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RESUMO
O presente, artigo versa sobre a teoria geral das obrigações, tendo como ponto de
partida uma simplória analise sobre o Direito das Obrigações, Discorrendo a cerca dos
elementos essenciais da obrigação, vínculo jurídico da obrigação, particularidades
entre Direito Real e Direito Obrigacional, classificação das obrigações, e extinção das
obrigações. Tal artigo foi confeccionado de forma a propiciar uma fácil compreensão
dos institutos elencados.
1 INTRODUÇÃO
O vocábulo obrigação hora estabelecido pelo Código Civil comporta vários sentidos.
Atribuindo-lhe o lado ativo, denominado crédito, e o lado passivo, denominado débito.
Obrigação nada mais é que crédito considerado sob a ótica jurídico; e o crédito
obrigação sob a ótica econômica. O mais remoto conceito atribuído as obrigações
primando ser um vínculo jurídico pelo meio do qual o Sujeito passive (credor) fica
adstrito à vontade do sujeito ativo (credor) no cumprimento de determinada prestação.
Evidencia-se que a obrigação é uma relação jurídica transitória entre o (S.A) credor e o
(SP) devedor caracterizada pelo vínculo jurídico, denominando o objeto a ser prestado
e em caso de descumprimento, estipular-lhe formas de penalização as quais
repousarão sobre aquele que descumprir sua obrigação.
O direito das obrigações consiste em um conjunto normativo cujo qual tem por objetivo
disciplinar as relações jurídicas estabelecidas entre o sujeito ativo e o sujeito passivo
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de uma obrigação qual sejam (credor e devedor). Assim sendo. Tal normativa
estabelece o que cada sujeito da obrigação jurídica estará obrigado a prestar, um em
proveito do outro, tal prestação poderá ser de caráter econômico, ou material ficando
sujeito o patrimônio do devedor para fins de satisfação da obrigação em relação ao
credor.
A matéria obrigacional tem por escopo identificar as relações jurídicas as quais também
são conhecidas, por direitos de crédito, direitos pessoais ou obrigacionais.
A peculiaridade das obrigações se dá pelo fato desta ser um direito do credor e não
tanto um dever do devedor ou do obrigado. Conferindo ao credor todos meios para que
este exija do devedor o cumprimento da prestação para que se chegue ao objetivo da
obrigacional.
Obrigação é a relação jurídica de caráter transitório, (uma vez que desta não se deseja
perpetuidade) a qual constrange a pessoa do devedor a prestação de algo ou alguma
coisa podendo esta ser, positiva ou negativa econômica ou material, sendo que esta
ocorre em benefício de outrem, cujo objeto consiste em prestação de dar, fazer ou não
fazer alguma coisa.
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terreno adquirido, edifício acima de determinada altura, ou a cabeleireira alienante que
se obriga a não abrir outro salão de beleza no mesmo bairro, por exemplo, assim
sendo devem cumprir o acordado. Se estes praticarem o ato de que se obrigaram a
não praticar, tornar-se-ão inadimplentes, podendo o credor exigir, com base no
art. 251 do Código Civil[4], o desfazimento do que foi realizado.
Art. 251. Praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigara, o credor pode
exigir dele que o desfaça, sob pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo o culpado
perdas e danos.
Como já fora dito anteriormente a obrigação sempre tem caráter transitório, uma vez
que dela não se deseja perpetuidade, sendo esta uma característica dos direitos reais,
a obrigação tem caráter transitório porque nasce com um objetivo, superado este
extingue-se a obrigação, assim, satisfeito o credor, amigável ou judicialmente a
obrigação deixa de existir.
Obrigação na ótica jurídica enquanto objeto do direito das obrigações, é o elo, que une
credor e devedor, ficando o ultimo sujeito ao primeiro, quanto ao cumprimento da
obrigação. Podendo o patrimônio deste responder para o adimplemento da obrigação.
Partindo do pré suposto de que toda a obrigação nasce da lei ou da vontade das
partes, (LEI= tributos, VONTADE = testamento), e sendo está um vínculo jurídico
pessoal em virtude do qual o devedor fica adstrito ao cumprimento de determinada
prestação, sendo que tal dar-se-á de forma espontânea ou judicialmente.
O beneficiado pela obrigação, qual seja o sujeito ativo denominado credor a quem se
deve cumprir a prestação. Em linhas gerais é o detentor do direito de cobrar no caso
inadimplemento da obrigação pactuada.
O sujeito passivo, ou seja, o devedor o qual se identifica por ser aquele o qual fica
adstrito a realização de determinada prestação a qual ocorrerá de forma amigável ou
coercitiva.
Para FÁBIO ULHOA COELHO “o sujeito ativo é o que titulariza o crédito; passivo, o
que deve a prestação”.
Assevera ainda FÁBIO ULHOA COELHO que “os sujeitos da relação obrigacional são
identificados de acordo com a posição que nela ocupam. Os que titularizam o direito
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(crédito) são os sujeitos ativos; os que devem a prestação (débito, os sujeitos
passivos”.
Cabe aqui evidenciar que o objeto da obrigação se restringe ao fato de que o SP,
obriga-se a entregar coisa certa ou incerta, ou fazer coisa positiva ou negativa, ou até
mesmo abster-se de alguma coisa.
Para melhor compreensão acerca dos institutos obrigacionais na intima essência de tal,
ficar-nos-á mais fácil compreender, se analisarmos todos os seus aspectos, partindo da
ótica de que a obrigação é a legitima relação inter persona, a qual surge por meio de
um negócio jurídico, sendo este a fonte do vínculo obrigacional, em decorrência do qual
o devedor fica sujeito a realização de determinada prestação em favor do credor,
podendo este último se utilize o patrimônio do primeiro para fins de satisfação da
obrigação, nos casos de inadimplemento.
