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06/08/18

Direito Processual Civil IV (Execução) 2018.2 – Aula 01 – 06/08/2018


Guilherme Hartmann – ​gh.dpc@hotmail.com

· Prova única : 12/11


· 2ª chamada: 23/11
· Vista de prova: 26/11
· Prova final: 30/11

Livro II: Processo de Execução (art. 771 – 925 NCPC)


Livro I: Cumprimento de Sentença (art. 513 – 538 NCPC)

Execução envolve a palavra satisfação do credor, é atividade satisfativa do credor (exequente).


Processo de conhecimento visa o acertamento do direito (o juiz vai definir quem tem razão, autor
traz a tese, réu antítese e o juiz a síntese), é um processo cognitivo (caracterizado por predominar
a atividade cognitiva). Também se diz que o processo de conhecimento é um processo de
sentença.
O executado terá contraditório e direito a defesa, porém é uma defesa restrita (o credor está
cobrando acima do devido, o bem que ele pede é impenhorável e etc.), mas em geral o credor não
entra para discutir porque o processo de conhecimento já o fez.
O processo de execução é colocado como um processo de sanção, sancionatório. Dar
cumprimento, fazer cumprir a obrigação cumprida no título (dar coisa, fazer ou não fazer etc.)
A sentença é um título executivo judicial.
Na execução não se pede produção de prova, a prova é o seu título executivo. O credor está um
degrau acima do devedor.
Cabe dizer que a execução não é garantia de obtenção do bem pois pode ocorrer o ditado
“ganhou mas não levou”, quando por exemplo, ajuíza-se ação contra o devedor e ganha-se o
título executivo judicial, porém o devedor (podendo ser pessoa física ou jurídica) não tem bens, a
empresa já fechou as portas, não tem carro, não possui bens penhoráveis etc. A execução neste
caso será ​frustrada​​.

Requisitos para toda e qualquer execução art. 783 e art. 786:


1. ​Existência de um título executivo (documento) – é um requisito para toda e qualquer
execução. O requisito da petição inicial da execução será o título executivo, se não houver o
juiz mandará emendar a petição inicial. [Art. 798, I, (a)]. O título executivo será constituído em
juízo (em geral é uma sentença). Os art. 515 estão dispondo quais são os títulos executivos
judiciais e o art. 784 disporá sobre os títulos executivos extrajudiciais.
2. Inadimplemento do executado ​– quando o juiz condena o réu a pagar determinada
quantia e este paga sem atuação do Estado não será necessário o processo de execução.
Existem títulos executivos extrajudiciais, que não foram feitos em juízo (contrato, bem dado em
hipoteca etc.)
Na execução o réu (executado) será citado para pagar, não para contestar (ele pode apresentar
defesa porém não predomina atividade cognitiva).
A obrigação deve ser certa, líquida e exigível, você só pode executar uma dívida quando esta tem
valor. Em situações de pedidos genéricos ocorre a liquidação de sentença, para tornar a sentença
apta à execução. Não predomina fase pericial na execução, neste caso a fase cognitiva para
liquidação de obrigação seria na liquidação propriamente dita, e não na execução.
Medidas ou Técnicas Executivas: ​medidas que se vale o Estado para obter a satisfação do
exequente mesmo contra a vontade do executado.
1. Sub-rogação​​: penhora online, expropriação (quando o Estado obriga o executado a
penhorar seus bens levando a leilão – art. 876) e etc. – O Estado vai se sub-rogar aos direitos
do exequente e invadirá o patrimônio do executado contra a vontade deste.

2. Coerção​​: medidas que se vale o Estado para obter a satisfação do exequente, porém
contando com a vontade do executado (pressionando o executado), geralmente se devem a
obrigações de fazer ou não fazer, onde o Estado geralmente não pode forçar fisicamente o
executado a isto. Deste modo ele impele medidas coercitivas para que o executado faça o que
seja desejado, exemplo disto é a ​astreinte,​ que é multa (diária, fixa, por hora, semanal etc.)
para que o executado cumpra com sua obrigação de fazer ou não fazer e continua pagando
até o cumprimento. (art. 537). Outro exemplo seria a chamada prisão civil (art. 5º, LXVII, CF e
art. 528, p. 3, CPC) que acontece no devedor de alimentos (civilmente o STF já reconheceu
que o depositário infiel não pode ser preso). Para não ser preso por uma dívida alimentar
deve-se demonstrar que o devedor não possui condições financeiras para pagar. O
desempregado que não tem condições financeiras não vai preso. A prisão civil tem um prazo
final (CPC fala até 3 meses), sendo que a dívida não se extingue neste tempo de prisão, pelo
contrário, continua sendo contabilizada. O novo CPC permite que o juiz decida da maneira que
lhe aprouver, devidamente fundamentado, para que o devedor cumpra com sua obrigação
(reter passaporte, carteira de motorista por exemplo, não estão explicitados no CPC mas a
jurisprudência já demonstrou que pode-se realizar tais atitudes)

10/08

FORMATO DE EXECUÇÃO: PROCESSO OU FASE?

Execução direta = subrogação pelo Estado


Execução indireta = multa, prisão civil
Há direito premial para quem cumpre: 827§ 1º advogado trabalha menos e recebe os honorários
(não é nova essa ideia de premiar, NCPC que trouxe essa ideia.; ART 90 §4º para processo de
conhecimento; ART 90 §3º transação afastando as custas do processo.
- Ação monitória com direito premial.
- CC aumentou o juros de mora de 0,5 % para 1,0 % isso fez com que as obrigações
fossem cumpridas muito mais rápido. Para devedor que tem bend, claro.
- TODA EXECUÇÃO EXIGE: A) TITULO EXECUTIVO B) INADIMPLEMNETO (ART
786)

1) CONHECIMENTO + EXECUÇÃO: A execução pós fase de conhecimento é o cumprimento


de sentença. EXECUÇÃO DE TITULO JUDICIAL. Há uma continuidade após fase de
conhecimento. Fase de execução: ART 513/538 NCPC. Ou seja, um único processo com
fases subsequentes (processo sincretico). Aqui não há processo de execução, mas uma
fase.
- A execução de título executivo judicial é deflagrado por uma simples petição / sincretismo
judicial, com mera intimação do devedor. ART 238
2) Execução (771/925 NCPC)
-Há titulo extrajudicial sendo executado.
-Não é execução de sentença ou decisão judicial.
-Contratos com certas especificidades.
- Arbitragem - título judicial equivalente à sentença. ART 515 VII.
- Títulos judiciais (515 NCPC) / Títulos extrajudiciais (art 784 NCPC).
- O título como chave da execução, não precisa da fase de conhecimento e adianta o processo.
- Precisa de petição inicial para tirar o judiciário da inércia. Não precisa falar de audiencia,
produção de provas. O devedor será citado para passar a integrar o processo.
- A aplicação da lei é completamente distinta a depender da natureza do título.

a. Quanto à origem:
- Espécie de execução: designa qual o procedimento a ser adotado.
- Título executivo extrajudicial (ART 784): documentos constituídos fora de um processo
judicial ( ex: cheque, duplicata). Nesse caso, necessita de petição inicial, tratando-se de
processo de execução.
- Título executivo judicial (ART 515): documento constituído juridicamente( ex: sentença
transitada em julgado)

2. Quanto à natureza da ação


- Natureza da obrigação no caso concreto: Obrigação de pagar, alimentos, obrigação
de fazer e não fazer, obrigação de entregar coisa certa
a) Obrigação de pagar - prestação pecuniária. Título judicial : art 520/527 NCPC;
título extrajudicial: art 824/909 NCPC
a.2) Obrigação de pagar dívida alimentar. Título Judicial: art 528/533 NCPC; título
extrajudicial: art 921/923 NCPC
b) Obrigação de fazer ou não fazer - prestação de serviço/ prestação negativa.
Título judicial: art 536/537 NCPC; título extrajudicial : 814/823 NCPC
c) Obrigação de entrega de coisa (dar) - Título judicial: art 538 NCPC; titulo
extrajudicial: art 806/813 NCPC
OBS: SE HOUVE MISTURA NA SENTENÇA ENTRE PROCEDIMENTOS
DISTINTOS, SEJAM 2 EXECUÇÕES. PODE HAVER UMA ÚNICA EXECUÇÃO
TAMBÉM. DEPENDE DO JUIZ.

3. Quanto à qualidade da parte: (exequente e executado)


a) Particular
b) Fazenda pública: Possuem regime diferenciado da execução pagar. Os bens públicos não
podem ser penhorados. ( ART 100 CF)Conceito: Administração pública direto e indireta,
autarquia e fundo de direito público). OBS: empresa pública não possui regime
diferenciado de execução, vez que essa natureza jurídica em tese é privada.
- Quando a fazenda Pública é executada em obrigação de pagar, a execução é feita
por meio do regime de dotação orçamentária (pagamento de precatórios ou
requisição de pequeno valor {RPV} ) - de acordo com art 100/CF. Desse modo,
caso haja, OBRIGAÇÃO DE PAGAR, da Fazenda Pública.
- TÍTULO JUDICIAL: Contra Fazenda Pública - art 534/535 NCPC
- TÍTULO EXTRAJUDICIAL: ART 910 NCPC / Sumula 796 STJ
- NAS OUTRAS OBRIGAÇÕES NÃO HÁ REGIME ESPECIAL DA FAZENDA
PUBLICA
- Quando a Fazenda Pública é credora da obrigação de pagar
- Lei de Execução Fiscal (LET) - Lei nº 6830/1980. Há regime de expropriação de
bens. Por mais que a LET seja de execução fiscal, e possível que a execução não
seja de natureza tributaria.

13/08

Aula 02 – formato da execução

Princípios informativos da execução


Por vezes a lei não dará uma resposta satisfatória e os princípios darão uma diretriz sobre como
resolver o problema. Os princípios constitucionais processuais têm aplicabilidade na execução,
porém agora trataremos dos princípios informativos.
A execução recebe o princípio do contraditório (ordem constitucional): ex.: 847, p. 4º. O juiz não
declarará pela prescrição de ofício sem que dê oportunidade às partes para se manifestarem (art.
9º e 10º). Então todos os princípios constitucionais cabem nesse momento: isonomia, devido
processo legal, contraditório, duração razoável do processo.
Princípios específicos da execução:
· ​Princípio da patrimonialidade – art. 789: o devedor responde com todos os seus bens
futuros e atuais (os bens impenhoráveis não estão inclusos [bens de família]). A prisão civil
não é uma exceção ao princípio da patrimonialidade, o indivíduo não fica eximido da dívida
enquanto preso art. 28, p. 5º, a prisão civil é um meio coercitivo para que o devedor cumpra
com sua obrigação.

