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Direito VII-

A relação jurídica
1. Conceito de relação jurídica
É toda a relação da vida social disciplinada pelo direito, mediante:

 A atribuição de um direito subjetivo a uma pessoa.


 Imposição a outra de uma vinculação jurídica que pode ser um dever ou sujeição.

Direito subjetivo- poder de exigir ou pretender conduta positiva ou negativa; produzir efeito
jurídicos que se impõem inelutavelmente a outra pessoa.

Ex: relações entre senhorio e inquilino, comprador e vendedor, empregador e trabalhador.

2. Elementos da relação jurídica


2.1 Sujeitos

Personalidade jurídica–aptidão para ser sujeito de relações jurídicas, para ser titular de
direitos e obrigações. É reconhecida às pessoas singulares/pessoa humana e às pessoas
coletivas. Adquire-se no momento do nascimento completo e com vida. Não coincide com
capacidade jurídica nem com a capacidade de exercício.

 São sujeitos da relação jurídica as pessoas entre as quais ela se estabelece.


Sujeito ativo- titular do direito subjetivo, que detém o poder.
Sujeito passivo- o que sofre a correspondente vinculação jurídica.

Os sujeitos devem possuir personalidade jurídica. Pode ser atribuída a seres humanos (pessoas
singulares) ou a outras entidades, como associações de homens ou conjunto de bens (pessoas
coletivas).

2.2 Objeto
 É aquilo sobre o qual incidem os poderes do sujeito ativo da relação. O bem que a relação
jurídica garante ao sujeito ativo.

Ex: contrato de empréstimo em que A é credor de B. O objeto de relação jurídica será


constituído pela prestação a que está adstrito o devedor- de reconstituir a quantia
emprestada-, sobre o qual incide o direito subjetivo do credor.

 Pessoas–como acontece nos direitos de personalidade e nos direitos pessoais de família.


Art. 1879.º; 1881.º e 1885.º CC
 Coisas–como acontece nos direitos reais, cujo mais completo é propriedade (direito sobre
um automóvel ou sobre um prédio) Art. 202.º
 Prestações–o objeto é uma conduta ou ato humano, a prestação, como acontece nos
direitos de crédito.
2.3 Facto jurídico
 As relações jurídicas são surgem espontaneamente, é necessário um acontecimento que
as gere, natural ou proveniente de ação humana, e que se designa por facto jurídico.
 O facto jurídico é a condição ou pressuposto para a existência da relação jurídica.
 Pode também modificar ou extinguir a relação. Evento gerador de consequências jurídicas
constitutivos; modificativos; extintivos;
2.4 Garantia
 Consiste na suscetibilidade de proteção coativa do poder de que é titular o sujeito ativo
da relação e traduz-se no conjunto de providências que a lei estabelece para assegurar
essa proteção.
 As providências destinam-se a proteger o direito do sujeito ativo quando ofendido ou
insatisfeito.
 Ex: se o devedor não pagar, o tribunal retira do património daquele os bens necessários
para satisfazer o interesse do credor.

Objeto Imediato – CONTEÚDO - conjunto de poderes/faculdades e vinculações.


Objeto Mediato – OBJECTO - AQUILO sobre que incidem os poderes do titular. BEM de que
aquela se ocupa e cujo desfrute se assegura. Quid - aquilo

Ex: A é proprietário de x.
Conteúdo do direito de propriedade: usar, fruir e dispor
Objeto é a coisa

Direitos de crédito – prestação de coisa certa e determinada:


Ex: A empresta a B 250 E
Obj. imediato- direito de crédito de A e obrigação de B - prestação em si mesma ou
pagamento (conduta humana) dos 250 E, por B
Obj. mediato - coisa a prestar: acede-se à coisa mediante a prestação

Facto– evento (natural ou humano) gerador da relação que produz efeitos jurídicos. (217.º ss)