A responsabilidade por sua vez, qual seja o vínculo material, confere ao credor
insatisfeito o direito de exigir do devedor o cumprimento da prestação obrigacional,
podendo esta ser de forma judicial. Nos casos de impossibilidade do cumprimento da
obrigação estipulada, é assegurado ao credor reparação por perdas e danos; por
exemplo: um fotografo contratado para cobrir uma cerimônia de casamento, uma vez
que este não compareça no dia e hora marcados, jamais poderá cumprir com o objeto
obrigacional, ficando facultado aos noivos que contrataram tal profissional ajuizar ação
por perdas e danos.
A obrigação, portanto, importa a sujeição do devedor no sentido de que, uma vez não
cumprida espontaneamente a prestação correspondente (execução voluntária), pode o
credor exigir em juízo a entrega desta tal como esperada (execução judicial específica),
sua substituição por uma prestação equivalente capaz de produzir os mesmos
resultados ou por uma indenização em dinheiro (execução judicial subsidiária)
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Neste prisma, obrigação é o reflexo do negócio jurídico firmado entre as partes se
devendo confundir-lhes, este com aquele a obrigação é a própria consequência jurídica
do negócio.
Direito pessoal ou obrigacional qual seja aquele que confere à alguém o direito de
exigir de outrem prestação de natureza monetária. Exemplo: compra e venda de um
veículo, ao vendedor pertence o direto de receber o valor acertado, ao tempo do
recebimento do valor pago por parte do comprador finda-se a relação entre estes.
Assim sendo fica evidente o elo que une S.P e S.A quanto ao cumprimento de alguma
prestação obrigacional podendo estas ser de dar, fazer, e de não fazer alguma coisa.
O direito real vale erga omnes, sendo assegurado por intermédio da lei o respeito entre
as partes envolvidas na relação jurídica obrigacional, sendo vedado qualquer ato
atentatório ao exercício do direito real conferido a seu titular.
Vale lembrar que só existirá direito real se este for criado por lei, tendo em vista que
não é conferido as partes o poder de criarem direitos reais, uma vez que a estes só é
facultado o poder de criarem direitos obrigacionais. Exemplo: contratos
(art. 425 do CC), os quais nascem por meio do estabelecimento de vontades entre as
partes. Sendo vedado as partes, à criação de direito reais tendo em vista que estes são
juridicamente mais poderosos ficando assim restritos a sua criação, apenas a lei.
Neste sentido quanto a obrigação de fazer, quando esta é assumida deverá o seu
sujeitado (SP), satisfazer seu credor (SA), com o cumprimento do objeto estipulado
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pela relação obrigacional, podendo o credor exigir a efetiva realização do trabalho por
estes acordados.
c) Obrigação de não fazer: esta tem caráter negativo, uma vez que sobre esta
repousa uma abstenção obrigatória por parte do (SP), como por exemplo: não revelar a
formula da coca cola.
Solidariedade Ativa:
Solidariedade passiva:
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aproveitam aos outros devedores, senão até à concorrência da quantia paga ou
relevada.
Obrigação Pessoal: é aquela, mesmo que contraída pelo devedor poderá, esta ser
adimplida por terceiro interessado.
Cláusula penal, também denominada pena convencional, por meio da qual as partes
em comum acordo incluem à obrigação principal, cláusula especial para que do, não
cumprimento, está se ative em desfavor do devedor, acarretando assim no pagamento
de mora no inadimplemento da obrigação. OBS: o valor em penalidade não poderá
exceder o da obrigação principal.
2.8.1 Pagamento
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Todavia não se deve deixar de mencionar uma peculiaridade quanto ao pagamento,
uma vez que este seja feito pelo devedor original, se dará por extinta a obrigação;
porem se o pagamento for efetuado por terceiro interessado está se dará por extinta
apenas com relação ao credor. Vale salientar que o terceiro cujo qual cumprir a
prestação em nome do devedor original, entre estes a dívida subsistirá, podendo o
terceiro por força de sub-rogação cobrar do devedor original a quantia paga.
Existe um dito popular no meio jurídico o qual retrata mui bem o instituto do
pagamento, qual seja “quem paga mal paga duas vezes”, tal dito de fato encontra
respaldo jurídico o CC[8] exige de modo geral, Para que o pagamento seja considerado
válido, deverá este ser efetuado diretamente à pessoa do credor. Toda via o próprio
artigo traz uma discrepância uma vez que admite, e confere validade ao pagamento
feito a quem de direito represente o credor. Art. 308: “o pagamento deve ser feito ao
credor ou a quem de direito o represente, sob pena de só valer depois de por ele
ratificado, ou tanto quanto reverter em seu proveito”.
“Art. 319. O devedor que paga tem direito a quitação regular, e pode reter o
pagamento, enquanto não lhe seja dada”.
Parágrafo único. Designados dois ou mais lugares, cabe ao credor escolher entre eles.
a) Pagamento Real: é aquele em que, quem deveria pagar paga, a época em que
deveria extinguindo assim a obrigação, tal instituto também é chamado de pagamento
puro e simples. Pois está se dá pelo simples fato de uma vez assumindo o devedor
uma obrigação de dar ou fazer alguma coisa certa ou incerta e cumprindo este a
prestação devida satisfazendo o credor extingue-se o elo de ligação jurídica entre
ambos.
