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DIREITO PROCESSUAL:

ADMINISTRATIVO,
CONSTITUCIONAL, CIVIL,
PENAL,
TRABALHISTA E TRIBUTÁRIO
PROCESSO DE
CONHECIMENTO

25 DE FEVEREIRO DE 2021
AP R ES ENTAÇ ÃO:

EVANDRO MELO
(81) 99126-9992
PROFESSOR – CURSO DE DIREITO

25 DE OUT - 2023
SUJEITOS PROCESSUAIS

 JUIZ

 PARTES

 MINISTÉRIO PÚBLICO

 TERCEIROS INTERVENIENTES
DIREITO
PROCESSUAL CIVIL

 Todas as pessoas, físicas e jurídicas, e até alguns entes


despersonalizados, têm capacidade de ser parte. Mas nem toda pessoa
possui capacidade processual.- Art. 70 do CPC/15: só as que se acham
no exercício dos seus direitos (maiores e capazes.) Os incapazes
necessitam da representação e da assistência.

 Tutores: são nomeados, na forma da lei civil, em favor dos menores


que não estejam sob o poder familiar.- Curadores: nomeados pelo juiz,
em processo de interdição, em favor dos demais incapazes.
CAPACIDADE PROCESSUAL:
PESSOAS NATURAIS, PESSOAS JURÍDICAS DE
DIREITO PÚBLICO OU PRIVADO.

PJDP: União – compete à AGU representá-la em juízo.


Estados/DF/MP – compete aos seus procuradores.
(Obs.: Qdo não houver procurador no Município a
representação será feita pelo Prefeito.

PJDPRIV: representadas por quem os seus estatutos


designarem, ou, não designando os seus diretores.
(art. 75 do CPC/15)
Entes despersonalizados:
Massa falida;
Espólio;
Herança jacente e vacante;
Condomínio;
Sociedades sem personalidade jurídica;
Pessoa jurídica estrangeira;
Nascituro.
Curador especial
Função: reequilibrar o processo. Assegurar o
princípio constitucional da isonomia.
Necessária nomeação:
Incapaz sem representante legal ou cujos interesses
colidam com o dele. (Polo ativo ou passivo)
Réu preso ou citado fi ctamente, por edital ou com
hora certa (polo passivo)
Curador especial
É função institucional da
defensoria pública. (LC n.
80/94, art.4, VI)Onde não
for instituída, a função
será exercida pela PGE e
entidades a ela
conveniadas.A falta de
nomeação de curador
especial implicará a
nulidade do processo se
dela advier algum prejuízo
àquele em favor de quem
o curador atuaria.
A integração da capacidade das pessoas casadas no
CPC/2015
■ A capacidade processual do homem e da mulher é plena,
independentemente do estado civil.
■ Limitação do art. 73 do CPC/15. (SALVO QDO CASADOS SOB O REG. DE
SEPARAÇÃO ABSOLUTA DE BENS – NOVO CPC)
■ Outorga uxória ou autorização marital – consentimento de um dos
cônjuges para o outro ajuizar ações que versem sobre direitos reais
imobiliários.
■ Exceção: Quando o regime for o da separação absoluta dos bens. O
regime de bens a ser observado é o que vigora na data do ajuizamento
da ação. Ações possessórias não são consideradas como ações que
versam sobre direito real. A exigência do artigo 73 não se aplica a união
estável.
Suprimento Judicial
de consentimento

Art. 74 CPC/15 – suprir o consentimento de um dos


cônjuges que nega a dá-lo, injustificadamente.
Também haverá suprimento judicial quando for
impossível a um cônjuge dar ao outro em virtude de
desaparecimento ou incapacidade. A falta da outorga
uxória ou marital, quando necessária, invalida o processo.
Regulação da capacidade processual e da
representação processual

