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NOÇÕES INICIAIS

COM BASE NO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

Conceito:

Satisfação de uma prestação pactuada e não adimplida voluntariamente. A


execução está atrelada a uma obrigação, ou seja, trazer para o plano real o
que fora decidido ou ainda obrigar o devedor a cumprir uma obrigação que
não adimpliu de modo espontâneo. A execução pode ser fundada em título
judicial ou extrajudicial.

Objetivo:

Obter resultados práticos, cumprimento da prestação e satisfação do


interesse do credor.

Tipicidade:

Os meios utilizados para execução dos títulos executivos, correspondem a


tipos normativos existentes previamente à execução.

Aberta: Títulos que podem ser negociados, ou seja, possuem uma margem
de alteração como por exemplo o contrato.

Fechada: Títulos que não podem ser negociados como por exemplo o
cheque.

Taxatividade:

Os títulos executivos estão taxativamente previstos em lei, tanto os


judiciais quanto os extrajudiciais. PORÉM isso não quer dizer que novos
títulos não possam ser criados, PODEM SIM, mas precisarão ser previstos
em lei para ter força executiva.

Classificação:
Execução comum: Abrangem uma generalidade de créditos e os
procedimentos abarcam a execução por quantia certa, execução das
obrigações de fazer e não fazer e a execução para entrega de coisas.

Execução especial: A execução especial serve para satisfação de créditos


específicos onde serão adotados procedimentos especiais, isso ocorre com a
execução fiscal e a execução de alimentos.

Fundada em título judicial: Quer dizer que a obrigação decorre de


sentença ou determinação judicial, ou seja, houve um processo no
judiciário e foi determinado o cumprimento de determinada prestação.
Título judicial é aquele que decorre de uma decisão judicial tratando-se
apenas de uma nova fase no processo sendo assim o réu não precisará ser
citado; salvo quando trata-se de sentença penal condenatória, arbitral,
estrangeira ou contra a Fazenda Pública. (Art. 475-N, CPC/73 e Art. 515,
CPC/2015)

Fundada em título extrajudicial: São títulos que decorrem de avenças


pactuadas entre as partes, são documentos cujo a lei dá força executiva, ou
seja, documentos com eficácia executiva dada pela lei; nesse caso como o
título é extrajudicial sua pactuação surgiu fora do judiciário, para execução
fundada nesses títulos o exequente precisará entrar com a ação de execução
o que exige citação do réu. (Art. 585, CPC/73 e Art. 784, CPC/2015)

OBS. O novo CPC de 2015 em seu artigo 785 permite ao credor de


título executivo extrajudicial optar pela ação de execução ou ação de
conhecimento e assim tornar o título extrajudicial em título judicial.

Art. 785. A existência de título executivo extrajudicial não impede a parte


de optar pelo processo de conhecimento a fim de obter título executivo
judicial. CPC/2015.
De inicio parece estranho, pois como bem sabemos na ação de execução o
executado será chamado diretamente para cumprir a prestação e na ação de
conhecimento o devedor ainda poderá se defender, utilizar-se de recursos e
etc. O que posterga o cumprimento da prestação. Porém é um dispositivo
muito relevante e que será útil em vários casos. Por exemplo, o para
comprovação de uma compra e venda que não foi tão bem pactuada, ou
ainda para inserção de valores que não estão no acordo, mas o credor teve
que gastar em virtude do inadimplemento.

Execução direita: Ocorre por adjudicação, o Estado substitui o devedor


tomando as providências que o mesmo não tomou para adimplir a
prestação. Que pode ser por:

Desapossamento: Busca e apreensão de Bem / Bens

Transformação: Designa terceiros para realizar a prestação as custas do


executado.

Expropriação: Colocar bens a penhora etc.

Execução Indireta: Nesse caso o Estado não substitui o devedor, mas


adota medidas para que o executado cumpra a obrigação, ou seja, usa
meios coercitivos como por exemplo a aplicação de multa. Tal
comportamento é mais comum em obrigações de natureza personalíssimas
onde o Estado não pode substituir o devedor e fazer a execução de modo
direto.

