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Além disso, atualmente, são reconhecidas relações em que existe a ausência de sujeitos [EX:
doação em favor de nascituro], ou relações em que existem múltiplos sujeitos em um ou
ambos os polos das relações [EX: contrato de conta corrente conjunta]. O princípio da
Duplicidade, portanto, se baseia primordialmente na existência de dois polos, com dois
interesses expostos à tutela do meio jurídico
Em consonância com a Duplicidade, outra característica do elemento subjetivo é a
capacidade determina-lo, em algum ponto da relação obrigacional, ainda que não na origem
da relação (Determinabilidade). O sujeito não precisa ser determinado de início na relação
obrigacional, mas deve ser determinável, para que a prestação consiga ser cumprida, quando
necessário.
A terceira característica da relação obrigacional é a possibilidade de que o sujeito tem de se
afastar da relação, transferindo sua titularidade ou simplesmente renunciando a ela, sem que,
com isso, haja a extinção da obrigação (Mutabilidade). Dessa forma, há a possibilidade, na
relação obrigacional, que um dos sujeitos transfira a sua posição jurídica para outro sujeito,
confirmando assim o caráter não essencial do sujeito da relação obrigacional, sendo então
possível uma transferência sem alteração nas qualidades fundamentais da obrigação.
*Terceiro: quem não é parte da relação obrigacional (nem credor, nem devedor). Pode vir a integrar a
relação obrigacional, diretamente ou indiretamente, com a repercussão sobre seus interesses.
→ Vínculo Jurídico
O Vínculo Jurídico é o terceiro e último elemento essencial da obrigação, sendo então o elo
de ligação entre o credor e o devedor. Essa conexão se estabelece em torno da prestação,
havendo então o comprometimento da realização de uma em favor de outra, além de instituir
os deveres jurídicos anexos da relação jurídica, a Obrigação.
O Vínculo Jurídico pode ser dissecado em dois aspectos, o Schuld, esse que exprime o dever
que o sujeito tem de efetuar o Débito, e o Haftung, esse que corresponde, por sua vez, a
faculdade que tem o credor de exigir a efetuação do débito, possuindo esse de aparatos
jurídicos para coagir o cumprimento.
Obrigações Naturais
Relação Obrigacional que é somente caracterizada pelo débito do devedor, sem existir a
faculdade da cobrança por parte do credor. [EX: dívida em que o prazo já prescreveu.]
Ainda que não haja a capacidade de exigibilidade por parte do credor, o devedor, caso opte
por pagar a dívida, não tem o direito de exigir restituição ou alegar que o pagamento foi indevido.
Dessa forma, afirma-se que as Obrigações Naturais somente invocam a proteção da ordem
jurídica, após a sua extinção, com o pagamento.