Incumbe ao juiz, de ofício ou a requerimento


da parte, examinar se estão regulares a
capacidade processual e a representação.
Havendo irregularidade suspende-se o
processo.
Não regularização dentro do prazo fixado
pelo juiz:
Do autor: extinção do processo, sem
resolução do mérito.
Do réu: juiz reputá-lo-à revel.
Terceiro: juiz determinará sua exclusão ou
declarado revel, dependendo do polo em que
se encontre.
Dos deveres das partes e seus
procuradores ( A R T S . 77 e 78 D O N C P C )
Art. 77 do CPC (as obrigações transcendem as
partes e procuradores. Os intervenientes, o MP,
os funcionários do Judiciário, peritos,
assistentes técnicos, testemunhas…)
São deveres:
Expor os fatos conforme a verdade;
Proceder com lealdade e boa-fé;
Não formular pretensões, nem alegar defesa,
ciente de que são destituídas de fundamento;
Não produzir provas, nem praticar atos inúteis
ou desnecessários à declaração ou defesa do
direito;
Cumprir com exatidão os provimentos
mandamentais e não criar embaraços à
efetivação de provimentos judiciais, de
natureza antecipatória ou final.
DO JUIZ
DO JUIZ
• DOS PODERES, DOS DEVERES E DA RESPONSABILIDADE DO JUIZ
• Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe:
• I - assegurar às partes igualdade de tratamento;
• II - velar pela duração razoável do processo;
• III - prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da justiça e indeferir postulações meramente protelatórias;
• IV - determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para assegurar
o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por objeto prestação pecuniária;
• V - promover, a qualquer tempo, a autocomposição, preferencialmente com auxílio de conciliadores e mediadores
judiciais;
• VI - dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova, adequando-os às necessidades
do conflito de modo a conferir maior efetividade à tutela do direito;
• VII - exercer o poder de polícia, requisitando, quando necessário, força policial, além da segurança interna dos fóruns
e tribunais;
• VIII - determinar, a qualquer tempo, o comparecimento pessoal das partes, para inquiri-las sobre os fatos da causa,
hipótese em que não incidirá a pena de confesso;
• IX - determinar o suprimento de pressupostos processuais e o saneamento de outros vícios processuais;
• X - quando se deparar com diversas demandas individuais repetitivas, oficiar o Ministério Público, a Defensoria
Pública e, na medida do possível, outros legitimados a que se referem o
art. 5º da Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985 , e o art. 82 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 , para, se for o
caso, promover a propositura da ação coletiva respectiva.
• Parágrafo único. A dilação de prazos prevista no inciso VI somente pode ser determinada antes de encerrado o prazo
regular.
DO JUIZ
• 1. Poderes processuais do Juiz ( Dizer o direito e
aplicá-lo)
• 2. Poder de direção e igualdade das partes
(contraditório e ampla defesa)
• 3. Poder de aplicação da celeridade processual (evitar
a litigância de má-fé - art. 142 e a realização de atos
instrutórios inúteis e protelatórios)
DO JUIZ
• 4. Poder de zelar pela dignidade da justiça
(antecipação da tutela)
• 5. Poder de Conciliação (meio alternativo de solução
das controvérsias)
DO JUIZ

• Art.. 140. O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou


obscuridade do ordenamento jurídico.
• Parágrafo único. O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em
lei.
DO JUIZ
• “Embora o julgamento deva levar em conta,
principalmente, as normas legais, admissível também
a adoção de outras fontes de direito ou meios de
integração do sistema legal como a analogia, os
costumes e os princípios gerais de direito.”

José Roberto dos Santos Bedaque


DO JUIZ
• Analogia: Mecanismo destinado a suprir eventual omissão
legal, em que adota-se regras previstas para situações
semelhantes.

• Princípios gerais de direito: Postulados de valor genérico


que se encontram na base de todo o ordenamento
jurídico.

• Costumes: regras gerais, não escritas, aceitas pelos


destinatários, que as tem como obrigatórias. Inadmissível
a adoção de costume contrário ao que dispõe a norma.
DO JUIZ
• Julgar por equidade significa decidir o conflito
tomando-se por base as circunstâncias do caso
concreto, dispensando-se a lei, cuja incidência
poderia levar a solução injusta.

• Justiça X direito
DO JUIZ

•Art. 141. O juiz decidirá o mérito nos limites


propostos pelas partes, sendo-lhe vedado conhecer
de questões não suscitadas a cujo respeito a lei
exige iniciativa da parte.
DO JUIZ
• O juiz está vinculado aos elementos objetivos da
demanda, os quais encontram-se deduzidos na
inicial ou oportunamente acrescentados.