· ​ rincípio da realização da execução no interesse do credor ​– art. 797: alguns autores


P
se referem a esse princípio como princípio da efetividade da execução. Já que a execução se
realiza no interesse do credor, será ele que indicará os bens que deseja ter por penhora, art.
798, II, c. A medida preferencial de penhora é a penhora de dinheiro: art. 835, I, p. 1º (bloquear
valor na conta do indivíduo, o dinheiro já tem liquidez). Porém, se o credor quiser a penhora de
um imóvel, ele poderá realizar. Outro exemplo é o art. 516, p. 1º: ele fala de uma regra de
competência (imagina-se que eu entro numa ação contra você na primeira vara cível. A
execução é uma continuação, ou seja, a competência é do mesmo órgão [será executado na
primeira vara cível], porém, o art. 516, p. 1º permite, por opção do credor, ter um deslocamento
de competência para que se execute em outro juízo. Evita-se expedições de cartas
precatórias, o processo vai todo para outro juízo.)

o ​ rincípio da disponibilidade da execução ​(alguns autores colocam esse


P
princípio como independente, porém o professor o considera como subprincípio
do anterior) – o credor pode dispor da execução: art. 755 (por ex.: “ah, não
quero mais esse imóvel não porque já tem outro credor em cima dele. O juiz
acolhe a desistência e pode escolher outro). O exequente pode desistir de toda
a execução (art. 755, p. único) diferentemente do art. 485, p. único, que é
quando o autor desiste do processo de conhecimento (o juiz só homologa
desistência após contestação se o réu concordar, porque ele extinguirá o
processo sem resolução de mérito, permitindo com que o autor possa ingressar
com outro processo com os mesmos elementos contra o réu.)
· ​ rincípio do menor sacrifício possível ao executado ou princípio da menor
P
onerosidade possível ao executado ​– art. 805: Quando por vários meios o exequente
poderá promover a execução, o juiz decidirá pelo modo menos gravoso ao executado, ex.: art.
835 (a penhora de dinheiro é preferencial, o veículo está no inciso IV) você alega ao juiz que a
penhora desse bem te causa uma onerosidade excessiva e indica que quer penhorar pedras e
metais preciosos. Nesta situação está em choque os princípios de execução no interesse do
credor com o princípio da menor onerosidade possível ao executado. Penhora de dinheiro >
realização no interesse do credor; penhora dos outros bens > pode relativizar para a menor
onerosidade do executado. O que o juiz decidir nessa ponderação de princípios cabe ​agravo
de instrumento.
No edital indica-se duas datas do leilão, na primeira data tem que respeitar o valor da avaliação do
bem. Se não tiver arrematação, farão um outro leilão que pode ser abaixo do valor de avaliação
do bem, só não pode ser por ​preço vil (abaixo do preço mínimo fixado pelo juiz, ou, se o juiz não
fixar, abaixo de 50% do valor do bem). A proibição da arrematação por preço vil é outro exemplo
da menor onerosidade ao executado.

· ​ rincípio da colaboração ou cooperação ​– art. 6º, CPC “todos os sujeitos têm de


P
colaborar com o processo”: o exequente irá colaborar pois quer sua satisfação, mas o
executado também se sujeita ao dever de colaboração (exemplo 1 de colaboração de
executado: art. 771, p. único – o executado poderá ser intimado para indicar os bens sujeitos à
penhora, se ele não colaborar cabe multa / exemplo 2: o executado pode alegar excesso de
execução na defesa [cobrar valor à mais], se ele alega execução a mais ele tem que indicar a
quantia errada – art. 525).

· ​ rincípio da atipicidade dos meios executivos – para a efetividade da execução, o juiz


P
pode se valer de meios executivos típicos (previstos em lei) e atípicos (não previstos em lei).
Ex.: quando o juiz retém passaporte/carteira de motorista do devedor. Art. 139, IV; art. 536, p.
1º; art. 297 (esses três artigos traduzem a ideia de atipicidade na execução). No STJ, RHC,
978976 (precedente) permitiu-se a retenção da carteira de motorista. A medida atípica só se
vale subsidiariamente após ter tentado as medidas típicas.

17/08

Requisitos da Execução (art. 783/788 CPC):


1. Título executivo (documento que legitima a execução): pode ser judicial (art. 515) ou
extrajudicial (art. 784). Não há execução sem titulo (​nulla executio sine titulo​). Quem não tem
título vai entrar com uma ação de conhecimento, quem tem vai entrar diretamente com ação
de execução. Tipicidade dos títulos executivos: tradicionalmente vigora a ideia de tipicidade
dos títulos executivos, ou seja, só há título executivo o que a lei diz que é (art. 22, I), só a lei
federal em tese poderia criar um título executivo, só a lei federal pode dispor sobre matéria
processual. Por vezes um contrato será um título executivo extrajudicial, de certa maneira, há
uma certa flexibilidade, a lei dá margem para as partes fazerem ou não o título executivo
conforme a lei. “Se eu pego um papel e firmo um contrato com você, é um título executivo?
Não, mas se eu colocar duas testemunhas, será.”. Um negócio processual pode criar um título
executivo extrajudicial? Professor diz que a discussão parece estéril porque basta colocar
duas testemunhas num contrato para que seja um título executivo extrajudicial, a discussão é
se pode-se criar um negócio processual que difere da lei? É uma discussão porque o art. 190
do CPC diz que pode-se criar negócios processuais atípicos. A doutrina mais tradicional diz
que não, porque matéria processual é reserva da União, e a autonomia privada não pode
versar sobre, mas a corrente mais moderna diz que sim justamente porque a própria União diz
que pode, no art. 190 (​grifo meu: mas e se esse negócio vir contra a lei? Não seria só o
que não é versado, ou seja, o que é permitido?​​ [tudo que não é proibido é permitido])

· Atributos da obrigação contida no título: título é um documento, mas ele vaia


testar uma obrigação: ​certeza​​, ​liquidez e ​exigibilidade (art. 783). A ​certeza
não quer dizer que é indiscutível, existe defesa na execução, apesar de ser
ilimitada. A certeza é quando a obrigação transparece seus elementos
estruturantes (que são identificar a relação credor e devedor; estabelecer a
natureza da obrigação [pagar, fazer, entregar coisa]). ​Liquidez é a
quantificação, a cifra da obrigação. Existe um procedimento chamado
liquidação de sentença (art. 509/512) pois há hipóteses em que a sentença do
juiz é ilíquida (genérica) que condena o réu mas não estabelece o valor (fixa o
an debeatur ​mas não fixa o ​quantum debeatur​) (por exemplo, alguém sofreu um
acidente e processa entrando com um pedido genérico, no curso do feito você
faz a cirurgia, você traz o valor e o juiz acrescenta ao cálculo, ou ele pode
deixar para o momento posterior, etc.). Se você não tem obrigação líquida você
não tem título executivo ainda. A exigibilidade decorre da noção do
inadimplemento, que é o segundo requisito.

2. Inadimplemento: o devedor tem que pagar até o dia tal, é o termo. Quando passa desse
termo, a obrigação já se torna exigível. O autor na petição inicial da execução tem que
demonstrar a condição, o termo (vencimento) (art. 798, I, ‘c’). O executado vai pautar sua
defesa no não preenchimento desses atributos (“você não tem um título porque a obrigação
não é certa, líquida, ou você não pode exigi-la porque o termo não se cumpriu” – art. 803, I,
CPC)

Títulos Executivos Judiciais (art. 515, CPC)

É constituído em juízo, o título executivo judicial por excelência é a sentença. (Processo sincrético
é aquele que tem a continuidade do de conhecimento e execução). Porém o artigo não fala de
sentença e sim de decisão. (Se houve apelação subiu para o Tribunal e substitui a decisão do juiz
de primeiro grau, teria-se um acórdão, que se transita-se em julgado, torna-se o título executivo
judicial), é possível cogitar-se de decisão interlocutória como decisão para execução (art. 297, p.
único) (por exemplo, entrou em ação contra a Light, você não vai esperar ate o final do processo
para que a luz da sua casa volte, vai entrar com uma tutela provisória para que o juiz efetive a
tutela antecipada, executando a decisão interlocutória).

Art. 515, II >remissão> art. 487, III, ‘b’: é possível fazer acordo sobre matéria não posta em juízo.
(art. 515, p. 2º - é possível fazer um acordo que verse sobre matéria estranha) (no raciocínio do
advogado, pode-se fazer um acordo sobre matéria que vai vencer amanhã e outra que já venceu,
para englobar logo tudo e ter a certeza que o réu vai pagar)
Acordo judicial e acordo extrajudicial (não tem prévio processo, você faz acordo fora do juízo e
leva a juízo só para homologar. Nesse caso você vai ajuizar uma ação sem lide, sem conflito, que
é a jurisdição voluntária, parecida com divórcio consensual– art. 515, III) são diferentes.

art. 515, III >remissão> art. 725, VIII

art. 515, IV >remissão> art. 654 (a decisão que resolve inventário e partilha – maria quer o imóvel
que ficou para ela no inventário, mas o joão não quer entregar para ela, ela executará)

art. 515, V – aprovado por decisão judicial é título judicial. Tudo que foi reconhecido em juízo,
algum auxiliar da justiça trabalhou e não recebeu, o processo ficará apenso ao principal e será
executado.

Art. 515, VI ~ IV são títulos executivos judiciais especiais. Você vai ter que respeitar o
procedimento específico do art. 515, p. 1º. Você vai ter um título executivo judicial, mas não será
pelo processo sincrético (conhecimento e execução). Por exemplo, uma homologação de
processo estrangeiro, você tem que abrir um processo de execução para esse processo
estrangeiro.

Está errado falar que no processo sincrético, na hora da execução, entra-se com ação de
execução, porque a execução será uma FASE. Se for processo sincrético, na fase de execução
não terá uma petição inicial, e sim uma mera petição.

