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CRIMES CONTRA A
HONRA
Direito Processual Penal II
Professora: Camila Vizoto
PROCEDIMENTO NOS CRIMES CONTRA A HONRA
• ■ Espécie de ação penal nos crimes contra a honra
• Art. 145. Nos crimes previstos nesse Capítulo somente se procede mediante queixa,
salvo quando, no caso do art. 140, § 2º, da violência resulta lesão corporal.
• Parágrafo único. Procede-se mediante requisição do Ministro da Justiça, no caso do n.
I do art. 141, e mediante representação do ofendido, no caso do inciso II do mesmo
artigo, bem como no § 3º do art. 140 deste Código.
PROCEDIMENTO NOS CRIMES CONTRA A HONRA
• Pode-se notar pela leitura do dispositivo que existe uma regra, seguida de várias
exceções.
• A regra é de que a ação penal é privada devendo ser proposta por meio de queixa-
crime, nos crimes de calúnia, difamação e injúria.
• De acordo com o art. 520 do Código de Processo Penal, o juiz, antes de receber a
queixa, oferecerá às partes oportunidade para se reconciliarem. Assim, designará
audiência e as ouvirá separadamente, sem a presença dos advogados e sem lavrar
termo.
• É que o mencionado art. 60, III, do CPP diz haver perempção quando o querelante
não comparece a ato do processo a que deva estar presente e a audiência de
reconciliação é realizada antes do recebimento da queixa, ou seja, quando ainda
não existe efetivamente um processo penal em andamento.
• A exceção da verdade tramita nos mesmos autos da ação que apura o crime de
calúnia ou difamação contra funcionário público e o julgamento será conjunto.
PROCEDIMENTO NOS CRIMES CONTRA A HONRA
• ■ Pedido de explicações em juízo
• A legislação não prevê rito específico para o pedido de explicações, que, portanto, segue o
procedimento das notificações avulsas: a vítima faz o requerimento, o juiz manda notificar o autor da
ofensa, fixando-lhe prazo para a resposta e, com ou sem esta, entrega os autos ao requerente.
• O juiz não julga o pedido de explicações, que é feito por intermédio da Justiça apenas para conferir-lhe
caráter oficial, posto que a parte final do art. 144 do Código Penal prevê que, aquele que não oferece
resposta ou a oferece de modo insatisfatório responde pela ofensa.
• Assim, por ocasião do juízo de recebimento da denúncia ou queixa o juiz deve levar em conta o teor da
resposta ou a omissão do querelado. É evidente, todavia, que, ao final da ação penal, poderá o
querelado ser absolvido, já que, durante o contraditório, terá a oportunidade de produzir provas em seu
favor.
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