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APOSTILA 7

Teoria Geral da relação Juridica


Relação jurídica é uma relação da vida social regulada pelo Direito, e que consiste na atribuição a
um sujeito de um direito subjectivo e na adstrição de outro sujeito a uma vinculação jurídica – Prof.
Doutor João de Castro Mendes. Assim sendo, para que estejamos perante a uma relação jurídica é
necessário a existência de duas ou mais pessoas que se encontram em situação na qual a lei atribui
entre elas poderes e deveres e o objecto da relação deve estar previsto num modelo jurídico.

Exemplos de relações jurídicas (casamento, filiação, fornecedor e consumidor, sucessões etc.).

Elementos da Relacao Juridica


 Sujeito
 Objecto
 Facto
 Garantia

Objecto
O objecto da relação jurídica é o elemento sobre qual a relação jurídica se constitui, e sobre o qual
recai tanto a existência do credor como a obrigação do devedor. Este objecto deve ser legalmente
possível, isto é, não contrário a lei conforme os artigos 280 e 294 ambos do código civil. O objecto
da relação jurídica pode ser imediato e ou mediato.

Objecto imediato: é a própria prestação ( de dar, fazer, ou de não fazer, restituir, etc.), formando
assim o direito subjectivo e a vinculação dos sujeitos da relação.

Objecto mediato: este refere-se aos bens jurídicos ou seja as coisas, bens materiais e imateriais, ex:
casa, carro, livro (bens meteriais) e, direitos de autor, patente, marcas (bens imateriais).

Facto juridico
Os factos jurídicos são os que dão origem a constituição duma relação jurídica. Os factos podem ser
constitutivos, modificativos e extintivos. Ex: nascimento ou morte de uma pessoa humana ou
pessoa juridica, casamento, paternidade/maetrnidade, um contrato de trabalho, etc. São factos
juridicos porque a ocorrencia destes origina um conjunto de direitos e deveres para as pessoas
envolvidas.

Garantia
A garantia é composta por um conjunto de providencias coercivas (de caracter obrigatorio)de que o
direito dispõe para a tutela dos sujeitos intervenientes na relação jurídica.

Os sujeitos
Os Sujeitos de Direito ou pessoas jurídicas, são os entes (pessoas) susceptíveis de serem titulares de
direitos e obrigações, sujeitos de relações jurídicas. A nossa ordem jurídica consagra ( reconhece )
dois tipos de pessoas de direito ( sujeitos de direitos), consoante se trate de indivíduos ou
instituições ou organismo, nomeadamente:
a) Pessoas singulares

b) Pessoas Colectivas

Por sua vez os sujeitos de direitos subdividem-se em:

Sujeito Activo: aquele que esta na posição de beneficiário, titular de direito e que pode exigir numa
relação jurídica ( poder ). Ex: no contrato de trabalho, o trebalhador é sujeito activo quando exige o
salario ao empregador e, o empregador e sujeito activo quando exige que o trabalhador execute o
trabalho que lhe cabe.

Sujeito Passivo: aquele que esta na posição de obrigado, devedor ( dever). Ex: O trabalhador tem o
dever de executar o trabalho para ter o salario e, o empregador tem o dever de pagar o salario ao
trabalhador pelo trabalho que prestou.

Para que as pessoas (fisicas ou juridicas) possam ser sujeitos de relacoes juridicas, precisam ter a
personalidade juridica.

Personalidade juridica – conjunto de direitos e deveres que uma pessoas adquire no momento de
nascimento completo e com vida (pessoa fisica, humana) ou no momento da sua constituicao
(pessoa juridica, empresas, instituicoes…).

Inicio da personalidade juridica

A personalidade jurídica traduz-se precisamente na susceptibilidade de ser titular de direitos e se


estar vinculado à direitos e obrigações. A personalidade jurídica é inerente a todos os seres
humanos e adquire-se no momento de nascimento completo e com vida , conforme o preceituado
no nº 1 do artigo 66 CC.

Capacidade juridica

Fala-se de Capacidade Jurídica para exprimir a aptidão para ser titular de um círculo, com mais ou
menos restrições, de relações jurídicas – pode por isso ter-se uma medida maior ou menor de
capacidade, segundo certas condições ou situações, sendo-se sempre pessoa, seja qual for a medida
da capacidade.

