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(I)MULTABILIDADE DA COISA

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JULGADA
Prof. Dr. Rennan Thamay.
Pós-Doutor pela Universidade de Lisboa. Doutor em Direito pela PUC/RS e
Università degli Studi di Pavia. Mestre em Direito pela UNISINOS e pela
PUC Minas. Especialista em Direito pela UFRGS. Professor Titular do
programa de graduação e pós-graduação (Doutorado, Mestrado e
Especialização) da FADISP. Professor da pós-graduação (lato sensu) da
PUC/SP, do Mackenzie e da EPD - Escola Paulista de Direito. Professor
Titular do Estratégia Concursos e do UNASP. Foi Professor assistente
(visitante) do programa de graduação da USP e Professor do programa de
graduação e pós-graduação (lato sensu) da PUC/RS. Advogado, árbitro,
mediador, consultor jurídico e parecerista.
TÓPICOS
1. Estabilidade das decisões
judiciais
2. Coisa Julgada e Imutabilidade
3. Coisa julgada e
Normatividade
4. Coisa Julgada no Processo
Subjetivo - STF
TÓPICOS
5. Coisa Julgada no Processo
Objetivo - STF
6. Flexibilização da coisa
julgada?
7. Desestabilidade das
decisões judiciais
8. Há coisa julgada em matéria
Tributária?
ESTABILIDADE
DAS
DECISÕES
JUDICIAIS
SEGURANÇA A coisa julgada compreende a segurança jurídica daquilo
que restou decidido, após o transito em julgado da decisão.

JURÍDICA A coisa julgada, no entanto, nem sempre será absoluta ou


totalmente estável, a depender da sua estrutura e ao
modelo de processo (natureza subjetiva e objetiva da lide).
Coisa Julgada
ESTABILIDADE
DAS Preclusão

DECISÕES Transito em julgado

JUDICIAIS Prescrição
MECANISMOS DA
ESTABILIDADE
Decadência
COISA
JULGADA E
IMUTABILIDAD
E
Formação da Coisa julgada - Tríplice Identidade - Partes,
Causa de Pedir e pedidos.

O que é Coisa Julgada?

"se traduz em imutabilidade do comando decisório da


decisão de mérito, sendo efetivamente a res iudicata
substancial, ou seja, a coisa julgada material."
COISA
JULGADA E
IMUTABILIDAD
E
Coisa Julgada Material x Formal

A verdadeira res judicata: é aquela que torna imutável (e,


consequentemente, indiscutível) o conteúdo de uma
decisão de mérito e não de seus efeitos, pois pode-se
renunciar a um direito declarado em decisão de mérito e,
assim agindo, afastam-se os efeitos da decisão, sem
modificar o seu conteúdo. A res iudicata é, portanto, a
coisa julgada substancial.
COISA
JULGADA E
IMUTABILIDAD
E
Limites da Coisa Julgada?

1. Objetivos - ligados às matérias analisadas no mérito


2. Subjetivos - está ligada aos sujeitos da lide.
3. Temporais - Definir o tempo da coisa julgada
4. Territoriais - Controvérsia Teórica - A ideia de limites da
jurisdição do órgão decisor.
Coisa Julgada no CPC/15

COISA JULGADA E
NORMATIVIDADE Preclusão e coisa julgada (Art. 507)

A coisa julgada e a eficácia preclusiva


(Art. 508)
Coisa Julgada no CPC/15

Definição de Coisa Julgada - Art. 502.


COISA JULGADA E
NORMATIVIDADE A contemporânea Compreensão do
Limite Objetivo - Art. 503.