Art. 515, VI – sentença (deveria ser decisão) penal condenatória ​transitada em julgado​​: isso
retrata a hipótese da sentença penal com efeitos cíveis (art. 91, CP) (por exemplo, uma situação
que alguém cometeu um crime, atropelou alguém, tem o ilícito penal que vai correr sob o
procedimento penal, como também tem a esfera cível, como a indenização da pessoa, ou um
conserto patrimonial ao qual o réu é incumbido de realizar, etc.). Nesse caso pode-se acontecer
simultaneamente o processo na esfera penal e na cível, ou pode-se esperar a sentença penal,
que se tiver efeitos cíveis, pode-se levar à execução. (ART 387, IV CPP C/C 63,64 )

Art. 515, VII – sentença arbitral que é outro título executivo judicial especial. Não é extrajudicial. A
arbitragem é um meio de solução de conflitos fora do judiciário (lei 9.307/96, tem que ser direito
disponível, patrimonial, de comum acordo, geralmente tem cláusula arbitral). Art. 18 – não cabe
recurso perante o judiciário, no máximo pode-se tentar anular a sentença arbitral, e não precisa de
homologação judicial. Se a decisão não for cumprida, não se pode pedir execução da sentença
arbitral, por isso é um título executivo. Se o devedor condenado pelo árbitro não cumprir, vai ter
que levar ao judiciário. O árbitro não tem poder de império, apenas o Estado tem. A lei equiparou
a sentença arbitral a título executivo judicial (limitar as defesas, pois o título executivo judicial
comporta menos defesas, ao contrário do extrajudicial)

20/08

ART 515, VIII: Decisão estrangeira (não somente sentença) pode ser considerada título executivo
(jurisdição internacional concernente. OBS: inclusive decisões estrangeiras ( art 961 § 1º)Pode ser
ajuizada a demanda em diferentes países (ART 21, 22 c/c 964). Nos casos de Jurisdição Nacional
exclusiva (ART 23) a decisão estrangeira não é aceita. A finalidade da jurisdição estrangeira ser
executada aqui no Brasil é porque há probabilidade maior dos bens do executado estar no Brasil.
Para validar a decisão estrangeira, é necessária ajuizar ação de homologação de decisão
estrangeira, a competência para homologar é do STJ ( ART 105, I alínea “e”). A finalidade é
outorgar a eficácia da sentença, portanto, só se torna título executivo judicial após homologação
do STJ (art 515, VIII NCPC c/c art 109, V/CF c/c 965 NCPC)

OBS: Na decisão da ação de homologação, o STJ não analisa o mérito, mas analisa questões
formais (ART 963 ncpc). A Execução ocorrerá na Justiça federal de 1º instância (art 109 X CF c/c
art 965)

ART 515, IX: Decisão estrangeira interlocutória: juízo estrangeiro envia carta rogatória para STJ
executar. ( art 105, I, i CF c/cart 515 IX c/c art 962). O §1º do art 515 traz procedimentos especiais
para os incisos VI a IX do mesmo artigo, ou seja, para essas hipóteses dispostas nesses incisos,
não ocorreria no processo sincrético. Haverá a necessidade de ajuizar uma ação de execução(
não somente uma mera petição de execução), como nova citação do executado (não apenas a
intimação como no processo sincrético).

ART 515, X- VETADO - Acórdão proferido pelo tribunal marítimo (órgão administrativo vinculado à
marinha)

OBS: § 1º (VI A IX) (Penal, arbitral, estrangeira). Deve-se deflagrar ação de execução e citar o
executado. Fase de conhecimento se deve em lugar diferente. Deve haver PI e citação. Judiciário
inerte. Execução aqui não é pelo processo sincrético apesar do titulo ser judicial.

TITULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL (784 NCPC)

- Documento que legitima a execução e é constituído fora do juízo. A finalidade é facilitar a


vinculação de bens, vez que o credor possuindo título executivo extrajudicial tem uma
garantia, caso haja inadimplemento do devedor, desse modo, o credor não precisaria exigir
outras garantias do devedor, facilitando a relação jurídica.
- ART 785: O credor pode entrar com ação de conhecimento em vez de ação de execução
devido falta de requisitos. Devedor pode entrar com ação de inexistencia de dívida.
- ART 784, I: Títulos cambiais. A duplicata para ser título executivo extrajudicial é necessário
o aceite do devedor. Se for recusado o aceite, deve-se juntar o protesto e o comprovante
de entrega do bem estabelecido na obrigação. (ART 15 da lei 5974/68). No caso do
cheque, perde-se a eficácia da execução do cheque após seis meses. (art 59 da lei
7357/85)
- ART 784, II: Documento ou escritura pública (certificado por autoridade pública- fé
publica).Ex¹: ART 733 (divorcio consensual). Ex²: art 610 §1 e 2 (INVENTÁRIO
EXTRAJUDICIAL)
- ART 784, III: Documento particular com assinatura de duas testemunhas. Tendência da
jurisprudência é de afastar a eficácia das assinaturas de pessoas interessadas (família por
exemplo). ART 447 (testemunhas que não podem depor) E 228 (testemunha deve ser
desinteressada)NCPC. STJ RESP 59/267/RJ, STJ RESP 1453949/SP.
- ART 784, IV: transação extrajudicial referendada pelo MP, DPU, AGU, pelos advogados
transatoes ? ou mediadores credenciados no tribunal (art 21 ao 23 da lei 13.140/15)
24/08

-ART 784, V: direito real de garantia (hipoteca, penhora, caução). ART 835 3º
- ART 784 VI: relação beneficiária do serviço e seguradora - facilita o recebimento do seguro de
vida
- ART 784 VII: foro de laurenio (percentual entregue à “realeza”, resquício da monarquia) relação
com enfiteuse
- ART 784 VII: crédito decorrente da relação locador e locatário do bem, deverá ajuizar ação de
despejo
- ART 784 IX: Certidão de dívida ativa. Documento este que corporifica a inclusão do devedor em
dívida ativa, imprescindível para execução fiscal (ART 2º da lei 6.830/80)
- ART 784 X: Relação condomínio x condômino. Quando o condômino não paga crédito aprovado
na assembleia condominial. ex : parcelas vincendas
Enquanto durar a prestação, tem se entendendo que é possível incluir as parcelas vincendas.
ENUNCIADO 86 DO CJF; ART 292 § 2º e art 323
- ART 784, XI: Emolumentos, créditos notariais podem ser cobrados mediante execução
- ART 784, XII: c/c art 24 da lei 8906/94 (contrato de honorários advocatícios; art 5 §6º lei
7.397/85- termo de ajustamento de conduta com o objetivo de se evitar o ajuizamento de
ação coletiva. TAC- titulo executivo extrajudicial

NULLA EXECUTIO SINE TITULAM: Obs: mesmo se o credor tiver o título executivo, não impede
do devedor de ajuizar ação para discutir a divida ( ação de consignação em pagamento ou
anulação de divida), porem, não impede também do credor ajuizar ação de execução (art 789 §1
NCPC). Nesses casos em que houver duas demandas discutindo o mesmo título, ocorrerá
conexão entre os processos (art 784§1 c/c art 55 §2º, I, NCPC)

Legitimidade ativa (exeqüente- art 778; CREDOR) x legitimidade passiva (executado – art 779;
DEVEDOR)
Legitimidade primária (originária) – Será legitimado primário / originário o credor/ devedor contidos
no título
Legitimidade secundária (subsidiária) – executado/exeqüente figurado no processo sem estarem
no título. Ex: espólio, art 16 da lei 4717/65- legitimidade subsidiária do MP, cessionário (cessão de
crédito depende da anuência do credor) art 78 §2 , III NCPC art 290 CC).
OBS: o executado herdeiro/ espólio responde no limite (1792 CC c/c 796 NCPC)
OBS²: cessão de débito (art 799, III, NCPC). Exige a anuência do credor (art 299 CC)
Obs³: fiador contido no contrato (art 799). O fato de existir fiança no contrato por si só NÃO É
TÍTULO executivo extrajudicial. O ideal é ajuizar ação de conhecimento em face do devedor e do
fiador para obter a sentença satisfativa. Caso o fiador não esteja no pólo passivo, não cabe
executá-lo (súmula 268 STJ)

27/08/2018
RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL (art 789/796 )
É a sujeitabilidade do patrimônio do devedor às medidas executivas.

- Impenhorabilidade (exceção): Os bens que não são sujeitos à execução se relacionam à


proteção da dignidade da pessoa humana.
- Art 833/839 NCPC, Lei 8009/90?, bem de residência; art 2 lei 8036/90 (Impenhorabilidade
do FGTS, impenhorabilidade moral (cachorro de deficiente visual, óculos, prótese
dentária)
- OBS: havia classificação no código de 1973, de bens impenhoráveis (absolutamente,
relativamente)
-
ART 833, I: bens publicos afetados (inalienaveis) c/c art 100 CC; bem doado com clausula de
inaliabilidade (art 833 I parte final c/c 1911 CC)

ART 833, II: moveis que guarnecem as residências (necessario e uteis) são impenhoraveis.

ART 833, III:vestuarios, em tese, são impenhoraveis. exceto aqueles com alto valor

ART 833, IV: salário (significado amplo-remuneração, aposentadoria, soldo) é impenhorável


(proteção ate 40 salarios minimos)

Ou seja, a priori salário é impenhorável. Contudo,m existe a exceção: a ação de alimentos.


Devedor de alimentos depende para fixação de quantia. Pode ser até percentual diferente entre
os filhos. Geralmente , 30% . Penhora online ? Bloqueio na conta ou desconto na folha de
pagamento. Oficia o empregador já pra tirar. Art 833/834
Salário de alto valor : não importa quantia. Lei alterando no 1973. Houve veto presidencial.

Art 833. 50 salários mínimos. Evolução tímida . Ativismo judicial relativizando. Mesmo não sendo
dívida alimentar, o juiz no caso concreto pode relativizar e determinar a penhora.
RESP 1673067/DF

833, X : impenhorável quantia em poupança até o patamar de 40 salários. STJ : aplicação fixa tem
regime protetivo.
833 parágrafo 2 ressalva a possibilidade de penhora de caderneta de poupança.
A jurisprudência diz que juiz pode ponderar os princípios e aplicar de acordo com o caso concreto.
Interpretar boa fé do devedor.
RESP 1231123/SP

833, V: bens móveis necessários ou úteis ao exercício da profissão DO EXECUTADO . Ex: carro
do taxista, PC do advogado, cadeira de dentista.

833, VI: seguro de vida impenhorável . 1) aspecto moral 2) caráter alimentar


Limite : jurisprudência coloca 40%.
Não pode penhora em expectativa nem posteriormente
833, VII: materiais exceto se a obra for penhorada. Art 862 - edifício em construção.
833, VIII: Art 5 inciso 26.
833, IV: repasse de verba pública para atividade privada com finalidade de aplicação em saúde e
educação

833, IX: contratos administrativos . CONVÊNIO,CONSÓRCIO. Proteção para que esses recursos
sejam destinados.

833, XI: partidos políticos com dívida

833, XII: créditos oriundo de alienação de unidades imobiliárias (imóvel na planta ). Compra o
imóvel na planta, a construtora quebrada e credor penhora o orçamento para essa obra ? Não
pode penhorar p valor , nem imóvel já vendido. Art 862 p 3.

Att 834: impenhorabilidade relativa - ex: doou um bem com clausula de impenhorável inalienável,
mas se gera fruto é possível penhorar com CARÁTER DE SUBSIDIARIEDADE ( Só se não
encontrar outros bens; precisa procurar outros bens antes ) .

31/08/18.

IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA

Vem a proteger o único imóvel do devedor. Deve ser entendido como o bem de residência. Aqui
“família” tem sentido amplo, abrangendo pessoas solteiras, viúvas e separadas. Súmula 924/STJ.
RESP 182223/SP.
- FUNDAMENTO COMO ART 6 DA CF: Proteção ao direito social de moradia
- Bem de família: Legal - previsto na lei 80009/90, não precisa de registro prévio do bem de
família, também não há estipulação de limite de valor do bem; voluntário( art 1711 CC) -
sujeito a registro prévio, não podendo ultrapassar ⅓ do patrimônio líquido
- Súmula 451/ STJ: é penhorável o imóvel profissional. Portanto, relembrando o art 833, V
são impenhoráveis os móveis necessários e úteis para o trabalho, mas penhoráveis os
imóveis.
- Súmula 486/STJ: impenhorável o único bem, mesmo que o devedor não more nele (ex:
aluga o imóvel), desde que o valor recebido através do imóvel seja cometido para
sobrevivência.
- Súmula 448/STJ: a vaga na garagem pode ser penhorada desde que esta passou
matrícula própria no RGI

Exceções à impenhorabilidade (art 3º da lei 8009/90)

- ART 3º, I: (revogado pela LC 150/2015): era possível a penhorabilidade do unico imóvel do
empregador em caso de dívidas trabalhadas na relação empregador ( empregado {a}
doméstico {a});
- ART 3º, II: falta de pagamento no financiamento para aquisição do próprio imovel
- ART 3º III: dívida alimentar
- ART 3º, IV: contribuição do proprio imovel (falta de pagamento de IPTU, condominio) c/c
art 833 §1º NCPC
- ART 3º, V: quando o bem de residência é dado como garantia de terceiro, mantém-se a
proteção. STJ RESP 1.180873/RS.
- ART 3º, VI: bem originário do produto de um crime;
- ART 3º, VII: único imovel do fiador do contrato de locação e penhorável; Critica não se
preserva o direito de moradia do fiador. Entretanto, os tribunais superiores como válidas
(Sumula 549 STJ, Sumula 63 TJRJ). Entendimento que vigora a lógica de
impenhorabilidade em contrato de locação empresarial (STF RE 605709/SP)

RESPONSABILIDADE ORIGINÁRIA E SUBSIDIÁRIA (ART 790 NCPC)

- Limites subjetivos da responsabilidade patrimonial (a quem se imputa a responsabilidade


patrimonial?)
- Originária: Bens de propriedade do devedor (figurado no título), mesmo que de posse de
terceiro. ex: se o bem do terceiro é atingido sabe apresentar embargos de terceiro (674
NCPC)
- Subsidiária (art 795 §1º): Atinge-se bem de um terceiro não obrigado originariamente (nao
figurado no titulo). Ex: pessoa juridica e seus sócios. Pode aplicar a desconsideração da
personalidade jurídica (arts 133/137)

03/09/18

Ex 2: Cônjuge/ companheiro = art 226 § 3º CF c/c 790 IV. Quando o cônjuge é devedor será
possível chegar na meação do outro? ART 1654 e 1659 IV CC = preservaria a meação do outro
cônjuge se a dívida não for destinada a familia e se a dívida for ilícita.

ART 892 NCPC - comunicar o cônjuge para defender sua meação nos casos de penhora

Se se submeter nos casos em que a meação do cônjuge é preservada e os bens deste for
penhorado sem a prévia citação cabe o conjuge interpor embargos de terceiro.

SITUAÇÕES FRAUDULENTAS (790, V E VI /NCPC)

1) Fraude contra credores (art 158/165 CC)


- Eventum danni (requisito objetivo - requisito do dano): análise da alienação do bem
( se alienador vendeu o seu único bem por exemplo).
- Consistiem em fraudis (requisito subjetivo): provar se o terceiro estaria ou não de
boa fé. Ex: RESP 1600111/SP . Devedor doa bem para seu descendente.
- Ação Pauliana / revocatória(art 161 CC c/c 700 IV CPC)- tornar inválida a venda

2) Fraude de Execução (art 792 CPC): Instituto processual STJ e RESP 239890/SP
- Exige processo pendente (mais grave) - at 792, IV com a citação do demandado ( art 240
CPC)
- Não é necessária ajuizar ação autonoma (Pauliana) , poderá demonstrar a fraude de
maneira incidental
- Eventum dame
- consiluum fraudis: ter previo registro da mácula {registro de averbação negativa do bem}
ou provar má fé do terceiro (Súmula 375 STJ)
Obs: medidas que o credor deve se valer para mácula do bem. ART 792 c/c art 844, ART
801 CPC (arresto cautelar), ART 828 CPC c/c 798 II NCPC

10/09

- ART 792 §3º: desconsideração da personalidade jurídica, o marco pode valer desde a
citação da pessoa jurídica no processo.

3) FRAUDE ENVOLVENDO BEM CONSTRICTO


- Anteriormente poderia ser hipótese de prisão civil ( CC de 1973; art 5 LIVIII CF). Hoje em
dia, essa modalidade foi incluída na fraude de execução. Súmula 25 STF c/c Súmula 919
STJ . NÃO CABE PRISÃO DE DEPOSITÁRIO INFIEL.

LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA ( ART 509/512 CPC)

-Quantificar o valor da condenação, estabelecer o quantum de ?

Processo de conhecimento=> citação; sentença ilíquida (inconsistência em executar); intimação


=> LIQUIDAÇÃO (quantifica a obrigação); EXECUÇÃO; Decisão interlocutória (cabe agravo de
instrumento ART 1015 § único).

OBS: sentença que exige apenas cálculo aritmético, está é líquida e pode ser executada. (ART
509 § 2º).

- A natureza jurídica da liquidação é uma fase previa a execução, no passado era


uma ação. Inicia-se por mera petição inclusive por iniciativa também do devedor.
- Na liquidação não há rejulgamento da causa, é um procedimento para valorar a
sentença (ART 509
- ART 509 c/c 491 Incisos (hipóteses de quando não há como arbitrar um montante
devido)

HIPÓTESE DE LIQUIDAÇÃO PROVISÓRIA

-Na pendência de recursos na ação de conhecimento (ART 510?), usando a celeridade


processual.

MODALIDADES DA LIQUIDAÇÃO

a) Por arbitramento (art 509, I): Uma perícia após sentença, em suma (art 510). Intimação das
partes, nomeação de peritos para análise dos elementos já acostados nos autos com o
intuito de valorar a obrigação.
b) Por procedimento comum (ART 509 V e 511): Antiga liquidação por artigos. O liquidante
traz ao processo um fato novo alheio ao processo, poderá em objeto de juntada de
contestação. Quantifica o valor e estabelece um elo entre o fato novo e o objeto da ação,
em decorrência disso, a liquidação por procedimento comum é mais ampla.

ex: ART 81 CPC = ação de dissolução de sociedade


Súmula 399 STJ = a apresentação de fato novo não afeta a causa julgada

14/09

SOBRE PROCESSO COLETIVO - LIQUIDAÇÃO EXECUÇÃO INDIVIDUAL DE SENTENÇA


COLETIVA GENÉRICA
- ART 81, § único do CPC: direito homogêneo gera sentença genérica ilíquida ( art 95 cpc).
Deveria ter ampla publicação da sentença, pessoas levadas habilitam-se para liquidar a
sentença (deverá demonstrar o elo ao fato concreto e objeto da sentença).
- AÇÃO COLETIVA => SENTENÇA COLETIVA GENERICA (ILIQUIDA) - ampla publicidade
=> LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA (HABILITAÇÃO INDIVIDUAL) - COMPROVAÇÃO DO
ELO ENTRE FATO INDIVIDUAL E OBJETO DA SENTENÇA => EXECUÇÃO DA
SENTENÇA

CUMPRIMENTO DA SENTENÇA DA OBRIGAÇÃO DE PAGAR (ART 513/527 CPC​​)

-Execução padrão de título judicial


- cumprimento de sentença não é automática, é necessário protocolar requerimento por parte do
exequente (petição requerendo intimação do executado para cumprir a obrigação de fazer em 15
dias úteis conforme art 523). Este artigo tem o objetivo de atestar (formalidade) a mora do
devedor.
- devedor será intimado e nao citado
- descumprimento do prazo anterior: nova petição requerendo penhora
- cumprimento voluntário da obrigação: pagamento dentro do prazo de 15 dias nos termos do 523
- cumprimento de certeza (forçada) de caráter sancionatório: multa de 10% + nova verba
honorária + penhora
- Se houver pagamento parcial, a multa incidirá sobre o montante restante.
OBS: o legislador valorou o pagamento total para a não incidência de multa, logo, não extinguirá
os efeitos de descumprimento da obrigação se o executado nomear um bem para penhora ou
propor parcelamento da obrigação. Salvo se o exequente concordar.
-NOVA VERBA HONORÁRIA:
Condenação 10.000
Correção monetária
juros
subtotal
____________________________
honorários advocatícios 10% de x
custas processuais x ( HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS - SUSPENSO NOS CASOS DE
GRATUIDADE DE JUSTIÇA)
___________________________
Total exequendo Y - art 83 CPC
Multa 10% de Y
Honorários advocatícios 10%Y : pela necessidade da continuação do trabalho no processo
= HIPÓTESE DE DESCUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO NA FASE VOLUNTÁRIA

- Art 83, 911: o limite de majoração de 20% refere-se para fase de conhecimento. Na fase
de execução com a hipótese de descumprimento de obrigação voluntária, esse limite pode
ser majorado, para além de 20%.

17/09/2018

Parcelamento em lei ​: direito do executado em execução do título extrajudicial 30 % e parcela por


6x.
Não pode no cumprimento de sentença pq o legislador íntima direto pra pagar.
Art 916 p 7

Se o executado pede e exequente aceita, tudo bem. Mas não é um direito dele como na
execução de título extrajudicial.

Prazo voluntário de 15 dias sem multa e honorários. Não pagou começa execução forçada : multa
+ penhora . ART 523 p 3

Competência da execução de título judicial

-- estudo da competência funcional (qual órgão) da execução.


Por ser um processo sincrético, a execução se dá no mesmo juízo onde obtida a sentença. ART
516 II
Mesmo que haja recursos é no juízo de primeiro grau.

Intimação pra atestar formalmente a mora.

Art 516 I : quando a causa iniciou no tribunal. Ação rescisória executa na própria 2 instância.
Continuidade do feito.

Art 516 p único : lógica de satisfação da execução. Faculdade ao credor. Pode obter a sentença
num juízo e executar em outro. Vai pra outra comarca... possível quando o executado tem bens
corpóreos outra localidade. 1) Precisa expedir carta precatória para penhora em outra localidade
2) Ou pede declínio do processo inteiro pra outra localidade.

