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DIREITO DAS OBRIGAÇÕES

A P R E S E N TA Ç Ã O :

EVANDRO MELO
CURSO DE DIREITO
SER EDUCACIONAL – DIREITO DAS COISAS E-Mail: evandroj_melo@hotmail.com l Phone: +55 81 99126-9992

OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS

Arts. 264 a 285


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Obrigação solidária é aquela decorrente de lei ou da


vontade das partes em que havendo multiplicidade de
credores ou de devedores, ou de uns e outros, cada
credor terá direito a totalidade da prestação como se
fosse um único credor, ou cada devedor esta obrigado
pela dívida toda, como se fosse o único devedor
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Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um


credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda.

Cada credor pode cobrar a integralidade da divida, sem precisar de autorização dos
demais

Solidariedade X Indivisibilidade
•Na solidariedade se unificam a prestação e os sujeitos, já na indivisibilidade se unifica a
prestação mas não se unificam os sujeitos.
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Princípio da não presunção

Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes.

• A solidariedade deve ser declarada expressamente!!!


• Declaração expressa de confiança
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Exemplo de obrigação solidaria decorrente de lei é o artigo 932, CC determina que


os pais são solidariamente responsáveis civilmente pelos danos causados por seus
filhos.
“Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil: I - os pais, pelos filhos
menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia”.
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OBS 1: Regra geral, a obrigação de pagar alimentos, entre parentes, no direito de


família, é conjunta, mas não solidária (salvo se o credor dos alimentos for idoso –
REsp 775.565/SP).
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“REsp 775.565/SP A doutrina é uníssona, sob o prisma do Código Civil, em afirmar


que o dever de prestar alimentos recíprocos (entre pais e filhos) não tem natureza
solidária porque é conjunta. Mas a Lei 10.741 atribui natureza solidária à obrigação
de prestar alimentos quando os credores forem idosos que, por força da sua
natureza especial, prevalece sobre as disposições específicas do Código Civil. O
Estatuto do Idoso, cumprindo política pública (art. 3º) assegura celeridade no
processo, impedindo a intervenção de outros eventuais devedores de alimentos. A
solidariedade da obrigação alimentar devida ao idoso lhe garante a opção entre os
prestadores (art. 12).”
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OBS: 2 .REsp 577902/DF: Em matéria de acidente automobilístico, o proprietário


do veículo responde objetiva e solidariamente pelos atos culposos de terceiro que
o conduz e que provoca o acidente, pouco importando que o motorista não seja
seu empregado ou preposto, ou que o transporte seja gratuito ou oneroso, uma
vez que sendo o automóvel um veículo perigoso, o seu mau uso cria a
responsabilidade pelos danos causados a terceiros. Provada a responsabilidade do
condutor, o proprietário do veículo fica solidariamente responsável pela reparação
do dano, como criador do risco para os seus semelhantes. Recurso especial
provido.”
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Variabilidade de modos
Art. 266. A obrigação solidária pode ser pura e simples para um
dos co-credores ou co-devedores, e condicional, ou a prazo, ou
pagável em lugar diferente, para o outro.

Deve decorrer da vontade expressa das partes.

A solidariedade se refere a prestação e não à maneira pela qual é


devida
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Solidariedade ativa

Art. 267. Cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o
cumprimento da prestação por inteiro.

Caso o devedor pague a qualquer um dos credores ficará livre da obrigação

Princípio da prevenção

Art. 268. Enquanto alguns dos credores solidários não demandarem o devedor
comum, a qualquer daqueles poderá este pagar.
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Pagamento a um dos credores:


Art. 269. O pagamento feito a um dos credores solidários extingue a dívida até o montante do que
foi pago.

Refração do crédito:
Art. 270. Se um dos credores solidários falecer deixando herdeiros, cada um destes só terá direito
a exigir e receber a quota do crédito que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a
obrigação for indivisível.

Conversão da Obrigação em Perdas e Danos:


Art. 271. Convertendo-se a prestação em perdas e danos, subsiste, para todos os efeitos, a
solidariedade.
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Obrigação do credor solidário:


Art. 272. O credor que tiver remitido a dívida ou recebido o pagamento responderá aos outros pela
parte que lhes caiba.

Oposição de Exceção pessoal:


Art. 273. A um dos credores solidários não pode o devedor opor as exceções pessoais oponíveis aos
outros.

Ex: Um dos credores também é devedor daquele que tem que cumprir a obrigação

Efeitos do Julgamento:
Art. 274. O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os demais; o julgamento
favorável aproveita-lhes, a menos que se funde em exceção pessoal ao credor que o obteve.
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Solidariedade passiva

Art. 275. O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores,
parcial ou totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido parcial, todos os
demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto.
Parágrafo único. Não importará renúncia da solidariedade a propositura de ação
pelo credor contra um ou alguns dos devedores.

