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20.ª AULA
Isso quer dizer que não pode interpor-se recurso hierárquico de um Ato de
liquidação, mas apenas de atos administrativos respeitantes a questões
tributárias ou de decisões administrativas que versem sobre a apreciação dos atos
de liquidação.
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No art. 66.º do CPPT: “1 - SEM PREJUÍZO DO PRINCÍPIO DO DUPLO
GRAU DE DECISÃO, AS DECISÕES DOS ÓRGÃOS DA
ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA SÃO SUSCEPTÍVEIS DE RECURSO
HIERÁRQUICO. 2 - OS RECURSOS HIERÁRQUICOS SÃO
DIRIGIDOS AO MAIS ELEVADO SUPERIOR HIERÁRQUICO DO
AUTOR DO ACTO E INTERPOSTOS, NO PRAZO DE 30 DIAS A
CONTAR DA NOTIFICAÇÃO DO ACTO RESPECTIVO, PERANTE O
AUTOR DO ACTO RECORRIDO. 3 - OS RECURSOS HIERÁRQUICOS
DEVEM, SALVO NO CASO DE REVOGAÇÃO TOTAL DO ACTO
PREVISTO NO NÚMERO SEGUINTE, SUBIR NO PRAZO DE 15 DIAS,
ACOMPANHADOS DO PROCESSO A QUE RESPEITE O ACTO OU,
QUANDO TIVEREM EFEITOS MERAMENTE DEVOLUTIVOS, COM
UM SEU EXTRACTO. 4 - NO PRAZO REFERIDO NO NÚMERO
ANTERIOR PODE O AUTOR DO ACTO RECORRIDO REVOGÁ-LO
TOTAL OU PARCIALMENTE. 5 - OS RECURSOS HIERÁRQUICOS
SERÃO DECIDIDOS NO PRAZO MÁXIMO DE 60 DIAS.”
E se o ato não for revisto? O contribuinte pode entrar com um novo recurso?
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IMPUGNAÇÃO JUDICIAL RECURSO CONTENCIOSO (AÇÃO
ADM. ESPECIAL)
Impugnação de ato da AT que comporte a Impugnação dos atos administrativos
apreciação da legalidade do ATO DE relativos a questões tributárias que NÃO
LIQUIDAÇÃO. COMPORTEM A APRECIAÇÃO DA
LEGALIDADE DO ATO DE
LIQUIDAÇÃO.
Art. 99.º e ss. do CPPT Art. 97.º, n.º 2, do CPPT
3
Exemplo: Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo, Proc.
01034/08, endereço eletrónico: http://www.dgsi.p
t/jsta.nsf/0/c418f0a8dc52f66080257578003d57af?OpenDocume
nt.
I - O MEIO PROCESSUAL ADEQUADO PARA
IMPUGNAR UMA DECISÃO DE INDEFERIMENTO DE
RECURSO HIERÁRQUICO, INTERPOSTO DE DECISÃO
DE RECLAMAÇÃO GRACIOSA, QUE COMPORTA A
APRECIAÇÃO DA LEGALIDADE DE ACTO DE
LIQUIDAÇÃO É O PROCESSO DE IMPUGNAÇÃO
JUDICIAL E NÃO A ACÇÃO ADMINISTRATIVA
ESPECIAL
II - NOS TERMOS DO ARTIGO 102.º, N.º 1, ALÍNEA E),
DO CPPT, A IMPUGNAÇÃO SERÁ APRESENTADA NO
PRAZO DE 90 DIAS CONTADOS A PARTIR DA
NOTIFICAÇÃO DA DECISÃO DO RECURSO
HIERÁRQUICO.
III - EM CASO DE ERRO NA FORMA DO PROCESSO,
ESTE SERÁ CONVOLADO NA FORMA DO PROCESSO
ADEQUADA, NOS TERMOS DA LEI, A MENOS QUE
SEJA MANIFESTA A IMPROCEDÊNCIA OU
INTEMPESTIVIDADE DESTA.