Capacidade juridica é a medida de direitos e vinculações de que uma pessoa é susceptível,o artigo.
67º do código civil estabelece que “as pessoas podem ser sujeitos de quaisquer relações jurídicas,
salvo disposição legal em contrário: nisto consiste a sua Capacidade Jurídica”.

A doutrina aponta dois tipos de capacidade Jurídica:

 Capacidade de gozo
 Capacidade de Exercício

Capacidade de Gozo - é a medida de direitos e vinculações de que uma pessoa pode ser titular, art.
67 CC e esta é inerente à personalidade Jurídica.

Capacidade de Exercício, consiste na medida de direitos e de vinculações que uma pessoa pode
exercer por si só pessoal e livremente.
Em principio todas as pessoas singulares, ao atingirem a maioridade (21 anos de idade), adquirem
capacidade de exercício, que resulta do preceituado nos artigos 130 CC ( efeitos de maioridade) e
art. 133 CC ( efeitos de emancipação ).

A diferença entre as duas capacidades reside no facto de na Capacidade de Gozo, basta ser humano
para ter a capacidade de gozo, na Capacidade de Exercício é necessario averiguar em que medida
certa pessoa pode exercer os direitos ou cumprir as obrigações que na verdade lhe podem caber
enquanto sujeito. Pois, pode haver Capacidade de Gozo e não haver Capacidade de Exercício (por
falta de idade necessaria para o exercicio de direitos).

Quanto as Pessoas juridicas ou Colectivas, art. 160/1 CC ao contrario do que acontece com as
pessoas singulares, a capacidade de exercício/gozo de pessoas colectivas é uma capacidade
específica, pois está limitada aos direitos e vinculações adequadas à prossecução dos fins comuns
pelos quais se constituíram, isto é, para estas pessoas, a capacidade de gozo e de exercicio, limita-
se aos direitos e deveres necessarios para proseseguirem o objecto para o qual foram constituidas,
ex: se a empresa foi constituida para fabricar e vender pão, só pode ter capacidade de gozo e de
exercicio dentro da actividade de fabricar e vender o pão.

Existem situacoes que podem levar os sujeitos a terem falta de capacidade juridica de exercicio –
são as Incapacidades Juridicas.

Incapacidades juridicas
A lei reconhece algumas situações excepcionais no exercício dos direitos e obrigações, pois, pode
suceder uma pessoa ser titular de direitos, isto é, a pessoa pode ter capacidade de gozo, e não os
poder exercer, por lhe faltar a necessária idoneidade para poder actuar juridicamente, ou seja, a
necessária capacidade de exercício de direitos.

O incapaz, é a pessoa que sofre de incapacidade genérica ou de incapacidade específica que abranja
um número significativo de direitos e vinculações no campo pessoal ou patrimonial. A legitimidade,
é a susceptibilidade de certa pessoa exercer um direito ou cumprir uma vinculação, resultante de
uma relação existente entre essa pessoa e o direito ou vinculação. Para o prof. Castro Mendes, é a
susceptibilidade ou insusceptibilidade de uma certa pessoa exercer um direito ou cumprir uma
vinculação, resultante não das qualidades ou situações jurídicas da pessoa, mas das relações entre
ela e o direito ou obrigações em causa.

A esfera jurídica: É o conjunto de direitos e vinculações que certa pessoa está adstrita (ligada) em
determinado momento. Comporta dois hemisférios distintos: o patrimonial e o não patrimonial ou
pessoal. Património: É tudo aquilo que se mostra susceptível de ser avaliado em dinheiro (bens).

O hemisfério patrimonial da esfera jurídica, é o conjunto de direitos e vinculações pertencentes a


certa pessoa em determinado momento e que é susceptível de avaliação em dinheiro.

O hemisfério não patrimonial da esfera jurídica, é constituído pelos demais direitos e vinculações
(obrigacoes) do sujeito.

Assim, a incapacidade jurídica é a medida de direitos e vinculações de que uma pessoa não é
susceptível de exercer. Há pessoas que são titulares da Capacidade de Gozo, mas não de exercício .
Pode-se ter Capacidade de Gozo genérica e não ter uma Capacidade de Exercício genérica.