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Neste prisma fica-nos evidente que o pagamento não é tão somente uma obrigação do
devedor, mas também um direito a ele inerente de forma que, do surgimento de
circunstancias que impeçam ou dificultem o pagamento, é assegurado ao devedor que
efetue o pagamento por outas formas as quais alcancem o mesmo objetivo, evitando
assim que sobre este recaiam as consequências do inadimplemento
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partes por meio deste comprometendo-se a respeitarem a decisão proferida por este
terceiro.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O direito das obrigações compreende o conjunto de normas que tratam das relações
jurídicas entre devedor e credor. Tais normas regulam a responsabilidade que o
devedor tem, perante o credor, de cumprir determinada prestação de natureza
econômica, garantindo seu compromisso mediante seu patrimônio.
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MODALIDADES DAS OBRIGAÇÕES E CLASSIFICAÇÃO
A parte especial do Código Civil de 2002 é inaugurada pelo livro de Direito das
Obrigações, sendo reservado do artigo 233 ao 420 para o exaurimento da matéria.
O ponto crucial da matéria muito cobrado nos exames da Ordem e concursos públicos
são as modalidades de obrigações, levando em consideração a classificação e
distinção de cada uma delas. As obrigações dividem-se em: obrigação de dar coisa
certa, obrigação de dar coisa incerta, obrigações de fazer e não fazer, e seus
desdobramentos: obrigação divisível e indivisível e obrigações solidárias.
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A obrigação de dar coisa certa se caracteriza pela entrega de coisa certa, ou seja, o
devedor deverá entregar ao credor coisa individualizada. Dispondo expressamente
o CC que a obrigação abrange também os acessórios dela embora não mencionados,
salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso (artigo 233).
A regra equivale a res perit domino (a coisa perece para o dono). Deste modo, se a
coisa certa for perdida sem culpa do devedor antes da tradição, sofrerá o credor a
perda e a obrigação se resolverá.
Um dos pontos principais da matéria diz respeito à escolha do objeto, já que para o
cumprimento da obrigação a coisa deverá ser determinada, individualizada através da
escolha que competirá a quem foi determinado no contrato ou no caso de omissão ao
devedor. Importante frisar que no momento desta escolha é que se aperfeiçoa a
obrigação, transformando-se a obrigação de dar coisa incerta em obrigação de dar
coisa certa e uma vez cientificado o credor quanto a escolha, as regras atinentes a
obrigação de dar coisa certa são as que passam a reger a obrigação.
Antes da escolha não pode o devedor ainda que por força maior ou caso fortuito alegar
a deterioração ou perda da coisa, tendo em vista a ausência da individualização e
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consequente aperfeiçoamento da obrigação que consoante mencionado se dá com a
efetiva escolha da coisa, ou seja, determinação e individualização.
Por fim, o devedor não poderá dar coisa pior e nem tão pouco ser obrigado a dar coisa
melhor.
Obrigação de fazer:
Obrigações alternativas:
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Quando há a pluralidade de objetos, ou seja, mais de uma prestação. A obrigação
poderá ser: cumulativa ou também chamada de conjuntiva, neste caso para o
adimplemento da obrigação deverá o credor cumprir as duas ou mais prestações
cumulativamente; ou, alternativa ou disjuntiva, em que o devedor para cumprir a
obrigação deverá adimplir com uma ou outra prestação prevista desde o início pelos
sujeitos da obrigação.
Se a pluralidade for de credores a estes também caberá exigir a divida toda, hipótese
em que o devedor deverá pagar todos conjuntamente ou apenas um, exigindo deste
que dê caução de ratificação dos demais credores, desobrigando-se o devedor e em
contrapartida obrigando o credor que recebeu a prestação por inteiro a parte devida
aos demais credores.
No caso de um dos credores remitir a dívida, ou seja, perdoar, não há que se falar na
extinção de obrigação para os demais credores, que poderão exigir a prestação
mediante o desconto da quota pertencente ao credor remitente.
Obrigações solidárias:
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b) Enquanto alguns dos credores solidários não demandarem o devedor comum, o
devedor poderá pagar a qualquer um deles (art. 268);
e) O pagamento parcial feito por um dos devedores e a remissão por ele obtida não
aproveitam aos outros devedores, senão até à concorrência da quantia paga ou
relevada (art. 277);
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g) Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos devedores solidários, subsiste
para todos o encargo de pagar o equivalente – mas pelas perdas e danos só responde
o culpado (art. 279);
h) Todos os devedores respondem pelos juros da mora, ainda que a ação tenha sido
proposta somente contra um – mas o culpado responde aos outros pela obrigação
acrescida (art. 280);
i) O devedor demandado pode opor ao credor as exceções que lhe forem pessoais e
as comuns a todos, não lhe aproveitando as exceções pessoais a outro codevedor (art.
281);
l) O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a exigir de cada um dos
codevedores a sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do insolvente, se o
houver, presumindo-se iguais, no débito, as partes de todos os codevedores (art. 283);
(OAB – 2010) Acerca das obrigações de dar, fazer e não fazer, assinale a opção
correta.
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(OAB – 2009) No que se refere às modalidades de obrigações, assinale a opção
correta.
D) A obrigação de dar coisa certa confere ao credor simples direito pessoal, e não real,
havendo, contudo, no âmbito do direito, medidas destinadas a persuadir o devedor a
cumprir a obrigação.
Nas obrigações de dar coisa incerta, ou seja, aquelas em que o objeto da prestação é
indeterminado há o instituto da escolha.
Pode-se dizer que a obrigação de dar coisa incerta sempre será transitória. Com efeito,
haverá um momento em que a incerteza em relação ao objeto cessará, transmudando-
se a natureza da obrigação para a de dar coisa certa, ou seja, aquela em que o objeto
da prestação é determinado.
