado ao final da peça, como veremos ao construir a peça processual. Informa se deseja outros tipos de prova, como, por exemplo, quebra de sigilo, perícias em documentos, etc... Da Queixa-Crime
comum) 1. Designar audiência preliminar (Juizado especial –Lei 9.099/95). 2. Receber a queixa-crime 3. Determine a citação do querelado. 4. Condene o querelado pela pratica dos crimes... 5. Fixe indenização nos termos do artigo 387,IV, CPP. 6. Autorize a produção de provas.... Da Queixa-Crime