Execução definitiva: Trata-se de títulos fundados em decisões definitivas,


onde já é considerada coisa julgada material.

Execução Provisória: Trata-se de título fundado em decisão ainda não


definitiva, pois ainda pode haver recurso pendente de julgamento, por
exemplo.
Requisitos para execução

Art. 783. A execução para cobrança de crédito fundar-se-à sempre em título


de obrigação certa, liquida e exigível. CPC/2015.

Certa: Certeza da existência desta obrigação; um título executivo é certo


quanto a existência do direito e da relação entre as partes.

Líquido: Um título executivo é liquido quando determinado de forma clara


seu valor. Para ter força executiva o título precisa ter valor determinado.

Exigível: Um título executivo é exigível quando não há impedimento


nenhum para cobrança, no sentido de não haver dúvida quanto à obrigação
de cumprir a prestação. Assim um título executivo será exigível a partir do
seu inadimplemento.

EXECUÇÃO

PRINCÍPIOS DA EXECUÇÃO

COM BASE NO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

1-Princípio da tutela específica:

Preceitua que a execução deve ser feita para adimplir a prestação


especificamente como foi pactuada; sendo outro meios utilizados apenas
em caráter excepcional. Assim se foi pactuada obrigação de dar é esse dar
que a execução buscará realizar, se for de fazer segue o mesmo raciocínio,
ou seja, o título vai ser executado de acordo com a prestação acordada.
Claro que, sendo pactuada uma obrigação cujo bem pereça ou o fazer já
não é mais útil, serão utilizados meios para adimplir a prestação, porém o
norte DEVE ser o que fora pactuado.
2-Princípio da responsabilidade patrimonial:

Na execução serão os bens do devedor que sofrerão as consequências do


seu inadimplemento, ou seja, a execução é REAL recai sobre a "res"
(COISA), sobre os bens do devedor e não sobre sua pessoa em si. Assim o
devedor não pode ser colocado como escravo para pagar a dívida como
ocorria em Roma nem tão pouco ser preso; a única exceção está na
execução de alimentos onde o inadimplemento pode sim ter como
consequência a prisão do executado.

3-Princípio da tipicidade dos meios executivos:

Designa que os meios adotados na execução devem estar previstos em lei;


ou seja, já existem formas e caminhos a serem adotados para execução;
visando impedir arbitrariedades e a manutenção da segurança jurídica.

4-Princípio da menor onerosidade:

Havendo vários meios igualmente satisfatórios para adimplir a prestação,


deve ser escolhido aquele que seja menos oneroso ao executado, assim o
exequente deverá escolher o caminho que traga menos prejuízo ao
executado, ou ainda será declarado de ofício pelo juiz. Se o executado
achar o caminho mais gravoso deverá apontar outro meio para satisfazer a
prestação, do contrário será mantido o meio escolhido pelo juiz ou
exequente. Art. 805,CPC/2015

Quando os caminhos ou possibilidades forem diferentes a ordem para


satisfação do crédito será:

1. Dinheiro

2. Bens
3. Inabilitação para crédito ( se o executado não puder pagar com as formas
anteriores)

5-Princípio da dignidade da pessoa humana:

Para entendimento deste princípio é imprescindível a leitura do art.


8,CPC/2015 que nos faz entender a incumbência do juiz de promover a
DIGNIDADE HUMANA. Da leitura do artigo percebemos a estipulação de
que a dignidade da pessoa humana deve ser promovida durante a execução
buscando evitar medida que prejudiquem o indivíduo de modo a levá-lo a
condições indignas ao ser humano. Isto nos faz refletir que a execução
NÃO pode ser usada como vingança, por isso existem bens impenhoráveis
e cabe ao juiz estar atento a esse tipo de coisas e evitar execuções
perversas, podendo inclusive desfazer de ofício medidas contrárias a este
princípio.

6-Princípio da Disponibilidade:

Trata-se da faculdade que possui o exequente que via de REGRA pode


dispor ou desistir da ação ou partes desta sem a oitiva do executado. Porém
tratando-se de alegações de defesa de mérito o executado deverá ser
ouvido.

Para uma melhor compreensão vejamos o que diz o artigo 775, CPC/2015

Art. 775. O exequente tem o direito de desistir de toda execução ou de


apenas alguma medida executiva.

Parágrafo único. Na desistência da execução observá-se-à o seguinte:

I. Serão extintos a impugnação e os embargos que versem apenas sobre


questões processuais, pagando o exequente as custas processuais e os
honorários advocatícios.

Obs. Vale a pena ressaltar que o artigo diz: Serão extintos a impugnação e
os embargos que versem APENAS sobre questões PROCESSUAIS, e
incumbe ao exequente o pagamento das custas e honorários advocatícios.

II. Nos demais casos a extinção dependerá da concordância do impugnante


ou do embargante

Obs. Assim quando se tratar de questões NÃO processuais ou de DEFESA


DE MÉRITO a oitiva da outra parte será necessária, para desistência.

7-Princípio do título:

A execução deve ser fundada em título executivo judicial ou extrajudicial


que para ser executado precisa ser certo, liquido e exigível. Art.
783,CPC/2015.

Walkyria Nascimento
Teoria Geral da Execução Civil:
Cognição (conhecimento): O processo de conhecimento tem por objetivo
obter a certeza
acerca do direito. Nele o contraditório é amplo de modo que a jurisdição
deverá conceder as
partes todas as oportunidades para produzirem as suas alegações.
Execução: Não se busca obter a certeza acerca do direito uma vez que este
já existe. Aqui o
objetivo é tão somente concretizar a vontade estabelecida num título
executivo, seja ele
judicial ou extra-judicial.
O processo de conhecimento tem o objetivo de obter a certeza acerca do
direito. Por sua vez o
processo de execução não objetiva a certeza, pois está já existe. Ou seja,
aqui se busca tão
somente a pratica de atos matérias que concretizem o direito declarado.
Princípios Informadores da Atividade Executiva : É um conjunto de
verdades universais que
informam uma determinada ciência.

★ Princípios:

❖ Princípio do Título: "Nula Executio Sine titulo ” – É nula a execução


proposta sem o
título executivo.Não haverá execução sem um título executivo que lhe
sirva de base.
Títulos:
➔ Judicial: Art. 475 - N CPC (Condenar alguém a uma obrigação seja de
fazer, de não
fazer, a entrega de coisa, pagamento de quantia).
➔ Extrajudicial: Art. 585 CPC (Cheque, duplicada, nota promissória).
❖ Princípio da Realidade da Execução (atingira o seu patrimônio):O
devedor
responderá para o cumprimento de suas obrigações com todos os seus
bens, salvo as
restrições estabelecidas por lei.
Art. 591 CPC – O devedor responde para o
cumprimento de suas obrigações, com todos os seus
bens presentes e futuros, salvo as restrições
estabelecidas em lei.
*Art. 1º, Inciso 3º CF/88 – Principio da Dignidade da
Pessoa Humana, ou seja, o sujeito não pode ser
exposto por dívidas.

❖ Princípio da Economicidade: Pode ser visto sobre 2 primas:


➔ Atos necessários: serão penhorados tantos bens quanto bastem para o
pagamento do
principal, juros, custas e honorários.
Art. 659. A penhora deverá incidir em tantos bens
quantos bastem para o pagamento do principal
atualizado, juros, custas e honorários advocatícios
➔ Modo menos gravoso: quando por vários meios a execução pode ser
processada o juiz
determinará que se proceda pela forma menos gravosa para o executado.

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Necessário leitura complementar do autor de sua preferência. Bons
estudos!

Walkyria Nascimento
Art. 620. Quando por vários meios o credor puder
promover a execução, o juiz mandará que se faça pelo
modo menos gravoso para o devedor.

❖ Princípio do Ônus da Execução: à custa da execução deverão ser


suportadas pelo
executado, haja vista que fora este quem dera à causa a instauração da
execução.