Art. 243. A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e pela quantidade.
São duas as hipóteses em que o direito de escolha será transferido ao credor: quando
o devedor não exercê-lo ao tempo da tradição, ou ainda, quando avençado entre as
partes.
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3. Poderá ficar a cargo de terceiro.
4. Caso o terceiro não queira ou não possa escolher, a escolha será judicial.
O objeto a ser escolhido não poderá ser o melhor nem o pior; deve-se guardar o meio-
termo na escolha.
“... Mas não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor.”
Exemplo: Antônio deve entregar cinco ovelhas de seu rebanho a José. No caso de a
escolha ficar a cargo de Antônio é natural que escolha as cinco piores ovelhas do
rebanho, enquanto se estivesse a cargo de José, este escolheria as cinco melhores.
Nesse caso, é necessário que se guarde o meio-termo no momento da escolha, ou
seja, as ovelhas a serem escolhidas não deverão ser a melhores, nem tão pouco as
piores.
3ª REGRA: Cientificação
Não importa quem escolhe; as partes devem ser cientificadas para o aperfeiçoamento
da escolha.
O ponto em questão é que para que a escolha se aperfeiçoe é imprescindível que seja
dada ciência a outra parte.
Art. 246. Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da
coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito.
Por fim, tratando-se de obrigação de dar coisa incerta, não pode o devedor alegar a
perda ou deterioração do objeto, haja vista sua inexistência material.
Logo, só depois de feita a escolha com ciência poderá falar-se em perdas e danos sem
culpa. Não havendo perdas e danos antes da escolha, de acordo com o princípio
“Genus nunquam perit” – o gênero nunca perece.
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QUESTÕES
R: Nas obrigações de dar coisa incerta, a escolha, normalmente cabe ao devedor, mas
nada impede que as partes tenham estipulado o contrário, caso em que o credor é
quem poderá fazer a escolha que irá determinar especificamente a obrigação.
Adverte-se que o bom senso deverá prevalecer nessa relação, haja vista que o
devedor da obrigação não pode prestar a pior escolha, nem é obrigado a entregar a
melhor delas. Nesse sentido determina o art. 244 do CC/02:
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Art. 244. Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha pertence
ao devedor, se o contrário não resultar do título da obrigação; mas não poderá dar a
coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor.
Antes da escolha, o devedor não pode alegar perda ou perecimento da coisa, ainda
que sem culpa. Isso porque como ainda não houve a escolha não há como saber qual
foi o objeto específico da obrigação. É o que diz a regra presente no art. 246 do CC/02:
Art. 246. Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da
coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito.
Esse tipo de obrigação, como todas as demais, pode sofrer o descumprimento por
parte do devedor. Nesse caso, quando não há culpa do devedor, a obrigação se
resolve, ou seja, o devedor restitui o valor pago, e a obrigação se extingue.
Quando há culpa por parte do devedor, o credor pode exigir que o devedor desfaça o
ato, ou determina que outro desfaça à custa do devedor, que ainda deverá ressarcir por
perdas e danos.
Em caso de urgência, o credor pode desfazer ou determinar que terceiro desfaça o ato,
independente de autorização judicial, sendo posteriormente ressarcido pelos prejuízos
sofridos. Essas regras estão presentes nos arts. 250 e 251 do CC/02.
R: As obrigações de fazer não dizem respeito à entrega de uma coisa. Esse tipo de
obrigação se materializa no dever de exercer determinada conduta, ou seja,
desenvolver determinado trabalho físico ou intelectual, prestar um tipo de serviço, etc.
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Em relação às obrigações de fazer, elas podem ser fungíveis ou infungíveis. Serão
fungíveis as obrigações que podem ser prestadas por quem quer que seja, pois o
importante é a obrigação em si, e não quem irá exercê-la. Para exemplificar tem-se a
obrigação do conserto de um carro. Ora, trata-se de obrigação fungível, pois qualquer
oficina tem condições de consertar o carro.
Por outro lado, as obrigações infungíveis são aquelas que não podem ser exercidas por
outra pessoa, senão aquela que se obrigou. Neste tipo de obrigação, o grau maior de
importância baseia-se na pessoa que irá exercer a conduta, e não na obrigação em si.
Um exemplo seria a contratação de um show com o cantor Roberto Carlos. Não
adianta que outro cantor vá realizar o show; o importante é que o cantor Roberto Carlos
realize o show. Por essa impossibilidade de substituição da pessoa que exerce a
obrigação, diz-se que as obrigações infungíveis são intuitu personae.
R: A obrigação de dar dinheiro está no rol das obrigações de dar. Essa modalidade de
obrigação ocorre quando o objeto da obrigação for dinheiro em si, como no caso de um
empréstimo, ou quando ocorrer perda ou deterioração no objeto de determinada
obrigação, que enseje a conversão desta em dinheiro.
Sabe-se que a obrigação de dar dinheiro se orienta por diretrizes específicas por se
tratar da moeda nacional.
Nesse sentido vem a tona a diretriz que determina o curso forçado da moeda, que
significa que contratos de direito interno somente podem ser estipulados em moeda
nacional. Mas isso não significa que os contratos que possuam cláusulas determinado
o pagamento em ouro ou moeda estrangeira serão considerados nulos; na realidade, o
que vai ocorrer será a nulidade da referida cláusula e a conversão da obrigação devida
em moeda nacional.
Ressalta-se que os únicos contratos que podem ser estipulados em moeda estrangeira
são os contratos de comércio exterior, que seguem as normas do decreto 857/69.
O que ocorre quando uma pessoa é devedora de uma obrigação de dar coisa
certa e a coisa se deteriora (sofre estragos) antes da entrega ao credor?