Aspectos Decisórios que não fazem


coisa julgada - Art. 504

A contemporânea compreensão do limite


temporal da coisa julgada - Art. 505

A contemporânea compreensão dos


limites subjetivos da coisa julgada. - Art.
506
COISA JULGADA E Preclusão e coisa julgada:

NORMATIVIDADE " Essa eficácia preclusiva da coisa


julgada deve ser considerada,
observando-se, portanto, que
modalidade de eficácia preclusiva terá
a res iudicata , pois pode ser temporal,
consumativa ou lógica, separada ou
conjuntamente. A preclusão
caracteriza-se pela impossibilidade de
realização de determinado ato
processual como, por exemplo, o de
recorrer ou realizar diligência forense
que tenha prazo fatal determinado e
que, por conseguinte, não comporte
superação do prazo determinado pela
norma processual ou, até mesmo, pelo
juiz."
COISA JULGADA E Preclusão e eficácia preclusiva:

NORMATIVIDADE Assim, a eficácia preclusiva do Art. 508


do CPC/2015 é realmente invocável em
se tratando de fatos de idêntica
natureza, como no caso de se afirmar
literal violação de um e depois de outro
dispositivo legal.
De fato, se o réu se defendeu
unicamente arguindo a prescrição, não
pode, posteriormente, achando o
recibo assinado pelo autor, propor
ação de repetição de indébito fundada
no pagamento dúplice. Portanto,
rejeita-se a alegação de pagamento,
bem como a de prescrição.
COISA JULGADA E
PROCESSO SUBJETIVO O processo subjetivo é aquele que
tutela os interesses intersubjetivos de

- STF
cada cidadão, no qual o debate judicial
se desenvolve tendo como objetivo
final a prestação da tutela jurisdicional
ao cidadão, tomando por base o litígio
existente, servindo-se para, ao fim e ao
cabo, resolver questões individuais ou
coletivas de natureza intersubjetiva, ou
seja, que tenham, ao final, interesse ao
sujeito em relação a direito seu
ameaçado ou violado.
COISA JULGADA E Controle Difuso de Constitucionalidade

PROCESSO SUBJETIVO "Nesse modelo de controle difuso,

- STF
típico modelo de processo subjetivo,
percebe-se que os efeitos da
declaração são retroativos, tornando
nulos todos os atos praticados após o
advento da norma, pois, sendo esta
inconstitucional, acaba por ser como
se nunca houvesse existido de fato no
mundo jurídico e, por natural,
merecendo a pena de nulidade"
COISA JULGADA E Da Formação e Relativização da Coisa

PROCESSO SUBJETIVO Julgada

- STF
No processo subjetivo, a coisa julgada
ocorre entre as partes, como a própria
lei menciona. Vale asseverar que o
terceiro que tem interesse jurídico na
questão e não participou dessa
decisão judicial poderá, a qualquer
tempo, romper essa res iudicata
formada para, então, discutir suas
questões, pois a coisa julgada não o
atingiu, bastando que este sujeito
venha a se legitimar para obter a
possibilidade de discutir a questão já
decidida, da qual poderia ter
participado, mas não o fez.
COISA JULGADA E Situações de relativização.

PROCESSO SUBJETIVO STF - Exame de DNA.

- STF STF - Realização de nova perícia para


avaliação de terra desapropriada em
fase de execução.
COISA JULGADA E
PROCESSO OBJETIVO - Com efeito, o controle de
constitucionalidade pressupõe que a

STF constituição é a norma mais importante


de um país e, evidentemente em razão
disso, deve ter protegidos sua
supremacia e os direitos e garantias
dela decorrentes. Assim, controlar a
constitucionalidade é, pois, verificar a
adequabilidade de determinada lei ou
ato normativo para com a constituição,
especificamente em seus aspectos
formais e materiais.
COISA JULGADA E
PROCESSO OBJETIVO - De modo geral, evitando-se alongada
ponderação desnecessária, pode-se

STF dizer que o constitucionalista


português vislumbra a
inconstitucionalidade, em sua teoria
própria, a partir da
inconstitucionalidade das normas
constitucionais, inconstitucionalidade e
ilegalidade, inconstitucionalidade e
hierarquia, bem como, por fim, a
inconstitucionalidade material e formal ,
considerando que os atos e normas
inconstitucionais devem ser
expungidas do ordenamento jurídico,
por sua efetiva incompatibilidade com a
norma máxima. - Tese de Jorge
Miranda.
COISA JULGADA E
PROCESSO OBJETIVO - Em ambos os casos (Abstrato ou
Difuso), o Poder Judiciário exercerá o

STF controle da constitucionalidade,


assegurando força normativa à
Constituição. Em nosso país o controle
é, portanto, Judicial (muito embora no
caso brasileiro, como visto, admita
controle preventivo político), sendo
esse ocorrente na via difusa ou ainda
concentrada, podendo ambos restar
combinados.
COISA JULGADA E PROCESSO OBJETIVO - STF

