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Elemento subjetivo da obrigação

Trata-se dos elementos pessoais, os sujeitos ou pessoas envolvidas na relação jurídica


obrigacional, a saber:

a) Sujeito ativo– é o beneficiário da obrigação, podendo ser uma pessoa natural ou


jurídica ou, ainda, um ente despersonalizado a quem a prestação é devida. É denominado
credor, sendo aquele que tem o direito de exigir o cumprimento da obrigação.

b) Sujeito passivo– é aquele que assume um dever, na ótica civil, de cumprir o


conteúdo da obrigação, sob pena de responder com seu patrimônio. É denominado
devedor. Recomenda-se a utilização da expressão deveres que consta do art. 1.º do atual
Código Civil, em detrimento do termo obrigações, previsto no art. 2.º do CC/1916 e que
está superado. Prevê o dispositivo do Código de 2002 que “toda pessoa é capaz de
direitos e deveres na ordem civil.

Pode ainda haver um titular de uma obrigação tido como indeterminado. Neste caso não se
sabe quem vai ocupar a posição de credor (indeterminabilidade subjetiva ativa) ou devedor
(passiva). Exemplo: promessa de recompensa.

Elemento Objetivo ou material da obrigação

Trata do objeto da obrigação, ou seja, a prestação pode ser: próximo ou imediato (dar, fazer
ou não fazer), ou então, mediato ou remoto (o objeto e não a prestação).

Elemento Imaterial (ideal, virtual, espiritual):

E o vínculo jurídico, ou seja, o liame entre o credor e o devedor. Referente a este elemento
inicialmente existia a corrente monista ou unitária que entendia que para a obrigação se ver
válida somente era necessário o vínculo e os elementos subjetivos. Porém, segundo Alois
Brinz, o vínculo jurídico é composto por dois elementos (teoria dualista, ou binária)

Dívida é o cumprimento espontâneo da prestação pelo devedor;

Responsabilidade: É a prerrogativa conferida ao credor de em caso de inadimplemento


proceder à execução do patrimônio do devedor.

A OBRIGAÇÃO constitui-se em direito relativo visto que o crédito que dela de corre
apenas pode ser exigido pelo credor ou pluralidade de credores contra o devedor ou
pluralidade de pessoas na situação de devedor, mas, enquadra-se também como
um direito pessoal, posto que somente por iniciativa do credor é possível exigir
execução ou aplicação de sanção ao devedor quando do descumprimento da
prestação.

O ÔNUS, diferentemente do dever e da obrigação, está ligado a uma ação


facultativa do devedor ou sujeito passivo. Conforme o texto, o ônus é uma
faculdade cujo exercício é necessário para a realização de um interesse próprio,
para a obtenção de uma vantagem para si. O ÔNUS é um gravame imposto à
vontade do sujeito em razão do seu próprio interesse, por provocação deste. Pode
ser entendido como uma contrapartida. Diferentemente do dever e da obrigação, o
descumprimento do ÔNUS não acarreta a aplicação de sanção jurídica. Implica tão
somente na não satisfação do próprio interesse ou na não obtenção do direito ou vantagem
pretendida.

O conceito de dever se apresenta como um conceito amplo, algo que transcende o


conceito de obrigação. O dever jurídico abrange outros direitos além do obrigacional,
pois ne m todos os deveres compreendem a obrigação de alguma espécie, pode - se ter
como exemplo o direito pessoa l, ou os de natureza real, como o direito das coisas, o
direito de família, sucessões, direito de empresa e direitos de personalidade. O dever
jurídico é imposto e dirigido a todas as pessoas que receberem certa conduta, mas,
aqueles que não cumprirem o comportamento prescrito pela norma jurídica receberão
uma sanção. Por tanto, o deve r jurídico gerará uma necessidade jurídica de ser cumprido
aquilo eu se é obrigado e assim pode por exemplo prover de um contrato.

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