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- SEMANA 3 -

TEORIA GERAL DA EXECUÇÃO

JURISDIÇÃO EXECUTIVA E JURISDIÇÃO DE CONHECIMENTO


CONCEITO
PRINCÍPIOS
CONDIÇÕES DA EXECUÇÃO

COMPETÊNCIA
JURISDIÇÃO EXECUTIVA E JURISDIÇÃO DE CONHECIMENTO
CERTIFICAÇÃO DO DIREITO /
DE CONHECIMENTO BUSCA DA VERDADE REAL /
AMPLA PRODUÇÃO DE PROVAS
ÁPICE = SENTENÇA

EFETIVAÇÃO DO DIREITO /
JURISDIÇÃO DE EXECUÇÃO
FIM DO CONFLITO DE INTERESSES
Função do Estado para
eliminar conflito

CAUTELAR
CONCEITO

Misael Montenegro Filho:


“(...) é a ação judicial ou a fase do processo de conhecimento (posterior à sentença) dirigida em face do executado
(que pode mesmo não ser o devedor), sendo marcada pela adoção de práticas coercitivas, que têm por propósito o
cumprimento da obrigação específica ou da obrigação genérica, mesmo contra – e geralmente contra – a vontade do
devedor, que se sujeita aos atos da execução em face da sua postura de não cumprir a obrigação de forma voluntária.
(...)”.

Alexandre Freitas Câmara:


“(Execução é a atividade processual de transformação da realidade prática. Trata-se de uma atividade de natureza
jurisdicional, destinada a fazer com que aqui que deve ser, seja. Dito de outro modo: havendo algum ato certificador
de um direito (como uma sentença, ou algum ato cuja eficácia lhe seja equiparada), a atividade processual destinada
a transformar em realidade prática aquele direito, satisfazendo seu titular, chama-se execução. É, pois, uma atividade
destinada a fazer com que se produza, na prática, o mesmo resultado prático, ou um equivalente seu, do que se
produziria se o direito tivesse sido voluntariamente realizado pelo sujeito passivo da relação jurídica obrigacional”.
PRINCÍPIOS

NULLA EXECUTIO SINE TITULO

PATRIMONIALIDADE
DESFECHO ÚNICO
DISPONIBILIDADE DA EXECUÇÃO

UTILIDADE

MENOR ONEROSIDADE

LEALDADE E BOA-FÉ PROCESSUAL

CONTRADITÓRIO
PRINCÍPIOS

NULLA EXECUTIO SINE TITULO


“Não há execução sem título que a embase”

PATRIMONIALIDADE

A execução é sempre real, e nunca pessoal, em razão de serem os bens


do executado os responsáveis pela satisfação do direito do exequente.
PRINCÍPIOS

DESFECHO ÚNICO

A execução chega ao seu final normal quando é bem-sucedida. O processo de


execução se desenvolve com um único objetivo: satisfazer o direito do exequente.
Sendo esse o único objetivo da execução, a doutrina aponta que para o princípio
do desfecho único, considerando-se que a única forma de prestação que pode ser
obtida em tal processo é a satisfação do direito do exequente, nunca do
executado. (vide_ defesas do executado)
PRINCÍPIOS

DISPONIBILIDADE DA EXECUÇÃO
Por este princípio, e, em razão do desfecho único do processo, é permitido ao
exequente, a qualquer momento, ainda que pendentes de julgamento os embargos
à execução, desistir do processo, sendo dispensada a concordância do executado
para que tal desistência gere efeito jurídico. (Art. 775, caput do CPC).

Desistir não é o mesmo de Renunciar.

Atenção apenas à matéria dos embargos: Se processual ou de mérito.


PRINCÍPIOS

DISPONIBILIDADE DA EXECUÇÃO
Continuação ....
Art. 775. O exequente tem o direito de desistir de toda a execução ou de apenas
alguma medida executiva.

Parágrafo único. Na desistência da execução, observar-se-á o seguinte:


I - serão extintos a impugnação e os embargos que versarem apenas sobre
questões processuais, pagando o exequente as custas processuais e os honorários
advocatícios;
II - nos demais casos, a extinção dependerá da concordância do impugnante ou do
embargante.
PRINCÍPIOS

UTILIDADE
O processo de execução deve servir, efetivamente, para entregar ao
vitorioso aquilo que tem direito a receber.