Competência absoluta como indisponível. Esse exemplo anterior é competência relativa.

FORMATO DE INTIMAÇÃO

-- Art 513 p2 : intimação para cumprir voluntariamente.


1) se o devedor executado tem advogado constituído nos autos- na própria pessoa do advogado
mediante publicação no diário oficial. Art 513 p2 I. Sem custos da publicação.
2) quando o devedor não tem advogado constituído nos autos - expedir uma carta com AR para
endereço do executado. Art 513 p2 II.
3) art 515 p3 mesmo que intimação retorne negativa ela poderá ser considerada positiva . Algo
como intimação tácita. Art 77 inciso V c/c art 274 p único. Dever das partes informar a mudança do
endereço. Mesmo no caso de revelia, o réu é por carta de citação.
4) quando o devedor estiver patrocinado pela defensoria pública. Art 513 p2 II parte 1. Se a carta
voltar negativa também e mudou o endereço: 513 p3
5) quando o executado tenha sido citado por edital na fase de conhecimento: se tem advogado
vai ser citado na execução. Mas se for o réu revel por citação por edital, precisa mandar de novo
por edital. Art 513 p2 IV
6) quando a citação foi por meio eletrônico (art246 p1) também por meio eletrônico. Independe se
a parte tem advogado constituído nos autos. Citação eletrônica da propria parte que exige um
prévio cadastro. Instrução normativa para toda pj ter cadastro. Lei 11419/2006 10 dias corridos
pra abrir a intimação e correr o prazo se não tacitamente.

Defesa : impugnação ao cumprimento de sentença art 525 x embargos à execução


15 dias úteis após prazo para pagamento sem multa e honorários.

21/09/2018

IMPUGNAÇÃO DA SENTENÇA (ART 525 NCPC)

- Defesa do executado por título judicial. OBS: defesa do executado por titulo extrajudicial
são os embargos à execução
- Prazo de 15 dias úteis, esgotados a primeira quinzena para cumprimento voluntário ART
523), inicia-se o prazo de 15 dias úteis para impugnação.
OBS: Nos casos especiais de prazo em dobro para IMPUGNAÇÃO(Exceto Fazenda pública) Art
523 § 3º. Não altera o prazo de pagamento voluntário que é fixo em todas as opções.

- Há discussão acerca do prazo para cumprimento voluntário ser contado em dias úteis ou
corridos, vez este que primeiro prazo não varia processual, mas material. Controvérsia
ENUNCIADO 89/CJF.

Natureza jurídica da Impugnação da Sentença

- Defesa incidental, apresentada nos próprios autos (art 525, CAPUT), diferente dos
embargos à execução, cuja natureza jurídica é ação incidente, ou seja, há distribuição por
dependência de uma nova petição inicial (ART 914 § 1º)

Natureza jurídica da decisão prolatada após impugnação

- 1ª Hipótese: Rejeição da impugnação - decisão interlocutória = cabe agravo de


instrumento (ART 1018 § único). Aqui é decisão interlocutória já que o processo não
encerra após a rejeição.
- 2ª Hipótese: Acolhimento da impugnação que gera extinção da execução - sentença - cabe
apelação (ART 203 § 1º). Apenas extingue a fase de execução, não a fase de
conhecimento.
- 3ª Hipótese: Acolhimento parcial ou que não gera extinção = decisão interlocutória cabe
agravo de instrumento
- A impugnação não exige garantia do juízo (ART 525, caput, na expressão
“independentemente”
- ART 525 § 6: a impugnação não gera efeito suspensivo, exceto se o juiz, a pedido do
executado (ope judice), suspender, desde que o impugnante ofereça garantia em juízo (ex
penhora) e se o prosseguimento da execução causas danos de difícil reparação (fumus
boni iuris e periculum in mora deverão estar presentes).

Matérias arguiveis na impugnação (causa de pedir) - art 525 § 1º

- trânsito em julgado é garantia constitucional (art 5º, XXXVI /CF), esta abrange o deduzido
e o deduzível (eficácia preclusiva com todo enfrentamento das argumentações, portanto, a
defesa na execução de título extrajudicial é limitada, devendo alegar matérias processuais
e não de mérito. ( ART 525 §2º VII; diferente do 927 VI - embargos à execução).

24/09/2018

Alegações possíveis:

- Art 525 inciso I - falta de citação sem o comparecimento espontaneo do reu na fase de
conhecimento (exceptio querella nullitatis) c/c art 280 e art 239 §1º;
- Art 525 inciso II - ilegitimidade da parte;
OBS: se o credor ajuizar em face apenas do devedor na ação de conhecimento, não
poderá, na fase de execução; executar o fiador, este poderá alegar ilegibilidade passiva
- ART 525 inciso III - inexigibilidade de título ou inexigibilidade da obrigação. Ex:
decisão impugnada com efeito suspensivo e o credor requer execução. Nesse
caso, o devedor pode alegar esse inciso,

OBS (§2º): Coisa julgada inconstitucional = teoria da relativização da coisa julgada material. ex:
direito da personalidade é priorizada em relação à segurança jurídica.

Exceções: ação rescisória: a propositura da ação rescisória não suspende da execução. ART 969.
Art 525 § 12º c/c art 535 § 5º 8º

Seria possível relativizar sem ação rescisória ? Investigação de paternidade

Súmula 275 TJRJ

Quando tem decisão judicial/sentença que aplicou entendimento inconstitucional.


Ex: juiz aplica lei institucional

Art 525 § 14 - anterior ao trânsito em julgado . Quando tem decisão transitada em julgado que
aplica entendimento contrário art 525 p1 III valorizar STF .
O próprio código faz menção ao contrário .
Entendimento constitucional a época. Depois de transito em julgado supremo diz inconstitucional.
Relativização da coisa julgada
525 § 15 - retroagir para qualquer decisão que foi fundamentada. Os 2 anos da ação rescisória
corre a partir do efeito da decisão do STF . Existe modulação dos efeitos previsto no 525 § 13.

Antes do trânsito em julgado pode alegar com o argumento da inconstitucionalidade se já teve o


trânsito , ação rescisória a partir da decisão do STF em até 2 anos.

Art 525 § 12 a 15 / ser 525 §5 a p8

Art 525 §1 inciso IV - penhora incorreta ou avaliação errônea - questiona um problema como bem
impenhorável.
Na prática, a penhora ocorre depois do prazo. 525 § 11 corrige incoerência temporal da execução.
Já acabou o prazo da impugnação . Preclusão.

525 §1 inciso V - excesso de execução : cobrança excessiva. Além do que consta no título 917 §2
define o que é excesso de execução. Colaboração do executado. Se o executado alegar excesso,
precisa indicar o valor devido. Planilha de cálculos.
525 §4 e §5. Se nao comprova o fundamento , o juiz nem observa. Cabe ressaltar que tiver outro
objeto na execução prossegue.

- Cumulação indevida de execuções


Art 780 normal em título extrajudicial ex duplicata e cheques
Requisitos .

Art 525 §1 inciso VI - incompetência absoluta ou do juízo da execução


Essa matéria dentro da impugnação alega como preliminar , cpc 73 era petição separada.
Obs: não é incompetência do juiz da fase de conhecimento, mas do juízo da execução .

Art 109 inciso X CF e art 965: exs de incompetência.

Ajuizamento de ação rescisória não suspender execução mas pode pedir tutela provisória art 969.

Art 525 pq inciso VII - hall exemplificativo

Prescrição da execução não da obrigação- art 150 stf

Matéria que pode arguir na fase é citação.


Art 525 § 2 matéria que nao vem dentro da impugnação - arguir suspeição ou impedimento do juiz
traz em petição separada.

TEM SUCUMBÊNCIA NA IMPUGNAÇÃO?

SÚMULA 519/STJ- quando a impugnação é rejeitada, não são cabíveis honorários.


Caso a impugnação seja acolhida são honorários pro impugnante/executado.

28/09/2018 = nao teve aula


01/10/2018 = PEGAR inicio

Cumprimento Provisório da sentença (Artigo 520 ao 522 CPC)

1) Recurso sem efeito suspensivo -> Execução Provisória

Artigo 1012, parágrafo primeiro

2) Recurso com efeito suspensivo) -> não tem execução

Artigo 1012, caput

3) Decisão transitou em julgado -> execução definitiva


______

Artigo 520, caput - Remissão artigo 1012, parágrafo segundo. O apelado aqui é o que ganhou, o
outro é o vencido. Fora a apelação existem outros recursos, no caso deles em regra não há
recurso suspensivo, ou seja, na pendencia do recurso pode o credor ir executando
provisoriamente a execução.
Quando houver concessão de efeito suspensivo, entretanto, não ocorrerá a execução provisória.

E como é o processamento da execução provisória e qual a importância prática?


A importância prática é de que já vá adiantando a execução, que normalmente demora. O credor
já vai adiantando os atos executivos. E uma segunda vantagem seria de que quem faz primeiro a
penhora tem direito de preferencia. Artigo 797 do CPC. Se forem credores da mesma classe no
caso.
Não há obrigação em executar provisoriamente a execução. Artigo 520, I, CPC.
Artigo 520, Parágrafo 4, CPC - Se o recurso for provido muda o jogo. e Nessa execução provisória
vc pode até mesmo levar um bem ao leilão.
Artigo 520, IV, CPC - Pode até mesmo levar a leilão, mas há uma limitação da execução
provisória. Se esse recurso posterior for provido então haveria prejuízo, para evitar que fique de
mãos vazias então exige do exequente provisório que o mesmo faça um caução em garantia
antes do leilão para que possa o fazer. Esse funciona como garantia. Se o jogo virar e o recurso
for provido então há essa garantia para o executado que nada devia.

Artigo 522, CPC - Fala do processamento. Se for processo eletrônico vc entra com uma petição e
deixa tramitando. Enquanto a apelação vai subir para o tribunal então vc vai executando
provisoriamente na primeira instância. Artigo 516, II, CPC.
Se o processo for em papel então enquanto o processo sobe para o tribunal inteiro há de se
juntar cópias para que faca a execução provisória.
** O devedor vai ser intimado para cumprir, se não pagar mesmo na execução provisória então
incidirá multa e verba honorária. Artigo 520, parágrafo 2, CPC. *** Na ótica do novo código não é
contraditório, é possível que pague e mesmo assim continua com o recurso. O novo código,
diferente do antigo, não enxergar como preclusão lógica.
Mas há de se pagar com a finalidade de se ausentar da multa, não simplesmente pagar, senão o
juiz entenderá que apenas reconheceu a dívida. Há de se fazer a ressalva de que é um depósito
em garantia com a finalidade de se ausentar da multa.
Artigo 520, parágrafo primeiro, CPC - Aqui diz que o executado poderá fazer impugnação restrita
as questões da execução. O objeto está sendo discutido no recurso. Aqui é alegar uma penhora
incorreta ou coisas do tipo...

