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04 de setembro de 20XX
1. Marcos Antônio é engenheiro e no dia 20.03.2022, por volta das 22h, encontrava-se em sua
residência localizada na Av. Barão de Lucena, nesta capital, quando um indivíduo chamado
do muro e, logo após, passou a atirar os destroços do muro contra a casa, vindo a quebrar uma
porta de vidro frontal. Os danos foram avaliados em R$ 15.000,00 (quinze mil reais). Redija
como advogado legalmente constituído por Marco Antônio a peça processual adequada ao caso
acima relatado.
COMARCA DE ...
Marcos Antônio, brasileiro, engenheiro, portador da cédula de identidade RG nº ... e inscrito no CPF/MF sob
o nº ..., residente e domiciliado na Av. Barão de Lucena, nº ..., nesta capital, por seu advogado que esta
subscreve, conforme procuração anexa (doc. 01), com endereço profissional na ..., onde recebe intimações e
notificações, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 41 do Código
QUEIXA-CRIME
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em face de Raimundo José, brasileiro, solteiro, pedreiro, portador da cédula de identidade RG nº ... e inscrito
no CPF/MF sob o nº ..., residente e domiciliado na ..., pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
No dia 20.03.2022, por volta das 22h, o querelante encontrava-se em sua residência localizada na Av. Barão
de Lucena, nesta capital, quando o querelado, completamente embriagado, chutou e esmurrou o portão de
alumínio da sua residência, derrubando-a parcialmente e danificando o motor do referido portão, além de
parte do muro e, logo após, passou a atirar os destroços do muro contra a casa, vindo a quebrar uma porta de
vidro frontal.
O querelante acionou a polícia militar, que compareceu ao local e conduziu o querelado à delegacia para
lavratura do boletim de ocorrência (doc. 02). O querelante também registrou o fato em fotos (doc. 03) e
obteve orçamentos para reparação dos danos causados pelo querelado (doc. 04). Os danos foram avaliados
O querelante tentou resolver a questão amigavelmente com o querelado, mas este se recusou a pagar pelos
prejuízos causados. Assim sendo, não restou outra alternativa ao querelante senão recorrer ao Poder
O querelado incorreu na prática do crime de dano previsto no artigo 163 do Código Penal, que assim dispõe:
Trata-se de crime de ação penal privada exclusiva da vítima. O prazo decadencial para oferecimento da
queixa-crime é de seis meses contados do dia em que o querelante tomou conhecimento da autoria do fato
a) O recebimento da presente queixa-crime e a citação do querelado para responder aos termos da ação penal;
valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais), corrigidos monetariamente e acrescidos de juros legais.
Termos em que,
Pede deferimento.
Local e data.
OAB/...
ROL DE TESTEMUNHAS:
181/2017), o acordo de não persecução penal foi introduzido expressamente em nosso sistema
legal pela Lei n. 13.964/2019 (Pacote Anticrime). Tal instituto, mitigador do princípio da
obrigatoriedade da ação penal pública, introduz ao lado das medidas despenalizadoras previstas
concessões recíprocas, por meio do qual o Ministério Público comprometer-se-á a não oferecer
responda e justifique:
Os requisitos necessários para a celebração do acordo de não persecução penal são os seguintes1:
Esses requisitos são cumulativos, ou seja, devem estar todos presentes para que o acordo seja possível. Eles
estão disciplinados no artigo 28-A do Código de Processo Penal, introduzido pela Lei n. 13.964/2019 (Pacote
Anticrime).
A Lei não vedou expressamente a celebração do ANPP aos crimes hediondos e equiparados, mas como esses
crimes geralmente envolvem violência ou grave ameaça e têm pena mínima superior a quatro anos, eles não se
ANPP?
A iniciativa da proposta do ANPP pertence ao Ministério Público, que é o titular da ação penal pública. O
acordo pode ser proposto durante a investigação criminal ou até o oferecimento da denúncia. O investigado e
Não cabe ao judiciário propor o ANPP, pois essa é uma atribuição exclusiva do Ministério Público, que é o
titular da ação penal pública. O judiciário só pode homologar ou não o acordo proposto pelo MP, mas não pode
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impor ao MP a obrigação de ofertar o ANPP. Essa é a posição do STF, conforme o índice 4 e o índice 1 dos
resultados da web. Você pode consultar os demais resultados para obter mais informações sobre o assunto.
3. A peça processual que dá início à ação privada se chama queixa-crime. É a peça acusatória
inicial da ação penal privada, assim como a denúncia é o petitório inicial da ação penal pública,
e consiste na exposição por escrito dos fatos que constituem, a priori, uma infração penal.
que se aplique a lei penal a quem é presumivelmente seu autor. Considerando as informações
D) A classificação do crime;
F) É correto afirmar que a queixa-crime deve ser proposta dentro de um prazo decadencial?
É correto, Esse prazo é de seis meses, contados a partir do dia em que o ofendido ou seu representante
legal tomou conhecimento de quem é o autor do crime. Esse prazo está previsto no artigo 38 do
Isso porque o artigo 44 do Código de Processo Penal exige que a procuração contenha a cláusula ad
judicia et extra e a menção do fato criminoso. Caso contrário, a queixa será considerada inepta.
A pessoa jurídica pode ser vítima de crime de ação privada, desde que se trate de crime contra a honra
ou contra o patrimônio. Nesse caso, a queixa-crime deverá ser oferecida por quem tenha a
representação legal da pessoa jurídica. Essa possibilidade está prevista no artigo 30 do Código de