Art. 235. Deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, poderá o credor resolver
a obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que perdeu.
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Para exemplificar a situação acima descrita retorna-se ao caso colar. Imagina-se que
antes da entrega do colar, este cai no chão, sem culpa do devedor, e perde algumas
pedras. Nesse caso, conforme já fora explicado, o credor pode desfazer o negócio e ter
restituição do seu valor pago, ou aceitar o colar, mesmo faltando algumas pedras,
desde que o devedor faça um abatimento no preço, proporcional ao prejuízo havido na
coisa.
As obrigações de dar, por sua vez, se subdividem em: obrigações de dar coisa certa
ou de dar coisa incerta, cada qual com suas peculiaridades.
As obrigações de dar coisa certa se referem àquelas em que seu objeto é certo e
determinado. A obrigação, então, se liga diretamente a um objeto específico que não
pode ser trocado por outro.
As obrigações de dar coisa incerta são determinadas apenas pelo gênero e pela
quantidade. Um exemplo seria a obrigação de dar um celular: a obrigação de dar coisa
incerta pois é uma obrigação de entrega de uma coisa, mas genérica, determinada
somente pelo gênero, que é um aparelho de telefone celular, e a quantidade, que é
uma unidade.
R: Quando uma obrigação de fazer não puder ser cumprida, sem haja culpa do
devedor, a obrigação se extingue com a restituição do valor pago ao credor.
Se, por outro lado, houver culpa do devedor, além da restituição do valor a ser pago, o
devedor arcará com o pagamento de indenização por perdas e danos do credor. Nesse
sentido determina o art. 248 do CC/02:
Art. 248. Se a prestação do fato tornar-se impossível sem culpa do devedor, resolver-
se-á a obrigação; se por culpa dele, responderá por perdas e danos.
Em se tratando de obrigação fungível, ou seja, que pode ser realizada por terceiro, o
credor pode determinar que outro a faça à custa do devedor, diante da demora ou
recusa deste. Essa possibilidade não exclui a indenização que o credor faz jus. Assim é
a regra do art. 249 do CC/02:
Art. 249. Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-lo
executar à custa do devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da
indenização cabível.
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Se a situação anterior se revestir do caráter de urgência, o credor pode determinar que
terceiro a faça, ainda que sem autorização judicial, sendo que depois o credor será
devidamente ressarcido.
O vínculo, por sua vez, se refere à lei, ou ao contrato, que fez surgir a obrigação entre
as partes.
Assim, quando a coisa se perde por culpa do devedor, este fica obrigado a restituir o
preço pago pelo credor, acrescido de correção monetária além das perdas e danos
sofridos pelo não recebimento da coisa. Nesse sentido dispõe o art. 234, segunda parte
do CC/02:
Art. 234 (...) se a perda resultar de culpa do devedor, responderá este pelo equivalente
e mais perdas e danos.
Nesse caso, o devedor, além de restituir o valor corrigido, deverá indenizar o credor
pelas perdas e danos sofridas, apurados pelo prejuízo efetivamente suportado pelo
credor, bem como o que os lucros que deixou de perceber em virtude da perda da
coisa.
Se, por exemplo, o credor tivesse comprado um carro para transportar uma
mercadoria perecível (de curta conservação) para um cliente seu. Nesse caso, o
devedor deverá restituir o valor corrigido, bem como fazer face aos prejuízos do
contrato que o credor deixou de cumprir.
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Observação importante: quando os prejuízos suportados pelo credor não puderem
ser quantificados, o devedor arcará com a restituição do valor pago corrigido acrescido
de juros.
Quando a coisa apenas se deteriorar por culpa do devedor, o credor também poderá
escolher. Aceita a coisa no estado em que se encontra, com abatimento no preço
acrescido pela indenização por perdas e danos; ou exige a restituição do valor pago,
corrigido também acrescido da indenização de perdas e danos. Essa regra está
prevista no art. 236 do CC/02:
Art. 236. Sendo culpado o devedor, poderá o credor exigir o equivalente, ou aceitar a
coisa no estado em que se acha, com direito a reclamar, em um ou em outro caso,
indenização das perdas e danos.
Para fornecer exemplificar resgata-se o caso automóvel. Se em vez de ter sido perda
total, o devedor alcoolizado tivesse apenas amassado o veículo, o credor poderia
receber o carro, no estado em que se encontra com abatimento no preço, ou exigir a
restituição do valor já pago corrigido; lembre-se de que em ambas as hipóteses o
credor tem direito à indenização por perdas e danos.
R: É importante dizer que, dentro da órbita das obrigações jurídicas, pode-se distinguir
dois grandes grupos: obrigações patrimoniais e obrigação não patrimoniais.
As obrigações patrimoniais são aquelas que podem ser convertidas em dinheiro, como
no caso do pagamento do tributo ou cumprimento de um contrato, etc.
a) Sujeito ativo ou credor é o beneficiário da obrigação, pode ser uma pessoa física
ou jurídica, ou ainda um ente despersonalizado tal como espólio, massa falida e, etc, a
quem é devida a prestação. É aquele que tem direito de exigir o cumprimento da
obrigação. É também chamado de accipiens, referindo-se àquele que recebe a
prestação pactuada.
No art. 2º do Código Civil Brasileiro de 1916 que fora revogado e está completamente
superado.
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Prevê expressamente o Código Civil vigente que: “toda pessoa é capaz de direitos e
deveres na ordem civil”. O devedor é também chamado de solvens aquele que paga a
prestação combinada.