Existem hipóteses em que o exequente não precisa prestar caução. São as hipóteses do artigo
521, CPC. Nesse caso, embora o título seja provisório a execução é praticamente definitiva. (I)
crédito de natureza alimentar (artigo 1012, parágrafo 1, II, CPC). (II) caso o credor demonstrar
situação de necessidade.
A caução é para o credor provisório por a mão no dinheiro, não é para a execução provisória
tramitar. Por isso pode liberar de da-la em garantia em certas condições. (III) é a situacão na qual
não precisa de caução porque em tese o devedor já perdeu 3 vezes.Perdeu na sentença. Perdeu
na apelação. O recurso especial não tem efeito suspensivo. Perde o recurso especial e entra com
agravo do recurso especial. É aqui que entra o III, nessa situacão vc já perdeu 3 vezes no
processo, podendo o credor executar provisoriamente mesmo sem caução. Essa é a situacão na
qual está tudo tão difícil pro devedor que nem faz sentido caução. (IV) se houver uma situacão em
que o vencedor tá fundando em precedente, súmula ou afins então provavelmente será provido,
dai será feita a execução provisória sem caução.

Quanto a título extrajudicial a lógica já é a de execução definitiva. No máximo o que ocorrerá é um


efeito suspensivo, como consequência de embargos. Mas não há execução provisória.

(encerra a parte de cumprimento da sentença de pagar)

Agora há de se estudar a execução de pagar fundada em título extrajudicial. Artigos 824 ao 909
do CPC.

Artigo 784, no qual há o roll de títulos executivos extrajudiciais.

Quando o credor possui um título executivo extrajudicial então já pode entrar direto com a
execução. O que estudaremos agora é esse processamento. Não é uma fase de execução e sim
uma ação de execução gerando um processo de execução. Mesmo quem tem o título extra pode
dar um passo atrás e entrar com a execução (Artigo 785, CPC) o interesse é quando há uma
execução se aquele título executivo é título executivo ou não.
Aqui vai-se estudar agora uma ação de execução gerando um processo de execução. Aqui
teremos a distribuição de uma petição inicial. Artigo 798, CPC. Aqui nessa petição inicial não se
opta por audiência de reconciliação, ou seja, não se aplica o artigo 319, VII, CPC aqui na
execução. Outro que não se aplica é o 319, VI, CPC 9o direito já está acertado, basta apenas
trazer o título, não há produção de provas, tecnicamente falando). O devedor vai ser apenas
intimado para pagar.

REQUISITOS IMPRESCINDÍVEIS. Artigo 798, I, CPC -> juntar o título, sena~o juiz manda
emenda a inicial e juntar o titulo executivo extrajudicial. É documento essencial. á de se juntar
também a planilha.
Artigo 798, parágrafo único. Atitude colaborativa do credor.
O executado será, então, citado. E essa citacão tem previsão no artigo 827 e no artigo 829, CPC.
Não é intimado. Porque a citacão é o meio de integrar o demandado ao processo. Ele é citado
para pagar em 3 dias. O credor á tem um título executivo, não vai ser citado para entrar com
contestação e se defender, e sim apenas citado para pagar.

05/10/2018

-- cont execução de obrigação de pagar fundada em título extrajudicial (art 824/909 cpc)

Hall dos títulos (art 784)


--> execução
Art 798
Art 827 e 829
Executado citado para pagar (correios, oficial de justiça )

Atitudes possíveis do executado citado:


1. Efetuar o pagamento em 3 dias contados da citação (829 caput). Conta só dia útil ou corrido ?
Se o executado pagar em 3 dias terá uma vantagem: art 827 p 1 não é situação de não cumprir
tem uma multa, mas um benefício. Direito premial. Fixa em 10 por cento dos honorários e cai pela
metade. Esse paga mento precisa ser integral se tiver discussão do valor, não ganha esse
benefício. A lógica é terminar o feito ali.
2. Inerte. Não vigora a presunção da verdade do autor - revelia. O credor já tem o título. Já está
em legitimidade. Art 829 p1. Não pagou penhora, mas atualmente é penhora online.
3. Requerer parcelamento ou moratória legal - não esqueça a palavra legal, se não cai em
qualquer parcelamento que o exequente aceitar. A diferença aqui é a estipulação dos parâmetros.
Pagar 30 por cento da dívida e parcela o restante em 6x mensais. A diferença aqui é que aqui é
um DIREITO DO EXECUTADO o credor não pode se negar a isso. Art 916 caput. executado
entra com petição já comprovação do pagamento. 30 por cento honorários e custas dps incide
juros e mora
Obs : tá no cap de embargos
Se o devedor não cumpre o parcelamento? 916 P 5. Penhora. Vencimento antecipado das
parcelas futuras + multa de 10 por cento do valor remanescente + não pode entrar com embargos
916 p 16. PRECLUSAO lógica. Vedação de comportamento contraditório . Se reconheceu o valor
da dívida, não pode voltar. * nada impede que o executado possa alegar o excesso de execução
e impenhorabilidade. Só não discute mais a natureza jurídica da dívida.

É possível fazer esse parcelamento no cumprimento de sentença ? Art 916 p 7. O executado não
tem esse parcelamento c/c 523.

Defesa do executado​:

-- Embargos à execução:​ art 914/920. Embargos do devedor / embargos do executado.


Embargante = executado
Embargado = exequente
Natureza jurídica de ação defesa . Ação indicedental. Distribui uma petição inicial. A impugnação
é dentro dos autos mera defesa.
Art 914 p1 = distribuído em dependência. Paga custas judiciais.
Justificativa histórica : execução invasão do patrimônio, embargos como ação de conhecimento,
mas não autônomos. Tem que ter um prévio processo de execução.
- Não tem efeito suspensivo. Execução como satisfativa continua a tramitar.

- Embargos como defesa ampla se comparar a impugnação : Art 917 inciso VI. Pode discutir a
própria natureza jurídica. Na impugnação não pode pq deveria ter alegado isso no processo de
conhecimento(defesa restrita ).

-- Art 920 inciso III: juiz dá sentença por ser ação autônoma a qual cabe apelação. Na
impugnação por via de regra é decisão interlocutoria e cabe agravo de instrumento.

-- Prazo : art 915 . Remete ao art 231 sobre fluência de prazo depende da modalidade citatoria.
Aplica por analogia. O mais comum é citação por oficial de justiça. Aqui corre 15 dias úteis partir
da juntada do mandado aos autos.

É possível citação pelos Correios ? No antigo cpc não permitia, no novo cpc não trouxe mais essa
vedação. Art 247 cabe .

Enunciado 85/CJF: cabível citação postal. Corre prazo de 15 dias úteis a partir da juntada do ar.

-- art 914 caput: não exige garantia do juízo.

-- Sem efeito suspensivo : caput art 919. Pode pedir ao juiz, mas não garantido art 919 p1. Adota
mesma logica do 525 p6.

08/10/18.

Art. 914, §1º. Não são dentro da execução, ficam separados. Não precisa qualificar de novo as
partes (já qualificadas nos autos do processo de execução). Diferente da impugnação do
cumprimento de sentença, aqui cria um processo em separado. A justificativa história é que na
execução predomina a atividade de invasão de patrimônio. Então, a lógica seria uma via em
separado. É uma ação de conhecimento.
A defesa é ampla. Art. 917, VI.
Art. 920, III – são resolvidos por sentença. Cabe apelação.
O prazo dos embargos à execução tem previsão no art. 915 que remete ao artigo 231, CPC. O
231 é um artigo que fala de fluência de prazo. É mais comum o executado ser citado por oficial de
justiça.
Da citação, 3 dias para pagar.
Para embargar, 15 dias da juntada do mandato citatório. O mais comum é por OJ, mas pode ser
de outras maneiras como por edital, espontaneamente, etc.
Outra possível questão: é possível citação pelos correios na execução – PELO REGIME DO
NOVO CPC É POSSÍVEL. Art. 247 NCPC. Agora, podemos entender que cabe. CJF n 85.
Os embargos à execução não precisam de garantia de juízo, ou seja, não precisa ofertar um bem
à penhora. Nesse ponto é parecido com a impugnação, art. 914, caput.
Os embargos à execução não terão efeito suspensivo – Art. 919, caput. Enquanto tramita a
execução, tramita os embargos. O efeito suspensivo pode ser pedido pelo embargante ao juiz
igual se faz com a impugnação. O juiz poderá a requerimento do embargante atribuir o efeito
suspensivo, desde que a execução já esteja com a garantida de juízo – penhora, caução
Nesse ponto é idêntico a impugnação por cumprimento de sentença arts. 919, 1º e 525, 6º.
Prazo (art. 915): 15 dias úteis para a apresentação dos embargos.
A fluência do prazo depende da modalidade citatória. Ou seja, o que dá início ao prazo.
A modalidade citatória mais comum na execução é a citação por oficial de justiça. Apoio no art.
231, II (juntada aos autos do mandato citatório). O prazo de embargos não começa a contar
amanhã se eu for citada hoje, vai depender se hoje vai ser juntado aos autos o mandato citatório.
Do dia da juntada, vai começar no dia seguinte. Não é a data da citação que gera fluência, mas
sim a data da juntada aos autos do mandato citatório.
Se o executado comparecer espontaneamente no feito, a data de comparecimento não conta e o
dia seguinte conta. No CPC de 73 era vedada a citação pelos correios por AR. Art. 222 “d” CPC
73. (Art. 247, CPC). Em razão de ter sido extraída essa relação, é possível citação pelos correios
na execução. Remissão ao CJR nº 85 (primeira jornada de direito processual civil).
• Causa de pedir (art. 917, CPC)
• Objetos de defesa:

I. Inexigibilidade da obrigação
Inexequibilidade do título
II. penhora incorreta ou avaliação errônea. Ex.: oficial de justiça avalia mal, errado. Não esquecer
de ler o §1º do art. 917. Muito parecido com a impugnação por cumprimento de sentença. Uma
vez citado, ele tem 15 dias da juntada aos autos pra juntar embargos. Como ele vai alegar
penhora incorreta se o prazo para embargos acabou, é possível o executado se manifestar. Ele
não precisa entrar com embargos à execução, ele pode impugnar por simples execução. Ocorreu
o ato, a parte é intimada e entra com uma simples petição defensiva. Pode nomear a petição de
embargos, mas em tese é uma petição interna da execução.