I - Factos jurídicos voluntários lícitos

1. SIMPLES ACTOS JURÍDICOS – 295.º - (efeitos produzem-se independentemente da vontade


das partes, decorrendo diretamente da lei).
- Operações Jurídicas (pintar um quadro, comer um pão, achar um tesouro, 1324.º, fixação
de domicílio voluntário 82.º) e Atos Jurídicos quase negociais (decl. de nascimento,
casa, dec de imposto)
2. NEGÓCIOS JURÍDICOS (voluntários) – efeitos decorrem da vontade ou da lei - Lib. de
celebração e de estipulação
2.1. Unilaterais (TESTAMENTO, revogação de procuração, despedimento, promessa
unilateral) - TIPIFICADOS
Uma ou mais declarações de vontade no mm sentido, independente da
concordância de outrem.
2.2. Bilaterais ou CONTRATOS (vontade convergente)
2.2.1. Contratos Unilaterais (DOAÇÃO: obrigação de um só lado, sem contraprestação do
outro)
2.2.2. Contratos Bilaterais (contrato de trabalho)

3. Estrutura da relação jurídica


 Na relação jurídica analisa-se um direito subjetivo, em que é investido o sujeito ativo, e
numa vinculação jurídica imposta ao sujeito passivo.
 Assim, é necessário, num primeiro momento, atender ao direito subjetivo, que caracteriza
o lado ativo da relação, para, seguidamente, nos debruçarmos sobre a correspondente
vinculação, que identifica o lado passivo.
4. Direito subjetivo
 o direito subjetivo propriamente dito consiste no poder de o seu titular exigir de outra
pessoa uma certa conduta, positiva(fazer) ou negativa (não fazer), ao qual corresponde, do
lado passivo, um dever jurídico a que está adstrito o respetivo sujeito e que se traduz na
necessidade jurídica de observar essa conduta.
Ex: o credor tem o poder de exigir do devedor A Entrega da quantia em dívida e este o
dever de lha entregar
 O direito estativo consiste no poder, conferindo ao seu titular, de produzir determinados
efeitos jurídicos que se impõem inevitavelmente a outra pessoa. correlativo a esse poder é
uma sujeição que se traduz na inevitabilidade do sujeito passivo suportar o exercício desse
poder e respetivos efeitos.
Ex: o direito que qualquer dos conjugues tem, em certas condições, de poder o divórcio
pondo termo ao casamento.

Os sujeitos da relação jurídica

1. Pessoas singulares

São as pessoas entre a qual a relação se estabelece. Para isto têm de ter personalidade
jurídica, que apenas tem o ser humano, a pessoa singular, e as pessoas coletivas (sociedades).

A. Personalidade jurídica e capacidade jurídica das pessoas singulares

Todo o sujeito de relações jurídicas tem de ser pessoa em sentido jurídico e é pessoa, neste
sentido, todo o ente que tem personalidade jurídica.

 Personalidade jurídica- 66.º e 68.º/1- Qualidade- suscetibilidade de ser sujeito de direitos


e obrigações. É direito objetivo que determina quem é pessoa. Suscetibilidade para lhe
serem atribuídos direitos e impostas vinculações: pessoas singulares e coletivas.
 Capacidade jurídica- 67.ºCC- conteúdo da personalidade jurídica. Possibilidade de as
pessoas(jurídicas) serem sujeitos ativos ou passivos de relações jurídicas quando a lei não
o proíbe; aptidão para ser titular de um círculo de relações jurídicas com mais ou menos
restrição. Noção qualitativa e quantitativa: a quantidade de direitos e vinculações jurídicas
de que uma pessoa é suscetível de ser sujeito.
 É a capacidade de gozo de direitos, inerente à personalidade jurídica, porque quem tem
personalidade, necessariamente, tem capacidade, que poderá ser mais ou menos limitada
pelo direito objetivo. - Insuprível
 Todas as pessoas têm personalidade jurídica, mas a capacidade jurídica pode ser maior ou
menor. Exemplo de restrições: CC. Art. º 1601 e 1602.
 Aos casos de incapacidade jurídica juntam-se casos de incapacidade relativa, nos quais a lei
proíbe certos negócios em função da relação entre sujeitos ou com o objeto de negócio–
CC. Art.º 1564, 953, 2192/8.
 Um demente, embora possua capacidade de gozo, pode, em certos casos, ser interdito do
exercício dos seus direitos, ficando desprovido da capacidade de exercício, ou apenas
inibido de praticar determinados atos, livre ou pessoalmente.
Determinação taxativa – delimitação negativa da incapacidade: gera NULIDADE