Enfim a obrigação como processo (ou seja, uma série de atos relacionados entre si)
que desde o início se encaminha a uma finalidade à qual se dirige a relação dinâmica.
Se for positiva, a prestação terá como o conteúdo de entregar coisa certa ou incerta
(obrigação de dar coisa certa, ou de dar coisa incerta) ou dever de cumprir determinada
tarefa (obrigação de fazer).
Já o objeto mediato da obrigação pode ser uma coisa ou uma tarefa a ser
desempenhada, positiva ou negativamente.
Além de que as normas de Direito das obrigações ser aquelas aplicadas com maior
frequência e, estão em maior quantidade, tanto nas relações diárias entre homens
como também na atividade empresarial.
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Quais os elementos constitutivos da obrigação?
B) Elemento objetivo imediato: a prestação (que pode ser uma obrigação de dar, de
fazer ou de não fazer).
E, quanto à boa-fé objetiva, Judith Martins-Costa prega uma nova metodologia quanto
ao direito das obrigações e uma nova construção da relação obrigacional que deve ser
tida como relação de cooperação.
Enfim a obrigação como processo (ou seja, uma série de atos relacionados entre si)
que desde o início se encaminha a uma finalidade à qual se dirige a relação dinâmica.
a) Sujeito ativo ou credor é o beneficiário da obrigação, pode ser uma pessoa física
ou jurídica, ou ainda um ente despersonalizado tal como espólio, massa falida e, etc, a
quem é devida a prestação. É aquele que tem direito de exigir o cumprimento da
obrigação. É também chamado de accipiens, referindo-se àquele que recebe a
prestação pactuada.
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b) Sujeito passivo ou devedor é aquele que assume um dever, na ótica civil, de
cumprir o conteúdo da obrigação, sob pena de responder com o seu patrimônio.
Recomenda-se a utilização da expressão “deveres” que consta no art. 1º do Código
Civil Brasileiro em detrimento do termo obrigações, previsto no art. 2º do Código
Civil Brasileiro de 1916 que fora revogado e está completamente superado.
Prevê expressamente o Código Civil vigente que: “toda pessoa é capaz de direitos e
deveres na ordem civil”. O devedor é também chamado de solvens aquele que paga a
prestação combinada.
Deveres
Se for positiva, a prestação terá como o conteúdo de entregar coisa certa ou incerta
(obrigação de dar coisa certa, ou de dar coisa incerta) ou dever de cumprir determinada
tarefa (obrigação de fazer).
Já o objeto mediato da obrigação pode ser uma coisa ou uma tarefa a ser
desempenhada, positiva ou negativamente.
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Enfim, o elemento imediato é a prestação e o elemento mediato é a coisa, tarefa ou
abstenção, ou seja, o bem jurídico posto em circulação.
A violação dessas regras gera a nulidade da relação obrigacional, sendo aplicado o art.
166 do C. C.
São:
b) Mediação ou colaboração devida - uma vez que o credor não pode exercer direta
e imediatamente o seu direito, necessitando da colaboração do devedor para obter a
satisfação do seu interesse;
d) A autonomia – pela existência de uma disciplina própria dentro do Direito Civil, qual
seja o Direito das Obrigações.
Assim são os contratos que trazem como conteúdo valores como a saúde, a moradia
entre outros que são protegidos pela Constituição Federal de 1988 (art. 6º).
A melhor definição desse vínculo consta no art. 391 do Constituição Civil, com a
previsão de que todos os bens do devedor respondem no caso de inadimplemento da
obrigação.
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Tal dispositivo consagra a responsabilidade patrimonial do devedor, sendo certo que a
prisão civil por dívidas não constitui regra em nosso ordenamento jurídico, mas
exceção.
O STF afastou a possibilidade de prisão civil por dívida de depositário infiel, havendo
depósito típico, atípico ou judicial.
Por fim, o STF editou a Súmula Vinculante nº 25 que expressou ser ilícita a prisão civil
do depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito.
R; Cabe analisar o art. 391 do C. C.[1] em conjunto com os arts. 389 e 390 que
consagram a responsabilidade civil contratual ou negocial presente nos casos em que
uma obrigação assumida por uma das partes não é cumprida.
O art. 389 do C. C. É aplicável aos casos de obrigação positiva (de dar e de fazer)
enquanto que o art. 390 do C. C. No caso de obrigação negativa.
Para denotar a responsabilidade civil contratual não devem ser utilizados os arts. 186 e
927 do C. C., pois tais dispositivos se referem à responsabilidade civil extracontratual
ou aquiliana.
O teor do art. 391 do C. C. Aponta que todos os bens do devedor, sendo integral a
responsabilidade que abrange todos os bens do devedor.
Mas é notório que existem alguns bens do devedor que estão protegidos posto que
sejam reconhecidos como impenhoráveis. Melhor redação apresenta o
art. 591 do CPC[2] que ressalva as restrições estabelecidas em lei.
Podemos ver que o bem de família conta com dupla proteção em nosso sistema
jurídico, eis que o Código Civil vigente protege o bem de família voluntário e o
convencional (arts. 1.711 ao art. 1.722[3]) enquanto que a Lei 8.009/90 ampara
particularmente o bem de família legal.
Também o CPC em seu art. 649 alterado pela Lei 11.382/2006[4] consagra os bens
que são absolutamente impenhoráveis.
Com destaque que o último inciso do art. 649 do CPC protege os valores depositados
em caderneta de poupança.
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Com a inspiração no mínimo patrimonial para que a pessoa viva com dignidade de
acordo com o estatuto jurídico do patrimônio mínimo, de Luiz Edson Fachin.