• O pedido formulado e os motivos apresentados pelo


autor estabelecem os limites de atuação do juiz. Não
pode ele conceder mais ou coisa diversa da
pretendida (ultra ou extra petita).
DO JUIZ

•Art. 142. Convencendo-se, pelas


circunstâncias, de que autor e réu se serviram
do processo para praticar ato simulado ou
conseguir fim vedado por lei, o juiz proferirá
decisão que impeça os objetivos das partes,
aplicando, de ofício, as penalidades da
litigância de má-fé.
A regra tem por objetivo impedir a fraude.
DO JUIZ
• O juiz, como destinatário da prova, tem participação
ativa na instrução processual.
• Busca pela verdade
• Apuração completa dos fatos
DO JUIZ
• Princípio da livre convicção motivada
(Artigo 93, XI da CF/88):
“Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário
serão públicos e fundamentadas todas as decisões, sob
pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em
determinados atos, às próprias partes e a seus advogados
ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do
direito à intimidade do interessado no sigilo não
prejudique o interesse público à informação.”
DO JUIZ

• “(...)Afirmar, de forma vaga e genérica, que o pedido


não pode ser atendido porque não presentes os
requisitos exigidos pelo legislador, equivale a decidir
sem fundamentar, o que não se admite, pois torna
praticamente impossível a impugnação do ato
judicial.”
Kazuo Watanabe
DO JUIZ
Atendendo aos fatos e circunstâncias constantes
dos autos, ainda que não alegados pelas partes;

• A expressão deve ter interpretação restrita em razão da


limitação imposta pelo princípio da adstrição.
• A autorização refere-se tão-somente àqueles passíveis de
conhecimento ex-offício, ensejadores de nulidade
absoluta.
• Não é permitido decidir em conformidade com fatos que
teve ciência fora dos autos.
DO JUIZ
• Princípio da identidade física do juiz
“Não é necessário que o julgador seja o mesmo , do
começo ao fim do processo, mas aquele que presidiu a
audiência, tomou o depoimento das partes e colheu a
prova toda oral reúne melhores condições de proferir o
julgamento, pois esse contato direto permite-lhe examinar
reações e extrair impressões que a leitura fria da
transcrição dos depoimentos não revela.”
José Roberto dos Santos Bedaque
DO JUIZ
•Art. 143. O juiz responderá, civil e regressivamente, por perdas e danos
quando: (Vide ADPF 774)

•I - no exercício de suas funções, proceder com dolo ou fraude;

•II - recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que deva
ordenar de ofício ou a requerimento da parte.

•Parágrafo único. As hipóteses previstas no inciso II somente serão


verificadas depois que a parte requerer ao juiz que determine a
providência e o requerimento não for apreciado no prazo de 10 (dez)
dias.
DO JUIZ
• Responsabilidade civil do juiz
Se verifica à vista de dolo ou fraude
Dolo: intenção de prejudicar alguém
Fraude: iludir, enganar
Ante a omissão ou retardamento, sem motivo justificado,
de providência requerida pela parte ou cuja
determinação lhe competia de ofício.
Nesta hipótese, basta a culpa, que fica afastada se
comprovada justificativa
Comprovação do nexo de causalidade
DO MINISTÉRIO PÚBLICO
• Art. 176. O Ministério Público atuará na defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos
interesses e direitos sociais e individuais indisponíveis.
• Art. 177. O Ministério Público exercerá o direito de ação em conformidade com suas atribuições
constitucionais.
• Art. 178. O Ministério Público será intimado para, no prazo de 30 (trinta) dias, intervir como fiscal
da ordem jurídica nas hipóteses previstas em lei ou na Constituição Federal e nos processos que
envolvam:
• I - interesse público ou social;
• II - interesse de incapaz;
• III - litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana.
• Parágrafo único. A participação da Fazenda Pública não configura, por si só, hipótese de
intervenção do Ministério Público.
DO MINISTÉRIO PÚBLICO
• Art. 179. Nos casos de intervenção como fiscal da ordem jurídica, o Ministério Público:
• I - terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do processo;
• II - poderá produzir provas, requerer as medidas processuais pertinentes e recorrer.
• Art. 180. O Ministério Público gozará de prazo em dobro para manifestar-se nos autos, que terá
início a partir de sua intimação pessoal, nos termos do art. 183, § 1º .
• § 1º Findo o prazo para manifestação do Ministério Público sem o oferecimento de parecer, o juiz
requisitará os autos e dará andamento ao processo.
• § 2º Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa,
prazo próprio para o Ministério Público.
• Art. 181. O membro do Ministério Público será civil e regressivamente responsável quando agir
com dolo ou fraude no exercício de suas funções.

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