Ex: estrangeiros não têm capacidade de gozo de direitos políticos; menores de 35 anos não
podem ser PR da República; pessoas coletivas não tem capacidade matrimonial 2189º –
incapacidade de testar dos menores não emancipados e dos interditos por
anomalia psíquica,1601º - incapacidades nupciais dos menores de 16 anos, dos interditos
ou inabilitados por anomalia psíquica. Incapacidade para perfilhar dos menores de 16
anos, interditos e dementes 1850º

B. Capacidade de exercício de direitos ou capacidade de agir


 Medida de direitos e obrigações que uma pessoa tem possibilidade de exercer livre e
pessoalmente; pressupõe a existência da capacidade de gozo; ninguém pode exercer um
direito de que não tenha possibilidade de ser titular. Capacidade de exercício é a aptidão
para atuar pessoal e autonomamente, isto é, aptidão para atuar sem necessidade de
representante legal.
 Possibilidade de uma pessoa praticar validamente atos jurídicos por si própria, isto é,
através da sua atividade pessoal e sem necessidade de autorização de outra pessoa, ou
através de um representante por si escolhido (mandatário), não imposto por
lei(representante legal). Pressupõe aptidão para gerir os nossos interesses.
 Incapacidade de exercício são supríveis:

Instituto da Representação Legal (incapaz não age nem pessoal, nem livremente)
ou
Instituto da Assistência (incapaz age pessoal, mas não livremente - autorização)

 A Sanção para as incapacidades de exercício é a anulabilidade.


 A Sanção para as incapacidades jurídicas é a nulidade.
Capacidade delitual (imputabilidade) 16 anos.
Menor de 7 anos e anomalia psíquica - presumem-se inimputáveis 488.º/2

C. Início e termo da personalidade


 Surge com o Nascimento – 66.º/1.
 Exige que o ser humano nasça com vida e esta é decisiva para efeitos de aquisição da
personalidade.
 66.º/2- a lei não se limita a proteger o ser que nasceu.
 A proteção da lei é também extensivel a seres ainda não nascidos- art. 952.º e 2033.º-
permite ao nascituro adquirir por doação ou sucessão. Nascituros podem adquirir por
doação ou sucessão, mas não têm PJ, por isso a efetiva aquisição depende do nascimento.
 Termina - morte irreversível do tronco cerebral – 68.º, n.º1 verificação: competência
médica. (2 médicos)
 Declarada na repartição do registo civil da área onde ocorreu ou onde foi encontrado o
cadáver. (certidão de registo de óbito)
Pessoas Coletivas - começa c/a constituição (associações), ou reconhecimento (fundações)
cessa c/ a dissolução, liquidação e transmissão de bens.
Incapacidades- generalidades.

 A incapacidade de gozo é insuprível, a incapacidade de exercício é suprível por certos


meios. Os meios adequados para suprir a incapacidade de exercício são o instituto da
assistência
Casos de incapacidade negocial absoluta:
 Incapacidades nupciais- art. 1601.º e 1602.º- um menor de 16 anos não pode casar.
 Incapacidades de testar dos menores não emancipados e dos interditos por anomalia
psíquica (artigo 2189.º)
 Incapacidades para perfilhar dos menores de 16 anos, dos interditos por anomalia
psíquica e dos notoriamente dementes no momento da perfilhação (artigo 1850.º)
Casos de incapacidade jurídica relativa:
 Proibição de compra e venda entre cônjuges (artigo1564.º)
 Proibição de venda de pais ou avós a filhos ou netos, se os outros não consentiram no
ato(artigo 877.º)
 Proibição das doações a certas pessoas, bem como das disposições testamentárias feitas
nas mesmas condições(artigos 953.º,2192.ºa 2198.º