Schuld é o dever legal cumprir com a obrigação, o dever existente por parte do
devedor. Havendo o adimplemento da obrigação surgirá apenas esse conceito.
Exemplificando:
A dívida prescrita que pode ser paga nas não pode ser exigida ou cobrada. Mas se
paga não poderá solicitar a repetição de indébito (art. 882 C. C.[5])
Haverá haftung sem schuld, ou seja, obligatio sem debitum na fiança, garantia pessoal
prestada por alguém (fiador) em relação a determinado credor.
R: O conceito de dever jurídico é o mais amplo de todos e, está inserido em regra geral
no conceito de obrigação.
O dever jurídico se contrapõe ao direito subjetivo sendo o primeiro constituído por uma
situação passiva que se caracteriza pela necessidade do devedor observar certo
comportamento, compatível com o interesse do titular do direito subjetivo.
Dever jurídico é comando imposto pelo direito objetivo, dirigido a todas as pessoas
para observaram certas conduta, sob pena de sanção pelo não cumprimento.
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Mas, pode surgir também no Direito de Família, Direito das Sucessões, Direito da
Empresa e os direitos de personalidade. Seja no direito privado ou no público.
São exemplos de ônus: levar o contrato ao registro de títulos e documentos para ter
validade perante a terceiros; inscrever o contrato de locação no registro de imóveis,
para impor a sub-rogação ao adquirente do prédio.
O desrespeito do ônus gera consequências somente para aquele que o detém. O ônus
da prova ex vi o art. 333, I do CPC[6].
Direito potestativo é o poder que a pessoa tem de influir na esfera jurídica de outrem,
sem que este possa fazer algo que não se sujeitar. Opera na esfera jurídica alheia sem
que tenha algum dever cumprir.
O exercício do direito potestativo pelo seu titular fará com aquele outro se sujeite às
consequências advindas das alterações produzidas.
Exemplificando:
Estado de sujeição ou situação jurídico com quem ajusta o contrato por prazo
indeterminado está sujeito a vê-lo denunciada a qualquer momento pelo outro
contratante;
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Quais são as fontes obrigacionais no direito brasileiro?
Sobre os atos unilaterais como uma das fontes de direito obrigacional, enumere-
os e dê sua respectiva fundamentação jurídica.
c) o ato de publicidade.
Se for fixado um prazo para a execução da tarefa haverá, em regra, renúncia ao direito
de revogação na vigência desse prazo.
A gestão traduz-se numa atuação sem poderes, sem ter recebido expressamente
poderes, sem ter recebido expressamente a incumbência.
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Há um quase contrato. O gestor não tem direito a qualquer remuneração pela atuação
(negócio jurídico benévolo) e deve agir de acordo com a vontade presumível do dono
do negócio, sob pena de responsabilização civil.
[1] Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais
juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e
honorários de advogado.
Art. 390. Nas obrigações negativas o devedor é havido por inadimplente desde o dia
em que executou o ato de que se devia abster.
Art. 391. Pelo inadimplemento das obrigações respondem todos os bens do devedor.
[3] Art. 1.711. Podem os cônjuges, ou a entidade familiar, mediante escritura pública ou
testamento, destinar parte de seu patrimônio para instituir bem de família, desde que
não ultrapasse um terço do patrimônio líquido existente ao tempo da instituição,
mantidas as regras sobre a impenhorabilidade do imóvel residencial estabelecida em
lei especial.
Parágrafo único. O terceiro poderá igualmente instituir bem de família por testamento
ou doação, dependendo a eficácia do ato da aceitação expressa de ambos os
cônjuges beneficiados ou da entidade familiar beneficiada.
Art. 1.712. O bem de família consistirá em prédio residencial urbano ou rural, com suas
pertenças e acessórios, destinando-se em ambos os casos a domicílio familiar, e
poderá abranger valores mobiliários, cuja renda será aplicada na conservação do
imóvel e no sustento da família.
Art. 1.713. Os valores mobiliários, destinados aos fins previstos no artigo antecedente,
não poderão exceder o valor do prédio instituído em bem de família, à época de sua
instituição.
Art. 1.714. O bem de família, quer instituído pelos cônjuges ou por terceiro, constitui-se
pelo registro de seu Título no Registro de Imóveis.
Art. 1.715. O bem de família é isento de execução por dívidas posteriores à sua
instituição, salvo as que provierem de tributos relativos ao prédio, ou de despesas de
condomínio.
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Parágrafo único. No caso de execução pelas dívidas referidas neste artigo, o saldo
existente será aplicado em outro prédio, como bem de família, ou em títulos da dívida
pública, para sustento familiar, salvo se motivos relevantes aconselharem outra
solução, a critério do juiz.
Art. 1.716. A isenção de que trata o artigo antecedente durará enquanto viver um dos
cônjuges, ou, na falta destes, até que os filhos completem a maioridade.
Art. 1.717. O prédio e os valores mobiliários, constituídos como bem da família, não
podem ter destino diverso do previsto no art. 1.712 ou serem alienados sem o
consentimento dos interessados e seus representantes legais, ouvido o Ministério
Público.
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V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros
bens móveis necessários ou úteis ao exercício de qualquer profissão; (Alterado pela L-
011.382-2006)
VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela
família; (Alterado pela L-011.382-2006)
XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos, nos termos da lei, por partido
político. (Acrescentado pela L-011.694-2008)
[5] Art. 882. Não se pode repetir o que se pagou para solver dívida prescrita, ou
cumprir obrigação judicialmente inexigível.