Não se justifica o processo de execução apenas para prejudicar o


devedor, devendo o processo ter alguma utilidade prática que
beneficie o exequente.
PRINCÍPIOS

MENOR ONEROSIDADE

O processo de execução não é meio de vingança privada. O


executado não deve sofrer mais do que o estritamente necessário na
busca da satisfação do direito do exequente. (art. 805, CPC).
Art. 805. Quando por vários meios o exequente puder promover a execução, o
juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o executado.

Parágrafo único. Ao executado que alegar ser a medida executiva mais gravosa
incumbe indicar outros meios mais eficazes e menos onerosos, sob pena de
manutenção dos atos executivos já determinados.
PRINCÍPIOS

LEALDADE E BOA-FÉ PROCESSUAL

Assim como em todo processo, as partes devem agir com lealdade e


boa-fé, podendo ser aplicáveis as sanções dos artigos 77, 80 e 81, do
CPC.

Assim, ocorre no processo de execução, sendo expresso no artigo 774,


atos praticados pelo executado que são considerados atentatórios à
dignidade da justiça
PRINCÍPIOS

LEALDADE E BOA-FÉ PROCESSUAL


Continuação ...
Art. 774. Considera-se atentatória à dignidade da justiça a conduta comissiva ou omissiva
do executado que:
I - frauda a execução;
II - se opõe maliciosamente à execução, empregando ardis e meios artificiosos;
III - dificulta ou embaraça a realização da penhora;
IV - resiste injustificadamente às ordens judiciais;
V - intimado, não indica ao juiz quais são e onde estão os bens sujeitos à penhora e os
respectivos valores, nem exibe prova de sua propriedade e, se for o caso, certidão
negativa de ônus.
Parágrafo único. Nos casos previstos neste artigo, o juiz fixará multa em montante não
superior a vinte por cento do valor atualizado do débito em execução, a qual será
revertida em proveito do exequente, exigível nos próprios autos do processo, sem prejuízo
de outras sanções de natureza processual ou material.
PRINCÍPIOS

CONTRADITÓRIO

Antigamente falava-se que no processo de execução não se admitia


o contraditório, porém tal posicionamento já se encontra superado.

O contraditório é respeitado tanto no processo de execução como


nos incidentes processuais.
CONDIÇÕES DA EXECUÇÃO

No âmbito da execução, a lei exige que as partes sejam


legítimas, que o objeto seja lícito e que haja interesse de agir.
Deve ser instaurada por meio de petição de abertura
(pressuposto de constituição do processo), devidamente
assinada por advogado que represente o credor (capacidade
postulatória), perante autoridade investida da função
jurisdicional (pressuposto de constituição do processo).
COMPETÊNCIA

Art. 516. O cumprimento da sentença efetuar-se-á perante:


I - os tribunais, nas causas de sua competência originária;
II - o juízo que decidiu a causa no primeiro grau de jurisdição;
III - o juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal
condenatória, de sentença arbitral, de sentença estrangeira ou de
acórdão proferido pelo Tribunal Marítimo.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o exequente
poderá optar pelo juízo do atual domicílio do executado, pelo juízo
do local onde se encontrem os bens sujeitos à execução ou pelo
juízo do local onde deva ser executada a obrigação de fazer ou de
não fazer, casos em que a remessa dos autos do processo será
solicitada ao juízo de origem.
COMPETÊNCIA

Art. 781. A execução fundada em título extrajudicial será processada perante o


juízo competente, observando-se o seguinte:
I - a execução poderá ser proposta no foro de domicílio do executado, de
eleição constante do título ou, ainda, de situação dos bens a ela sujeitos;
II - tendo mais de um domicílio, o executado poderá ser demandado no foro de
qualquer deles;
III - sendo incerto ou desconhecido o domicílio do executado, a execução
poderá ser proposta no lugar onde for encontrado ou no foro de domicílio do
exequente;
IV - havendo mais de um devedor, com diferentes domicílios, a execução será
proposta no foro de qualquer deles, à escolha do exequente;
V - a execução poderá ser proposta no foro do lugar em que se praticou o ato ou
em que ocorreu o fato que deu origem ao título, mesmo que nele não mais resida
o executado.

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