Controle Difuso -

No controle judicial difuso, os tribunais e juízes


exercem o poder/dever de, na prestação jurisdicional,
mencionar e declarar ser ou não constitucional uma
norma ou ato normativo, desde que provocados para
tanto. Assim, no controle difuso, destaque-se que a
competência para fiscalizar a constitucionalidade é,
com efeito, reconhecida a qualquer juiz, desde que
chamado a fazer a aplicação de uma determinada lei a
um caso concreto 79 . Portanto, o juiz dirá sobre a
constitucionalidade ou não em uma ação 80 que não
seja especificamente voltada à declaração de
constitucionalidade, mas que incidentalmente busque
essa declaração de (in)constitucionalidade naquele
caso concreto. Esse controle também é conhecido
como controle judicial incidental.
COISA JULGADA E PROCESSO OBJETIVO - STF

Controle Abstrato

O controle concentrado, abstrato, por via de ação,


visa a retirar do sistema jurídico a lei ou ato normativo
em tese, ou em abstrato, tidos por inconstitucionais. De
fato, enquanto a via de exceção apenas subtrai alguém
dos efeitos de uma lei eivada de inconstitucionalidade,
a via de ação poderá expungir do ordenamento jurídico
a lei inconstitucional.
COISA JULGADA E PROCESSO OBJETIVO - STF

Controle Abstrato - Processo Objetivo

Com efeito, ao tratar do controle de


constitucionalidade abstrato estar-se-á frente a um
processo objetivo com características peculiares, visto
que sem partes e lide visa a discutir
(in)constitucionalidade de leis ou atos normativos, bem
como o descumprimento de preceito fundamental, em
total distinção do que ocorre no processo subjetivo.
COISA JULGADA E PROCESSO OBJETIVO - STF

A inexistência da coisa julgada em Controle Abstrato

Assim, de tudo isso, não existindo partes nas


demandas do controle abstrato, assim como por ser
adequado que não se fale em vinculação à Corte de
suas próprias decisões, pode-se tranquilamente
concluir que não haverá, em relação às decisões da
Corte, imutabilidade do conteúdo decisório, ou seja,
não haverá coisa julgada, pois esta sequer se formará.
Nesse caso, como já afirmado, por mais que seja a
coisa julgada mecanismo de estabilidade das decisões
judiciais, que se desenvolve no controle difuso, não se
desenvolverá no controle abstrato como mecanismo
de estabilidade por sua efetiva inocorrência.
FLEXIBILIZAÇÃO DA COISA JULGADA?

(Im)possibilidade da relativização da coisa julgada?

Buscando desconstruir e flexibilizar as decisões


equivocadamente tomadas que tenham prejudicado as
partes do processo e já tenham transitado em julgado,
vem a possibilidade de relativizar a coisa julgada, tanto
na via do processo subjetivo quanto na do objetivo,
sempre focando a pretendida correção do erro grave,
higidez constitucional e justiça. Dessa forma, para,
posteriormente, adentrar no ponto fulcral da
relativização da res iudicata no controle de
constitucionalidade objetivo, resta agora observar o
controle de constitucionalidade que facilitará o
“caminho” a ser percorrido adiante.
FLEXIBILIZAÇÃO DA COISA JULGADA?

Relativização da Coisa Julgada Inconstitucional

"(...) não haverá a formação de segurança jurídica se a


coisa julgada, que daria guarida à segurança jurídica, for
inconstitucional, quebrando a tese de que a segurança
jurídica se formaria e seria a pedra angular para a não
ocorrência da relativização da res iudicata ."
FLEXIBILIZAÇÃO DA COISA JULGADA?

Relativização da Coisa Julgada em decorrência de


Fraude e Conluio

Efetivamente, a coisa julgada formada sob essas


premissas maléficas não pode prosperar, pois
certamente será uma imutabilidade antijurídica e
inconstitucional que não é recepcionada pela
Constituição, abrindo margem à relativização, por
vezes, por meio de ação declaratória.
MATÉRIA TRIBUTÁRIA

(DES)ESTABILIDADE Estabelecerá premissas sobre a ação


rescisória e da declaração de
DAS DECISÕES inconstitucionalidade pelo Supremo
Tribunal Federal, tanto no controle
JUDICIAIS E O STF - difuso quanto no concentrado,
relacionando-a com os mecanismos

EM MATÉRIA da relativização da coisa julgada, a


saber, a ação rescisória, em especial,

TRIBUTÁRIA a estabelecida no Art. 525, §12º do


CPC, além de discutir sobre a
relativização da coisa julgada em
matéria tributária em ação declaratória
ESTABILIDADE E TRATO
SUCESSIVO

(DES)ESTABILIDADE Cumpre, nesse esteio, que a relação


tributária pode ser instantânea, como

DAS DECISÕES acontece no caso de venda eventual


de um imóvel, ou continuativa

JUDICIAIS E O STF - (sucessiva), como acontece com o


contribuinte do ICMS, por exemplo. No

EM MATÉRIA
segundo caso, o que nos importa, “o
fato tributável não é autônomo, no
sentido de que, embora produza,
TRIBUTÁRIA isoladamente, o efeito de criar a
obrigação tributária, ele se insere em
um conjunto de outros fatos
relevantes para a composição da
relação jurídica fisco-contribuinte”
ESTABILIDADE E TRATO
SUCESSIVO

(DES)ESTABILIDADE É, pois, que o Supremo Tribunal


Federal, no âmbito do controle direto
DAS DECISÕES de constitucionalidade, distingue duas
espécies de eficácia, a normativa e a
JUDICIAIS E O STF - executiva, em razão das
consequências que operam em face

EM MATÉRIA das situações concretas. A que nos


importa, a eficácia normativa, que

TRIBUTÁRIA opera ex tunc , consiste no juízo de


validade ou invalidade da própria
norma questionada. Vale dizer, a
consequência é a de manter ou excluir
a referida norma do sistema de direito.
ESTABILIDADE E TRATO
SUCESSIVO - AÇÃO
RESCISÓRIA

(DES)ESTABILIDADE Fato é, é necessária “[...] a existência

DAS DECISÕES
da relativização da coisa julgada,
assim como a de outros institutos
jurídicos, para que o sistema seja
JUDICIAIS E O STF - balanceado e possa chegar ao fim
pretendido: a produção de justiça”49 .
EM MATÉRIA Isso porque, a “[...] Constituição não
protege ou resguarda ato nulo ou

TRIBUTÁRIA espúrio, praticado à sua revelia e com


sua inobservância. Inseguro estaria
qualquer jurisdicionado se o juiz
pudesse atuar contra a Constituição e
esta inconstitucionalidade ficasse
petrificada”
ESTABILIDADE E TRATO
SUCESSIVO - PRESCRIÇÃO
E RESCISÓRIA

Quem sabe aqui possa se afirmar, de


(DES)ESTABILIDADE fato, que “ dormientibus non sucurrit
ius ” (o direito não socorre aos que

DAS DECISÕES dormem), ainda mais se a prescrição


servia aos interesses de umas das

JUDICIAIS E O STF - partes que, de modo “sonolento”,


adormeceu no curso do processo

EM MATÉRIA matriz e nada referiu ou apresentou


em relação à prescrição que,

TRIBUTÁRIA
certamente, poderia ter lhe dado êxito
na causa e que, por nada ser dito ou
trazido a juízo, tornou-se, pela força
da coisa julgada, já não mais arguível
em eventual rescisória, com base em
fundamento não apreciado e sequer
conhecido por omissão da parte que
mais se beneficiaria
RESCISÓRIA APÓS
DECLARAÇÃO DE
INCONSTITUCIONALIDADE

(DES)ESTABILIDADE A decisão de mérito em controle de

DAS DECISÕES
constitucionalidade, em verdade, põe
termo a uma crise de existência,
possuindo, dessa feita, caráter
JUDICIAIS E O STF - eminentemente declaratório. Uma vez
que o vício da inconstitucionalidade,
EM MATÉRIA em regra, é congênito à lei, os efeitos
da decisão que a pronuncia retroagem