❖ Principio da Tutela Especifica (especificidade): nas obrigações de fazer,


não fazer
ou entrega de coisa (são obrigações especificas) o juiz concederá a tutela
especifica ou
assegurará a obtensão do resultado prático equivalente. “Lei nº 8992/94”

Requisitos para a Realização da Execução:


1)Título Executivo: Documento ao qual a lei atribui força executiva
necessária a que
desencadei atividade jurisdicional, pode ser judicial (art. 475 N) ou extra-
judicial (art. 585).
Pressupostos de Validade:
1. Certeza: é aquele que preencheu todos os requisitos formais para sua
existência perante o
mundo jurídico.
2. Liquidez: é aquele que fixa o “quantum” o objeto da obrigação. “Art.
286, CPC – o pedido é
certo (natureza do pedido) e determinado (quanto se deve)”. “Liquidação
de sentença, é onde
o juiz tenta encontrar o “quantum”“.
3. Exigibilidade: é pressuposto que se relaciona com vencimento da
obrigação. Título exigível:
é aquele cuja obrigação possa ser imediatamente cumprida.
Espécies:
➔ Judicial (Art. 475-N CPC): a sentença proferida no processo civil
estipulando obrigação
de fazer, não fazer, entrega de coisa e pagamento de quantia.

➔ A sentença homologatória de conciliação ou transação (são


modalidades de acordo que
visam por fim a um processo).
➔ Documento público / Documento Particular (assinado pelo devedor +
duas
testemunhas).
➔ Instrumento de transação referendado pelo:
1. Ministério Público
2. Defensoria Pública
3. Advogados (transatores)
4. Súmula 300 do STJ
Súmula 300 STJ: Instrumento de Confissão de Dívida -
Contrato de Abertura de Crédito - Título Executivo
Extrajudicial.O instrumento de confissão de dívida, ainda que
originário de contrato de abertura de crédito, constitui título
executivo extrajudicial.

➔ Inadimplemento: se refere a violação da norma jurídica, consistente no


descumprimento da obrigação certa, liquida e exigível prevista no título.
Competência em sede de execução
Fixação: a fixação da competência irá variar de acordo com a natureza do
título
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Necessário leitura complementar do autor de sua preferência. Bons
estudos!

Walkyria Nascimento

Título JUDICIAL (Art. 475-P, CPC):


O cumprimento de sentença far-se-á:
OBS: Urge ressaltar que poderá o exequente optar pelo juízo do atual
domicílio do executado
ou perante o juízo em que se encontram os bens passíveis de execução.
(Lei 11.232/95 – Art.
475-P, § Único do CPC).

I. Perante o juízo que processou a causa em 1º grau de jurisdição;


II. Nos tribunais, nas causas de suas competências originais;
III. Em se tratando de sentença estrangeira (uma sentença proferida no
estrangeiro
poderá ser proferida no Brasil através do título judicial, mas terá de ser
homologada
com os requisitos do Art. 15 da LIND se estiverem preenchidos será
homologado).

Juiz Federal – Art. 109, x CF.


OBS: Delibação - Art. 15 da LIND
OBS: Art. 105, I, e CF
Título EXTRAJUDICIAL (Art. 576, CPC):
A execução de título extrajudicial será feita na conformidade do Livro Um
do CPC, ou seja,
serão observadas as regras gerais de competência quanto ao processo de
conhecimento.
Assim:
I – A execução será processada no foro de eleição, a caso este esteja
previsto no título;
II – No lugar do cumprimento da obrigação (local onde a obrigação será
cumprida);
III – Não havendo foro de eleição ou não sendo apontado o lugar do
cumprimento da ação a
execução será processada perante o juízo do domicilio do executado.

