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TEORIA GERAL DA EXECUÇÃO:

Trabalho: será proposto com entrega para o dia 03 de janeiro.

INTRODUÇÃO:

Tutela executória é uma das três tutelas do processo civil. (tutela de conhecimento, executiva
e cautelar);

Ela é importante para que o autor possa consumar o direito afirmado em sentença.

A tutela executória nem sempre pode acontecer, quando o réu por exemplo paga o valor
reconhecido na sentença. Ou seja, o pressuposto da execução é o fato de que haja um réu que
deve algo para o autor e não revela-se disposto a pagar. Nessa fase, não há dúvidas quanto a
pretensão, que é outro pressuposto da execução, isto é, da obrigatoriedade de determinado
compromisso.

A sentença é uma das maneiras de se analisar se de fato há a necessidade da execução, porém,


também temos:

TÍTULO EXECUTIVO – Um documento, por exemplo: títulos de cheque, o contrato (com as


devidas assinaturas das testemunhas), etc.

a) Judicial – Constituído perante a justiça: decisão interlocutória, acórdãos, acordos


judiciais, todo documento produzido no contexto do judiciário. Enseja o que
chamamos de cumprimento de sentença, que é o processo de execução específico dos
títulos executivos judiciais.
Aqui não há um novo processo, simplesmente inicia-se a fase de cumprimento de
sentença.
Porém, às vezes não há como o cumprimento de sentença seguir nos autos do
processo original, demandando ação autônoma.
b) Extrajudicial – Art. 784 CPC. Cheque, nota promissória, contrato de compra e venda,
etc. Haverá nesse caso o processo de execução.
É preciso petição inicial. Normalmente se utiliza as regras de execução para o
cumprimento de sentença.

*Nesse campo, não se utiliza mais os termos autor e réu, mas EXECUENTE/CREDOR e
EXECUTADO/DEVEDOR. Credor e devedor são utilizados apenas quando tratar-se da obrigação
específica, compra e venda.

*O processo de execução é movido pelo interesse do exequente, mas claro, o executado


possui maneiras de se defender a depender da situação. Por exemplo, pode alegar que o título
executivo não apresenta alguma das três características fundamentais, a saber ser certo,
exequível e liquido (quantidade).

*Caso não apresente os requisitos, cabe processo de conhecimento.


INSTRUMENTOS DA EXECUÇÃO

a) Medidas de Subrogação
b) Medidas de coerção

PRINCÍPIOS DA EXECUÇÃO

a) Princípio da autonomia
b) Princípio da patrimonialidade ou da responsabilidade patrimonial
Em regra, só atinge o patrimônio do executado. Não atinge a pessoa do executado.
Com exceção da ação de alimentos, em que há prisão civil.

No que diz respeito ao passaporte, questiona-se se não reverbera no direito de ir e vir


do executado. Em alguns casos, os tribunais superiores entenderam que esse tipo de
intervenção é aceitável, dependendo da pessoa. Exemplo, Ronaldinho Gaúcho, o
tribunal entendeu que fazia sentido embargar momentaneamente o passaporte.

Porém, existe a possibilidade de que recaia sobre os bens de outro indivíduo. Por
exemplo, o Fiador, dos cônjuges, sociedade (desconsideração da personalidade
jurídica);

Uma inovação do CPC 2015, é o patrimônio considerado como aquele “presente e


futuro”. Hoje é pacífico que se considera todo o patrimônio, seja passado, presente ou
futuro.

Entendimento que vigora sobre prescrição: Se o prazo para se consumar o processo de


execução prescrever, a dívida, por exemplo, passa a ser inexequível, e, no caso de
Serasa, o executado pode solicitar a retirada de seu nome.

Art. 833 (Ler) – Bens impenhoráveis.

c) Princípio do Exato Adimplemento


A execução sempre buscará significar no cumprimento da obrigação como se o
executado tivesse, de forma autônoma, adimplido.
Normalmente é o EXEQUENTE quem escolhe a forma do adimplemento, quando
houver possibilidades, mas, via de regra, cabe o juiz a chamar o executado para
declarar quais são suas alternativas.

d) Princípio da Utilidade
O juiz sempre irá analisar se é viável produzir determinados atos dentro do processo
de execução.
e) Princípio da Menor Onerosidade
Ainda que a execução considere os interesses do exequente, não é correto gerar uma
onerosidade excessiva ao executado. Inclusive, pode haver negociação, no sentido de
se considerar pagamento parcelado. O exequente será ouvido, mas compete ao juiz
fazer isso.
COMPETÊNCIA

Cumprimento e sentença – como ainda se fala em fase processual, a ação permanece no


mesmo juízo. Observação: existe aquelas ações em que: sentença arbitral, sentença
estrangeira (competência federal, domicilio do executado).

Porém, trata-se de regra relativa. O credor pode pedir a execução em outro local, quando
puder optar por algumas possibilidades, hipóteses:

- Juízo do atual domicílio do executado: normalmente deve-se comprovar o domicílio.

- Pelo juízo do local onde se encontram os bens sujeitos à execução;

- Pelo juízo de onde deva ser executada a obrigação de fazer ou não fazer. Isso aparece muito
nos casos em que o governo contrata determinada empresa para realizar uma obra.

- Processo de execução

- Segue-se o foro de eleição, quando houver.

- Duas opções a critério do credor: o domicílio do executado ou o domicílio do estado da coisa\


bem.

PODERES DO JUIZ NA EXECUÇÃO

Art. 139: Poderes gerais do juiz em juízo.

Art. 772 e 773: poderes do juiz na execução:

- Determinar o comparecimento das partes em qualquer momento processual;

- Advertir o executado de atos atentatórios à dignidade da justiça; o que culmina em Multa

- Determinar o fornecimento de informações. Exemplo: ouvir a vizinhança para saber a vida do


devedor. Pode determinar que terceiros informem questões importantes;

ATOS ATENTATÓRIOS À DIGNIDADE DA JUSTIÇA

Não devem ser confundidos necessariamente com a litigância de má-fé. É um rol específico
da execução. Art. 774.

Aqui a multa vai para o exequente. Não é bis in idem, em vista da possibilidade de ambos: o
pagamento ao Estado e ao Exequente. Multa de até 20 por cento do valor atualizado da
execução.

a) Fraude à execução:
Quando o devedor começa a praticar atos para que de alguma maneira venha a ser
impedido de adimplir as obrigações. Não deve ser confundida com a fraude a credores,
que diz respeito apenas à dívida sem existência do processo de execução.
b) Opor-se maliciosamente à Execução – embargar a execução não se enquadra aqui
porque é um direito.
c) Dificultar a penhora – exemplo: esconder bens.
d) Resistir as ordens judiciais – por exemplo, às medidas coercitivas.
e) Esconder bens quando intimado;

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