1) O documento discute os conceitos de compensação e imputação no direito obrigacional brasileiro. 2) A compensação extingue duas obrigações quando credores e devedores são os mesmos, enquanto a imputação atribui pagamento a uma dívida específica quando o devedor deve múltiplas dívidas ao mesmo credor. 3) Os requisitos e efeitos da compensação e os critérios para imputação em diferentes situações são detalhados com base no Código Civil brasileiro.
1) O documento discute os conceitos de compensação e imputação no direito obrigacional brasileiro. 2) A compensação extingue duas obrigações quando credores e devedores são os mesmos, enquanto a imputação atribui pagamento a uma dívida específica quando o devedor deve múltiplas dívidas ao mesmo credor. 3) Os requisitos e efeitos da compensação e os critérios para imputação em diferentes situações são detalhados com base no Código Civil brasileiro.
1) O documento discute os conceitos de compensação e imputação no direito obrigacional brasileiro. 2) A compensação extingue duas obrigações quando credores e devedores são os mesmos, enquanto a imputação atribui pagamento a uma dívida específica quando o devedor deve múltiplas dívidas ao mesmo credor. 3) Os requisitos e efeitos da compensação e os critérios para imputação em diferentes situações são detalhados com base no Código Civil brasileiro.
COMPENSAÇÃO Compensação é a extinção de duas obrigações, cujos credores são ao mesmo tempo devedores um do outro. Espécies de compensação A compensação subdivide-se em três espécies: · Compensação legal: opera em pleno direito e sem a interferência das partes. · Compensação convencional: tem origem na autonomia privada e na vontade das partes. · Compensação judicial: por meio de reconvenção, quando a ação do autor propõe o réu uma outra ação ao encontro da que lhe é intentada. Requisitos, limites e prazos de favor A compensação efetua-se entre dívidas líquidas, vencidas e de coisas fungíveis. Coisas fungíveis é a característica de bens que podem ser substituídos por outro da mesma espécie, qualidade ou quantidade (exemplo: dinheiro, mercadorias). O devedor somente pode compensar com o credor o que este lhe dever; mas o fiador pode compensar sua dívida com a de seu credor afiançado. Os prazos de favor, embora consagrados pelo uso geral, não obstam a compensação. Infungibilidade das prestações Infungibilidade é característica daquilo que não pode ser substituído por outro igual (exemplo: obras de arte). Embora sejam do mesmo gênero as coisas fungíveis, objeto das duas prestações, não se compensarão, verificando-se que diferem na qualidade, quando especificadas no contrato. Diferença de causa A diferença de causas nas dívidas não impede a compensação, exceto: · Se provier de esbulho, furto ou roubo; · Se uma se originar de comodato, depósito ou alimentos; · Se uma for de coisa não suscetível de penhora. Exclusão da compensação Não haverá compensação quando as partes, por mútuo acordo, a excluírem, ou no caso de renúncia prévia de uma delas. Dívida de terceiro incompensável Obrigando-se por terceiro uma pessoa, não pode compensar essa dívida com a que o credor dele lhe dever. Cessão de crédito O devedor que, notificado, nada opõe a cessão que o credor faz a terceiros dos seus direitos, não pode opor ao cessionário a compensação, que antes da cessão teria podido opor ao cedente. Se, porém, a cessão lhe não tiver sido notificada, poderá opor ao cessionário compensação do crédito que antes tinha contra o cedente. Compensação de dívidas com pagamento em locais diversos Quando as dívidas não são pagáveis no mesmo lugar, não se podem compensar sem dedução das despesas necessárias à operação. Efeitos em relação a terceiros Não se admite a compensação em prejuízo de direito de terceiro. O devedor que se torne credor do seu credor depois de penhorado o crédito deste, não pode opor ao exequente a compensação, de que contra o próprio credor disporia. Base: Código Civil - artigos 368 a 380. IMPUTAÇÃO Imputar significa atribuir algo a alguém. Para o direito obrigacional, a imputação do pagamento consiste na atribuição ou indicação da dívida a ser paga na sua totalidade. Isto ocorre quando uma pessoa deve duas ou mais contas da mesma natureza, a um só credor, e efetua pagamento não suficiente para saldar todas as dívidas. Exemplo: Admitamos que alguém é devedor de várias importâncias em dinheiro ao mesmo credor, nos valores, respectivamente, de R$200.000,00, R$300.000,00 e R$500.000,00, e o devedor remete R$200.000,00 ao credor, a imputação poderá ser feita em qualquer delas, se este concordar com o recebimento parcelado da segunda ou da terceira. Caso contrário, será considerada integralmente quitada a primeira dívida. Art. 352 CC. Originariamente a atribuição do débito a ser quitado pertence ao devedor. Legalmente estabelece o Código Civil que a pessoa obrigada, por 2 (dois) ou mais débitos da mesma natureza, a um só credor, tem o direito de indicar a qual deles oferece pagamento, se todos forem líquidos e vencidos. Art. 353 CC. A imputação por indicação do credor ocorre quando o devedor não declara qual das dívidas quer pagar. O direito é exercido na própria quitação. Assim pelo Código Civil não tendo o devedor declarado em qual das dívidas líquidas e vencidas quer imputar o pagamento, se aceitar a quitação de uma delas, não terá direito a reclamar contra a imputação feita pelo credor, salvo provando haver ele cometido violência ou dolo. Art. 354 CC. Determina o Código Civil que havendo capital e juros, o pagamento imputar- se-á primeiro nos juros vencidos, e depois no capital, salvo estipulação em contrário, ou se o credor passar a quitação por conta do capital. Art. 355 CC. Já a imputação por determinação legal ocorre se o devedor não fizer a indicação do art. 352, e a quitação for omissa quanto imputação. Pelo Código, esta se fará nas dívidas líquidas e vencidas em primeiro lugar. Se as dívidas forem todas líquidas e vencidas ao mesmo tempo, a imputação far-se-á na mais onerosa.