A Incapacidade de Gozo reporta-se à titularidade de direitos e vinculações de que uma pessoa não
pode gozar. Neste campo não é possível suprir.
Na Incapacidade de Exercício está em causa a impossibilidade de certa pessoa que é titular de um
determinado direito, exercê-lo pessoalmente. No entanto, já é possível a outra pessoa que venha a
exercer esse mesmo direito em conjunto com o incapaz, ou em substituição deste. A isto chama-se
suprimento da incapacidade de Exercício, pode ser atraves dos pais, tutor, procurador…

Tipos de incapacidade jurica de exercicios


 Menoridade ( art. 122 e 123 )
 Interdição ( art. 138 a 151 )
 Inabilitação ( art. 152 a 155 )
 Incapacidade acidental ( art. 257)

A incapacidade por menoridade


São menores todas as pessoas que nascem, até completarem 21 anos de idade (122.º do Código
Civil).

Segundo o artigo 123.º do Código Civil, os menores carecem, em princípio da capacidade de


exercício.

A maturidade de uma pessoa se adquire gradualmente e não de um momento para o outro, e é


alcançada por cada pessoa em tempos diferentes. Na impraticabilidade de averiguar caso a caso e
pessoa a pessoa o grau de maturidade exigível e porque se tornava necessário fixar uma idade que
de acordo com padrões de normalidade correspondesse a um grau de maturidade suficiente. O
legislador fixou o limite de 21 anos, momento a partir do qual o indivíduo adquire capacidade de
exercicio, veja o artigo 30 CC.

O artigo 123 do Código Civil é muito claro ao estabelecer a regra geral da incapacidade genérica de
exercício em relação aos menores. Admite, com tudo, excepções quando inclui a expressão: “ salvo
disposição em contrario. Essas excepções estão previstas nas seguintes situações:

São excepções ao regime geral de incapacidade dos menores, ou, excepcionalmente os menores de
21 anos deixam de ser incapazes nestas situacoes:

 Aos sete anos, segundo o artigo 488, nº 2 do Código Civil, cessa a presunção de
inimputabilidade do menor;
 O artigo 396 LF(Lei da Familia) prevê o consentimento do menor de doze anos para a sua
adopção;
 O artigo 309 nº 2 LF impõe que o filho maior de doze anos de idade seja ouvido quando haja
desacordo entre os pais quanto a questões importantes em matéria de poder paternal, “
salvo quando circunstâncias ponderosas o desacolhem”;
 Cessa(termina) a sua inimputabilidade penal (isencao para não responder por um crime que
cometeu), aos 16 anos ( artigo 69 do Código Penal);
 Ainda no caso do artigo 127, nº 1, alínea a), para actos de administração e deposição dos
bens que tenha adquirido pelo seu trabalho.

Particularmente interessante neste tema, é o preceito da alínea b) do nº 1 artigo 127 do Código Civil
que reconhece as capacidades, independente da idade, para a pratica dos “ negócios jurídicos
próprios da vida corrente do menor que, estando ao alcance da sua capacidade natural, só implique
despesas ou disposições de bens de pequena importância”.

Este preceito institui um regime que, com uma elasticidade muito grande, reconhece capacidade ao
menor para a pratica dos actos que estejam ao alcance da sua capacidade natural. Numa orientação
divergente da padronização do reconhecimento da capacidade aos vinte e um anos, faz a
capacidade civil depender não de uma idade pré-fixada, mas sim da capacidade natural de cada um.
Este regime não é geral e a lei restringe-o aos negócios próprios da vida corrente do menor que só
impliquem despesas ou disposições de bens de pequena importância.

O que seja a capacidade natural do menor o que sejam negócios próprios da sua vida corrente e o
que sejam despesas e disposição de pequena importância são conceitos indeterminados. A
concretização destes conceitos é muito elástica e depende da idade e da maturidade, assim como o
limite do valor dos actos que se podem considerar de pequena importância não é fixo e aumenta
com a idade e a maturidade do menor, com a dimensão da sua fortuna e a importância dos negócios
em que esteja envolvido.

No artigo 127, do Código Civil excepciona expressamente a regra geral da incapacidade de


exercícios, três categorias de actos do menor.

- Os actos de administração ou de disposição de bens que o menor tenha adquirido pelo seu
trabalho;

- Os negócios jurídicos próprios da vida corrente do menor que, estando ao alcance da sua
capacidade natural, só impliquem despesas, ou disposições de bens, de pequena importância; e

- Os negócios jurídicos relativos a profissão, arte ou oficio, que o menor tenha sido autorizado ao
exercer ou os praticados no exercício dessa profissão, arte ou oficio.

