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Alef Reis, Anna Laura Avelar, Diego Rodrigues,

Felipe Teixeira, Gabriela Gonçalves, Gabriel


Hernandes, Paloma e Zélia Candida.

Compensação e Imputação

APARECIDA DE GOIÂNIA, 2023


COMPENSAÇÃO
Compensação é a extinção de duas obrigações, cujos credores são ao mesmo
tempo devedores um do outro.
Espécies de compensação
A compensação subdivide-se em três espécies:
·       Compensação legal: opera em pleno direito e sem a interferência das
partes.
·       Compensação convencional: tem origem na autonomia privada e na
vontade das partes.
·       Compensação judicial: por meio de reconvenção, quando a ação do autor
propõe o réu uma outra ação ao encontro da que lhe é intentada.
Requisitos, limites e prazos de favor
A compensação efetua-se entre dívidas líquidas, vencidas e de coisas
fungíveis.
Coisas fungíveis é a característica de bens  que podem ser substituídos por outro da
mesma espécie, qualidade ou quantidade (exemplo: dinheiro, mercadorias).
 O devedor somente pode compensar com o credor o que este lhe dever; mas o
fiador pode compensar sua dívida com a de seu credor afiançado.
Os prazos de favor, embora consagrados pelo uso geral, não obstam a
compensação.
Infungibilidade das prestações
Infungibilidade é característica daquilo que não pode ser substituído por outro igual
(exemplo: obras de arte).
Embora sejam do mesmo gênero as coisas fungíveis, objeto das duas
prestações, não se compensarão, verificando-se que diferem na qualidade,
quando especificadas no contrato.
Diferença de causa
A diferença de causas nas dívidas não impede a compensação, exceto:
·       Se provier de esbulho, furto ou roubo;
·       Se uma se originar de comodato, depósito ou alimentos;
·       Se uma for de coisa não suscetível de penhora.
Exclusão da compensação
Não haverá compensação quando as partes, por mútuo acordo, a excluírem, ou
no caso de renúncia prévia de uma delas.
Dívida de terceiro incompensável
Obrigando-se por terceiro uma pessoa, não pode compensar essa dívida com a
que o credor dele lhe dever.
Cessão de crédito
O devedor que, notificado, nada opõe a cessão que o credor faz a terceiros dos
seus direitos, não pode opor ao cessionário a compensação, que antes da
cessão teria podido opor ao cedente.
Se, porém, a cessão lhe não tiver sido notificada, poderá opor ao cessionário
compensação do crédito que antes tinha contra o cedente.
Compensação de dívidas com pagamento em locais diversos
Quando as dívidas não são pagáveis no mesmo lugar, não se podem
compensar sem dedução das despesas necessárias à operação.
Efeitos em relação a terceiros
Não se admite a compensação em prejuízo de direito de terceiro.
O devedor que se torne credor do seu credor depois de penhorado o crédito
deste, não pode opor ao exequente a compensação, de que contra o próprio
credor disporia.
Base: Código Civil - artigos 368 a 380.
IMPUTAÇÃO
Imputar significa atribuir algo a alguém.
Para o direito obrigacional, a imputação do pagamento consiste na atribuição
ou indicação da dívida a ser paga na sua totalidade.
Isto ocorre quando uma pessoa deve duas ou mais contas da mesma natureza,
a um só credor, e efetua pagamento não suficiente para saldar todas as dívidas.
Exemplo:
Admitamos que alguém é devedor de várias importâncias em dinheiro ao
mesmo credor, nos valores, respectivamente, de R$200.000,00, R$300.000,00
e R$500.000,00, e o devedor remete R$200.000,00 ao credor, a imputação
poderá ser feita em qualquer delas, se este concordar com o recebimento
parcelado da segunda ou da terceira. Caso contrário, será considerada
integralmente quitada a primeira dívida.
Art. 352 CC.
Originariamente a atribuição do débito a ser quitado pertence ao devedor.
Legalmente estabelece o Código Civil que a pessoa obrigada, por 2 (dois) ou
mais débitos da mesma natureza, a um só credor, tem o direito de indicar a
qual deles oferece pagamento, se todos forem líquidos e vencidos.
Art. 353 CC.
A imputação por indicação do credor ocorre quando o devedor não declara
qual das dívidas quer pagar. O direito é exercido na própria quitação. Assim
pelo Código Civil não tendo o devedor declarado em qual das dívidas líquidas
e vencidas quer imputar o pagamento, se aceitar a quitação de uma delas, não
terá direito a reclamar contra a imputação feita pelo credor, salvo provando
haver ele cometido violência ou dolo.
Art. 354 CC.
Determina o Código Civil que havendo capital e juros, o pagamento imputar-
se-á primeiro nos juros vencidos, e depois no capital, salvo estipulação em
contrário, ou se o credor passar a quitação por conta do capital.
Art. 355 CC.
Já a imputação por determinação legal ocorre se o devedor não fizer a
indicação do art. 352, e a quitação for omissa quanto imputação. Pelo Código,
esta se fará nas dívidas líquidas e vencidas em primeiro lugar. Se as dívidas
forem todas líquidas e vencidas ao mesmo tempo, a imputação far-se-á na
mais onerosa.

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