TRIBUTÁRIA ao momento de seu ingresso no


mundo jurídico. Todavia, atribuir efeito
ex tunc à decisão não induz admitir
que toda situação jurídica pretérita
seja, automaticamente,
desconstituída.
RELATIVIZAÇÃO POR
AÇÃO DECLARATÓRIA

(DES)ESTABILIDADE Nesse ponto, importa compreender o


que são vícios transrescisórios,

DAS DECISÕES suscetíveis de sujeitar a sentença à


provimento jurisdicional declaratório,

JUDICIAIS E O STF - especificamente destinado a


reconhecer a sua nulidade. Cumpre

EM MATÉRIA
que, na lição de José Maria Rosa
Tesheiner, “são vícios
correspondentes a pressupostos cuja
TRIBUTÁRIA falta autoriza a declaração da
inexistência ou ineficácia da sentença,
ou a decretação de sua nulidade,
ainda que decorrido o prazo para a
propositura da ação rescisória”
CONSEQUÊNCIAS

Nesse sentido, admitido a doutrina de

(DES)ESTABILIDADE relativização da coisa julgada, como


decorrência da colisão entre o direito

DAS DECISÕES fundamental à segurança jurídica e


direitos fundamentais eventualmente

JUDICIAIS E O STF - violados pela decisão rescindenda, é


importante que a ponderação não

EM MATÉRIA
deve servir como uma justificativa
para violação de direitos
fundamentais. Sim, deve servir como
TRIBUTÁRIA um instrumento de se alcançar uma
solução justa para o caso concreto.
Afinal, se indiscriminadamente puder
haver relativização, qual o real alcance
da segurança jurídica?
FIM DA COISA PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS

JULGADA NAS 1. Segurança Jurídica.


2. Legalidade (formal e material)
DECISÕES DO STF 3. Anualidade (anterioridade)
4. Irretroatividade
EM MATÉRIA 5. Igualdade tributária
6. Capacidade contributiva

TRIBUTÁRIA? 7. Vedação ao Confisco


TEMA 881 E 885 DO STF

Acerta o voto do Ministro


FIM DA COISA Lewandowski que indica a
flexibilização da coisa julgada, além

JULGADA NAS de quebrar a expectativa do


contribuinte em ter seu direito

DECISÕES DO STF respeitado, sobre os efeitos limitados,


para preservar a coisa julgada, dentro

EM MATÉRIA da jurisprudência do Supremo Tribunal


Federal, respaldado, inclusive, pela

TRIBUTÁRIA?
mudança de voto do Ministro Dias
Toffoli, reforçando, ainda, a ideia de
modulação de efeitos, inclusive,
vinculando à cobrança dos tributos
após o julgamento do tema 881 e 885.
MODULAÇÃO DE EFEITOS?

Com efeito, conceder o efeito ex tunc


a uma decisão não implica em
FIM DA COISA reconhecer que toda e qualquer
situação jurídica passada,

JULGADA NAS perfeitamente estabelecida, seja


automaticamente desfeita. É de se

DECISÕES DO STF diferenciar a eficácia normativa e a


executiva da sentença definitiva

EM MATÉRIA proferida no controle de


constitucionalidade, em que a

TRIBUTÁRIA?
sentença atinge a norma desde o seu
início (eficácia normativa), mas o efeito
vinculante começa a partir da decisão
que avalia a constitucionalidade, uma
vez que decorre diretamente dela
(eficácia executiva)
MODULAÇÃO DE EFEITOS?

Assimilados os efeitos previstos


FIM DA COISA constitucional e legalmente para as
decisões proferidas em controle de

JULGADA NAS constitucionalidade, os qualificados


como erga omnes e efeito

DECISÕES DO STF vinculante, é possível depreender que


compreendem os limites subjetivos da

EM MATÉRIA demanda, importantes para a


compressão daquilo que se pediu e

TRIBUTÁRIA?
será objeto de estabilização, diferente
do que ocorre no processo subjetivo,
situações em que esses limites serão
também referências para os limites da
coisa julgada.
MODULAÇÃO DE EFEITOS?