No nº2 do mesmo artigo é limitada aos bens de que o menor tenha livre disposição a
responsabilidade pelos actos relativos a profissão, arte ou oficio e pelos actos praticados no seu
exercício.

Ao recorrer amplamente a conceitos indeterminados na redacção do artigo 127, o Código vem dar
as excepções que consagra, uma grande amplitude e elasticidade.

No que respeita a alínea a), há que ter em atenção que o menor pode trabalhar em principio, desde
os dezasseis anos, embora o possa fazer, em casos especiais desde os doze anos LT. Com o produto
do seu trabalho pode adquirir bens com alguma importância, para cuja administração e disposição
lhe é conferida capacidade.

A alínea b), da qual se falou já atrás, faz coincidir a capacidade de exercício com a capacidade
natural. Reconhece-se, assim, ao menor capacidade para os actos que estejam ao alcance da sua
maturidade, discernimento e experiência. Este regime é limitado aos actos próprios da vida corrente
do menor. Nesta limitação a lei não se refere a vida corrente de um tipo de menor, mas antes a vida
corrente do menor concreto cujos os actos em questão. A limitação de que sejam patrimonialmente
de pequena importância não remete também para um conceito objectivo mas antes para algo de
relativo, para valores que sejam de pequena importância em relação ao estatuto e a vida económica
do menor. Note-se que se o ato estiver, ao alcance da capacidade natural do menor não haverá
muita razão para a lei se preocupar com a sua protecção em concreto.

Finalmente, alínea c) abrange todos os actos relativos a profissão, arte ou oficio que o menor seja
autorizado a exercer ou praticados no seu exercício. Este preceito significa que na autorização para o
menor exercer uma profissão está em implícita a atribuição de capacidade de exercício para os actos
respectivos. Não seria verdadeiramente possível ao menor exercer uma profissão sob representação
dos seus pais ou legais representantes. Com cautela a lei limita aos bens de que o menor tenha livre
disponibilidade a responsabilidade pelos actos relativos a profissão arte ou oficio.

Portanto, apesar da incapacidade geral de exercício de que sofre, os menores têm algumas
capacidades concretas de exercício, conforme situações atrás referidas. O menor só poderá actuar
juridicamente quando cessar a sua incapacidade, antes disso, será substituído pelo seu
representante legal. Caso o menor pratique qualquer acto jurídico será nulo nos termos do art.
125CC.

Consequencias dos actos praticados pelos incapazes


Os negócios jurídicos praticados pelo menor contrariamente à proibição em que se cifra a
incapacidade estão feridos de anulabilidade nos termos do ( art. 125 CC).

Os Meios de Suprimento de Incapacidades dos Menores


São os meios de actuação estabelecidos pelo Direito, tendo em vista o efectivo exercício dos direitos
e o cumprimento das obrigações do incapaz. Implicam sempre a intervenção de terceiros. Existem
as seguintes formas de suprimento: a representação, ( poder parental e tutela), família de
acolhimento e a emancipação.

Representação:
Há representação quando o incapaz não é admitido a exercer os seus direitos pessoalmente por
força da lei, e para suprir a sua incapacidade tem de aparecer outra pessoa que actue em seu lugar.
(art. 124 e 258 CC, efeitos de representação). Os actos praticados por esta outra pessoa são actos
juridicamente, tidos pelo Direito como se fossem praticados pelo próprio incapaz.

São formas de representação:

 Poder paternal art. 283 a 329 lei da familia


 Tutela ( tutor ) art. 330 a 380 ambos da Lei da Família,

O poder parental
O conteúdo está regulado no artigo 284 da Lei 10/2004, de 25 de Agosto, Lei da Família. Este direito
respeita a diversos planos ( pessoal e patrimonial).

 Plano Pessoal – ( artigo 284 nº1 LF) deve zelar pela segurança dos filhos, orientar a
educação dos filhos;
 Plano patrimonial _ abrange o poder geral de representação dos filhos ( art. 284 nº 2 e
287 LF)., o dever da administração geral dos bens dos filhos ( art. 286 LF), o dever de
sustentar os filhos.