III. excesso de execução: o executado alegar que o exequente está cobrando mais do que
deveria. O dever colaborativo do executado é que ele tem que indicar o valor devido. Isso está
escrito no art. 917, §2º, §3º e 4º. Se você faz uma defesa fundada no excesso de execução e não
considera o valor devido, o juiz desconsidera a sua defesa.
IV Alega retenção. Só para execução de entrega de coisa.
V. Incompetência absoluta ou relativa.
VI. Qualquer matéria que seria lícito aduzir num processo de conhecimento. É muito importante,
pois é quase o mesmo que falar que uma matéria que poderia arguir em contestação, pode ser
arguida aqui. É um inciso bem aberto. Ele vai poder arguir que não contratou, que o título é falso,
vai poder arguir que a obrigação contida no título não foi prestada, as mercadorias não foram
entregas, defeito na mercadoria, serviço prestado de forma incompleta... todas essas alegações
que são comuns na contestação podem ser alegadas. A matéria a ser recorrida é ampla, diferente
do impugnação ao cumprimento de sentença, pois nesse caso já transitou em julgado.
• Os embargos a execução permitem a produção de prova – prova documental, prova
testemunhal...
• Tem uma matéria defensiva que não vem dentro do embargos de execução: arguição do
impedimento e suspeição do juiz. Art. 917, §7º. É numa petição em separado. Isso é observado
nos artigos 146, 917, §7º e 535, §2º. É uma petição que é peticionada vinculando ao processo de
execução onde tramita a causa.
Quanto ao processamento dos embargos:
Art. 914, §1º - são distribuídos por dependência ao processo principal, vão ficar apensos, mas
são por petição inicial. Vai pra mão do juiz da execução. Se a execução está na 5ª vara cível, os
embargos vão para a 5ª vara cível. É uma ação inicial. Paga as custas ou deferido o pedido de
gratuidade, os embargos serão recebidos.
Art. 920, I – O juiz recebe os embargos. O exequente será ouvido no prazo de 15 dias para
responder aos embargos (respeito ao contraditório) ou impugnar (a mesma coisa). Se o exequente
- embargado - não entrar com a resposta do 920, I, ocorre revelia (Sempre cai em prova)?

A jurisprudência massiva é a de que não ocorre revelia. Não há presunção de verdade dos fatos
alegados pelo embargante. Ele não pode afastar um título executivo por causa de uma mera
presunção.
Se o exequente do embargado não entrar com a resposta ao 929, I não ocorre revelia
(entendimento da jurisprudência). Se o exequente não entrar com uma resposta, não dá para p
juiz extrair que o embargante tem razão. O juiz não pode julgar com base em uma execução para
afastar um título executivo.
Esse artigo é uma intimação a pessoa do advogado do embargado.
Nesse momento a gente já estudou a impugnação por cumprimento de sentença.

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE

Cabe também da execução de título judicial, não está necessariamente vinculada ao título extra.
Tem aplicabilidade ampla.
O executado “força a barra”.
É traduzida como uma simples petição.
Constitui uma defesa do executado através de uma simples petição. Não tem formalidade
específica – não precisa garantir o juízo, não tem valor da causa, não tem previsão legal... é uma
mera petição defensiva que a doutrina e a jurisprudência acabaram criando.
O novo CPC acaba fazendo previsão da exceção de pré executividade no art. 803, §único. Nos dá
a previsão embora o legislador não tenha colocado o nome. Uma petição simples nos autos
defensivos.
Passa a ter previsão legal. De toda maneira, continua a sua lógica de apresentação.
Quando cabe: Cabe quando alega-se uma questão de ordem pública ou uma defesa de direito
material sempre que não exigir dilação probatória. Como já estudamos, na execução não é para
produção probatória.
O melhor exemplo é o de alegar pagamento. Eu, como executado, já paguei a dívida. Além do
pagamento, questões como prescrição.
Não há exigência de prazo.
Se você quer trazer matérias defensivas, o mais recomendado é entrar com embargos de
execução para trazer todas as matérias inclusive esta. Mas, se as matérias forem só essas, é o
melhor.
STJ RESP 1.104.900-ES
Quanto ao cabimento: SUM 393 STJ
Câmara: chama a exceção de pré-executividade de objeção de não executividade. Objeção são
matérias que o juiz poderia conhecer de ofício. Exceção são matérias genéricas. Pré é uma coisa
que vem antes, para o Câmara o “não” é mais correto pois é uma questão que ocorre no curso da
execução.

12/10 = FERIADO

15/10 e 19/10 = NAO TEVE AULA


22/10

Arresto Executivo (ART 830 CPC)


Constrição judicial, apreensão, agravame judicial
Requisitos:
1) diligência frustrada da citação
2) Existência de bens do devedor

OBS: art 797 parte final

Arresto executivo (art 830) = Não exige periculum im mora. É simplismente um meio encontrado
para dar prosseguimento ao processo, à execução
X
Arresto cautelar (art 301) = É uma medida cautelar. Exige o jumes boni iuris e periculum in mora.

- Arresto online = STJ RESP 1.240.270/RS


- Penhora (Art 831/869) = Constrição judicial, apreensão, agravame judicial dos bens do
executado. Ato processual prévio à colespropriação. Deve ser documentada por autos
(realizado pelo oficial de justiça) ou termo de penhora (quando a penhora é determinada
por um julgado) - ART 838
Quando penhora-se um bem, individualiza-se o bem que será submetido à desapropriação.

Ordem legal de Penhora dos bens

- Rol no art 835. A penhora de dinheiro é a prioritária. Não se submete à essa relativização
do rol ART 835. Ou seja, A penhora online (de dinheiro) é a primeira a ser realizada
quando há dinheiro. Lembrando que salário é impenhorável.
- Penhora Online : É a penhora de dinheiro (Art 835, I).
- OBS¹: ART 854. A penhora online é uma exceção ao prévio contraditório.
- OBS²: ART 854 §2º. Fala da intimação. Os 5 dias para que o executado questione a
penhora são contados a partir da intimação e não da penhora
- OBS³: ART 835, X - A penhora do faturamento fala de um evento incerto e futuro. Além
disso recai APENAS sobre a pessoa jurídica. Ela é uma das últimas opções. REMISSÃO
ART 866.

26/10 = EXECUÇÃO DA FAZENDA PÚBLICA (SLIDES DA AULA COM MONITOR)

29/10

Continuação. Penhora (831/869, CPC)


- Constrição judicial: Para levar bem a leilão. É preciso prévia penhora que individualiza o
bem e permite defesa em cima dela. ART 835: ordem legal de penhora (preferencial, não
tem caráter rígido)
- Feita a penhora deve o executado ser intimado = INTIMAÇÃO DA PENHORA (ARTS
841/842).
- Art 525 § 11 c/c art 917 § 1 = ART 779/ art 841 § 4 = art 77, V
- ART 674 §2º, I: Cônjuge, por não ser parte deve se valer de embargos de terceiro
- Súmula 134/STJ = Em tese, vale para união estável

Depósito dos bens penhorados (Art 838, IV e 839/840)

- Até ter leilão demora, é preciso deposito que terá a posse do bem penhorado
- Há nomeação judicial de depositário. Ex: dinheiro - bloqueio, passa para a instituição
bancária conveniada ao tribunal e depois para o exequente.
- ART 840 II : quando for bem corporeo, haverá depositario judicial e se não haverá, ficará
no poder do exequente. Na pratica, continua com o executado (muito comum em imovel).
- Formalizada apenhora, é intimado o executado (art 841 c/c art 525 § 11 c/c art 917 §1)
- Observar os arts 841§ 1 ao 4 c/c 842 c/c 674 § 2º I e Sumula 134/STJ
- Súmula vinculante 25/STF, Súmula 419/STJ: não há prisão civil de depositário infiel. C/C
Art 5º, LXVII/CF.

AVALIAÇÃO (ART 870/875 CPC)

- Atividade para dimensionar economicamente o bem penhorado. É uma medida


preparatória para expropriação. Esse valor vai servir como base para expropriação: ART
876, CAPUT. Feita pelo oficial de justiça ou avaliador, que pode ser perito. ART 886, I.
- Exceção: Não será realizada a avaliação= ART 871. É possivel nova avaliação, na forma
do art 873, 878/cpc. Parte pode requerer ou juiz mandar ofício.

EXPROPRIAÇÃO (ART 824/825 CPC)

- É uma medida de execução forçada, contra a vontade do devedor. Medida executiva de


sub-rogação (não é de coerção). Não se realiza em expropriação contra a fazenda pública,
pois bens públicos são impenhoráveis.
- ART 826: remição a execução = Paga a dívida e recupera o bem se o leilão já estiver
marcado, cancela.

Medidas expropriatórias:

1) Adjudicação (ART 876/878): é a primeira e a preferencial medida expropriatória, mas não é


obrigatória. Credor fica com o bem penhorado como pagamento da dívida( em vez de ter o
leilão). Há aqui o direito de preferência, pois não precisaria fazer a oferta pública do bem
(que é demorada e custosa). Tem que ser pelo valor do bem que será avaliado. Poder
haver disparidade entre valor de crédito e bem. Se maior, abate o valor. Se menor, volta o
restante (art 876 § 4º). É possível que a adjudicação seja feita por terceiros (art 876 §5 e
6). Outro credor concorrente, cônjuge/companheiro (impede que saia o bem que seja
familiar), descendente ou ascendente. Carta de adjudicação - juiz declara novo
proprietário. O executado pode a qualquer momento paga a divida (remir a execução),
cancelando, inclusive a adjudicação. O executado não poderá mais no seguinte momento
final (art 877 § 1º)

2) Alienação
- Não feita a adjudicação, pode-se optar pela alienação, nesta ordem
- iniciativa de particular (art 880/ novidade 1006): trazer o comprador a juízo (pode trazer
tanto o exequente quanto o executado. Não remete mais ao valor da avaliação.
- leilão judicial (art 881 e ss). Oferta pública do bem / hasta pública/ arrematação / alguns
chamam de licitação. É uma oferta pública do bem. É precedido por edital (se não tiver, há
nulidade), que é às custas do exequente com toda a descrição do bem (art 886). O edital
trará 2 datas previstas( art 886, V). O 1º leilão respeita o valor da avaliação. No 2º leilão,
pode arrematar por valor inferior (art 891). Não pode preço vil (abaixo de 90 % art 891 §).
Princípio da onerosidade possível ao executado (art 885) se o juiz não fixar o preço
mínimo.

02/11 = FERIADO

05/11/2018

Continuação leilão judicial

- Quem não pode ser licitante está no art 890. A previsão do leiloeiro está no art 883/884.
Requisito prévio para o exercício do contraditório (art 889/cpc): Exige a comunicação do
leilão de pessoas específicas (art 889, I c/c 826). Quando assinado o auto, está acabada a
arrematação ( a remição seria possível até esse momento - art 903 §2: é uma simples
petição, eram chamados de “embargos da segunda fase” (não é mais embargos, seria
informalmente uma defesa de 2 fase). E se passar de 10 dias e ninguém entrar com a
petição ( art 903 §3), é expedida a carta de arrematação. Observe o art 903 § 4ºc/c art 907.