A insolvência de um dos devedores não prejudicará os demais credores solventes.

Poderá o credor escolher para pagar a divida o co-devedor que lhe for conveniente
de forma total ou parcial.
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Art. 276. Se um dos devedores solidários falecer deixando herdeiros, nenhum destes
será obrigado a pagar senão a quota que corresponder ao seu quinhão hereditário,
salvo se a obrigação for indivisível; mas todos reunidos serão considerados como um
devedor solidário em relação aos demais devedores.

Art. 277. O pagamento parcial feito por um dos devedores e a remissão por ele obtida
não aproveitam aos outros devedores, senão até à concorrência da quantia paga ou
relevada.

Art. 278. Qualquer cláusula, condição ou obrigação adicional, estipulada entre um dos
devedores solidários e o credor, não poderá agravar a posição dos outros sem
consentimento destes.
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OBS: Art. 204. § 1o A interrupção por um dos


credores solidários aproveita aos outros; assim
como a interrupção efetuada contra o devedor
solidário envolve os demais e seus herdeiros.
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Impossibilidade de prestação por culpa de um dos co-devedores:


Art. 279. Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos devedores
solidários, subsiste para todos o encargo de pagar o equivalente; mas
pelas perdas e danos só responde o culpado.

Responsabilidade por juros:


Art. 280. Todos os devedores respondem pelos juros da mora, ainda que a
ação tenha sido proposta somente contra um; mas o culpado responde
aos outros pela obrigação acrescida.
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Oposição de Exceções:
Art. 281. O devedor demandado pode opor ao credor as exceções que
lhe forem pessoais e as comuns a todos; não lhe aproveitando as
exceções pessoais a outro co-devedor.
• Ex exceção pessoal: um devedor que se tenha obrigado por erro só
poderá alegar esse vício de vontade em sua defesa.
• Ex Exceção comum: As resultantes da natureza da obrigação; As
causas de extinção da obrigação atuando em relação a todos os
devedores.
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Renuncia da solidariedade:
Art. 282. O credor pode renunciar à solidariedade em favor de um, de alguns ou de todos os
devedores.
Parágrafo único. Se o credor exonerar da solidariedade um ou mais devedores, subsistirá a dos
demais.

A Renuncia poderá ser absoluta, se for em favor de todos os coobrigados ou relativa, quando apenas
é em favor de um ou alguns co-devedores.

O devedor favorecido com a renuncia ficará responsável apenas pela sua parte, já os demais
respondem de forma solidaria pelo montante restante.

A renuncia poderá ser expressa ou tácita


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Direito de Regresso entre os co-devedores:


Art. 283. O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a exigir de cada um dos co-devedores a sua quota,
dividindo-se igualmente por todos a do insolvente, se o houver, presumindo-se iguais, no débito, as partes de todos os co-
devedores.
Rateio do insolvente:
Art. 284. No caso de rateio entre os co-devedores, contribuirão também os exonerados da solidariedade pelo credor, pela
parte que na obrigação incumbia ao insolvente.
Impossibilidade de direito de regresso:
Art. 285. Se a dívida solidária interessar exclusivamente a um dos devedores, responderá este por toda ela para com
aquele que pagar.
Ex: “A” tem necessidade de obter um empréstimo para efetuar a colheita em sua propriedade rural. O banco exige a
garantia de dois avalistas. O referido mutuário obtém o aval, lançado de favor no título, dos amigos “B” e “C”, que se
tornam, assim, devedores solidários, tanto quanto o emitente do título, que pode ser uma nota promissória ou outra
espécie de título, perante o estabelecimento de crédito.
Nesse caso, temos o devedor “A” como embolsador da importância emprestada e único interessado em sua aplicação, e
“B” e “C” como devedores por aval de favor. Vencido e não pago o título que representa a dívida, pode o credor cobrá-la
integralmente de qualquer devedor solidário, mesmo que não seja o principal interessado, mas apenas avalista ou
fiador. Se um destes saldá-la sozinho, terá ação regressiva contra o referido emitente, podendo dele cobrar todo o valor
pago. Mas dos coavalistas ou fiadores só poderá cobrar a cota de cada um.
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Súmula 492 do STF.


A EMPRESA LOCADORA DE VEÍCULOS RESPONDE, CIVIL E SOLIDARIAMENTE COM O
LOCATÁRIO, PELOS DANOS POR ESTE CAUSADOS A TERCEIRO, NO USO DO CARRO
LOCADO.
 
Obrigado
E-mail: evandroj_melo@hotmail.com

Te l : 8 1 . 9 9 1 2 6 - 9 9 9 2

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