O poder parental pertence aos pais ( mãe e o pai ), não distingue a lei, poderes especiais de um ou
do outro existe o principio de igualdade dos progenitores ( art. 309 LF e art. 35 e 36 CRM) .
Extinção do poder parental
Quando morre um dos progenitores, o poder parental concentra-se no cônjuge sobrevivo. O poder
parental só se extingue com a morte dos dois progenitores. Quando ocorre o divorcio, neste caso a
titularidade do poder parental não é afastado, continua a ser de ambos cônjuges.

A atribuição do poder parental há-de seguir certas regras.

O poder parental pode ser regulado por mutuo acordo dos progenitores. Homologado pelo Tribunal,
tem de ser feito tendo em consideração os interesses do menor. O menor pode ficar à guarda de
um dos cônjuges, de uma terceira pessoa ou de uma entidade/ instituição de educação ou
assistência.

Tutela
A Tutela é o meio subsidiário ou sucedâneo de suprir a incapacidade do menor nos casos em que o
poder parental não pode em absoluto ser exercido. Portanto, é o meio normal de suprimento do
poder parental. A tutela deve ser instaurada sempre que se verifique algumas das situações
previstas no artigo 331 LF. Aqui encontramos a figura de tutor, protutor, o conselho de família e
como órgão de controlo e vigilância , o Tribunal de menores.

Quando é que a tutela é instaurada?

O artigo 331 LF, regula a instituição da tutela.

O menor está obrigatoriamente sujeito à tutela nos seguintes casos:

 Em caso de morte dos pais;


 Os pais inibidos do poder parental quanto à regência da pessoa do filho;
 Estando os pais há mais de seis meses impedidos de facto de exercer o poder parental;
 Pais incógnitos.

A instituição de uma tutela depende sempre da decisão judicial, e o tribunal agir oficiosamente ou
não art. 334 LF.

Emancipação :
Pela emancipaçãoo menor, embora não deixe de o ser, adquire em principio capacidade genérica de
exercício, como se fosse maior art. 133, com excepção do artigo 136 CC.

 Por casamento: 18 anos, art. 30, família e excepcionalmente aos 16 anos , nº 2 do mesmo
artigo;
 Para exercer actividade empresarial : 18 anos art. 10 Código Comercial.
 Para celebração do contrato de trabalho: art. 23 a 27 da Lei de Nº 23/2007 Lei do Trabalho.

Incapacidade por Interdicao


Interdição: Esta incapacidade, a mais grave, resulta de determinadas deficiências psíquicas ou
físicas, possuídas por certas pessoas, que lhes afectam a vontade e normal discernimento para
poderem reger a sua própria vida e dispor livremente dos seus bens, tomar soluções, enfim, actuar
juridicamente, conforme estatui o artigo 138 CC. ” podem ser interditos do exercício dos seus
direitos todos aqueles, que por anomalia psíquica, surdez –mudez ou cegueira, se mostrem
incapazes de governar suas pessoas e bens”.

Formas de Suprir
A forma de suprir esta incapacidade é a representação legal.

O interdito tem um regime jurídico semelhante ao menor, quer quanto ao valor dos actos
praticados, quer quanto aos meios de suprir a sua incapacidade, exceptuando-se a emancipação.

Para alguém ser considerado interdito, é necessário que a sua incapacidade seja declarada por
sentença judicial

Incapacidade por Inabilitacao


Inabilitação: os motivos que determinam a inabilitação são os mesmos da interdição, mas revestidos
de menor gravidade, a que se juntam ainda certos modos habituais de comportamento, como a
prodigalidade, o abuso de bebidas alcoólicas ou estupefacientes art. 152 CC.

A inabilitação, tal como interdição resulta igualmente de uma sentença judicial proferida no termo
de uma acção interposta para este fim.

Formas de Suprir
O meio de suprimento de incapacidade por inabilitação é a assistência conforme o art. 153CC.

Assistência ( Curador ): situações em que certas pessoas são admitidas a exercer livremente os seus
direitos. Nestes casos, o incapaz, pode exigir mas não sozinho. Ou seja, o suprimento da
incapacidade impõe única e simplesmente que outra pessoa actue juntamente com o incapaz. Para
que os actos sejam válidos, é necessário que haja um concurso de vontade do incapaz e do
assistente.

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