❖ Liquidação da Sentença (Art. 475-A até 475-H CPC)

Definição: É o procedimento, localizado entre os atos de cognição e


execução, que tem por
objetivo encontrar o “quantum” da obrigação que fora objeto de uma
sentença condenatória
genérica.
Natureza Jurídica: A liquidação consiste em um incidente processual (onde
toda questão que
surge no decorrer do processo que deverá ser resolvida antes que o
processo dê
continuidade) resolvido mediante decisão interlocutória, sujeita ao recurso
de agravo de
instrumento.
Obs: Atualmente, o sincretismo consensual é conhecido por:
Ato de Conhecimento
Ato de Execução

1. Recurso em sede de liquidação (Art. 475-H CPC):


A decisão que julga a liquidação estará sujeita ao recurso de agravo de
instrumento.

2. Liquidação e decisão liquidanda:


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Necessário leitura complementar do autor de sua preferência. Bons
estudos!

Walkyria Nascimento
É defeso (proibido) na liquidação discutir novamente a lide ou modificar a
sentença que a

É possível que, na pendência de recurso, seja efetuada a liquidação


provisória. Para tanto a
parte irá dirigir o pedido ao juízo originário, instruindo-o com cópias das
peças processuais
relevantes, as quais farão autos apartados (separados). (Art. 475-A § 2º
CPC)

4. Modalidades
a) Cálculos do Credor:

Aplicação: será utilizado quando, para a apuração do quantum, houver


necessidade de simples
operação aritmética.
Aspectos Gerais:
I - Os cálculos serão elaborados pelo credor mediante planilha com a
discriminação atualizada
do crédito.
II – Os cálculos poderão ser elaborados pelo contador do juízo quando:
a. Aparentemente excederem o montante fixado na sentença;
b. Se houver impugnação por parte do devedor;
c. Quando o credor for beneficiário da justiça gratuita (o pobre na forma da
lei).
III – Vale ressaltar que havendo necessidade a parte poderá requerer que o
juiz determine que
o devedor exiba documentos que estão em seu poder, os quais auxiliarão
na elaboração dos
cálculos. A negativa de exibição importará na aceitação dos cálculos
apresentados pelo credor.

b) Liquidação por artigos (itens)


Aplicação: será utilizada quando, para chegar ao quantum devido, houver
necessidade de se
alegar e provar fato novo (é aquele superveniente, ou seja, ocorrido
posteriormente à
sentença, ou então aquele fato que ocorreu anteriormente a sentença, mas
que não foi levado
em consideração).
Procedimento: considerando que o credor deverá alegar e provar fato a
liquidação por artigos
obedecerá ao procedimento comum.

c) Liquidação por arbitramento


Aplicação: far-se-á a liquidação por arbitramento quando houver
necessidade de se proceder
com prova pericial.
Procedimento:
I – O juiz nomeará um perito, fixando-lhe um prazo para entrega do laudo;
II – As partes irão se manifestar, no prazo de 10 dias;
III – O juiz emitirá a decisão do laudo pericial.
(Art. 475-E e 475-C do CPC)

Impenhorabilidade: protegidos em virtude do Art. 1º, III CF/88 principio


da dignidade da
pessoa humana.
Lembrete! – Principio da Realidade da Execução Art. 591 CPC

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Necessário leitura complementar do autor de sua preferência. Bons
estudos!

Walkyria Nascimento
Impenhorabilidade do Bem de Família: é o imóvel de propriedade do
devedor destinado a
moradia do grupo familiar o qual não poderá ser objeto de execução em
virtude de dividas
civis, trabalhistas, fiscais e previdenciárias.
Lei nº 8009/90 Foi quem instituiu o bem de família:
BIZU!
I – Possuindo mais de um imóvel onde resida alternativamente será
considerado como um bem
de família aquele de menor valor;
II – Possuindo apenas um imóvel e estando este locado a um terceiro o
mesmo será
considerado um bem de família desde que o devedor comprove que a
renda esta sendo
revertida para o sustento da família (Súmula 486, STJ);
III – Vale ressaltar que o fato do imóvel pertencer a pessoas (solteiras,
viúvas ou separadas)
não lhe retira a qualidade de bem de família (Súmula 364, STJ);
IV – A vaga autônoma de garagem, a qual possui registro próprio perante
cartório de imóveis
constitui unidade econômica autônoma, não sendo abrangida pelo conceito
de bem de família,
logo ela pode ser penhorada (Súmula 449, STJ).
Art. 3º: Exceções IMPORTANTES:
A impenhorabilidade não será oponível (o devedor não poderá alegar a
impenhorabilidade):
I – Dividas relativa á pensão alimentícia;
II – Dividas relativa a tributos e contribuições incidentes sobre o imóvel;
III – Dividas trabalhista de empregados domésticos;
IV – Proventos da infração;
V – Divida proveniente de contrato de locação (fiança);
VI – Dividas oriundas de creditos para aquisição do imóvel.
Dos demais bens! Art. 649, CPC