Efetivamente, em termos práticos,

FIM DA COISA por diversas circunstâncias fático-


jurídicas a declaração de nulidade da

JULGADA NAS
lei que vigorou, ainda que gravada
pelo vício da inconstitucionalidade,
pode acarretar diversos problemas.
DECISÕES DO STF Por exemplo, sendo declarada a
inconstitucionalidade de norma que
EM MATÉRIA regula relações jurídicas tributárias,
trabalhistas ou previdenciárias por

TRIBUTÁRIA? longo lapso temporal, a sua abrupta


retirada do ordenamento jurídico, com
reflexos retroativos, estremece
situações jurídicas consolidadas no
tempo.
SEGURANÇA JURÍDICA?

Por conseguinte, a decisão judicial


FIM DA COISA lotérica, aquela que não adota
padrões sólidos decisórios e, por

JULGADA NAS conseguinte, negam direitos


fundamentais, como o contraditório, é

DECISÕES DO STF um retrocesso no Estado de Direito.


Ela viola o princípio da igualdade

EM MATÉRIA perante a lei e não garante a justiça na


tomada de decisões. Impende que, a

TRIBUTÁRIA?
aleatoriedade na tomada de decisão
leva a decisões injustas e
inconsistentes, o que é
evidentemente prejudicial para o
sistema judiciário como um todo.
PROTEÇÃO DO
CONTRIBUINTE

Deve-se preservar a coisa julgada


FIM DA COISA individual até a declaração de
(in)constitucionalidade superveniente,
JULGADA NAS o que poderá ser muito bem
delineado por uma adequada

DECISÕES DO STF modulação de seus efeitos, pois o


que não se pode admitir, de forma

EM MATÉRIA alguma, é a automática


desconsideração da coisa julgada

TRIBUTÁRIA? estabelecida em favor do contribuinte,


que, para tanto, exige, naturalmente, a
propositura de ação rescisória e que,
claro, permitirá, caso haja rescisão, a
produção de efeitos a partir da
decisão que rescinde a coisa julgada.
VEDAÇÃO AO CONFISCO

FIM DA COISA Significa dizer, em linhas gerais, que o


Estado não pode fazer o que bem

JULGADA NAS entender, muito menos, instituir um


tributo que não esteja estabelecido

DECISÕES DO STF em Lei, pelo esculpir da Constituição


Federal, tanto em seu Art. 5º quanto

EM MATÉRIA no seu Art. 150, I, sob pena de


esvaziar a dignidade da pessoa

TRIBUTÁRIA?
humana e a vedação ao confisco, isto
é, da proteção do indivíduo de não
ser espoliado pela entidade Estatal de
maneira ilegítima, ilegal e arbitrária.
PERSPECTIVAS?

Diante do cenário apresentado, o


melhor caminho a ser seguido, ao

FIM DA COISA entendimento consolidado no


presente livro, diante do imbróglio

JULGADA NAS
doutrinário em volta do julgamento do
Tema 881 e 885 do Supremo Tribunal
Federal, é a solução trazida pelos
DECISÕES DO STF Ministros Edson Fachin, Dias Toffoli e
Luiz Fux, ao entender que a rescisão
EM MATÉRIA automática da coisa julgada tributária
, em decorrência direta da nulidade

TRIBUTÁRIA? da decisão judicial que aplica a lei


inconstitucional, traria um risco
sistêmico ao ordenamento jurídico
brasileiro, em especial, a segurança
jurídica em sua tridimensionalidade
(passado, presente e futuro).
PERSPECTIVAS?

Considerando as construções até aqui apresentadas e


observada a coisa julgada em favor do contribuinte que tenha
reconhecido em seu favor a inconstitucionalidade na espécie,
ocorrendo a ausência de prazo para a propositura da ação
rescisória, naturalmente a eficácia da decisão do Supremo
Tribunal Federal, pela constitucionalidade do referido tributo,
FIM DA COISA deverá servir de impeditivo para a continuidade da eficácia da

JULGADA NAS decisão com força de coisa julgada (efeito ex-nunc), todavia,
vedada, in totum, a aplicação retroativa (efeito ex-tunc),
DECISÕES DO tendo em vista a efetiva extinção do crédito tributário, ao
longo da sua permanência, exatamente assim como
STF EM MATÉRIA determina o art. 156, X do CTN.

TRIBUTÁRIA?

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