[6] Art. 333 - O ônus da prova incumbe: I - ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu
direito;
Parágrafo único - É nula a convenção que distribui de maneira diversa o ônus da prova
quando:
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RESOLUÇÕES QUESTÕES DIREITODAS OBRIGAÇÕES: - Verdadeiro
ou Falso
1) Ficará sem efeito a quitação presumida pela entrega do título ao devedor se o credor
provar, em trinta dias, a falta do pagamento.
R: FALSA! O erro está em “trinta dias”, haja vista o prazo decadencial ser de 60
(sessenta) dias. Assim prevê o art. 324 do Código Civil: “A entrega do título ao devedor
firma a presunção do pagamento. Parágrafo único – Ficará sem efeito a quitação assim
operada se o credor provar, em sessenta dias, a falta do pagamento”. Logo, ter-se-á
uma presunção relativa da quitação pelo período de sessenta dias, admitindo-se prova
em contrário, transcorrido o prazo decadencial, falar-se-á, por hora, na presunção
absoluta de quitação quando, por consequência, se dará por extinta a obrigação.
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R: FALSA! A afirmativa segue idêntica ao enunciado legal exposto ao códex privado,
com exceção ao fato de que tal negócio jurídico, celebrado com moeda diversa da
nacional (ou ouro), será nulo de pleno direito. Diz o teor do art. 318 do Código Civil:
“São NULAS as convenções de pagamento em ouro ou em moeda estrangeira, bem
como para compensar a diferença entre o valor desta e o da moeda nacional,
excetuados os caos previstos na legislação especial”.
6) Para impedir que o terceiro que efetua o pagamento da dívida tenha direito a exigir
posteriormente contra o devedor (originário) o ressarcimento do valor pago, poderá o
devedor apresentar oposição consistente em meios jurídicos para impedir a cobrança
do credor.
Art. 306 do Código Civil: “O pagamento feito por terceiro, com desconhecimento ou
oposição do devedor, não obriga a reembolsar aquele que pagou, se o devedor tinha
meios para ilidir a ação”.
8) Aquele que efetua o pagamento da dívida de uma amiga íntima será considerado
terceiro interessado em razão da amizade existente.
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R: FALSA! O interesse o qual a legislação se olvida é o interesse jurídico, logo, não há
de se falar em interesse afetivo, como nos moldes do caso em tela. No máximo, pela
amizade existente, será terceiro não interessado que, ou paga a dívida em nome e à
conta do devedor, quando terá direito à reembolso e sub-rogar-se-á nos direitos do
credor (art. 346, CC), ou o paga em nome próprio, quando faz jus somente ao
ressarcimento do valor despendido, não havendo de se falar em sub-rogação (art.
305, caput, CC).
R: FALSA! Somente a empresa Casas Ceará Ltda. teve sua falência decretada, onde
eventualmente, instaurar-se-á o procedimento do concurso de credores. Logo, já que
não vencida ainda a obrigação “em relação a outra empresa devedora”, mesmo que
solidárias, não poderá a dívida ser cobrada face à esta. Assim prevê o
art. 333, parágrafo único, do Código Civil: “[...] se houver, no débito, solidariedade
passiva, não se reputará vencido quanto aos outros devedores solventes”.
R: FALSA! O prazo é de 10 (dez) dias, conforme expressa previsão ao art. 539, § 1º,
do NCPC. Aduz o art. 539, do Código de Processo Civil:
“Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceiro requerer, com efeito de
pagamento, a consignação da quantia ou da coisa devida.
§ 4º - Não proposta a ação no prazo do § 3º, ficará sem efeito o depósito, podendo
levantá-lo o depositante.”
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devedor teria que consentir com algo que ele mesmo expressa plena vontade em
realizar/celebrar. Prevê o art. 299 do Código Civil: “É facultado a terceiro assumir a
obrigação do devedor, com o consentimento expresso do credor, ficando exonerado o
devedor primitivo, salvo se aquele (o terceiro que assumiu), ao tempo da assunção, era
insolvente e o credor o ignorava. Parágrafo único – Qualquer das partes pode assinar
prazo ao credor para que consinta na assunção da dívida, interpretando-se o seu
silêncio como recusa.”
R: FALSA! Seria do contrário, pois deveria haver previsão expressa para não se
abranger as garantias (e demais acessórios). Pois, por expressa previsão legal, do
art. 287 do Código Civil: “Salvo disposição em contrário, na cessão de um crédito
abrangem-se todos os seus acessórios”.
13) Mesmo tendo aceitado a assunção da dívida por terceiro, se o novo devedor era
insolvente na época da assunção e o credor desconhecia, esta assunção não terá
validade em relação ao credor.
15) O terceiro não interessado, que paga a dívida em nome do devedor, tem direito a
reembolsar-se do que pagar; mas não se sub-roga nos direitos do credor.
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tem de ressarcir-lhe as despesas da cessão e as que o cessionário houver feito com a
cobrança”.
17) Sendo a quitação dos juros sem reserva do capital, este presume-se pago.
R: FALSA! A assertiva está invertida, pelo teor do art. 323 do Código Civil: “Sendo a
quitação do capital sem reserva dos juros, estes presumem-se pagos”. Ora pois, não
faria sentido dar-se quitação somente aos frutos civis, bens acessórios, como o é o
instituto dos juros, e extinguir a obrigação principal por essa decorrência. Contrario
sensu, seria plenamente possível, pois quitando-se (diretamente) o capital em realizado
o adimplemento de um mútuo, por exemplo, presumir-se-á quitados os juros, que são
meros rendimentos daí decorrentes.
18) Na cessão de crédito por título oneroso, o cedente, ainda que não se
responsabilize, fica responsável ao cessionário pela existência do crédito ao tempo em
que lhe cedeu, desde que tenha procedido de má-fé.
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