1. Móveis pertences que guardarem no interior da residência, salvo se


forem de elevado
valor. Ex: tão, quadros;
2. Quantias depositadas em caderneta de poupança no limite de 40 salários
mínimos;
3. Instrumentos úteis ou necessários ao exercício da profissão;
4. Seguro de vida;
5. Pensões, aposentadorias, remuneração, salários, e ganho em virtude de
espécie do
trabalho;
6. Vestuários e utensílios de uso pessoal, salvo se de elevado valor;
7. Recursos públicos transferidos para as entidades privadas para aplicação
em saúde,
educação e assistência social.
Panorama das Execuções (Revisão)
Processo de Conhecimento: seu objetivo é obter a certeza acerca do
direito, onde acaba com
o transito em julgado.
Processo de Execução: seu objetivo é praticar atos materiais para a
concretização do direito.
#Quando não se cumpria nenhuma das obrigações se iniciava outro
processo de execução
denominado perdas e danos;
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Necessário leitura complementar do autor de sua preferência. Bons
estudos!

Walkyria Nascimento
#Obrigações específicas: de fazer, não fazer ou entregar a coisa (exige de
seu destinatário
uma conduta humana);
#Art. 461, CPC foi modificado pela lei nº 8.952/94: obrigação de fazer e
não fazer.
#O art. 461-A foi inserido no CPC pela lei nº 10444/02: entrega da coisa.
#A lei 11.232/05, inseriu no CPC 475-J e seguintes.
#Na atualidade o processo é um só e são dívidas em duas fases, primeiras a
fase de
conhecimento e a outra fase de cumprimento de sentença (que
anteriormente era conhecida
por fase de execução).

I. Cumprimento de sentença:
Obg. de fazer e não fazer: possuem sua execução prevista no art. 461 CPC;
Obg. da entrega de coisa: art. 461-A do CPC;
Obg. de pagamento de quantia: art. 475-J e seguintes do CPC.
II. Execução de Título Extrajudicial (Art. 585, CPC):
Obg. de fazer ou não fazer (Art. 632 e seguintes do CPC);
Obg. da entrega de coisa (Art. 621 e seguintes do CPC);
Obg. de pagamento de quantia (Art. 646 e seguintes do CPC).
III. Execução Especial:
Execução de prestação alimentícia (Art. 732 e 733 do CPC);
Execução contra a fazenda pública (Art. 730 e 731 do CPC e combina-los
com o Art. 100 da
CF/88) – pagar seus débitos através da precatória (é uma ordem de
pagamento emitida pelo
presidente do tribunal);
Execução Fiscal (Lei nº 6830/80).
CAI NA PROVA!
STJ Súmula nº 364 Conceito de Impenhorabilidade de Bem de Família -
Abrangência - Pessoas
Solteiras, Separadas e Viúvas.O conceito de impenhorabilidade de bem de
família abrange
também o imóvel pertencente a pessoas solteiras, separadas e viúvas.
STJ Súmula nº 486: Único imóvel residencial alugado a terceiros é
impenhorável, desde que a
renda obtida com o aluguel seja para subsistência do proprietário.
STJ Súmula nº 449 Vaga de Garagem que Possui Matrícula Própria no
Registro de Imóveis
Constituição de Bem de Família para Efeito de Penhora.A vaga de
garagem que possui
matrícula própria no registro de imóveis não constitui bem de família para
efeito de penhora.


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