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i. Elemento Subjectivo: Segundo este elemento, para que se lance mão à uma
acção executiva, é necessário exista um titular do direito violado.
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4. COMO SE CLASSIFICAM AS ACÇÕES EXECUTIVAS?
R: As acções executivas podem ser classificadas, quanto ao fim e quanto à forma.
i. Quanto ao fim:
b) – Accçõe Executivas para entrega de coisa certa (arts. 928.˚ a 937.˚ todos do
CPC). Estes tipos de acções, destinam-se ao cumprimento coercivo da obrigação de
entrega de coisa certa.
a) – Execuções Ordinárias. São aquelas cujo valor exceda a alçada da relação (art.
465.˚, n˚1 do CPC);
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II. Processo Especial Executivo . Aplica-se aos casos expressamente designados
na lei (art. 460.˚, n˚2ª, do CPC). E estes podem ser:
v. Princípio da igualdade das partes. Este princípio deve ser entendido como se
referindo a uma igualdade de meios. Assim, por força do seu conteúdo, as partes, no
decurso do processo, devem ter os meios processuais iguais para a defesa dos seus
interesses (art. 23.˚ da CRA).
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vi. Princípio da Judiciariedade. Segundo este princípio, a acção executiva não
admite mecanismos extra-judiciais de resolução de conflitos, pelo que devem única e
exclusivamente ser intentados em tribunais.
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ii. Pressupostos Especiais. São aqueles exclusivamente aplicáveis à acção
executiva. Exemplo:
a) – O título executivo.É o documento que determina o fim e os exactos limites da
dívida que se pretende cobrar na acção executiva. É o documento que se apresenta
perante um juiz para se requerer a execução de uma dívida ou obrigação a que se
comprometeu o dever. (arts. 45.˚ e ss do CPC);
b) – A certeza. A obrigação deve ser certa, isto é, qualitativamente determinada,
ainda que não se encontre liquidada ou individualizada. (arts. 543.˚ do CC);
c) – A exigibilidade da obrigação. A prestação torna-se exigível quando vence, ou
seja, quando transponha o prazo no qual devia ser realizada. (arts. 777.˚ a 805.˚ do CC). E
quanto a isso deve-se ter em atenção o seguinte:
i. A obrigação sem prazo (obrigação pura) vence com a mera interpelação ao
devedor (arts. 777.°, n°1 e 805.°, ambos do CC).
ii. A obrigação com prazo certo vence após decorrido o mesmo (art. 805.°, n°1 e 2
al. a) do CC).
iii. A obrigação dependente de prazo a fixar pelo tribunal vence com o decurso do
prazo fixado judicialmente (art. 1456.° e 1457.°; 777.°, n°2 e 3 do CC).
iv. A obrigação sob condição suspensiva vence com a verificação da condição (art.
270.° do CC).
v. Nas obrigações sinalagmáticas, o vencimento dá-se com a realização da
prestação por parte do devedor, recaindo sobre ele o ónus da prova da verificação do
cumprimento.
d) – A Liquidez da obrigação . Consiste na obrigação que se encontra
quantitativamente determinada ou, pelo menos, é quantitativamente determinável.
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9. QUAIS SÃO AS FASES E TRAMITAÇÃO DO PROCESSO EXECUTIVO
R: O processo executivo, desenrola-se em 5 fases.
2. Fase da Penhora
4. Fase do Pagamento;
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- aperfeiçoamento (quando a petição não possa seguir a sua tramitação por
falta de requisitos legais ou por não vir acompanhada de determinados
documentos ou, ainda quando se apresente com irregularidades ou
deficiências que sejam susceptíveis de comprometer o êxito da acção pode o
juiz, por despacho, mandar o exequente completá-la ou corrigí-la…); ou
Excepções: existem bens que não respondem por certas dívidas do devedor, bem
como existem bens que, pela sua natureza, são impenhoráveis.
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A impenhorabilidade pode classificar-se em:
- absoluta e e relativa. A ideia geral é a de que o bem em causa não pode ser
penhorado ou, a sê-lo, somente em certas condições. Os bens que não podem ser
penhorados são absolutamente impenhoráveis (art. 822.˚, n˚1 do CPC); Os bens que, não
podendo em regra se penhorados, podem sê-lo em circunstâncias especiais ou para
pagamento de certas dívidas, são bens relativamente penhoráveis (art. 823.˚ excepto a al.
c) do CPC).
- total ou parcial. Certos bens podem ser totalmente penhorados. Porém os soldos
dos militares, os proventos dos funcionários públicos, os vencimentos e salários de
qualquer empregado ou trabalhador, as prestações períodicas pagas à título de
aposentação, reforma, auxílio, indemnização por acidente ou renda vitalícia, etc.
Correspondem a bens sujeitos à penhorabilidade parcial;
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d) – Fases da penhora. A penhora, no que diz respeito a fase da sua execução
compreende algumas subfases:
i. Nomeação dos bens à penhora (art. 833.˚, 836.°, 837.° todos do CPC);
ii. Despacho da Penhora (839.˚ e 838, n˚1, todos do CPC);
iii. Efectivação da Penhora (848.° e 866.° CPC; 838.˚, n˚3; 819.˚ CC e 221.˚ Código de
Registo Predial);
iv. Entrega ao fiel depositário;
v. Registo na conservatória (art. 838.˚ e ss do CPC e do 819.˚ CC);
vi. Levantamento da penhora. A penhora levanta-se efectivamente, quando se verifica os
seguintes casos:
a) – Extinção da acção executiva;
b) – Procedência dos embargos do executado;
c) – Desistência do exequente;
d) – Desaparecimento do bem penhorado;
e) – A não observância do princípio da auto-responsabilidade (art. 847.˚ CPC).
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13. FALE SOBRE O PAGAMENTO
R: A fase do pagamento, regulado nos termos do 872.° a 911° do CPC, aparece depois da
graduação dos créditos apenas por uma questão de sistematização, quer do ponto de vista
legal quer didáctico.
Com base no já citado artigo, o pagamento pode ser feito:
a) – Pela entrega de dinheiro;
b) – Pelo produto da venda destes mesmos bens;
c) – Pela adjudicação dos bens penhorados;
d) – Pela consignação judicial de rendimentos dos bens penhorados.
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15. FALE DA ACÇÃO EXECUTIVA ESPECIAL
R: A acção executiva especial é aquela que aplica-se aos casos expressamente
designados na lei (art. 460.˚, n˚2ª, do CPC). E estes podem ser:
1. Execução por despejo: É um meio processual que se destina a efectivar a
cessação do arrendamento, independentemente do fim a que este se destina, quando o
arrendatário não desocupe o locado na data prevista na lei ou na data fixada por
convenção entre as partes, podendo ser cumulado o pedido de pagamento de rendas não
pagas. Este tipo de acção é regulado nos termos dos artigos 985.° e seguintes do CPC.
2. Venda e Adjudicação do penhor: É um acto judicial, dentro da expropriação de
bens, que tem como objectivo transferir a posse de um bem de um devedor a um credor,
dentro de uma execução de dívida. Com a adjudicação, a dídiva é quitada a partir da
transferência do bem. Esta acção é regulada pelos artigos 1008.° a 1013.° do CPC.
3. Posse ou entrega judicial: É a existência de um título translativo da propriedade
da coisa em favor do requerente, e esse tipo de acção vem regulado no artigo 1044.° do
CPC.
4. Execução especial por alimentos: Trata-se de uma norma que pretende
defender os interesses do credor dos alimentos mas também do devedor, quando este se
encontre obrigado, por falta de liquidez, a vender bens para o pagamento de uma dívida
alimentar. Quer um, credor, quer outro, devedor, deverão sempre ser acompanhados de
advogado. Esta acção tem a sua fundamentação legal nos termos dos artigos 1018.° a
1121.° todos do CPC.
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