Incapacidades de exercício

1. Menoridade:
 123.º- incapacidade geral de exercício para atos de natureza pessoal ou patrimonial-
125.º- Regime de anulação.
 Exceções: 127.º - 1878.º/2 e 1880.º.
 Duração: 122.º- é menor de idade quem ainda não tiver completado 18 anos;
130.º e 133.º- ao atingir 18 anos adquire plena capacidade de exercício de direitos,
rege livremente a sua pessoa e dos seus bens.
132.º- incapacidade pode terminar antes dos 18 por via de emancipação pelo
casamento, a partir dos 16 (1601.º) se for consentido pelos pais.
Sem consentimento deles- 1649.º- Artigo1649º-o menor não precisa de autorização
dos pais para se casar mas continua a ser considerado menor quanto a 2 tipos de bens:
aos que tenha desde solteiro e levado para o casamento e quanto aos bens que possa
vir a receber(podendo ser herdados ou por doação). Se casamento autorizado, tal não
acontece passam a adulto
 Suprimento da incapacidade dos menores:
- representação- poder-paternal – poder-dever- 1877.º e 1878./1/2 e 1880.º- são
responsabilidades paternais que assistem a ambos os pais, a exercer de comum
acordo- 1901.º e 1902.º, controlar iniciativas dos pais – tribunal – 1901.º. Divórcio:
1906.º
- tutela- 1921.º Exercida por conjunto de órgãos (tutor, protutor, e Conselho de família
– 2 vogais que são protutores e MP), sob vigilância de Tribunal de Menores (MP).
Cargos obrigatórios.
Poderes análogos aos dos pais – 1935.º, mas mais restritos – a autorizar por tribunal
Designação: pelos pais ou por Acão pp – 1928.º e 1931.º
Regime de Administração de bens – coexiste com TUTELA ou PODER PATERNAL
(qd excluídos ou inibidos) Mm poderes do Tutor: representa o menor em atos que
incidam sobre os bens dos menores.
-administração de bens – coexiste com representação ou tutela)
 Valor dos seus atos: anulabilidade- 125.º
Ex: Pais podem vender laranjas do laranjal, mas não o laranjal sem autorização do tribunal,
a menos que este confirme o ato – 1889 e 1892.º - 1893.º, n.º1 e 1894.º
2. Maior acompanhado
Interdição- Artigo 138.º- Aplica-se a maiores que por anomalias psíquicas, surdez ou
mudez ou cegueira se mostrem incapazes de governar as suas pessoas e bens. Tem de
afetara capacidade de entender e Tribunal tem de emitir uma sentença que declare a
pessoa como interdita.
O acompanhamento é uma medida judiciária.
É necessário que alguém coloque a ação em Tribunal ou então o Ministério
Público(que tome conhecimento de certos casos de pessoas idosas ou isoladas por
queixas de outras) As medidas de acompanhamento podem também ser requeridas
pelo Ministério Público, pelo cônjuge, pelo unido de facto ou por qualquer parente
sucessível da pessoa que carece daquelas medidas. 143.º e 144.º 153.º
 Qualquer adulto pode escolher antecipadamente o seu “acompanhante” e essa
vontade deve ser respeitada- 156.º CC
 Suprimento: Este caso é suprido através da representação legal, ou seja, o Tribunal
nomeia alguém que haja em nome do interdito. Pode ser levantada caso a
incapacidade seja ultrapassada e este se voltar a mostrar capaz.
Âmbito:
 Acompanhamento limitado ao mínimo indispensável.
 Em função de cada caso, pode o tribunal atribuir ao acompanhante as funções
associadas aos seguintes regimes:
 o exercício das responsabilidades parentais ou dos meios de as suprir;
 representação geral ou especial com indicação expressa das categorias de atos para
que seja necessária;
 administração total ou parcial de bens;
 autorização prévia para a prática de determinados atos e intervenções de outro
tipo, que estejam devidamente explicitadas.
 Atos de disposição de bens imóveis carecem sempre de autorização judicial
 O internamento idem – 148.º CC.
 VER 153.º e 156.º NOVO DO CC

 O acompanhado pode exercer de forma livre o exercício dos seus direitos


pessoais e a celebração de negócios da sua vida corrente, a não ser que haja uma
disposição da lei ou decisão judicial em contrário.
 Dtos pessoais: designadamente, testar, casar ou de constituir situações de
união, procriar, perfilhar ou adotar, educar os filhos ou adotados, escolher
profissão, fixar domicílio e residência e estabelecer relações com quem
entender.

 O internamento do maior acompanhado fica dependente de


autorização judicial. Ao acompanhado, no caso de a sentença dispor nesse
sentido, encontra-se vedada a outorga de testamento. É-lhe ainda vedado
o direito de recorrer a técnicas de procriação medicamente assistida
 atos praticados com desconformidade são anuláveis, quando posteriores ao registo do
acompanhamento, ou depois de anunciado o início do processo desde que haja
decisão final nesse sentido e os atos sejam prejudiciais ao acompanhado.
 O tribunal deve rever as medidas de acordo com a periodicidade que
constar da sentença, no mínimo, de 5 em 5 anos.
Inabilitação- Também sofrem incapacidades físicas ou psíquicas, mas não tão grave como
na interdição, ou seja, é uma incapacidade menos profunda. Não é nomeado um tutor mas
sim um curador, este age ao lado do inabilitado. A pessoa pode praticar os atos desde que
o outro concorde. Para vender tem de ser autorizado pelo curador.
 A quem se aplica? (artigo152º)
- Novamente pessoas com inabilidades físicas ou psíquicas (mas não tão graves)
- Deficiências de caráter (abuso de substâncias ilegais)
- Pessoas prodígio, isto é, aquele que gasta de forma irracional ou descontrolada.
O Tribunal é que avalia se o caso se trata de uma interdição ou inabilitação. No
caso de Inabilitação, nomeia um assistente, ou seja, a pessoa pode dar a cara mas
precisa de autorização.

 o tribunal, depois de analisar todos os elementos que foram levados ao processo e com o
auxílio de informação médica, decide os atos que a pessoa – o acompanhado – pode e
deve continuar a praticar livremente e aqueles que, para sua proteção, devem ser
praticados por ou com o auxílio de outra pessoa – o acompanhante. Há, porém,
certos atos que o acompanhante só poderá praticar depois de obter autorização do
tribunal.

 Trata-se, pois, de um novo regime jurídico, em vigor desde o dia 10 de fevereiro de 2019,
que tem necessariamente de ser decidido por um juiz e que vai substituir as interdições e
inabilitações.

3. Incapacidades conjugais
 artigos 1682.º, 1682.º-A, 1682.º-B e 1683.º)Capacidade de dispor dos bens do
casal. O casamento acarreta certas proibições a ambos os cônjuges.
Entre cônjuges, um deles não pode arrendar a casa de família, a menos que tenha
autorização do outro. O regime protege a família. Mesmo que seja o regime de
separação de bens, nem hum dos dois pode vender ou arrendar a casa de família.
A ratio legis é proteger a família.
 SUPRIMENTO: CONSENTIMENTO do outro - ASSISTÊNCIA: 1682.º/1 e 3; 1682.º - A
e 1682.ºB.
 Sanções: ANULABILIDADE - pelo cônjuge (herdeiros) que não consentiu nos 6
meses após o conhecimento do ato, e até 3 anos após a sua celebração: 1687.º

4. Incapacidade acidental
 Por alguma razão, a pessoa está em incapacidade momentânea (álcool, drogas) que
afetam a sua capacidade de entender o que está a fazer/dizer. Casos em que a declaração
negocial é feita por quem devido a qualquer causa se encontrar acidentalmente
incapacitado de entender o sentido dela ou não tiver o livre exercício da vontade
Artigo257º-Requisitos para anular as ações:
-Se a pessoa não estiver consciente do que diz/faz (momentaneamente)
-Se esta incapacidade for notória para o outro ou se este tiver conhecimento (São necessárias
ambas)
 Não há forma de esta ser suprida pois é uma situação momentânea e tem de ser o próprio
a mais tarde resolver o problema. A anulação só pode ser feita através de uma ação em
Tribunal.
 Anulável dd que facto seja notório ou conhecido da outra parte – 287.º
 Sanável mediante confirmação – 288.º
 Logo, o negócio é válido, apesar de viciado, produzindo os efeitos a que se destina se não
for anulado pelas pessoas com legitimidade para o efeito

Valor dos negócios dos incapazes


 Incapacidade de gozo: nulidade (forma mais grave de invalidade). 288º e 289.º
Ex: vícios de forma, de objeto, de falta de vontade, contrariedade àlei.

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