EXECUÇÕES ESPECÍFICAS

- Execução de pagar em face da Fazenda Pública (art 534,535 {título judicial} c/c art 910{título
extrajudicial - STJ = 279} )
Aqui, a Fazenda Pública é devedora - execução não ocorre pela expropriação, pois impenhoráveis
os bens públicos. Há uma regra especial para a Fazenda Pública apenas na execução de pagar.
Aqui o procedimento é por dotação orçamentária (art 100/CF).
Art 535 - A FP é intimada para pagar; ART 534 § 2º - não incide multa, art 100 § 3º CF - Paga por
IRPR c/c art 17 § lei 10259 c/c art 87 do ADCT + art 100, §1: No patamar de precatório existe
uma fila preferencial para recebimento e no art 100 §2º/CF uma fila sub preferencial, recebe ainda
na frente são os credores alimentares, idosos ou portador de doença.

- Execução Fiscal (Lei 6830/80)


Tem lei especial, LEF e trata de título extrajudicial apenas. Esse título é a CDA (certidão de dívida
ativa - art 784 IX, CPC). Aqui a Fazenda Pública é credora (tem penhora, então ).

09/11/2018

Prova 3 discursivas e duas objetivas. Com código.

-> Continuação de Execução Fiscal (Lei 6830 de 80

A fazenda pública por representar o interesse público em juízo tem dois procedimentos especiais.
Vimos que se for uma obrigação de pagar contra a fazenda pública então se aplicam os artigo 534
e 535 e também o 910 todos do CPC.
Agora, não se tratou muita coisa da execucão fiscal. Na mesma se tem uma lei especial, que é a
Lei de Execucão Fiscal (lei 6830 de 80). Nesse caso nós temos a Fazenda Pública como parte da
execução, ´so que ela vai ser sempre credora da obrigação de pagar. Se olharmos o que dispõe
essa lei ela fala sobre a cobrança de uma dívida pública. Na verdade cobrança de um crédito, pois
ela é credora.
É obrigação de pagar fundada num título executivo extrajudicial. Então a execução fiscal é sempre
fundada em título extrajudicial, que é a CDA. É costume a petição inicial ser a própria CDA.

A inscrição em dívida ativa é um ato administrativo unilateral, mas vinculado. Se eu deixo de pagar
um tributo meu nome é inscrito em dívida ativa. Gera-se uma presunção de legitimidade essa
presuncão em dívida ativa, mas se admite discussão, se admite prova em contrário.
Artigo 204 do CTN e o artigo 3 dessa LEF.

A corporificação dessa inscrição é que é o título executivo extrajudicial.

Só pode ser dívida tributária ou nao? NÃO!Pode ser outras dívidas. Artigo 2 da LEF. Esse artigo
faz remissão para uma outra lei que define o que é dívida ativa tributária e não tributária (Artigo
39, parágrafo 2, Lei 4320 de 64). A execução fiscal não é só para dívida tributária, portanto!
(pergunta muito errada em provas de concurso).
Se vc tem uma dívida tributária vc aplica o CTN. Ai tem regras de parcelamento, suspensão,
interrupção e afins diferentes.
Se não for tributária ai já se aplica o regime comum.

Artigo 784,IX, CPC

É uma execução fiscal e a fazenda pública é credora, logo, há o regime de penhora, a fazenda
pública busca bens do devedor para penhorar. O executado será citado pós petição inicial, que
normalmente é a CDA. Uma vez citado se tem um regime diferente do da execução padrão.
Artigo 8 da LEF - intimado para pagar ou garantir a execução em 5 dias.
É diferente do 829 do CPC. Que é o padrão em 3 dias.
A defesa são os embargos de execução, que também tem prazo diferente. Aqui são 30 dias, não
15 como no CPC tradicional.
Artigo 16, II, da LEF.

Artigo 914 do CPC - Na execução padrão o executado não precisa garantir um bem pra se
defender. Mas na LEF persiste uma lógica diferente para a execucão fiscal. na LEF para o
executado embargar tem sim que ter garantia em juízo, ou seja, ainda continua o regime antigo na
LEF. Ou seja, para se defender ele precisa apresentar algo em juízo.

STJ Recurso Especial Repetitivo - aquele que demonstrar não ter condições pode
excepcionalmente apresentar embargos sem garantia em juízo.
STJ Resp. 1.127.815 em SP.
Se assim não fosse cercear-se-ia o direito de defesa.

Um outro tema bem tratado em execução fiscal é em relação a intervenção do MP. O MP é o fiscal
da ordem jurídica quando houver interesse público. Logo, deveria o MP aparecer para intervir em
toda execução fiscal? NÃO! Artigo 178 parágrafo único do CPC e Súmula 189 do STJ. Não tem
interesse público que JUSTIFIQUE a intervenção do MP.hÁ UMA DIFERENÇA ENTRE
INTERESSE PÚBLICA PRIMario, que é o bem da coletividade (ação coletiva por exemplo tem
bem da coletividade), e ele não se tem na execução fiscal. Diferente é o interesse público
secundário, que é o interesse meramente arrecadatório do Estado, é esse que se tem na
execução.
A mera presença da fazenda pública não justifica a presença do MP.

Há de se falar por ultimo da sistemática recursal. Artigo 34 da LEF. Há previsão de um recurso


diferenciado que são os embargos infringentes, conhecidos como embargos infringente de alçada.
Mesmo não tendo no novo código o mesmo não foi revogado na LEF, até porque é diferente. Aqui
da sentença cabe embargos infringentes quando for execução fiscal de pequeno valor, no sentido
de tentar resolver tudo na primeira instância. Se tiver dentro desse patamar então cabe embargos
infringentes que serão julgados pelo próprio órgão de primeira instância. Não se tem um duplo
grau de jurisdição.
O patamar ele depende de um índice monetário que é o ORTN, que nem existe mais. Há de se
citar o Resp STJ 1168.625 de MG, que fala da conversão. Há de se atualizar o índice.
Aqui se mata o recurso especial também, afinal, se mata em primeira instância.

#Execução de prestação de alimentos#


(Artigo 528 ao 533 do CPC e artigo 911 ao 913 do CPC)

É mais um rito especial relacionado a execução. Isso vale tanto para os alimentos decorrentes do
parentesco (direito de família - artigos 1694 e seguintes do Código Civil).
Aqui não estudaremos se se deve alimentos ou não. Isso se discutiria numa ação de alimentos.
Isso seria com base na lei 5478 de 68. Aqui já há ao obrigação estabelecida, pois se está na
execucão.
É possível pensar me execução de alimentos também por elementos indenizativos ou por ato
ilícito. Isso é fora da orbita do direito de família, é a situacão de pagar a família que dependia de
um pai para não passar fome caso se mate o mesmo.

O novo CPC fez uma reformulação topográfica da matéria, se tem de forma esmiuçada no CPC, o
que não se tinha antes.
Pode ser execução tanto de título judicial (528 ao 533) quanto extrajudicial (911 ao 913). O
extrajudicial, digamos como exemplo o caso da separação extrajudicial, indo no cartório fazendo
acordo sobre alimentos que se não cumprido entra na execução. O novo código fez essa divisão e
revogou parcialmente a lei de alimentos. Artigo 1072 do CPC - revogou apenas os artigos que
falava sobre execução para fazer isso dentro do código.

O que tem de especial nessa execução de alimentos, o que a justifica é a própria natureza dao
obrigação, que é de pagar alimentos. Porque quem pede alimentos está numa situacão de
necessidade e urgência porque em geral alimentos servem para a subsistência. É necessário um
procedimento diverso, mais célere. Tem até julgados que dizem que não valem ou ao menos é
mitigado o princípio da menor onerosidade do credor.
STJ Resp. 1.301. 467 MS
a GRANDE DIFERENÇA DESSA EXECUÇÃO É QUE O CREDOS DE ALIMENTOS, O
ALIMENTANDO, DISPÕE DE MEIOS EXECUTIVOs diferenciados, poderosos diga-se assim. É
possível penhorar o salário do devedor por exemplo, ainda que via de regra seja impenhorável.

1) Artigo 833, IV e parágrafo 2 do CPC.


Artigo 529 do CPC - Trata do desconto em folha de pagamento. (no extrajudicial também é
possível, previsto no artigo 912). Nesse caso o juiz determina um desconto já em folha de
pagamento, sobretudo se for funcionário público, tiver emprego pela CLT.

2) Artigo 3, III, Lei 8009 de 90 - É possível penhorar o único imóvel do devedor, ainda que em
regra isso não possa ocorrer.

3) Artigo 5, LXVII, CF E 528, parágrafo terceiro ao sétimo do CPC. É a hipótese de prisão civil. A
mesma também é possível a extrajudicial, como demonstra o artigo 911, parágrafo único do CPC.

Súmula vinculante 25 do STF - Apenas cabe no caso do devedor de alimentos, não mais
depositário infiel.

Sobre a prisão civil há de se entender como meio executivo coercitivo. Não é de natureza penal. O
juiz determina a prisão como forma de coagir, de pressionar o devedor a pagar. Tanto é meio de
coerção que se pagar então está livre e além disso só se decreta a prisão civil se o devedor tiver
condições e não pagar, porque se lee não tiver condições então o meio de coerção não tem
sentido.

Se vc quiser vc promove o cumprimento de sentença pelo regime padrão, sem prisão. Embora
seja uma medida executiva exigiria-se requerimento, o juiz não faz de ofício. Artigo 528, parágrafo
8, CPC. Essa é a hipótese sem prisão.

O prazo máximo dessa prisão é determinado no artigo 528, parágrafo terceiro do CPC. O prazo é
de até 3 meses. Passado o período continua devedor, não há comutação de pena, a dívida não
diminui. Mas a medida de prisão não é eterna.
Há controvérsia se é 3 meses do CPC ou 60 dias que é a previsão da lei de alimentos no artigo
19. Numa prova o ideal é fazer prevalecer lei especial, por ser lei especial, ou seja os 60 dias.

A lei prevê no artigo 528 parágrafo quarto com regime fechado, devendo o preso ficar separado
dos presos comuns.

Artigo 527, parágrafo sétimo do CPC - A prisão civil exige a atualidade do débito. Ou seja, o débito
alimentar que justifica a prisão tem de ser atual, vc pode cobrar o restante, mas não justifica a
prisão. Vc cobra os 3 meses anteriores da execução e as que vencerem anteriormente. Senão se
deixasse para trás perdera a natureza alimentar.
Súmula 309 do STJ.

12/11/2018 (prova)

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