A parte especial do Código Civil de 2002 é inaugurada pelo livro de Direito das
Obrigações, sendo reservado do artigo 233 ao 420 para o exaurimento da matéria.
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O ponto crucial da matéria muito cobrado nos exames da Ordem e concursos públicos
são as modalidades de obrigações, levando em consideração a classificação e distinção
de cada uma delas. As obrigações dividem-se em: obrigação de dar coisa certa,
obrigação de dar coisa incerta, obrigações de fazer e não fazer, e seus desdobramentos:
obrigação divisível e indivisível e obrigações solidárias.
A obrigação de dar coisa certa se caracteriza pela entrega de coisa certa, ou seja, o
devedor deverá entregar ao credor coisa individualizada. Dispondo expressamente
o CC que a obrigação abrange também os acessórios dela embora não mencionados,
salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso (artigo 233).
Cumpre destacar que para se desonerar o devedor deve entregar ao credor exatamente
a coisa determinada, o que significa dizer que o credor não será obrigado a receber
outro bem, ainda que mais valioso.
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são do devedor até a tradição desta, podendo o devedor inclusive exigir o aumento do
preço pelos melhoramentos e acréscimos e ante a recusa do credor, resolver a
obrigação.
A regra equivale a res perit domino (a coisa perece para o dono). Deste modo, se a
coisa certa for perdida sem culpa do devedor antes da tradição, sofrerá o credor a perda
e a obrigação se resolverá.
Na hipótese de culpa do devedor pela perda da coisa, este responderá pelo equivalente
em dinheiro e perdas e danos experimentados pelo credor.
Um dos pontos principais da matéria diz respeito à escolha do objeto, já que para o
cumprimento da obrigação a coisa deverá ser determinada, individualizada através da
escolha que competirá a quem foi determinado no contrato ou no caso de omissão ao
devedor. Importante frisar que no momento desta escolha é que se aperfeiçoa a
obrigação, transformando-se a obrigação de dar coisa incerta em obrigação de dar coisa
certa e uma vez cientificado o credor quanto a escolha, as regras atinentes a obrigação
de dar coisa certa são as que passam a reger a obrigação.
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Antes da escolha não pode o devedor ainda que por força maior ou caso fortuito alegar
a deterioração ou perda da coisa, tendo em vista a ausência da individualização e
consequente aperfeiçoamento da obrigação que consoante mencionado se dá com a
efetiva escolha da coisa, ou seja, determinação e individualização.
Por fim, o devedor não poderá dar coisa pior e nem tão pouco ser obrigado a dar coisa
melhor.
Obrigação de fazer:
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Obrigações alternativas:
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Se a pluralidade for de credores a estes também caberá exigir a divida toda, hipótese
em que o devedor deverá pagar todos conjuntamente ou apenas um, exigindo deste que
dê caução de ratificação dos demais credores, desobrigando-se o devedor e em
contrapartida obrigando o credor que recebeu a prestação por inteiro a parte devida
aos demais credores.
No caso de um dos credores remitir a dívida, ou seja, perdoar, não há que se falar na
extinção de obrigação para os demais credores, que poderão exigir a prestação
mediante o desconto da quota pertencente ao credor remitente.
Obrigações solidárias:
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e) O pagamento parcial feito por um dos devedores e a remissão por ele obtida não
aproveitam aos outros devedores, senão até à concorrência da quantia paga ou relevada
(art. 277);
h) Todos os devedores respondem pelos juros da mora, ainda que a ação tenha sido
proposta somente contra um – mas o culpado responde aos outros pela obrigação
acrescida (art. 280);
i) O devedor demandado pode opor ao credor as exceções que lhe forem pessoais e as
comuns a todos, não lhe aproveitando as exceções pessoais a outro codevedor (art.
281);
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l) O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a exigir de cada um dos
codevedores a sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do insolvente, se o
houver, presumindo-se iguais, no débito, as partes de todos os codevedores (art. 283);
(OAB – 2010) Acerca das obrigações de dar, fazer e não fazer, assinale a opção correta.
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