Resumo
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1. Interpor RECURSO HIERÁRQUIVO no prazo de 30 dias (art. 76.º e art. 66.º,
n.º 2, do CPPT)
2. Impugnar JUDICIALMENTE a LIQUIDAÇÃO no prazo de 3 meses (art.
102.º, n.º 1, do CPPT)
1.2 Se houver indeferimento tácito (que se forma 60 dias depois do pedido – art.
66.º, n.º 5, do CPPT) pode impugnar a liquidação no prazo de 3 meses (art. 102.º,
n.º 1, d, do CPPT).
2. O sujeito passivo pode IMPUGNAR e depois RECORRER desde que o recurso tenha um
objeto diferente, ou seja, desde que não verse sobre a apreciação da legalidade do ato de
liquidação (art. 76.º, n.º 2, do CPPT), sendo o mesmo neste caso também apenso ao processo
de impugnação judicial (art. 111.º, n.º 4 e 5, do CPPT).
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ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA, NO PRAZO DE QUATRO ANOS
APÓS A LIQUIDAÇÃO OU A TODO O TEMPO SE O TRIBUTO AINDA
NÃO TIVER SIDO PAGO, com fundamento em erro imputável aos serviços. 2
- (Revogado.) 3 - A revisão dos actos tributários nos termos do n.º 1,
independentemente de se tratar de erro material ou de direito, implica o
respectivo reconhecimento devidamente fundamentado nos termos do n.º 1 do
artigo anterior. 4 - O dirigente máximo do serviço pode autorizar,
excepcionalmente, nos três anos posteriores ao do acto tributário a revisão da
matéria tributável apurada com fundamento em injustiça grave ou notória, desde
que o erro não seja imputável a comportamento negligente do contribuinte. 5 -
Para efeitos do número anterior, apenas se considera notória a injustiça ostensiva
e inequívoca e grave a resultante de tributação manifestamente exagerada e
desproporcionada com a realidade ou de que tenha resultado elevado prejuízo
para a Fazenda Nacional. 6 - A revisão do acto tributário por motivo de
duplicação de colecta pode efectuar-se, seja qual for o fundamento, no prazo de
quatro anos. 7 - Interrompe o prazo da revisão oficiosa do acto tributário ou da
matéria tributável o pedido do contribuinte dirigido ao órgão competente da
administração tributária para a sua realização”.
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culpa dos funcionários envolvidos na emissão da liquidação
afectada pelo erro.
A revisão dos atos tributários pode ser feita de dois modos: i) Revisão por
iniciativa do contribuinte; ii) Revisão por iniciativa da autoridade tributária.
ii) Revisão dos atos tributários pela autoridade tributária. Deverá haver
nas seguintes situações:
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pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/32152049d631
4f298025754a003d7a14?OpenDocument.
I - O art. 78º da LGT abrange, na sua previsão legal, quer os
impostos, quer as taxas. II - A REVISÃO DO ACTO
TRIBUTÁRIO, POR INICIATIVA DA ADMINISTRAÇÃO
TRIBUTÁRIA, PODE EFECTUAR-SE A PEDIDO DO
CONTRIBUINTE, COMO RESULTA DOS ARTºS. 78º, Nº
6, DA LGT E DO ART. 86º, Nº 4, AL. A) DO CPPT, BEM
COMO DOS PRINCÍPIOS DA LEGALIDADE, JUSTIÇA,
IGUALDADE E IMPARCIALIDADE – ART. 266º, Nº 2, DA
CRP.
III - O erro imputável aos serviços, previsto na parte final do nº 1
do art. 78º da LGT, compreende o erro de direito cometido pelos
mesmos.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
Jónatas E. M. MACHADO e Paulo Nogueira da COSTA, Curso de Direito Tributário, 2.ª ed.,
Coimbra: Coimbra Editora, 2012. p. 482-484.