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Penal
Competência Criminal
da Justiça Federal I
Olá, aluno!
Bem-vindo ao estudo para o Exame de Ordem! Preparamos todo esse material para você
não só com muito carinho, mas também com muita métrica e especificidade, garantindo que
você terá em mãos um conteúdo direcionado e distribuído de forma inteligente.
Com esse material, você estudará diariamente, de modo que, ao final do curso, você
esteja apto a ser aprovado no Exame de Ordem, e que esta seja a sua última OAB. Sabemos
que é um grande desafio, mas quando falamos de aprovação, o CERS é o melhor. E, por isso,
vamos honrar nosso compromisso com vocês
Lembre-se de, após o estudo, realizar as questões que separamos para você. Você pode
ainda complementar seu estudo com a leitura da lei seca.
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DIREITO PROCESSUAL PENAL
1. Jurisdição e Competência
para decidir um determinado litígio segundo as regras legais existentes. Visa assegurar que as
normas de direito substancial incorporadas ao ordenamento jurídico efetivamente conduzam
aos resultados nelas previstos.
São critérios principais aqueles que informam a competência ratione personae, ratione
materiae e ratione loci. Renato Brasileiro, além desses três critérios, traz também a “competência
funcional” como critério de competência.
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• Ratione funcionae (personae): a importância aqui é "quem praticou o fato
delituoso". É relativa aos casos de foro por prerrogativa de função. A inobservância das regras
processuais de competência em razão da prerrogativa de função impõe a anulação de todo o
processo criminal.
• Ratione loci: refere-se ao lugar onde ocorreu a infração penal. Uma vez delimitada
a competência de Justiça, importa delimitarmos em qual comarca (no âmbito da Justiça Estadual)
ou subseção Judiciária (no âmbito da Justiça Federal) será processado e julgado o agente.
Importante dizer que as competências ratione personae e ratione materiae são absolutas,
já que as normas que as regem são de ordem pública. Logo, em regra, podem ser objeto de
deliberação judicial independentemente de provocação do interessado, em qualquer tempo e
grau de jurisdição, inclusive após o trânsito em julgado de decisão condenatória.
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Todavia, há a exceção da Súmula 160 do STF, aplicável tanto às nulidades absolutas
como às relativas, dispondo que é nulo o acórdão que reconhece, contra o réu, a nulidade não
arguida em recurso da acusação, ressalvados os casos de reexame necessário.
Súmula n.º 160, STF. É nula a decisão do Tribunal que acolhe, contra o réu,
nulidade não arguida no recurso da acusação, ressalvados os casos de recurso
de ofício.
Regra de competência criada com base no Regra de competência criada com base no
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A regra de competência absoluta não pode ser A regra de competência relativa pode ser
modificada, ou seja, é improrrogável ou modificada, ou seja, cuida-se de competência
Pode ser reconhecida ex officio pelo magistrado, Pode ser reconhecida ex officio pelo magistrado,
enquanto não esgotada sua jurisdição pela porém somente até o início da instrução
prolação da sentença. processual, em virtude da adoção do princípio da
identidade física do juiz (CPP, art. 399, § 2°). Não
se aplica ao processo penal a súmula n9 33 do
STJ.
Pode ser arguida por meio de exceção de Pode ser arguida por meio de exceção de
incompetência. Porém, como o magistrado pode incompetência. Porém, como o magistrado pode
conhecê-la de ofício, nada impede que a parte conhecê-la de ofício, nada impede que a parte
aborde a incompetência absoluta de outra forma. aborde a incompetência relativa de outra forma.
alterar uma regra de competência absoluta. competência, tornando competente para o caso
concreto juiz que não o seria sem elas. Nesse
sentido: art. 54 e ss. do novo CPC.
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Exemplos: ratione materiae, ratione funcionae e Exemplos: ratione loci, competência por
competência funcional. distribuição, competência por prevenção (súmula
A competência da Justiça Federal está disposta no Art. 109 da CF, muito embora
existam outras regras incorporadas a súmulas dos Tribunais, estabelecendo hipóteses específicas.
Trataremos aqui das hipóteses mais recorrentes em provas do Art. 109 da CF, que possuem
maior repercussão em matéria criminal (incisos IV, V, V-A, VI, VII, IX, XI).
Os crimes políticos são condutas que preenchem os requisitos previstos no art. 2.º da Lei
7.170/1983, a saber, tanto a motivação política e os objetivos do agente quanto a lesão real ou
potencial aos bens juridicamente tutelados. Dessa forma, pode-se dizer que compete à Justiça
Federal o processo e julgamento dos crimes contra a segurança nacional.
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Súmula n.º 42, STJ. Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar as
causas cíveis em que é parte sociedade de economia mista e os crimes
praticados em seu detrimento.
E quanto às fundações públicas federais? Apesar de não previstas no art. 109, IV, da CF,
prevalece o entendimento de que os crimes praticados em seu detrimento sujeitam-se,
igualmente, à competência da Justiça Federal.
Já com relação aos crimes contra a fauna, inexistindo qualquer lesão a bens, serviços ou
interesses da União, afasta-se a competência da Justiça Federal, incumbindo à Justiça Estadual
o processo e julgamento de crimes cometidos contra o meio ambiente, nos quais se
compreendem os delitos praticados contra a fauna e a flora.
Quanto aos crimes eleitorais e militares, são julgados pela Justiça Eleitoral e pela Justiça
Militar, respectivamente.
Por fim, percebe-se que o inciso IV do art. 109 exclui da competência dos Juízes Federais
o processo e o julgamento das contravenções penais. Por essa razão, editou o STJ a Súmula 38,
dispondo o seguinte: