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CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – AUDITOR-FISCAL DO TRABALHO

PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

Aula 08
5. Organização dos Poderes do Estado. Funções essenciais à justiça

I. FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA ---------------------------------------------------------------------- 3


II. O MINISTÉRIO PÚBLICO (MP)----------------------------------------------------------------------------- 4
III. CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO (CNMP) ------------------------- 25
IV. DA DEFENSORIA PÚBLICA (DP) ------------------------------------------------------------------------ 60
V. DA ADVOCACIA PÚBLICA------------------------------------------------------------------------------------ 63
VI. DA ADVOCACIA PRIVADA ----------------------------------------------------------------------------------- 68
VII. QUESTÕES DA AULA--------------------------------------------------------------------------------------------- 82
VIII. GABARITO -------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 97
IX. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ---------------------------------------------------------------------------- 99

Olá futuros Auditores-Fiscais do Trabalho!

Prontos para o SEU salário de R$ 13.067,00?

Na aula de hoje, estudaremos a seguinte parte do seu edital: 5. Organização


dos Poderes do Estado. Funções essenciais à justiça

Assim como o Poder Judiciário, esse é um assunto bastante delicado para as


aulas online, uma vez que a maioria das questões de prova cobra a
literalidade da CF, sem muitas interpretações ou jurisprudência. Assim, você
verá que os esquemas de hoje serão um pouco menos resumidos, com menos
palavras-chave e mais transcrições do texto constitucional. Optei por fazer
assim para que você já vá se acostumando com a letra da CF.

Como sempre, faremos muitos exercícios das mais variadas bancas para que
você treine muito e tenha uma visão de todos os ângulos da matéria: serão
130 questões comentadas!

Começaremos com a parte teórica e os exercícios virão na medida em que a


matéria for explicada. Ao responder as questões, leia todos os comentários,
pois foram feitas várias observações além da mera resolução da questão.

Na aula de hoje, teremos APENAS 28 páginas de conteúdo (teoria). O


restante das páginas é dividido entre exercícios comentados, MUITOS
esquemas e uma lista com as questões da aula. Dessa forma, apesar de o
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número de páginas ser elevado, a leitura do material é bastante rápida e


agradável!

Você notará que alguns esquemas e respostas foram exaustivamente


repetidos nos comentários das questões. Isso não é por acaso! Sugiro
que você os revise várias vezes, para internalizar o conhecimento.

Caso tenham alguma dúvida, mandem-na para o fórum ou para o email


robertoconstitucional@gmail.com.

Vamos então à nossa aula!

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I. FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA

Meu caro Auditor-Fiscal do Trabalho, nós vimos na aula referente ao Poder


Judiciário que este somente age se for provocado, não agindo de ofício
(princípio da demanda). Assim, para garantir a imparcialidade deste poder e
para garantir uma efetiva prestação jurisdicional, é preciso que pessoas e
órgãos atuem lado a lado com o Judiciário.

Essas pessoas e órgãos que atuam junto ao Poder Judiciário (e que não
fazem parte desse poder) são chamados de Funções Essenciais à
Justiça.

As Funções Essenciais à Justiça são compostas pelo Ministério Público,


Defensoria pública, Advocacia Pública e Advocacia Privada.

Vamos começar com a função mais importante para as provas de concursos: o


Ministério Público.

Esquematizando:

x Funções Essenciais à Justiça - Não são órgãos do Judiciário / Não integram o Judiciário.
- São pessoas ou órgãos que atuam perante o Judiciário
- São instrumentos indispensáveis à imparcialidade do Judiciário,
uma vez que este somente age por provocação
- Composição - Ministério Público
- Defensoria Pública
- Advocacia Pública
- Advocacia Privada

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II. O MINISTÉRIO PÚBLICO (MP)

1. OBSERVAÇÕES GERAIS

Segundo a própria Constituição, o Ministério Público é uma instituição


permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe
a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses
sociais e individuais indisponíveis.

O Ministério Público, também chamado de parquet, é o fiscal da lei e da


federação. Ele é um órgão autônomo e independente e está fora da
estrutura dos três poderes.

Dessa forma, o MP não é um 4º poder. Apesar de ser ligado ao orçamento


do Executivo, não faz parte desse e não se subordina a nenhum dos três
poderes.

Ingresso na carreira

O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante concurso público


de provas e títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do
Brasil em sua realização, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três
anos de atividade jurídica e observando-se, nas nomeações, a ordem de
classificação.

Capacidade postulatória

A capacidade postulatória é a aptidão para agir em juízo, ou seja, a capacidade


de se “conversar com o Juiz” dentro do processo. Um conceito mais formal é
este: “é a capacidade de fazer valer e defender as próprias pretensões ou as
de outrem em juízo ou, em outras palavras, a qualidade ou atributo necessário
para poder pleitear ao juiz. Essa qualidade está consubstanciada na condição
de ser membro da instituição ou ser inscrito na OAB”.

As partes do processo (autor e réu) não possuem a capacidade postulatória,


assim, precisam de um advogado para agir dentro do processo.

Saiba então que o Ministério Público possui capacidade postulatória. Ele


pode entrar com ações tanto na esfera civil quanto na esfera penal. Na
esfera civil, o MP pode entrar com a Ação Civil Pública (ACP) para proteger
o patrimônio público e social, o meio ambiente e outros interesses difusos e
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coletivos, também chamados de direitos transindividuais ou metaindividuais ou


ainda direitos coletivos lato sensu. Eles são assim chamados porque são
direitos que transcendem o indivíduo, se aplicando à coletividade.

Já na esfera penal, o MP pode entrar com a ação penal pública. A regra é


que a titularidade da ação penal é do Ministério Público (MP). Assim, o
MP é o “dono” da ação penal e ela é PÚBLICA. No entanto, em caso de inércia
do parquet em entrar com a ação penal ou em dar andamento à mesma,
caberá a ação penal privada subsidiária da pública. Entretanto, a referida
ação não retira o caráter privativo da ação penal (que é do Ministério Público).

Exemplo 1: o crime de homicídio é um crime de ação penal pública. Caso seja


instaurada uma ação penal por este crime, ela sempre será pública e o MP
sempre será o titular da ação. Dessa forma, ainda que a família da vítima
acompanhe os atos processuais, ajude o Ministério Público e a polícia ou até
mesmo não queira que a ação seja instaurada, o “dono da ação” sempre será o
parquet (MP), sendo ele quem decide sobre a instauração da ação e quem
pratica os atos processuais.

No entanto, caso o Ministério Público seja desidioso na propositura ou na


condução da ação, aí sim caberá a ação penal privada subsidiária da pública.

Exemplo 2: a calúnia é um crime de ação penal privada. Para que alguém seja
processado por este crime, o ofendido deve entrar com a ação penal contra o
agressor, não podendo o MP instaurar a ação sozinho.

Para a sua prova de Direito Constitucional, não é necessário saber quais crimes
são de ação penal pública ou privada, bastando as informações colocadas aqui.

Esquematizando:

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- É instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a


defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais
indisponíveis
Observações Gerais sobre o MP

- Também chamado de parquet


- Fiscal da lei/federação
- É órgão autônomo e independente
- Está fora da estrutura dos 3 poderes
- Não se subordina a nenhum dos outros poderes
- Não é um 4º poder. Ele é ligado ao orçamento do Executivo, mas não faz parte desse
poder
- Ingresso na carreira - Mediante concurso público de provas e títulos
- Participação da OAB
- No mínimo, três anos de atividade jurídica
- Observando-se, nas nomeações, a ordem de classificação.
- MP possui - Civil: ACP para proteger - patrimônio público e social, meio ambiente
capacidade - outros interesses difusos e coletivos
postulatória - direitos transindividuais / metaindividuais /
coletivos lato sensu): transcendem o
indivíduo
- Penal: - Pública - Acusador
- Ele é o titular exclusivo da ação penal pública
- Inércia: cabe ação penal privada subsidiária da
pública
- Privada: Fiscal da lei

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2. COMPOSIÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO

O Ministério Público se divide em dois ramos: o Ministério Público da União


(MPU) e o Ministério Público Estadual (MPE). O MPU, por sua vez, se
subdivide em quatro vertentes: MP Federal, MP Militar, MP do Trabalho e
MP do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Observe que o MPDFT
pertence ao MPU, sendo um órgão da União e não do DF.

O chefe do Ministério Público da União é o Procurador-Geral da República


(PGR) e é ele quem nomeia os Procuradores-Gerais do Trabalho e Militar.
Observe que não foi falado o Ministério Público Eleitoral, uma vez que ele não
dispõe de estrutura própria e será integrado por membros do MP federal e
membros do MP estadual.

Existe ainda um Ministério Público que atua junto aos Tribunais de Contas
(MPjTC). Saiba que esse MPjTC não faz parte do Ministério Público,
integrando a estrutura do próprio Tribunal de Contas.

Esquematizando:

x Composição 1 - MPU - Ministério Público Federal (MPF)


do MP - Ministério Público do Trabalho
- Ministério Público Militar
- Ministério Público do Distrito Federal e Territórios
2 - MP Estadual

o OBS - O Procurador-Geral da República é o chefe do MPU


- PGR nomeia os Procuradores-Gerais do Trabalho e Militar
- Observe que não aparece o Ministério Público Eleitoral. Ele não dispõe de
estrutura própria e será integrado por membros do MP federal e membros
do MP estadual.
- MPjTC: - Ministério Público que funciona junto aos Tribunais de Contas.
- NÃO faz parte do MP
- Integra a estrutura do próprio Tribunal de Contas.

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3. GARANTIAS DOS MEMBROS DO MP

Meus queridos Auditores-Fiscais do Trabalho, vocês se lembram que, os


membros do Poder Judiciário possuíam uma série de garantias e de vedações?
Para os membros do Ministério Público funciona de forma bastante parecida:
eles também possuem várias garantias e vedações para que seja assegurada a
sua imparcialidade. Essas garantias não são benefícios desarrazoados, mas sim
instrumentos para que seja garantida a autonomia e a correta função de
fiscalização das leis e da federação.

A primeira garantia é a vitaliciedade, que é adquirida após dois anos de


exercício. Uma vez adquirida a vitaliciedade, o membro do MP somente
perderá o cargo por sentença JUDICIAL transitada em julgado. Observe
que o membro do MP não pode perder o cargo por decisão do CNJ ou do
CNMP.

A segunda garantia é a inamovibilidade, que garante que, via de regra, os


membros do Ministério Público somente possam ser removidos a pedido e
nunca ex oficio. Entretanto, existem duas exceções a essa regra:

1- Remoção por interesse público, por deliberação da maioria absoluta


do órgão colegiado competente do MP, assegurada ampla defesa.

2- Sanção administrativa, aplicada pelo Conselho Nacional do


Ministério Público, assegurada ampla defesa.

A terceira garantia é a irredutibilidade de subsídios, e serve para evitar


pressões externas e garantir a imparcialidade. Assim como a garantia dos
magistrados, é assegurada a irredutibilidade nominal e não real. Dessa
forma, essa garantia não protege o salário do membro do MP contra a inflação,
por exemplo.

Esquematizando:

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- Vitaliciedade - Adquirida após dois anos de exercício


Garantias dos Membros do MP

- Após a vitaliciedade, só perde o cargo por sentença judicial


transitada em julgado
- Inamovibilidade - Regra: somente podem ser removidos a pedido e nunca ex oficio
- Exceções - Por interesse público - MA do órgão colegiado
competente do MP
- Assegurada ampla defesa
- Sanção administrativa - Determinação do CNMP,
- Assegurada ampla defesa
- Irredutibilidade de subsídios - Para evitar pressões externas e garantir a imparcialidade
- Irredutibilidade nominal.
- Não é assegurada a irredutibilidade real
- Não protege o salário contra a inflação

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4. VEDAÇÕES DOS MEMBROS DO MP

Uma vez estudadas as garantias dos membros do MP, confira agora as


vedações:

a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens


ou custas processuais;

b) exercer a advocacia;

c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;

d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo


uma de magistério;

e) exercer atividade político-partidária;

Vale lembrar que, assim como a vedação dos magistrados, essa vedação é
absoluta. Dessa forma, os membros do MP somente podem se filiar a partido
político se forem exonerados ou aposentados.

f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas


físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em
lei.

g) Exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de


decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou
exoneração.

Esquematizando:

- Receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais
Vedações dos Membros do MP

- Exercer a advocacia
- Participar de sociedade comercial, na forma da lei
- Exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério
- Exercer atividade político-partidária - Vedação absoluta, assim como a dos membros do Jud.
- Não podem se filiar a partido político salvo se
exonerados ou aposentados
- Receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades
públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei
- Exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do
afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
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5. PRINCÍPIOS INSTITUCIONAIS DO MP

A Constituição de 1988, em seu art. 127, §1º, elenca alguns princípios do


Ministério Público enquanto instituição: a unidade, a indivisibilidade e a
independência funcional. A Carta Magna ainda traz em seu texto outros
princípios que serão estudados de forma conjunta: o princípio do promotor
natural e da autonomia funcional e administrativa.

Segundo o princípio da UNIDADE, o Ministério Público (MP) é uno e constitui


um único órgão, com todos os seus membros administrativamente chefiados
por um único Procurador-Geral: o Procurador-Geral da República (PGR),
chefe do MPU e o Procurador-Geral de Justiça (PGJ), chefe do MPE (existe
um PGJ para cada estado da federação).

Observe que essa unidade deve ser entendida internamente, no âmbito de


cada um dos ramos do MP. Não se fala em unidade, por exemplo, entre o MP
Federal e o MP do Trabalho.

O segundo princípio é o da INDIVISIBILIDADE, segundo o qual, a atuação


do MP é do respectivo órgão, e não de seus membros individualmente. Assim,
os membros do MP não estão vinculados ao processo em que estão
atuando e podem ser substituídos, na forma da lei. Da mesma forma que o
princípio da unidade, este princípio tem aplicação restrita ao âmbito de cada
um dos ramos do MP.

O terceiro princípio, o da INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL, nos diz que os


membros do Ministério Público não se subordinam a ninguém: a nenhum
dos três Poderes e nem mesmo ao respectivo Procurador-Geral. Dessa
feita, cada membro do MP se subordina apenas à CF, às leis e a sua própria
consciência.

“Mas Roberto, você me disse que o PGR e o PGJ são os chefes dos respectivos
Ministérios Públicos e agora me diz que os membros do MP não se subordinam
a ninguém. Dá pra explicar melhor?”

Claro! Ocorre que a subordinação entre os membros do MP e seus


respectivos Procuradores-Gerais é meramente administrativa e não
funcional. Assim, um membro do parquet terá sempre independência para
agir livremente nos processos em que atuar, não tendo que obedecer a ordens
de ninguém, nem mesmo do Procurador-Geral.

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O próximo princípio estudado é o do PROMOTOR NATURAL. Segundo ele, as


funções do MP somente poderão ser desempenhadas pelos seus membros,
investidos no exercício do cargo e com estreita observância das regras
constitucionais.

Explicando melhor: você se lembra do princípio do juiz natural? Vamos


revisá-lo, observando um trecho da aula sobre direitos fundamentais:

Assim, a Constituição protege o cidadão porque assegura que todos saibam


qual será a autoridade julgadora (o foro competente) antes mesmo de
se entrar com uma ação no Poder Judiciário.

Por exemplo: imagine que José cometa um crime que choque toda a
população nacional e que cause grave comoção de toda a nação. Imagine
também que se queira criar um Tribunal somente para julgar esse tipo de
crime. O princípio do Juiz Natural assegura que José não poderá ser julgado
por esse novo Tribunal, uma vez que sua condenação seria quase certa, pois
todos estão comovidos e a autoridade julgadora não seria imparcial.

Assim, essa garantia constitucional assegura que as regras de


julgamento e processo não sejam mudadas durante o jogo. No
exemplo, José será julgado por um Juiz Criminal de primeira instância (se for
o caso) e não por um Tribunal criado somente para julgá-lo.

Da mesma forma como não se pode haver um juízo ou tribunal de exceção,


também não pode haver o "promotor de exceção", ou seja, não poderão os
membros do MP ser casuisticamente designados para atuarem em processos
específicos, em desrespeito aos procedimentos previamente fixados na
legislação de regência.

Esses dois princípios: o do juiz natural e o do promotor natural protegem o


indivíduo contra “mudanças nas regras durante o jogo”.

Por fim, ressalta-se que o princípio do promotor natural não está expresso na
Constituição. Ele é um princípio implícito que decorre do princípio do juiz
natural, da independência funcional e da inamovibilidade dos membros do MP.

Por último, estudaremos a autonomia administrativa e financeira do Ministério


Público. A AUTONOMIA ADMINISTRATIVA é o poder que o MP possui de
criar e extinguir seus cargos e serviços auxiliares, bem como de instituir a sua
própria política remuneratória e os planos de carreira.

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Lembre-se que quem organiza e mantém o MP estadual é o próprio estado


e quem organiza e mantém o MPDFT é a União. Dessa forma, as leis de
organização dos MPs dos estados serão apresentadas nas assembleias
legislativas estaduais enquanto a lei de organização do MPDFT será
apresentada no Congresso Nacional.

A AUTONOMIA FINANCEIRA, por sua vez, é o poder que o Ministério Público


possui de elaborar a sua própria proposta orçamentária, observando, é claro,
os limites da Lei de Diretrizes Orçamentárias.

O orçamento, em rápidas palavras, é um planejamento de gastos. Dessa


forma, a regra é simples: só se pode gastar o que foi planejado, OU SEJA, só
se pode gastar o que está no orçamento, OU SEJA, só se pode efetuar
despesas se houver prévia dotação orçamentária.

O orçamento é materializado através da Lei Orçamentária Anual (LOA) que,


por sua vez, deve obedecer ao que está disposto na Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO).

“E como é feita a lei orçamentária?” Simples: cada poder elabora sua própria
proposta (dentro dos limites da LDO) e a envia ao Poder Executivo, que
consolida todas as propostas orçamentárias em um Projeto de Lei e o envia ao
Poder Legislativo.

Dessa feita, o MP não envia a proposta orçamentária diretamente ao


Legislativo, sendo que seu orçamento está dentro do orçamento do Executivo.
Observe que é apenas o orçamento do MP que está dentro do Executivo e que
de modo algum o MP está subordinado a este ou a qualquer outro
poder!

Além disso, quando o MP elabora sua proposta orçamentária, algumas regras


devem ser seguidas:

i. Caso o MP não encaminhe a proposta orçamentária (ao Executivo)


dentro do prazo estabelecido na LDO, o Executivo considerará, para
fins de consolidação, os valores da LOA vigente.

Funciona assim: no atual exercício financeiro, elabora-se a Lei


Orçamentária Anual do próximo exercício. Ex.: em 2009, elabora-se a
LOA de 2010. Em 2010, elabora-se a LOA de 2011, e assim por
diante.
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Explicando a regra i.: por exemplo, caso o MP, no ano de 2010, não
envie a proposta orçamentária para o ano de 2011, o Executivo deve
considerar como proposta para o ano de 2011 os valores da LOA de
2010 (a LOA vigente). Além disso, o Executivo fará os ajustes
necessários para adequação desses valores à LDO.

ii. Se o MP encaminhar proposta orçamentária em desacordo com


os limites da LDO, o Executivo fará os ajustes necessários.

iii. É vedado ao MP realizar despesas ou assumir obrigações que


extrapolem os limites da LDO, exceto se previamente autorizadas,
mediante créditos suplementares ou especiais.

Você se lembra da regra? Somente se pode gastar se o dispêndio


estava previsto no orçamento. Dessa forma, a Constituição veda
expressamente que o MP (ou qualquer outro poder) realize despesas
ou assuma obrigações que extrapolem os limites da LDO, salvo se
previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos
suplementares ou especiais. Assim, não basta que o Projeto de Lei
de créditos suplementares ou especiais esteja em tramitação no
Congresso Nacional, havendo a necessidade de que o mesmo já
tenha sido aprovado.

Por fim, deve-se frisar que os recursos correspondentes às dotações


orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e especiais,
destinados ao Ministério Público, serão entregues até o dia 20 de cada mês,
em duodécimos, na forma de lei complementar.

Esquematizando:

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- Unidade - O Ministério Público (MP) é uno


- Constitui um único órgão, com todos os seus membros administrativamente chefiados por
um único Procurador-Geral
- Deve ser entendido como aplicável internamente, no âmbito de cada um dos ramos do MP
- Não se fala em unidade, por ex., entre o MP Federal e o MP do Trabalho
- Indivisibilidade - A atuação do MP é do respectivo órgão, e não de seus membros
- Os membros do MP não estão vinculados ao processo em que estão atuando e
podem ser substituídos, na forma da lei
- Tem aplicação restrita ao âmbito de cada um dos ramos do MP
- Independência funcional - Não se subordinam a ninguém: a nenhum dos três Poderes, nem ao
Princípios

respectivo Procurador-Geral
- Subordinam-se, tão somente, à CF, e às leis
- Subordinação entre os membros do MP e o Procurador-Geral é
meramente administrativa e não funcional
- Promotor natural - Funções do MP somente poderão ser desempenhadas pelos seus membros,
investidos no exercício do cargo com estreita observância das regras
constitucionais
- Não pode haver o "promotor de exceção"
- Não poderão os membros do MP ser casuisticamente designados para atuarem
em processos específicos, em desrespeito aos procedimentos previamente
fixados na legislação de regência
- Autonomia - Adm - Criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares
- Política remuneratória e os planos de carreira
- Lembrando - Quem organiza - MP dos estados é o próprio estado
e mantém o - MPDFT é a União
- Lei de organização - Estadual: apresentadas nas
Assembleias legislativas estaduais
- do DFT: apresentado no Congresso
Nacional
- Financeira - Elabora a própria proposta orçamentária - limites da LDO
- O MP não envia a proposta orçamentária diretamente ao Legislativo
- O orçamento do MP está dentro do orçamento do Executivo
i. Caso o MP não encaminhe a proposta orçamentária dentro do prazo
estabelecido na LDO, o Executivo considerará, para fins de
consolidação, os valores da LOA vigente
ii. Se MP encaminhar proposta orçamentária em desacordo com os
limites da LDO, o Executivo fará os ajustes necessários
iii. É vedado ao MP realizar despesas ou assumir obrigações que
extrapolem os limites da LDO, exceto se previamente autorizadas,
mediante créditos suplementares ou especiais

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6. CHEFIAS DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Procurador-Geral da República

Meu querido aluno e futuro Auditor-Fiscal do Trabalho, como já visto, existe


um MP da União e um MP de cada estado da federação. Estudaremos agora as
disposições mais importantes para a sua prova quanto aos chefes de cada MP.

O MPU tem como chefe o Procurador-Geral da República (PGR). Ele é


nomeado pelo Presidente da República, dentre os integrantes da
carreira maiores de 35 anos. Observe que o Presidente da República é livre
para escolher o PGR, não havendo lista tríplice. Assim como os principais
agentes políticos nomeados pelo Presidente da República, o nome do PGR deve
ser aprovado pela maioria absoluta do Senado Federal.

O mandato do PGR é de dois anos, sendo que ele poderá ser


sucessivamente reconduzido, não havendo limite do número de
reconduções. No entanto, a cada recondução, o nome deve ser aprovado
novamente pela maioria absoluta do Senado Federal.

Observe que, como estudaremos adiante, os Procuradores-Gerais de


Justiça somente podem ser reconduzidos uma única vez.

A destituição do Procurador-Geral da República antes do término de seu


mandato, por iniciativa do Presidente da República, deve ser autorizada pela
maioria absoluta do Senado Federal em votação secreta (art. 52, XI).

Além disso, o PGR é ouvido em TODAS as ações no STF, sendo que


somente ele pode atuar perante o Supremo, não estando nenhum outro
membro do MP autorizado a fazê-lo.

Procurador-Geral de Justiça

O Procurador-Geral de Justiça (PGJ), chefe do MP Estadual, é nomeado pelo


Governador do Estado dentre integrantes da carreira, a partir de lista
tríplice elaborada pelo próprio MP (no PGR não tem essa lista!). Além disso, o
mandato do PGJ é de dois anos, permitida uma única recondução.

Adicionalmente, a destituição do PGJ por iniciativa do Governador deve ser


aprovada pela maioria absoluta da Assembleia Legislativa do respectivo
estado.

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Observe que existem três importantes diferenças em relação à nomeação do


PGR:

1) O Legislativo não participa da escolha do PGJ, somente de sua


destituição. Já o PGR deve ser aprovado pela maioria absoluta do Senado
Federal.

2) A escolha do PGJ é feita a partir de lista tríplice, enquanto não há essa


previsão para a nomeação do PGR;

3) O PGJ somente pode ser reconduzido uma única vez, enquanto não há
limite para o número de reconduções do PGR.

Nunca é demais recordar: como o MPDFT é organizado e mantido pela União, o


PGJ do DF é nomeado pelo Presidente da República e não pelo
governador do DF, além disso, sua destituição deve ser aprovada pela
maioria absoluta do Senado Federal e não da Câmara Legislativa do DF.

Ademais, aplicam-se ao PGJ do DF as mesmas regras dos estados: a escolha é


feita a partir de lista tríplice elaborada pelo MPDFT, para um mandato de 2
anos, permitida uma única recondução.

Esquematizando:

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- Procurador-Geral da República (PGR): Chefe do MPU


- Nomeação - Pelo Presidente da República
- Dentre integrantes da carreira
- Maiores de 35 anos
- Não tem lista tríplice
- Após a aprovação da MA do Senado Federal
- MP da União - Mandato - 2 anos
(MPU) - Poderá ser sucessivamente reconduzido
- Não há limite do número de reconduções do PGR
- A cada recondução, o nome deve ser aprovado novamente
pela MA do SF:
1) Manifestação de interesse do PR
2) Aprovação do Senado Federal, por MA
- Obs.: Demais PGs (estaduais): uma única recondução
Chefia do MP

- Destituição 1) Representação do Presidente da República


2) Deliberação da MA do Senado Federal (voto secreto)
- O PGR é ouvido em TODAS as ações no STF: somente ele pode atuar
perante o STF, nenhum outro membro do MP pode fazer isso

- Procurador-Geral de Justiça (PGJ) - Chefe do MP Estadual


- Nomeação - Pelo Governador
- A partir de lista tríplice elaborada pelo próprio MP
- Dentre integrantes da carreira
- O Leg. não participa da escolha, somente da destituição
- MP dos Estados - Mandato - 2 anos
- Permitida uma única recondução
- Destituição - Iniciativa do Governador
- Deliberação da MA da Assembleia Legislativa
- MPDFT - PGJ do DF é nomeado pelo Presidente da República
- MPDFT é parte do MPU
- A partir de lista tríplice elaborada pelo MPDFT
- Mandato de 2 anos
- Permitida uma única recondução
- Art. 21, XII - a CF determina expressamente que o MPDFT
será organizado e mantido pela União
- Destituição pelo Senado Federal

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7. INICIATIVA DE LEI DE ORGANIZAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Meus amigos, futuros Auditores-Fiscais do Trabalho e ganhadores de um


salário de R$ 13.067,00, vocês se lembram do princípio da autonomia
administrativa estudado agora a pouco? Pois bem, uma questão bastante
recorrente em provas de concurso é acerca da iniciativa de lei de organização
do Ministério Público, ou seja, quem pode propor ao legislativo as leis que
organizam o MP?

Vamos tratar a matéria de forma bem esquematizada:

x MPU • Normas gerais: é organizado por Lei Complementar de


iniciativa concorrente entre o Presidente da República e
o PGR (art. 61, § 1º, II, “d” + art. 128, § 5º).

• Normas específicas: Lei de criação e extinção de cargos e


serviços auxiliares do Ministério Público, a política
remuneratória e os planos de carreira: iniciativa é privativa
do PGR (CF, art. 127, § 2º).

x MPE • Normas gerais: Lei federal de normas gerais para a


organização do MP dos Estados: iniciativa é privativa do
Presidente da República (CF, art. 61, § 1º, II, “d”).

• Normas específicas: Lei Complementar estadual de


organização do MP do Estado: iniciativa concorrente entre o
Governador e o PGJ (art. 61, § 1º, II, “d” + 128, § 5º).
• Lei sobre a organização do MPDFT: concorrente
entre o Presidente da República e o PGR. (O
MPDFT integra o MPU e é organizado e mantido pela
União).
x MPjTC: Lei de organização do MP especial que atua junto à Corte de
C
o Organização do MP

n
t
a
s
:
iniciativa privativa do Tribunal de Contas.
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MP Normas Gerais Normas Específicas


PR + PGR
União PGR (127, § 2º)
(61, § 1º, II, d + 128 § 5º)
PR + PGR
DFT PGR (127, § 2º)
(61, § 1º, II, d + 128 § 5º)
Gov + PGJ
Estados PR (61, § 1º, II, d)
(61, § 1º, II, d + 128 § 5º + ADI 852)
MPjTC TC TC

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8. FUNÇÕES DO MINISTÉRIO PÚBLICO

A Constituição Federal traz algumas disposições acerca das funções do


Ministério Público. Tais papéis somente podem ser exercidos por um membro
do MP, integrante da carreira, e que resida na comarca, salvo autorização do
chefe da instituição.

Conforme o artigo 129, são funções institucionais do Ministério Público:

I) Promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei.

O MP é o titular exclusivo dessa ação. Além disso, não é necessário que


haja investigação policial anterior à propositura da ação penal pública, ou
seja, o MP pode propor a referida ação mesmo sem ter havido
investigação policial, desde que tenha as provas de autoria e
materialidade.

Outra observação importante é que, caso haja inércia ou desídia do


Ministério Público, o particular pode propor a ação penal privada
subsidiária da pública (art. 5º, LIX).

II) Zelar pelo efetivo respeito dos poderes públicos e dos serviços de
relevância pública aos direitos assegurados na Constituição, promovendo
as medidas necessárias a sua garantia

II) Promover o inquérito civil e a ação civil pública (ACP), para a proteção
do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses
difusos e coletivos.

Importante ressaltar que a promoção da ACP não é privativa do MP:


inclui diversos outros legitimados (a Defensoria Pública, os entes
federados e suas entidades da administração indireta, a associação
constituída há pelo menos um ano desde que tenha entre suas
finalidades as matérias protegidas pela ação civil pública).

IV) Promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins


de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos na CF.

V) Defender judicialmente os direitos e interesses das populações


indígenas.

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Segundo o art. 232 da Constituição, o MP deve intervir em todos os atos


dos processos do quais os índios sejam parte.

VI) Expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua


competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na
forma da lei complementar respectiva.

VII) Exercer o controle externo da atividade policial, na forma da LC.

VIII) Requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito


policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações
processuais.

IX) Exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que
compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação
judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas.

Conforme este último dispositivo, as competências do MP não são


exaustivas, podendo ser criadas novas competências, desde que
compatíveis com a finalidade do MP.

Além disso, é vedado ao MP representar judicialmente ou servir de


órgão de consulta de entidades públicas. Esse dispositivo assegura
que o Ministério Público sempre atue como fiscal da lei e da federação,
não podendo servir de simples consultor jurídico ou advogado de
entidades públicas.

Por fim, assim como no Judiciário, a distribuição dos processos ao MP


será imediata.

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9. JULGAMENTO DOS MEMBROS DO MP

Os membros do Ministério Público possuem foro privilegiado, isso significa que


eles não serão julgados pelos mesmos órgãos julgadores das pessoas comuns.
Atenção: o foro privilegiado somente é utilizado para ações de
natureza PENAL!

Os membros do MPU são julgados da seguinte forma:

a) O Procurador-Geral da República é julgado pelo STF nos crimes


comuns e pelo Senado Federal nos crimes de responsabilidade.

b) Já os membros do MPU que oficiam perante os Tribunais, ou seja, os


membros do “MP de 2ª instância”, são julgados pelo STJ.

c) Os membros do MP que atuam perante os juízos de primeiro grau, ou


seja, os membros que atuam na 1ª instância, são processados e
julgados pelos TRFs nos crimes comuns e de responsabilidade,
ressalvada a competência da justiça eleitoral.

Os membros do Ministério Público Estadual são julgados da seguinte forma:

a) Os membros do MPE que atuam perante os tribunais, ou seja, na


segunda instância, são julgados pelo STJ tanto nos crimes comuns
quanto nos de responsabilidade.

b) Já os membros do MPE que atuam perante os juízos de 1º grau, ou seja,


na 1ª instância, são julgados pelo respectivo Tribunal de Justiça
Estadual.

Por fim, os membros do Conselho Nacional do Ministério Público são


julgados da seguinte forma:

a) Por crimes de responsabilidade: serão julgados pelo Senado


Federal.

b) Por crimes comuns: não possuem foro privilegiado. Assim, cada


membro do CNMP responde perante o foro competente.

Esquematizando:

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a) Membros do MPU - PGR - Crimes comuns: STF


Julgamento dos membros do MP

(incluído o MPDFT) - Crimes de responsabilidade: Senado Federal


- Membros que atuam perante Tribunais: STJ
- Membros que atuam perante juízos de 1º grau: TRF
- Crimes comuns e de responsabilidade
- Ressalvadas a competência da Justiça Eleitoral

b) Membros do - Se atuarem perante - TJ: STJ (Crimes comuns e de resp.)


MP estadual - Juiz de 1ª instância: TJ

c) Membros do CNMP - Crimes Comuns - Não possui foro privilegiado


- Cada membro responde perante o foro
competente de origem
- Crimes de responsabilidade: Senado Federal

10. O MINISTÉRIO PÚBLICO JUNTO AOS TRIBUNAIS DE


CONTAS (MPjTC)

Além do Ministério Público da União e do Ministério Público Estadual, existe o


Ministério Público que atua junto aos tribunais de contas, tanto do Tribunal de
Contas da União (TCU), quanto dos Tribunais de Contas Estaduais (TCEs).

Todavia, os MPjTC não integram o MPU e nem o MPE. Eles fazem parte
da respectiva Corte de Contas. Assim, sua organização é veiculada por meio
de lei ordinária de iniciativa privativa da respectiva Corte de Contas e os
membros do MP comum não podem atuar como MPjTC.

Ademais, são aplicados aos membros do MPjTC os mesmos direitos, vedações


e forma de investidura previstos para os demais membros do MP comum.

Esquematizando:
Ministério Público junto aos

- Integram a respectiva Corte de Contas


- Não integram o MPU e nem o MPE
Tribunais de Contas

- Existe MPjTCU e MPjTCE


(MPjTC)

- Os MPjTCE não podem integrar os MPE


- Os membros do MP comum não podem atuar como MPjTC
- São aplicados os mesmos direitos, vedações e forma de investidura previstos para os
demais membros do MP
- Sua organização é veiculada por meio de lei ordinária
- A iniciativa de lei de sua organização é privativa da respectiva Corte de Contas

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III. CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO


(CNMP)

1. FUNÇÕES DO CNMP

Meus caros Auditores-Fiscais do Trabalho, o Conselho Nacional do Ministério


Público é um órgão trazido pela Emenda Constitucional 45/2004 e possui a
função de controlar a atuação administrativa e financeira do MP e de
fiscalizar o cumprimento dos deveres funcionais de seus membros.

2. COMPOSIÇÃO DO CNMP

O CNMP é composto de 14 membros nomeados pelo Presidente da


República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado
Federal, para um mandato de dois anos, admitida uma única
recondução. São eles:

- PGR (presidente do CNMP);

- 4 membros do MPU, assegurada a representação de cada uma de


suas carreiras;

- 3 membros do MP dos Estados;

- 2 juízes, indicados um pelo STF e outro pelo STJ;

- 2 advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos


Advogados do Brasil. O Presidente da OAB deve oficiar junto ao CNMP,
dessa forma, não pode ser indicado a membro deste Conselho.

- 2 cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um


pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal.

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3. COMPETÊNCIAS DO CNMP

São competências do Conselho Nacional do Ministério Público:

I zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministério


Público, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua
competência, ou recomendar providências;

II zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante


provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por
membros ou órgãos do Ministério Público da União e dos Estados,
podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se
adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei,
sem prejuízo da competência dos Tribunais de Contas;

III receber e conhecer das reclamações contra membros ou


órgãos do Ministério Público da União ou dos Estados, inclusive
contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar e
correicional da instituição, podendo avocar processos disciplinares
em curso, determinar a remoção, a disponibilidade ou a
aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de
serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla
defesa;

Além disso, leis da União e dos Estados criarão ouvidorias do MP, para
receber reclamações e denúncias de qualquer interessado contra
membros ou órgãos do MP, inclusive contra seus serviços auxiliares,
representando diretamente ao CNMP.

IV rever, de ofício ou mediante provocação, os processos


disciplinares de membros do Ministério Público da União ou dos Estados
julgados há menos de um ano;

Observe que o CNMP somente pode rever os processos DISCIPLINARES,


nunca podendo interferir na atuação institucional dos membros
do Ministério Público.

V elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar


necessárias sobre a situação do Ministério Público no País e as atividades
do Conselho, o qual deve integrar a mensagem prevista no art. 84, XI.

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4. AÇÕES CONTRA O CNMP

A Constituição Federal estabelece que as ações contra o CNJ e contra o CNMP


serão julgadas pelo STF. No entanto, essa regra é aplicada somente às
manifestações do colegiado e não de seus membros individualmente.

Assim, compete ao STF julgar as ações contra o CNJ ou o CNMP. No entanto,


existe uma observação importante acerca desse dispositivo. Olhando o art.
102, I, r da CF, temos a impressão que o STF é competente para julgar Ação
Civil Pública contra atos do CNJ. No entanto, o STF já decidiu que, nesse
caso, o sujeito passivo é a UNIÃO e não o CNJ, pois este é um ÓRGÃO do
Poder Judiciário (ACO 1680/AL e Pet 3986 AgR/TO).

Ainda segundo o STF: “Por óbvio, essa não é a interpretação quando se cuide
de mandado de segurança, mandado de injunção e habeas data contra atos do
CNJ. Nessas hipóteses, o pólo passivo é ocupado diretamente por aquele
Conselho ou pelo seu presidente, como autoridade impetrada, ainda que a
União figure como parte. Isso diante da chamada personalidade judiciária que
é conferida aos órgãos das pessoas político-administrativas para defesa de
seus atos e prerrogativas nessas ações constitucionais mandamentais.”

CORREGEDOR NACIONAL

O Corregedor Nacional é escolhido dentre os membros do MP que


integram o CNMP e escolhido pelo próprio Conselho em eleição secreta.
Além disso, o mandato é único, sendo vedada a recondução.

As funções do corregedor Nacional são as seguintes:

I receber reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas


aos membros do Ministério Público e dos seus serviços auxiliares;

II exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e correição


geral;

III requisitar e designar membros do Ministério Público, delegando-


lhes atribuições, e requisitar servidores de órgãos do Ministério
Público.

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Quadro-resumo

Observe o quadro-resumo a seguir, com as principais informações dos


principais cargos do MP:

Cargo Nomeação Mandato Recondução Aprovação/Destituição

PGR Presidente da República 2 anos Sem limite Senado Federal

Assembleia Legislativa
PGJ Governador 2 anos Uma única recondução
(somente destituição)

PGJ do DF Presidente da República 2 anos Uma única recondução Senado Federal

Membro do
Presidente da República 2 anos Uma única recondução Não se aplica
CNMP

Escolhido dentre os
Corregedor
membros do CNMP em 2 anos Vedada Não se aplica
Nacional
votação secreta

Esquematizando:

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a) Funções - Controlar a atuação administrativa e financeira do MP


- Fiscalizar o cumprimento dos deveres funcionais de seus membros, por meio do
desempenho das atribuições que lhe foram constitucionalmente outorgadas
b) Composição - Nomeados pelo PR, depois de aprovada a escolha pela MA do SF
- Mandato: 2 anos, admitida uma única recondução
- 14 membros - PGR (presidente do CNMP)
- 4 membros do MPU, assegurada a representação de cada uma de
suas carreiras
- 3 membros do MP dos Estados
- 2 juízes, indicados um pelo STF e outro pelo STJ
- 2 advogados, indicados pelo Conselho Federal da OAB
Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP)

- O Presidente da OAB deve oficiar junto ao CNMP, dessa


forma, não pode ser indicado a membro deste conselho
- 2 cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada,
indicados um pela CD e outro pelo SF
I zelar pela autonomia funcional e administrativa do MP, podendo expedir atos regulamentares,
no âmbito de sua competência, ou recomendar providências;
II zelar pela observância do art. 37 e apreciar a legalidade dos atos adm praticados por membros
ou órgãos do MPU e MPE, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se cumpra
a lei, sem prejuízo da competência dos TCs
c) Competências

III receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do MPU ou MPE, inclusive
contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional da
instituição, podendo avocar processos disciplinares em curso, determinar a remoção, a
disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de
serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa;
- Leis da União e dos Estados criarão ouvidorias do MP, para receber reclamações e
denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do MP, inclusive contra seus
serviços auxiliares, representando diretamente ao CNMP.
IV rever os processos disciplinares de membros do MPU ou MPE julgados há menos de um ano;
V elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias sobre a situação do
MP no País e as atividades do Conselho, que deve integrar a mensagem prevista no art. 84, XI.
d) Ações contra o CNMP - Julgadas pelo STF
- Somente das manifestações do colegiado e não de seus membros
individualmente
d) Corregedor Nacional - Eleição secreta
- Escolhido dentre os membros do MP que integram o CNMP
- Vedada recondução
- Funções I receber reclamações e denúncias relativas aos membros
do MP e dos seus serviços auxiliares;
II exercer funções executivas, de inspeção e correição;
III requisitar e designar membros do MP, delegando-lhes
atribuições, e requisitar servidores de órgãos do MP

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EXERCÍCIOS

1. (NCE-UFRJ - 2007 - MPE-RJ - Analista Administrativo) Se o MPERJ não


encaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro do prazo estabelecido
na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de
consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados da lei
orçamentária vigente, observados os limites da lei de diretrizes orçamentárias;

Certo. O Ministério Público é dotado de autonomia financeira. Isso


significa que ele elabora sua proposta orçamentária e não sofre
interferências dos outros poderes. No entanto, o MP deve obedecer à
LDO e à legislação, não podendo ultrapassar os limites previstos. Além
disso, caso o MP não envie sua proposta orçamentária dentro do prazo
estabelecido pela LDO, o Poder Executivo deve considerar para fins de
consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na
lei orçamentária vigente.

Observe o art. 127, §§ 3º e 4º:

§ 3º - O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária


dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.

§ 4º Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta


orçamentária dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes
orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de
consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados
na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites
estipulados na forma do § 3º.

Exemplificando: caso o MP, no ano de 2010, não envie a proposta


orçamentária para o ano de 2011, o Executivo deve considerar como
proposta para o ano de 2011 os valores da LOA de 2010 (a LOA
vigente). Além disso, o Executivo fará os ajustes necessários para
adequação desses valores à LDO.

2. (NCE-UFRJ - 2007 - MPE-RJ - Analista Administrativo - adaptada) Os recursos


correspondentes às dotações orçamentárias próprias e globais do Ministério
Público, compreendidos os créditos suplementares e especiais, ser-lhe-ão
entregues até o dia vinte de cada mês.

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Certo. O art. 168 da Constituição estabelece que “Os recursos


correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os
créditos suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos
Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria
Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, em
duodécimos, na forma da lei complementar a que se refere o art. 165,
§ 9º.”

3. (ESAF/CGU/2006) São princípios institucionais do Ministério Público, previstos


no texto constitucional, a unidade, a indivisibilidade, a autonomia decisória e a
independência funcional.

Errado. A autonomia decisória não está prevista como princípio


institucional do Ministério Público. Observe o art. 127, § 1º “São
princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a
indivisibilidade e a independência funcional.”

4. (ESAF/CGU/2006) O membro do Ministério Público adquire vitaliciedade após


dois anos de exercício e só poderá perder o cargo por decisão transitada em
julgado do Conselho Nacional do Ministério Público, assegurada a ampla
defesa.

Errado. De fato, a vitaliciedade é adquirida após dois anos. No entanto,


o membro do MP que a adquiriu somente pode perder o cargo em
virtude de sentença JUDICIAL transitada em julgado. Observe que o
CNMP não é um órgão do judiciário e não possui jurisdição. Aliás, nem
mesmo o Conselho Nacional de Justiça possui a capacidade de dizer o
direito. Assim, o membro do MP não pode perder o cargo por decisão
do CNJ ou do CNMP.

5. (NCE-UFRJ - 2007 - MPE-RJ - Analista Administrativo) Durante a execução


orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou
assunção de obrigações que extrapolem os limites da lei de diretrizes
orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de
créditos suplementares ou especiais;

Certo. Essa é a cópia do art. 127, § 6º “Durante a execução


orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas
ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos

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na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas,


mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais”.

6. (ESAF/Advogado-IRB/2006) Os membros do Conselho Nacional do Ministério


Público são nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a
escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para um mandato de dois
anos, sem possibilidade de recondução.

Errado. O CNMP é composto de 14 membros nomeados pelo Presidente


da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do
Senado Federal, ADMITIDA UMA ÚNICA RECONDUÇÃO. Lembre-se do
esquema sobre a composição do CNMP:

b) Composição - Nomeados pelo PR, depois de aprovada a escolha pela MA do SF


- Admitida uma única recondução
- 14 membros - PGR (presidente do CNMP)
- 4 membros do MPU, assegurada a representação de cada uma de
suas carreiras
- 3 membros do MP dos Estados
- 2 juízes, indicados um pelo STF e outro pelo STJ
- 2 advogados, indicados pelo Conselho Federal da OAB
- O Presidente da OAB deve oficiar junto ao CNMP, dessa
forma, não pode ser indicado a membro deste conselho
- 2 cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada,
indicados um pela CD e outro pelo SF

7. (ESAF/CGU/2006) O impedimento para o exercício da advocacia junto ao juízo


ou tribunal no qual atuava, antes de decorrido três anos de seu afastamento
do cargo por aposentadoria ou exoneração não se aplica ao membro do
Ministério Público.

Errado. Essa vedação é denominada quarentena e se aplica tanto aos


membros do MP quanto aos magistrados. Segundo ela, o membro do
MP aposentado ou exonerado não pode advogar no juízo ou tribunal do
qual se afastou antes de decorridos três anos de seu afastamento.
Essa vedação tem o objetivo de evitar o tráfico de influências.

8. (NCE-UFRJ - 2007 - MPE-RJ - Analista Administrativo) A autonomia financeira


traduz-se na prerrogativa que o MPERJ possui de elaborar sua proposta
orçamentária, prevendo sua gestão financeira.

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Certo. O Ministério Público é dotado de autonomia financeira. Isso


significa que ele elabora sua proposta orçamentária e não sofre
interferências dos outros poderes. No entanto, o MP deve obedecer à
LDO e à legislação, não podendo ultrapassar os limites previstos. Além
disso, algumas regras devem ser seguidas:

i. Caso o MP não encaminhe a proposta orçamentária (ao Executivo)


dentro do prazo estabelecido na LDO, o Executivo considerará, para
fins de consolidação, os valores da LOA vigente.

ii. Se o MP encaminhar proposta orçamentária em desacordo com


os limites da LDO, o Executivo fará os ajustes necessários.

iii. É vedado ao MP realizar despesas ou assumir obrigações que


extrapolem os limites da LDO, exceto se previamente autorizadas,
mediante créditos suplementares ou especiais.

9. (MPE-MS - 2011 - MPE-MS - Promotor de Justiça) A destituição do Procurador-


Geral da República pelo Presidente da República deve ser precedida de
autorização da maioria absoluta do Congresso Nacional;

Errado. A destituição do Procurador-Geral da República deve ser


autorizada pela maioria absoluta do Senado Federal e não do
Congresso Nacional.

10. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) O Ministério Público abrange o Ministério Público


da União e os ministérios públicos estaduais e do DF e territórios.

Errado. Conforme estudado, o Ministério Público abrange o MP da


União e o MP dos Estados. O MP da União, por sua vez se subdivide em
MP Federal, MP do Trabalho, MP Militar e MP do Distrito Federal e
Territórios. Lembre-se do esquema abaixo:

x Composição 1 - MPU - Ministério Público Federal (MPF)


do MP - Ministério Público do Trabalho
- Ministério Público Militar
- Ministério Público do Distrito Federal e Territórios
2 - MP Estadual

11. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) Conforme posicionamento do


STF, será constitucional norma estadual que atribuir o exercício das funções

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dos membros do MP especial no tribunal de contas do estado aos membros do


MP estadual.

Errado. O Ministério Público que atua junto ao Tribunal de Contas é um


órgão ligado à estrutura do próprio TC. Assim, membros do “MP
comum” não podem atuar nos MPjTC, pois pertencem a estruturas
totalmente diferentes.

12. (ESAF/PGFN/2007) O princípio do promotor natural decorre explicitamente do


princípio institucional da indivisibilidade.

Errado. O princípio do promotor natural não está expresso na


Constituição. Assim, ele é um princípio implícito que decorre do
princípio do juiz natural, da independência funcional e da
inamovibilidade dos membros do MP.

13. (ESAF/CGU/2008) O Procurador-Geral de Justiça do Ministério Público dos


Estados e o do Distrito Federal e Territórios é nomeado pelo respectivo
governador, que o escolhe de lista tríplice elaborada pelos integrantes da
carreira.

Errado. Como MPDFT é organizado e mantido pela União, o PGJ do DF é


nomeado pelo Presidente da República e não pelo governador do DF,
além disso, sua destituição deve ser aprovada pela maioria absoluta do
Senado Federal e não da Câmara Legislativa do DF.

14. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Aos membros do Ministério Público, ao contrário


do que ocorre com os membros da magistratura, não é vedado o exercício de
atividade político-partidária.

Errado. Assim como os membros da magistratura, os membros do


Ministério Público não podem exercer atividade político-partidária,
sendo essa vedação absoluta. Assim, caso queiram dedicar-se a essa
atividade, os membros do MP devem ser afastados do cargo por
aposentadoria ou exoneração.

15. (ESAF/CGU/2008) Além das previstas na Constituição, o Ministério Público


pode exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis
com sua finalidade, mas lhe é vedada a representação judicial e a consultoria
jurídica de entidades públicas.

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Certo. As funções institucionais do MP estão em um rol exemplificativo


e não taxativo. Assim, podem ser criadas novas competências, desde
que compatíveis com a finalidade do MP. Além disso, a Constituição
Federal veda taxativamente que o parquet sirva de órgão de consulta
ou como advogado de entidades públicas. Observe o art. 129, IX:

São funções institucionais do Ministério Público:


IX) Exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que
compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação
judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas.

16. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) O Conselho Nacional do Ministério Público


não tem poderes para determinar a remoção de membro do MP.

Errado. Em regra, os membros do MP realmente não podem ser


removidos por causa da garantia da inamovibilidade. No entanto,
existem duas exceções a essa garantia:

1- Remoção por interesse público, por deliberação da maioria absoluta


do órgão colegiado competente do MP, assegurada ampla defesa.

2- Sanção administrativa, aplicada pelo Conselho Nacional do


Ministério Público, assegurada ampla defesa.

17. (ESAF/TCU/2006) A Constituição autoriza o Poder Executivo a,


unilateralmente, ajustar a proposta orçamentária do Ministério Público Federal,
se ela for encaminhada em desacordo com os limites estabelecidos na lei de
diretrizes orçamentárias.

Certo. O Ministério Público é dotado de autonomia financeira. Isso


significa que ele elabora sua proposta orçamentária e não sofre
interferências dos outros poderes. No entanto, o MP deve obedecer à
LDO e à legislação, não podendo ultrapassar os limites previstos. Além
disso, caso o MP elabore a proposta em desacordo com a LDO, o Poder
Executivo fará os ajustes necessários.

Observe o art. 127, §§ 3º e 5º:

§ 3º - O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária


dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.

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§ 5º Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for


encaminhada em desacordo com os limites estipulados na forma do
§ 3º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários
para fins de consolidação da proposta orçamentária anual.

18. (CESPE/Analista-SERPRO/2008) Compete ao presidente da República nomear o


chefe do Ministério Público da União.

Certo. O Procurador-Geral da República, chefe do MPU, é nomeado pelo


Presidente da República, após ter seu nome aprovado pela maioria
absoluta do Senado Federal, dentre os integrantes da carreira com
mais de 35 anos. Lembre-se que o mandato é de dois anos, permitidas
sucessivas reconduções. No entanto, a cada recondução, o nome do
PGR deve ser novamente aprovado pela maioria absoluta do Senado
Federal.

19. (ESAF/PGDF/2007) O Ministério Público tem o poder de, em procedimento de


ordem administrativa, determinar a dissolução compulsória de associação que
esteja sendo usada para a prática de atos nocivos ao interesse público.

Errado. Essa questão é excelente, pois mistura as competências do MP


com os direitos e garantias fundamentais. A Constituição determina,
em seu art. 5º, XIX que “as associações só poderão ser
compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por
decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado”.

Dessa forma, somente quem pode suspender as atividades ou


dissolver uma associação é o Poder Judiciário e não o Ministério
Público.

20. (ESAF/CGU/2006) É garantia do membro do Ministério Público, a


inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do
órgão colegiado competente do Ministério Público, por voto de dois terços de
seus membros, assegurada ampla defesa.

Errado. Segundo a Constituição, a decisão é da maioria absoluta e não


de 2/3 do órgão colegiado competente. Observe o art. 128 §5º, I, b:
“inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante
decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público, pelo
voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa.”

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21. (ESAF/Advogado-IRB/2006) Em razão de sua autonomia financeira e


administrativa, durante a execução orçamentária do exercício, o Ministério
Público poderá, justificadamente, assumir obrigações que extrapolem os
limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, desde que já esteja em
tramitação no Congresso Nacional pedido de abertura de crédito suplementar
ou especial.

Errado. A Constituição veda expressamente que o MP realize despesas


ou assuma obrigações que extrapolem os limites da LDO, salvo se
previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos
suplementares ou especiais. Assim, não basta que o Projeto de Lei de
créditos suplementares ou especiais esteja em tramitação no
Congresso Nacional, havendo a necessidade de que o mesmo já tenha
sido aprovado.

22. (FCC - 2006 - TRE-SP - Analista Judiciário) NÃO é considerada função


constitucional do Ministério Público, dentre outras, exercer o controle da
atividade policial, na forma da lei complementar da União e dos Estados.

Errado. O controle externo da atividade policial é uma das funções do


MP prevista no art. 129, VII.

23. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) Segundo a CF, o MP brasileiro compreende


apenas o MP Federal e o MP dos estados e do DF.

Errado. O Ministério Público brasileiro compreende o Ministério Público


da União e o Ministério Público Estadual. O MPU, por sua vez, se
subdivide em MP Federal, MP do Trabalho, MP Militar e MP do Distrito
Federal e Territórios. Lembre-se do esquema abaixo:

x Composição 1 - MPU - Ministério Público Federal (MPF)


do MP - Ministério Público do Trabalho
- Ministério Público Militar
- Ministério Público do Distrito Federal e Territórios
2 - MP Estadual

24. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) É função institucional do MP defender


judicialmente os direitos e os interesses das populações carentes.

Errado. Dentre as funções do MP, não encontramos essa previsão.


Vamos revisar as funções do Ministério Público, lembrando que elas
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não são exaustivas, podendo haver acréscimo dessas competências,


desde que compatível com a função do MP.

- As funções somente podem ser exercidas por um membro do MP, integrante da


carreira, e que resida na comarca, salvo autorização do chefe da instituição
- A distribuição dos processos ao MP será imediata
I) Promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei
- Não precisa de investigação policial anterior: MP pode propor a ação penal
pública mesmo sem ter havido investigação policial, desde que tenha as provas
de autoria e materialidade
- Ressalvada a ação penal privada subsidiária da pública, caso haja inércia do
MP (art. 5º, LIX)
- Poder de investigação
- A promoção da ação penal pública é privativa do MP
II) Zelar pelo efetivo respeito dos poderes públicos e dos serviços de relevância pública
aos direitos assegurados na CF, promovendo as medidas necessárias a sua garantia
III) Promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio
Funções do MP

público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos


- Não é privativo
- A promoção da ACP não é privativa do MP: inclui diversos outros legitimados
(a Defensoria Pública, os entes federados e suas entidades da administração
indireta, a associação constituída há pelo menos um ano desde que tenha entre
suas finalidades as matérias protegidas pela ação civil pública).
IV) Promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção
da União e dos Estados, nos casos previstos na CF
V) Defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas
- MP deve intervir em todos os atos dos processos nos quais os índios sejam
parte (art. 232)
VI) Expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência,
requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da LC respectiva
VII) Exercer o controle externo da atividade policial, na forma da LC
VIII) Requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial,
indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais
IX) Exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua
finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de
entidades públicas (As competências do MP não são exaustivas)
- Podem ser criadas novas competências, desde que compatíveis com a
finalidade do MP

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25. (MPE-MS - 2011 - MPE-MS - Promotor de Justiça) O Poder executivo pode


ajustar proposta orçamentária do Ministério Público encaminhada em
desarmonia com a Lei de Diretrizes Orçamentárias.

Certo. O Ministério Público é dotado de autonomia financeira. Isso


significa que ele elabora sua proposta orçamentária e não sofre
interferências dos outros poderes. No entanto, o MP deve obedecer à
LDO e à legislação, não podendo ultrapassar os limites previstos. Além
disso, caso o MP elabore a proposta em desacordo com a LDO, o Poder
Executivo fará os ajustes necessários.

Observe o art. 127, §§ 3º e 5º:

§ 3º - O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária


dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.

§ 5º Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for


encaminhada em desacordo com os limites estipulados na forma do
§ 3º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários
para fins de consolidação da proposta orçamentária anual.

26. (MPE-MS - 2011 - MPE-MS - Promotor de Justiça) A independência funcional é


um princípio institucional do Ministério Público;

Certo. Observe o art. 127, § 1º “São princípios institucionais do


Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a independência
funcional.”

27. (MPE-MS - 2011 - MPE-MS - Promotor de Justiça) O Ministério Público pode


propor diretamente ao Poder legislativo a criação de seus cargos;

Certo. Trata-se da autonomia administrativa, conforme art. 127, § 2º:


“Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e
administrativa, podendo, observado o disposto no art. 169, propor ao
Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços
auxiliares, provendo-os por concurso público de provas ou de provas e
títulos, a política remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá
sobre sua organização e funcionamento.”

28. (FCC - 2007 - MPU - Analista de Informática) Conforme disposto na


Constituição Federal vigente, o Procurador-Geral da República poderá ser

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destituído pelo voto de dois terços dos membros do Conselho Superior do


Ministério Público Federal, desde que autorizado pelo Presidente da República.

Errado. Conforme art. 128, § 2º “A destituição do Procurador-Geral da


República, por iniciativa do Presidente da República, deverá ser
precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal.”

29. (MPE-MS - 2011 - MPE-MS - Promotor de Justiça) Ressalvado o magistério, ao


membro do Ministério Público, ainda que em disponibilidade, é vedado o
exercício de qualquer outra função pública.

Certo. Em regra, os membros do Ministério Público não podem exercer


qualquer outra função pública. No entanto, a Constituição Federal faz
uma ressalva de forma expressa. Observe: é vedado ao membro do MP
“exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública,
salvo uma de magistério” (CF, 129 §5º, II, d).

30. (CESPE - 2009 - PC-RN - Agente de Polícia) Uma das garantias do MP é a


vitaliciedade, após três anos de exercício, não podendo perder o cargo senão
por sentença judicial transitada em julgado.

Errado. As garantias concedidas aos membros do MP são as mesmas


garantias dos magistrados: vitaliciedade, inamovibilidade e
irredutibilidade de subsídios. No entanto, assim como o magistrado, o
membro do MP adquire a vitaliciedade após dois anos de efetivo
exercício e não três, como afirma a questão.

31. (CESPE - 2009 - PC-RN - Agente de Polícia) São princípios institucionais do MP


a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional.

Certo. Conforme art. 127, § 1º “São princípios institucionais do


Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a independência
funcional.”

32. (CESPE - 2011 - TJ-ES - Analista Judiciário) O procurador-geral de justiça de


um estado federado poderá ser destituído por deliberação da maioria absoluta
da respectiva assembleia legislativa, na forma da lei complementar pertinente.

Certo. O Procurador-Geral de Justiça de um dos estados da federação


pode ser destituído pelo voto da maioria absoluta do Poder Legislativo
estadual. Vamos revisar o esquema:

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- Procurador-Geral de Justiça (PGJ) - Chefe do MP Estadual


- Nomeação - Pelo Governador
- A partir de lista tríplice elaborada pelo próprio MP
- Dentre integrantes da carreira
- O Leg. não participa da escolha, somente da destituição
- MP dos Estados - Mandato - 2 anos
- Permitida uma única recondução
- Destituição - Iniciativa do Governador
- Deliberação da MA da Assembléia Legislativa
- MPDFT - PGJ do DF é nomeado pelo Presidente da República
- MPDFT é parte do MPU
- A partir de lista tríplice elaborada pelo MPDFT
- Mandato de 2 anos
- Permitida uma única recondução
- Art. 21, XII - a CF determina expressamente que o MPDFT
será organizado e mantido pela União
- Destituição pelo Senado Federal

33. (MPE-SP - 2005 - MPE-SP - Promotor de Justiça) De acordo com a Emenda


Constitucional n.º 45/2004, foi criado o Conselho Nacional do Ministério
Público, o qual escolherá, em sessão secreta, um Corregedor nacional.

Certo. O Conselho Nacional do Ministério Público realmente foi criado


pela Emenda Constitucional 45/2004. Além disso, este Conselho elege
em sessão secreta um corregedor nacional, dentre os membros do MP
que integram o CNMP. Adicionalmente, o mandato é único, sendo
vedada a recondução.

As funções do corregedor Nacional são as seguintes:

I receber reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas


aos membros do Ministério Público e dos seus serviços auxiliares;

II exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e correição geral;

III requisitar e designar membros do Ministério Público, delegando-lhes


atribuições, e requisitar servidores de órgãos do Ministério Público.

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34. (MPE-SP - 2005 - MPE-SP - Promotor de Justiça) A distribuição imediata de


processos existente para o Poder Judiciário não se estende ao Ministério
Público.

Errado. A distribuição imediata dos processos existente para o Poder


Judiciário também se aplica ao Ministério Público por força do art.
129, § 5º.

35. (MPE-SP - 2005 - MPE-SP - Promotor de Justiça) Por não serem órgãos do
Poder Judiciário, mas auxiliares ao Poder Legislativo, perante os Tribunais de
Contas não funcionam membros do Ministério Público.

Errado. Existe previsão constitucional expressa acerca do


funcionamento do Ministério Público junto aos Tribunais de Contas,
conforme art. 130 da Constituição. No entanto, lembre-se de que os
membros do MPjTC estão ligados à estrutura do próprio Tribunal de
Contas e os membros do “MP comum” não podem atuar junto aos TCs.

36. (MPE-SP - 2005 - MPE-SP - Promotor de Justiça) No Conselho Nacional do


Ministério Público, há uma divisão equânime de vagas destinadas ao Ministério
Público Federal e aos Ministérios Públicos dos Estados.

Errado. O CNMP é formado por 14 conselheiros e possui 4 membros do


MPU e 3 membros do MPE, possuindo a seguinte composição:

- PGR (presidente do CNMP);


- 4 membros do MPU, assegurada a representação de cada uma de
suas carreiras;
- 3 membros do MP dos Estados;
- 2 juízes, indicados um pelo STF e outro pelo STJ;
- 2 advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos
Advogados do Brasil. O Presidente da OAB deve oficiar junto ao CNMP,
dessa forma, não pode ser indicado a membro deste Conselho;
- 2 cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um
pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal.

37. (EJEF - 2008 - TJ-MG - Juiz) A legitimação do Ministério Público para as ações
civis mencionadas no texto constitucional e na lei impede a de terceiros.

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Errado. O MP não é o legitimado exclusivo da ação civil pública. A


legitimidade dessa ação inclui diversos outros legitimados (a
Defensoria Pública, os entes federados e suas entidades da
administração indireta, a associação constituída há pelo menos um ano
desde que tenha entre suas finalidades as matérias protegidas pela
ação civil pública).

Por outro lado, o MP é titular exclusivo da ação penal pública.

38. (EJEF - 2008 - TJ-MG - Juiz) Ao Ministério Público compete, dentre outras
funções institucionais, exercer o controle externo da atividade policial, na
forma da lei complementar.

Certo. É uma das funções do Ministério Público, conforme art. 129, VII
“exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei
complementar mencionada no artigo anterior”.

39. (TJ-DFT - 2007 - TJ-DF – Juiz) Se o Ministério Público não encaminhar a


respectiva proposta orçamentária dentro do prazo estabelecido na lei de
diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de
consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei
orçamentária vigente, de acordo com os limites legais;

Certo. O Ministério Público é dotado de autonomia financeira. Isso


significa que ele elabora sua proposta orçamentária e não sofre
interferências dos outros poderes. No entanto, o MP deve obedecer à
LDO e à legislação, não podendo ultrapassar os limites previstos. Além
disso, caso o MP não envie sua proposta orçamentária dentro do prazo
estabelecido pela LDO, o Poder Executivo deve considerar para fins de
consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na
lei orçamentária vigente.

Observe o art. 127, §§ 3º e 4º:

§ 3º - O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária


dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.

§ 4º Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta


orçamentária dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes
orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de
consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados
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na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites


estipulados na forma do § 3º.

Exemplificando: caso o MP, no ano de 2010, não envie a proposta


orçamentária para o ano de 2011, o Executivo deve considerar como
proposta para o ano de 2011 os valores da LOA de 2010 (a LOA
vigente). Além disso, o Executivo fará os ajustes necessários para
adequação desses valores à LDO.

40. (FCC - 2008 - MPE-RS - Secretário de Diligências) De acordo com a


Constituição Federal brasileira, os Ministérios Públicos dos Estados e o do
Distrito Federal formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma
da lei respectiva, para escolha de seu Procurador- Geral, que será nomeado
pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de três anos, vedada a
recondução.

Errado. De acordo com a CF, art. 128, § 3º “Os Ministérios Públicos dos
Estados e o do Distrito Federal e Territórios formarão lista tríplice
dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha
de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder
Executivo, para mandato de DOIS anos, permitida uma recondução.”

41. (CESPE - 2010 - MPE-ES - Promotor de Justiça) Constitui função institucional


do MP promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de
intervenção da União, nas hipóteses constitucionalmente estabelecidas.

Certo. Essa é uma das funções do Ministério Público previstas no art.


129. Confira as demais funções do MP:

Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:

I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;

II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância
pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas
necessárias a sua garantia;

III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio
público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;

IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de


intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição;

V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas;

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VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência,


requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar
respectiva;

VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar


mencionada no artigo anterior;

VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial,


indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais;

IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua
finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de
entidades públicas.

42. (CESPE - 2010 - MPE-ES - Promotor de Justiça) Compete ao STF elaborar a


proposta orçamentária do MP em conformidade com os limites estabelecidos
na lei de diretrizes orçamentárias.

Errado. O Ministério Público é dotado de autonomia financeira. Isso


significa que ele elabora sua proposta orçamentária e não sofre
interferências dos outros poderes.

43. (CESPE - 2010 - MPE-ES - Promotor de Justiça) O procurador geral da


República será nomeado pelo presidente da República para mandato de quatro
anos, vedada a recondução.

Errado. O PGR realmente é nomeado pelo Presidente da República, no


entanto, o seu mandato é de dois anos e não de quatro, como afirma a
questão. Lembre-se de que o nome do PGR tem que ser aprovado pela
maioria absoluta do Senado Federal e são permitidas sucessivas
reconduções, desde que o nome seja aprovado pelo referido órgão do
Legislativo a cada recondução.

44. (ESAF/ANEEL/2006) Somente o Ministério Público pode promover a ação civil


pública.

Errado. Realmente, o Ministério Público pode propor uma ação civil


pública. No entanto, ele não é titular exclusivo dessa ação, que pode
também ser proposta pela Defensoria Pública, pelos entes federados e
suas entidades da administração indireta e pela associação constituída
há mais de um ano desde que tenha entre suas finalidades as matérias
protegidas ação civil pública.

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45. (ESAF/CGU/2006) A destituição do Procurador-Geral da República, por


iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de autorização da
maioria absoluta das duas Casas do Congresso Nacional.

Errado. A destituição do PGR deve ser aprovada pela maioria absoluta


do Senado Federal e não do Congresso Nacional, conforme art. 52, XI.

46. (CESPE - 2010 - MPE-ES - Promotor de Justiça) Constitui condição necessária


para a destituição do procurador geral da República, por iniciativa do
presidente da República, a autorização de um terço dos membros do Senado
Federal.

Errado. A destituição do PGR tem que ser aprovada pela maioria


absoluta do Senado Federal em voto secreto, conforme art. 52, XI.

47. (CESPE - 2010 - MPE-ES - Promotor de Justiça) O procurador geral do DF e


territórios poderá ser destituído por deliberação da maioria relativa dos
membros da Câmara Legislativa do DF.

Errado. Como o MPDFT é um dos ramos do MPU, a destituição do PGJ


do DF deve ser aprovada pela maioria ABSOLUTA do Senado Federal e
não da Câmara Legislativa do DF.

48. (FCC - 2006 - TRE-SP - Analista Judiciário) NÃO é considerada função


constitucional do Ministério Público, dentre outras, defender judicialmente os
direitos e interesses das populações indígenas e intervir em todos os atos do
processo.

Errado. O MP tem competência para defender judicialmente os direitos


e interesses das populações indígenas, conforme art. 129. Além disso,
nesses feitos, o MP deve intervir em todos os atos do processo,
conforme art. 232 da CF.

49. (FCC - 2007 - MPU - Analista de Informática) Conforme disposto na


Constituição Federal vigente, o Procurador-Geral da República poderá ser
destituído pelo voto secreto da maioria absoluta dos membros do Conselho
Nacional do Ministério Público.

Errado. O Conselho Nacional do Ministério Público não possui o poder


de destituir o PGR, sendo essa atribuição do Senado Federal pelo voto
da maioria absoluta de seus membros.

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50. (FCC - 2008 - MPE-RS - Secretário de Diligências) De acordo com a


Constituição Federal brasileira, os Ministérios Públicos dos Estados e o do
Distrito Federal formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma
da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado
pelo Chefe do Poder Legislativo, para mandato de três anos, vedada a
recondução.

Errado. De acordo com a CF, art. 128, § 3º “Os Ministérios Públicos dos
Estados e o do Distrito Federal e Territórios formarão lista tríplice
dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha
de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder
Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma recondução.”

51. (CESPE - 2010 - MPE-SE - Promotor de Justiça) O princípio do promotor


natural, imanente ao sistema constitucional brasileiro, impede que, em
situações estritas e definidas na lei, seja afastado o promotor de justiça do
processo em que deveria atuar ou removido da promotoria de que seja titular.

Errado. Segundo o princípio do promotor natural, não poderão os


membros do MP ser casuisticamente designados para atuarem em
processos específicos, em desrespeito aos procedimentos previamente
fixados na legislação de regência. No entanto, em situações estritas e
definidas em lei, não há óbice para que o promotor de justiça seja
substituído, afastado ou removido.

52. (CESPE - 2010 - MPE-SE - Promotor de Justiça) Os atos de gestão


administrativa do MP, incluindo convênios, contratações, aquisições e
alienações de bens e serviços, podem ser condicionados à apreciação prévia do
Poder Executivo, pois não gozam de eficácia plena e executoriedade imediata.

Errado. Segundo a Constituição Federal, o Ministério Público possui


autonomia funcional, financeira e administrativa. Assim, o MP possui
autonomia para se autoadministrar, sem interferência dos outros
poderes.

53. (MPE-MG - 2010 - Promotor de Justiça) Os Procuradores-Gerais nos Estados e


no Distrito Federal e Territórios poderão ser destituídos por deliberação da
maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei complementar
respectiva.

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Certo. Atente-se, no entanto, que os PGJs dos estados serão


destituídos pela maioria absoluta da Assembleia Legislativa do estado
e o PGJ do DF será destituído pela maioria absoluta do Senado Federal.

54. (CESPE - 2010 - MPE-SE - Promotor de Justiça) Inexiste, no Brasil, MP eleitoral


como instituição; existem apenas funções eleitorais do MP.

Certo. O MP eleitoral não dispõe de estrutura própria e será integrado


por membros do MP federal e membros do MP estadual. Observe que,
inclusive, não existe um Ministério Público Eleitoral da União. Vamos
relembrar a composição do Ministério Público:

x Composição 1 - MPU - Ministério Público Federal (MPF)


do MP - Ministério Público do Trabalho
- Ministério Público Militar
- Ministério Público do Distrito Federal e Territórios
2 - MP Estadual

55. (MPE-MG - 2010 - Promotor de Justiça) Leis complementares da União e dos


Estados, cuja iniciativa é exclusiva dos respectivos Procuradores-Gerais,
estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério
Público.

Errado. A questão cobrou o art. 128, § 5º da Constituição. Observe o


texto correto: § 5º “Leis complementares da União e dos Estados, cuja
iniciativa é FACULTADA aos respectivos Procuradores-Gerais,
estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada
Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros.”

56. (MPE-MG - 2010 - Promotor de Justiça) O membro do Ministério Público tem a


garantia da inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante
decisão do órgão colegiado e competente da Instituição, pelo voto da maioria
absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa.

Certo. A inamovibilidade garante que, via de regra, os membros do


Ministério Público somente possam ser removidos a pedido e nunca ex
oficio. Existem duas exceções a essa regra:

1- Remoção por interesse público, por deliberação da maioria absoluta


do órgão colegiado competente do MP, assegurada ampla defesa.

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2- Sanção administrativa, aplicada pelo Conselho Nacional do


Ministério Público, assegurada ampla defesa.

57. (MPE-MG - 2010 - Promotor de Justiça) Durante a execução orçamentária do


exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de
obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias, mesmo se ocorrer prévia autorização.

Errado. A regra é que realmente não poderá haver a realização de


despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. No entanto, a CF
permite que essa regra seja relevada, caso as despesas sejam
previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos
suplementares ou especiais.

58. (FCC - 2006 - TRE-SP - Analista Judiciário) NÃO é considerada função


constitucional do Ministério Público, dentre outras, diligenciar pelo efetivo
respeito dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados na
Constituição Federal.

Errado. Essa atribuição está expressamente prevista no art. 129, II da


CF.

59. (ESAF-CGU-2008) O Procurador-Geral de Justiça do Ministério Público dos


Estados e o do Distrito Federal e Territórios pode ser destituído por deliberação
da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei complementar
respectiva.

Certo. Como MPDFT é organizado e mantido pela União, o PGJ do DF é


nomeado pelo Presidente da República e não pelo governador do DF,
além disso, sua destituição deve ser aprovada pela maioria absoluta do
Senado Federal e não da Câmara Legislativa do DF. Já para os estados,
o PGJ é nomeado pelo Governador e sua destituição deve ser aprovada
pela maioria absoluta da Assembleia Legislativa Estadual.

60. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) O MP, apesar de dotado de autonomia


financeira, não é obrigado a elaborar sua proposta orçamentária dentro dos
limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.

Errado. O Ministério Público é dotado de autonomia financeira. Isso


significa que ele elabora sua proposta orçamentária e não sofre
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interferências dos outros poderes. No entanto, o MP deve obedecer à


LDO e à legislação, não podendo ultrapassar os limites previstos. Além
disso, caso o MP elabore a proposta em desacordo com a LDO, o Poder
Executivo fará os ajustes necessários.

Observe o art. 127, §§ 3º e 5º:

§ 3º - O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária


dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.

§ 5º Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for


encaminhada em desacordo com os limites estipulados na forma do
§ 3º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins
de consolidação da proposta orçamentária anual.

61. (ESAF/AFT/2006) Compete à Câmara dos Deputados aprovar, por maioria


absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da
República, antes do término de seu mandato.

Errado. Essa competência é do Senado Federal e não da Câmara dos


Deputados (art. 52, XI).

62. (ESAF/ENAP/2006) As funções do Ministério Público só podem ser exercidas


por integrantes da carreira, que deverão residir na comarca da respectiva
lotação, salvo autorização do chefe da instituição.

Certo. Essa é a cópia do art. 129, § 2º da CF. observe: “§ 2º As funções


do Ministério Público só podem ser exercidas por integrantes da
carreira, que deverão residir na comarca da respectiva lotação, salvo
autorização do chefe da instituição.”

63. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) Entre as garantias concedidas aos membros


do MP está a estabilidade após três anos de efetivo exercício.

Errado. As garantias concedidas aos membros do MP são as mesmas


garantias dos magistrados: vitaliciedade, inamovibilidade e
irredutibilidade de subsídios. Assim, o membro do MP não adquire a
estabilidade, mas sim a vitaliciedade e isso ocorre após dois anos de
efetivo exercício e não três, como afirma a questão.

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64. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) Quando um membro do MP se aposenta, é


vedado a ele advogar no juízo ou tribunal em que atuava, antes que haja
transcorrido três anos da aposentadoria.

Certo. Essa vedação é chamada de quarentena e também é aplicável


aos magistrados. Assim, nem o membro do MP e nem o magistrado
pode atuar como advogado no tribunal ou juízo que atuava antes de
decorridos três anos de sua aposentadoria ou exoneração. Essa
vedação serve para evitar o tráfico de influências.

65. (ESAF/Advogado-IRB/2006) Salvo as exceções expressamente previstas em


lei, é vedado ao membro do Ministério Público exercer atividade político-
partidária.

Errado. Assim como a vedação dos magistrados, essa vedação é


absoluta para os membros do parquet. Dessa forma, os membros do
MP somente podem se filiar a partido político se forem exonerados ou
aposentados, não sendo admitidas exceções.

66. (ESAF/CGU/2006) Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva


proposta orçamentária dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes
orçamentárias (LDO), o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação
da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária
vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na LDO.

Certo. O Ministério Público é dotado de autonomia financeira. Isso


significa que ele elabora sua proposta orçamentária e não sofre
interferências dos outros poderes. No entanto, o MP deve obedecer à
LDO e à legislação, não podendo ultrapassar os limites previstos. Além
disso, caso o MP não envie sua proposta orçamentária dentro do prazo
estabelecido pela LDO, o Poder Executivo deve considerar para fins de
consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na
lei orçamentária vigente.

67. (ESAF/CGU/2006) Lei complementar federal, de iniciativa exclusiva do


Presidente da República, estabelecerá a organização, as atribuições e o
estatuto do Ministério Público da União.

Errado. A lei que estabelece a organização, as atribuições e o estatuto


do Ministério Público da União é uma Lei Complementar federal de

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iniciativa concorrente entre o Presidente da República e o Procurador-


Geral da República (art. 61, § 1º, II, “d” + 128, § 5º).

68. (FCC - 2006 - TRE-SP - Analista Judiciário) NÃO é considerada função


constitucional do Ministério Público, dentre outras, a consultoria e o
assessoramento jurídico do Poder Executivo, por ser incompatível com sua
finalidade.

Certo. A Constituição veda expressamente que o MP pratique a


representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas
(art. 129, IX).

69. (FCC - 2008 - MPE-RS - Secretário de Diligências) De acordo com a


Constituição Federal brasileira, os Ministérios Públicos dos Estados e o do
Distrito Federal formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma
da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado
pelo Chefe do Poder Judiciário, para mandato de três anos, vedada a
recondução.

Errado. De acordo com a CF, art. 128, § 3º “Os Ministérios Públicos dos
Estados e o do Distrito Federal e Territórios formarão lista tríplice
dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha
de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder
Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma recondução.”

70. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) O Conselho Nacional do Ministério Público


tem poderes para demitir membro do MP.

Errado. O CNMP não pode demitir um membro do MP. Aliás, este,


depois de adquirida a vitaliciedade, somente pode perder o cargo em
virtude de sentença judicial transitada em julgado.

O Conselho Nacional do Ministério Público pode aplicar algumas


sanções, como a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com
subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar
outras sanções administrativas, mas não pode determinar a sua
demissão.

71. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) O Conselho Nacional do Ministério Público


pode avocar processos disciplinares em curso nos MPs.

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Certo. Essa é uma das competências do CNMP prevista no art. 130-A,


§2º. Vamos revisar as demais:

I zelar pela autonomia funcional e administrativa do MP, podendo expedir atos


regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências;
II zelar pela observância do art. 37 e apreciar a legalidade dos atos adm praticados por
membros ou órgãos do MPU e MPE, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para
que se cumpra a lei, sem prejuízo da competência dos TCs
c) Competências do CNMP

III receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do MPU ou MPE, inclusive
contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional da
instituição, podendo avocar processos disciplinares em curso, determinar a remoção, a
disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de
serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa;
- Leis da União e dos Estados criarão ouvidorias do MP, para receber reclamações e
denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do MP, inclusive
contra seus serviços auxiliares, representando diretamente ao CNMP.
IV rever os processos disciplinares de membros do MPU ou MPE julgados há menos de um
ano;
V elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias sobre a situação do
MP no País e as atividades do Conselho, que deve integrar a mensagem prevista no art. 84, XI.

72. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) O Conselho Nacional do Ministério Público é


composto de quatorze membros, entre os quais cinco membros dos MPs dos
estados, cada um representando uma região da Federação.

Errado. Realmente, o CNMP é composto de 14 membros, mas a questão


erra na forma da composição. Veja a estrutura correta deste Conselho:

- 14 membros - PGR (presidente do CNMP)


- 4 membros do MPU, assegurada a representação de cada uma de
suas carreiras
- 3 membros do MP dos Estados
- 2 juízes, indicados um pelo STF e outro pelo STJ
- 2 advogados, indicados pelo Conselho Federal da OAB
- O Presidente da OAB deve oficiar junto ao CNMP, dessa forma,
não pode ser indicado a membro deste conselho
- 2 cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada,
indicados um pela CD e outro pelo SF

73. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) O Conselho Nacional do Ministério Público


deve ser presidido por seu conselheiro mais antigo.

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Errado. O CNMP é presidido pelo Procurador-Geral da República (CF,


art. 130-A, I).

74. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) Ao MP compete promover privativamente a


ação civil pública para a defesa do meio ambiente.

Errado. O MP não é o legitimado exclusivo da ação civil pública. A


legitimidade dessa ação inclui diversos outros legitimados: a
Defensoria Pública, os entes federados e suas entidades da
administração indireta, a associação constituída há pelo menos um ano
desde que tenha entre suas finalidades as matérias protegidas pela
ação civil pública.

Lembre-se, no entanto, que o MP é o legitimado exclusivo para propor


a ação PENAL pública.

75. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) A CF enumera, em rol taxativo,


as funções institucionais do MP.

Errado. As funções institucionais do MP estão em um rol


exemplificativo e não taxativo, como afirma a questão. Assim, podem
ser criadas novas competências, desde que compatíveis com a
finalidade do MP. Observe o art. 129, IX:

IX) Exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que
compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação
judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas.

76. (FCC - 2006 - TRE-SP - Analista Judiciário) NÃO é considerada função


constitucional do Ministério Público, dentre outras, promover a representação
para fins de intervenção da União e dos Estados, quando for o caso.

Errado. Essa atribuição está expressamente prevista no art. 129, IV.

77. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Ao Ministério Público é assegurada autonomia


funcional e administrativa, podendo ele propor ao Poder Legislativo a criação e
a extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os por concurso
público de provas ou de provas e títulos.

Certo. A Constituição assegura expressamente ao Ministério Público a


autonomia funcional e administrativa. Observe o art. 127:

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§ 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa,


podendo, observado o disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a
criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os por
concurso público de provas ou de provas e títulos, a política remuneratória e os
planos de carreira; a lei disporá sobre sua organização e funcionamento.

78. (CESPE/AJAJ - TRT 5ª/2009) O Ministério Público do Trabalho integra o


Ministério Público da União.

Certo. O MPU se subdivide em quatro diferentes ramos: MP Federal, MP


do Trabalho, MP Militar e MP do Distrito Federal e Territórios. Lembre-
se do esquema abaixo:

x Composição 1 - MPU - Ministério Público Federal (MPF)


do MP - Ministério Público do Trabalho
- Ministério Público Militar
- Ministério Público do Distrito Federal e Territórios
2 - MP Estadual

79. (CESPE/TRT-17ª/2009) No tocante à organização do Estado brasileiro, a CF


estabeleceu que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à
justiça, à qual compete representar a União, judicial e extrajudicialmente.

Errado. A Constituição confiou essa atribuição à AGU (CF, art. 131) e


não ao Ministério Público. Lembre-se do que a CF fala sobre o MP:

Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente,


essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a
defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos
interesses sociais e individuais indisponíveis.

80. (CESPE/Advogado - BRB/2010) Determinado membro do Ministério Público


estadual que tenha se aposentado no final do último ano está impedido de
exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou antes de decorridos
três anos da referida aposentadoria.

Certo. Essa vedação é denominada quarentena e se aplica tanto aos


membros do MP quanto aos magistrados. Segundo ela, o membro do
MP aposentado ou exonerado não pode advogar no juízo ou tribunal do
qual se afastou antes de decorridos três anos de seu afastamento.
Essa vedação tem o objetivo de evitar o tráfico de influências.
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81. (ESAF/PGFN/2007) O princípio constitucional da unidade evidencia que as


subdivisões da instituição Ministério Público têm apenas finalidade
administrativa, daí não se admitir a hipótese de verdadeiro conflito de
competência que possa ser solvido pelo Poder Judiciário.

Errado. Segundo a doutrina, a unidade do MP não quer dizer que o


MPF, MPDFT, MPT e MPE sejam subdivisões com finalidade meramente
administrativas, e sim que cada um deles forma um órgão uno. Cada
uma dessas subdivisões possui finalidade institucional do MP enquanto
fiscal da lei e da federação.

82. (ESAF/MPU/2004) O princípio da independência funcional significa, entre


outras considerações, que cada membro e cada órgão do Ministério Público
gozam de independência para exercer suas funções em face dos outros
membros e órgãos da mesma instituição.

Certo. Cada membro do MP se submete somente à Constituição, às leis


e à sua consciência. Dessa forma, ele goza de independência inclusive
frente a seus pares. Por exemplo: caso um membro do MP se
manifeste em um processo e, posteriormente, venha a ser substituído
por outro membro do MP, quem substituiu não será obrigado a acatar
a posição do membro anterior, sendo livre para dar seu parecer
conforme suas convicções.

Lembre-se que os membros do MP não se submetem nem mesmo ao


Procurador-Geral, sendo que a subornação a este é meramente
administrativa e não funcional.

83. (ESAF/TCU/2006) A vedação aos membros do Ministério Público de exercerem


atividade político-partidária admite exceções previstas em lei.

Errado. Assim como a vedação dos magistrados, essa vedação é


absoluta para os membros do parquet. Dessa forma, os membros do
MP somente podem se filiar a partido político se forem exonerados ou
aposentados.

84. (FCC - 2008 - MPE-RS - Secretário de Diligências) De acordo com a


Constituição Federal brasileira, os Ministérios Públicos dos Estados e o do
Distrito Federal formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma
da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado

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pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma
recondução.

Certo. Essa é a cópia do art. 128, § 3º “Os Ministérios Públicos dos


Estados e o do Distrito Federal e Territórios formarão lista tríplice
dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha
de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder
Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma recondução.”

85. (ESAF/ANEEL/2006) A escuta telefônica determinada por membro do Ministério


Público para apuração de crime hediondo não constitui prova ilícita.

Errado. Conforme jurisprudência do Supremo, somente a autoridade


judicial pode determinar a escuta telefônica.

86. (FCC - 2007 - MPU - Analista de Informática) Conforme disposto na


Constituição Federal vigente, o Procurador-Geral da República poderá ser
destituído por iniciativa do Presidente da República, precedida da autorização
da maioria absoluta do Senado Federal.

Certo. Conforme art. 128, § 2º “A destituição do Procurador-Geral da


República, por iniciativa do Presidente da República, deverá ser
precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal.”

87. (ESAF/PGDF/2007) O Ministério Público não pode ajuizar ação civil pública que
tenha por causa relação jurídica regulada pelo Código de Defesa do
Consumidor.

Errado. O direito do consumidor é um direito difuso/transindividual, ou


seja, ele transcende o indivíduo, sendo afeto a toda coletividade.
Assim, esse direito pode ser defendido por meio de ação civil pública,
que visa a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e
de outros interesses difusos e coletivos (art. 129, III).

88. (ESAF/CGU/2008) O Ministério Público possui a faculdade de propor ao Poder


Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, a política
remuneratória e os planos de carreira.

Certo. Essa faculdade decorre da autonomia administrativa conferida


ao Ministério Público pela Constituição Federal. Lembre-se do
esquema:

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- Autonomia - Adm - Criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares


- Política remuneratória e os planos de carreira
- Lembrando - Quem organiza - MP dos estados é o próprio estado
e mantém o - MPDFT é a União
- Lei de organização - Estadual: apresentadas nas Assembleias
legislativas estaduais
- do DFT: apresentado no Congresso
Nacional
- Financeira - Elabora a própria proposta orçamentária - limites da LDO
- O MP não envia a proposta orçamentária diretamente ao Legislativo
- O orçamento do MP está dentro do orçamento do Executivo
i. Caso o MP não encaminhe a proposta orçamentária dentro do prazo
estabelecido na LDO, o Executivo considerará, para fins de
consolidação, os valores da LOA vigente
ii. Se MP encaminhar proposta orçamentária em desacordo com os
limites da LDO, o Executivo fará os ajustes necessários
iii. É vedado ao MP realizar despesas ou assumir obrigações que
extrapolem os limites da LDO, exceto se previamente autorizadas,
mediante créditos suplementares ou especiais

89. (FCC - 2007 - MPU - Analista de Informática) Conforme disposto na


Constituição Federal vigente, o Procurador-Geral da República poderá ser
destituído por meio de deliberação do Senado Federal, se condenado pelo
Supremo Tribunal Federal por crime de responsabilidade.

Errado. Quem julga o Procurador-Geral da República nos crimes de


responsabilidade não é o Supremo Tribunal Federal e sim o Senado
Federal. Além disso, conforme art. 128, § 2º “A destituição do
Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da
República, deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do
Senado Federal.”

90. (ESAF/PGDF/2007) O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas do Distrito


Federal integra o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.

Errado. O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas faz parte da


estrutura do próprio Tribunal de Contas, não integrando o “MP
comum”.

91. (ESAF/CGU/2006) É vedado ao membro do Ministério Público exercer, ainda


que em disponibilidade, qualquer outra função pública.

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Errado. Realmente, em regra, os membros do Ministério Público não


podem exercer qualquer outra função pública. No entanto, a
Constituição Federal faz uma ressalva de forma expressa. Observe: é
vedado ao membro do MP “exercer, ainda que em disponibilidade,
qualquer outra função pública, salvo uma de magistério” (CF, 129 §5º,
II, d).

92. (FCC - 2008 - MPE-RS - Secretário de Diligências) De acordo com a


Constituição Federal brasileira, os Ministérios Públicos dos Estados e o do
Distrito Federal formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma
da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado
pelo Chefe do Poder Judiciário, para mandato de dois anos, permitida uma
recondução.

Errado. De acordo com a CF, art. 128, § 3º “Os Ministérios Públicos dos
Estados e o do Distrito Federal e Territórios formarão lista tríplice
dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha
de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder
Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma recondução.”

93. (FCC - 2007 - MPU - Analista de Informática) Conforme disposto na


Constituição Federal vigente, o Procurador-Geral da República poderá ser
destituído por iniciativa do Colégio de Procuradores, desde que precedida de
autorização da maioria simples do Senado Federal.

Errado. Conforme art. 128, § 2º “A destituição do Procurador-Geral da


República, por iniciativa do Presidente da República, deverá ser
precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal.”

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IV. DA DEFENSORIA PÚBLICA (DP)

1. INFORMAÇÕES GERAIS

Meu caro aluno e futuro Auditor-Fiscal do Trabalho, a Defensoria Pública,


segundo a própria CF88, é uma instituição essencial à função jurisdicional do
Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus,
dos necessitados, na forma do art. 5º, LXXIV. Em palavras bem simples: a DP
é o órgão que atua como “advogado dos necessitados”, é uma instituição que
fortalece o direito de acesso à justiça e deve atender aos NECESSITADOS.

Observe o texto do artigo 5º LXXIV: “o Estado prestará assistência jurídica


integral e gratuita aos que comprovarem INSUFICIÊNCIA DE RECURSOS.”

Muito cuidado para não confundir essa expressão com a expressão


“reconhecidamente pobres” do artigo 5º, LXXVI:

LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma


da lei:
a) o registro civil de nascimento;
b) a certidão de óbito;

Outro ponto importante é que a DP foi criada pela Constituição de 1988 e não
pode prestar assistência judicial a servidores públicos, quando processados por
ato praticado em razão do exercício de suas funções (ADI 3.022/RS).

2. ORGANIZAÇÃO E AUTONOMIA DA DEFENSORIA PÚBLICA

A Constituição estabelece que lei complementar organize a Defensoria


Pública da União e do Distrito Federal e dos Territórios e prescreva normas
gerais para sua organização nos Estados, em cargos de carreira, providos, na
classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a seus
integrantes a garantia da inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia
fora das atribuições institucionais. Assim como os Advogados da União, os
defensores públicos são remunerados por subsídio.

A Constituição Federal assegura também, às Defensorias Públicas ESTADUAIS


autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta
orçamentária, obviamente, dentro dos limites estabelecidos na lei de

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diretrizes orçamentárias. Observe que a CF não estendeu essas prerrogativas à


Defensoria Pública da União.

IMPORTANTE! A Emenda Constitucional 69/2012 transferiu a


competência de organizar e manter a Defensoria Pública do DF da
União para o DF! Dessa forma, aplicam-se à Defensoria Pública do
Distrito Federal os mesmos princípios e regras que, nos termos da
Constituição Federal, regem as Defensorias Públicas dos Estados. Já a
DP dos Territórios continua a cargo da União. (confira aqui a EC 69/2012)

Ainda quanto a esse tema, a Emenda Constitucional 69/2012 não alterou o


seguinte dispositivo constitucional:

Art. 133, § 1º Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do


Distrito Federal e dos Territórios e prescreverá normas gerais para sua organização
nos Estados, em cargos de carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso
público de provas e títulos, assegurada a seus integrantes a garantia da
inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora das atribuições
institucionais.

Antes da Emenda, a Lei Complementar que organizava a DPU e a DPDFT era


da União. No entanto, após a referida Emenda, devemos entender que a Lei
Complementar que irá organizar a DPDF é uma LC do DF e não da União, ok?

Por fim, conforme artigo 168 da CF, deve-se frisar que os recursos
correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos
suplementares e especiais, destinados à Defensoria Pública serão entregues
até o dia 20 de cada mês, em duodécimos, na forma de lei complementar.

Esquematizando:

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x Criada pela CF88


x A DP é instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a
orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos necessitados, na forma do art.
5º, LXXIV
o Fortalece o direito de acesso à justiça
o A Defensoria Pública deve atender aos necessitados
x Art. 5º LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que
DEFENSORIA PÚBLICA (DP)

comprovarem INSUFICIÊNCIA DE RECURSOS


o Não confundir com reconhecidamente pobres do art. 5º LXXVI:
ƒ Art. 5º LXXVI: São gratuitos para os reconhecidamente pobres, na
forma da lei a) o registro civil de nascimento;
b) a certidão de óbito;
x Não pode prestar assistência judicial a servidores públicos, quando processados por
ato praticado em razão do exercício de suas funções (ADI 3.022/RS)
x Organização da DP - LC irá - Organizar a DPU e do DFT *(EC69/2012)
- Normas gerais para organização da DPE
- Em cargos de carreira
- Providos, na classe inicial, mediante concurso público de
provas e títulos
- Possuem inamovibilidade
- Vedado o exercício da advocacia fora das atribuições
institucionais
- Remunerados por subsídio (assim como AGU)
x Autonomia - Somente as DP ESTADUAIS
- Possuem - autonomia funcional e administrativa e a
- iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites
estabelecidos na LDO
- DPU não tem autonomia
- O DF organiza e mantém sua Defensoria Pública! EC 69/2012
- Aplicam-se à DPDF os mesmos princípios e regras que, nos
termos da CF, regem as DPs dos Estados

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V. DA ADVOCACIA PÚBLICA

1. CONCEITO E ATRIBUIÇÕES

A Advocacia-Geral da União (AGU) foi criada pela Constituição de 1988. Antes


da AGU, o Ministério Público Federal é quem exercia a função de advogado da
União.

A AGU possui duas funções:

1. Representar a União, judicial e extrajudicialmente, diretamente ou


através de órgão vinculado.

Observe que nessa função, a AGU representa a União como um todo,


englobando os seus órgãos e todos os poderes. Essa representação pode
ser feita tanto judicialmente, ou seja, perante o Poder Judiciário,
quanto extrajudicialmente (perante órgãos púbicos, por exemplo).

No entanto, a própria Constituição faz uma ressalva quanto à


representação da União em uma área bastante específica: na execução
da dívida ativa de natureza TRIBUTÁRIA, a representação da União
cabe à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.

Entendendo melhor: a Dívida Ativa da União é composta por todos os


créditos desse ente (da União), sejam eles de natureza tributária ou
não tributária, regularmente inscritos pela Procuradoria-Geral da
Fazenda Nacional, depois de esgotado o prazo fixado para pagamento,
pela lei ou por decisão proferida em processo regular.

Assim, a Constituição estabelece que a PGFN represente a União na


divida ativa tributária.

2. Exercer atividades de consultoria e assessoramento jurídico do


Poder Executivo.

Observe que, diferentemente da função de representação, que é geral, a


AGU somente exerce a atividade de consultoria e assessoramento
jurídico para o Poder Executivo (do Legislativo e do Judiciário não!).

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2. ORGANIZAÇÃO E CHEFIA

A organização e funcionamento da Advocacia-Geral da União é regulada por


Lei Complementar e o ingresso na carreira é feito por concurso público de
provas e títulos.

Ademais, a AGU é chefiada pelo Advogado-Geral da União (também


chamado de AGU), cargo de livre nomeação e exoneração pelo Presidente da
República e que possui status de Ministro de Estado. São requisitos para que
alguém ocupe esse cargo:

- ser cidadão,
- ser maior de 35 anos
- possuir notável saber jurídico e reputação ilibada

Dessa forma, o Presidente da República pode escolher qualquer um que


preencha esses requisitos, não sendo necessário que a referida autoridade seja
escolhida dentre os membros da Advocacia–Geral da União.

Por fim, o Advogado-Geral da União é julgado nos crimes comuns pelo


Supremo Tribunal Federal e nos crimes de responsabilidade pelo
Senado Federal.

3. PROCURADORES DOS ESTADOS E DO DF

A Constituição estabelece que os Procuradores dos Estados e do Distrito


Federal serão organizados em carreira, na qual o ingresso dependerá de
concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos
Advogados do Brasil em todas as suas fases. Além disso, estabelece que eles
exercerão a representação judicial e a consultoria jurídica das respectivas
unidades federadas.

Por fim, a CF ainda diz que, a esses procuradores, é assegurada estabilidade


(não é vitaliciedade, como os juízes e membros do MP) após três anos de
efetivo exercício, mediante avaliação de desempenho perante os órgãos
próprios, após relatório circunstanciado das corregedorias.

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4. PARTICIPAÇÃO DA OAB NOS CONCURSOS

Uma questão muito comum em provas é acerca da participação da Ordem dos


Advogados do Brasil nos concursos das três carreiras estudadas até aqui.
Expressamente, a Constituição determina que a OAB participe de todas as
fases do concurso de PROCURADORES DOS ESTADOS E DO DISTRITO
FEDERAL, não fazendo essa previsão no que se refere aos cargos de
Advogado da União e de Defensor Público. Observe os dispositivos da CF:

Art. 134, § 1º - Lei complementar organizará a Defensoria Pública da


União e do Distrito Federal e dos Territórios e prescreverá normas
gerais para sua organização nos Estados, em cargos de carreira,
providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e
títulos, assegurada a seus integrantes a garantia da inamovibilidade e
vedado o exercício da advocacia fora das atribuições institucionais.
(não fala nada da OAB)

Art. 131, § 2º - O ingresso nas classes iniciais das carreiras da


instituição de que trata este artigo (AGU) far-se-á mediante concurso
público de provas e títulos. (não fala nada da OAB)

Art. 132. Os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal,


organizados em carreira, na qual o ingresso dependerá de concurso
público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos
Advogados do Brasil em todas as suas fases, exercerão a
representação judicial e a consultoria jurídica das respectivas unidades
federadas.

5. EXERCÍCIO DA ADVOCACIA

A Constituição somente veda de forma expressa o exercício da advocacia pelos


defensores públicos e membros do Ministério Público. Por outro lado, a CF
não veda que os membros da advocacia pública a exerçam. Assim, desde que
não haja vedação na lei e desde que não violem os interesses da pessoa de
direito público em relação à qual pertençam, os advogados públicos poderão
exercer a advocacia fora das atribuições institucionais.

Somente como exemplo, os advogados da União não podem advogar por força
da Lei Complementar 73/93. Já os Procuradores do DF podem, uma vez que
não há vedação na lei.

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Esquematizando:

A CF fala expressamente sobre a participação da OAB nos concursos?

Defensoria Pública Não

Advogado da União Não

Procuradores dos Estados e DF Sim

Vedação expressa na CF do exercício da advocacia

Defensoria Pública Vedado

Ministério Público Vedado

Advogados Públicos CF não veda, mas a lei pode vedar

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DA ADVOCACIA PÚBLICA
x Criada pela CF88
x Antes da AGU, o MP Federal é quem exercia a função de advogado da União
1 - Representa a União - Diretamente ou através de órgão vinculado
- Judicial e extrajudicialmente
Advocacia-Geral da União (AGU)

o Representa a União como um todo, englobando os seus órgãos


e todos os poderes
o Na Execução da Dívida Ativa de natureza tributária: a
representação da U é feita pela Procuradoria-Geral da Fazenda
Nacional
2 - Realiza as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder
Executivo Federal
o Aqui é só o Executivo Federal!
- Organização e funcionamento regulados por LC
- Ingresso na carreira: concurso público de provas e títulos.
- Chefia - Advogado-Geral da União (AGU)
- Livre nomeação e exoneração
- Pelo Presidente da República
- Tem status de Ministro de Estado
- Requisitos - Ser cidadão
- Maiores de 35anos
- Notável saber jurídico e reputação ilibada
- Julgamento - Crimes comuns: STF
- Crimes de responsabilidade: SF
x Procuradores dos - Organizados em carreira
estados e do DF - Ingresso por concurso público de provas e títulos
- Participação da OAB em todas as suas fases,
- Exercerão a representação judicial e a consultoria jurídica das
respectivas unidades federadas
• Essas funções não podem ser exercidas por
ocupantes de cargo em comissão.
- Estabilidade: após 3 anos de efetivo exercício
- Avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, após
relatório circunstanciado das corregedorias

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VI. DA ADVOCACIA PRIVADA

Meus queridos alunos e futuros Auditores-Fiscais do Trabalho, a Carta Magna


prevê que o advogado é indispensável à administração da justiça, sendo
inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites
da lei.

Como estudado anteriormente, as pessoas não podem atuar diretamente


perante o Poder Judiciário, uma vez que o advogado inscrito na OAB é o único
que possui a capacidade postulatória (capacidade de agir em juízo).

Apesar disso, existem algumas exceções, onde as pessoas podem atuar


perante o Poder Judiciário sem a representação de um advogado:

- Habeas corpus
- Revisão criminal
- Acesso à Justiça do Trabalho
- Juizados Especiais CÍVEIS (nos criminais precisa-se de advogado)

Outra observação importante é que o advogado é inviolável por seus atos e


manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei, assim, essa
inviolabilidade não é absoluta.

Por fim, advogados podem ter acesso a provas já documentadas em autos de


inquéritos policiais, inclusive os que tramitam em sigilo, por força da
Súmula vinculante nº 14. Confira o enunciado dessa súmula:

É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo


aos elementos de prova que, já documentados em procedimento
investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária,
digam respeito ao exercício do direito de defesa.

Esquematizando:

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DA ADVOCACIA PRIVADA
x O advogado é indispensável à administração da justiça
ƒ Capacidade postulatória
ƒ Advogado inscrito na OAB
ƒ Exceções - habeas corpus
- Revisão criminal
- Acesso à Justiça do Trabalho
- Juizados Especiais CÍVEIS (nos criminais precisa de adv)
x Inviolabilidade: por seus atos e manifestações no exercício da profissão (Não é
absoluta)
x Os advogados podem ter acesso a provas já documentadas em autos de inquéritos
policiais, inclusive os que tramitam em sigilo
ƒ Súmula Vinculante 14: É direito do defensor, no interesse do representado,
ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em
procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia
judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.

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EXERCÍCIOS

94. (CESPE - 2011 - TJ-PB – Juiz) A AGU é o órgão que, de modo direto, ou
mediante órgão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente,
cumprindo-lhe realizar a consultoria e o assessoramento jurídico do Poder
Executivo.

Certo. A questão trouxe, praticamente, a cópia do artigo 131 da


Constituição: “A Advocacia-Geral da União é a instituição que,
diretamente ou através de órgão vinculado, representa a União,
judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei
complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento,
as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder
Executivo.”

95. (FGV - 2010 - OAB - Exame de Ordem Unificado) Considerando que nos
termos dispostos no art. 133 da Constituição do Brasil, o advogado é
indispensável à administração da justiça, sendo até mesmo inviolável por seus
atos e manifestações no exercício da profissão, é correto afirmar que a
imunidade profissional não pode sofrer restrições de qualquer natureza.

Errado. Realmente, o advogado é inviolável por seus atos e


manifestações no exercício da profissão. No entanto, essa
inviolabilidade não é absoluta, ela pode ser restringida pela lei.

96. (CESPE - 2009 - PC-RN - Agente de Polícia) É vedada à Advocacia-Geral da


União atividade de consultoria jurídica do Poder Executivo.

Errado. As atividades de consultoria e assessoramento jurídico do


Poder Executivo são definidas expressamente pela Constituição como
atribuições da AGU. A outra função da Advocacia-Geral da União é a
representação da União judicial e extrajudicial, diretamente ou através
de órgão vinculado.

O que a questão tentou fazer foi confundir o candidato com o


Ministério Público. A esse sim são vedadas a representação judicial e a
consultoria jurídica de entidades públicas.

97. (CESPE - 2009 - PC-RN - Agente de Polícia) Cabe à Advocacia-Geral da União a


defesa do regime democrático.

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Errado. Essa atribuição foi conferida ao Ministério Público, conforme


artigo 127: “O Ministério Público é instituição permanente, essencial à
função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem
jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais
indisponíveis.”

98. (FGV - 2010 - OAB - Exame de Ordem Unificado) Considerando que nos
termos dispostos no art. 133 da Constituição do Brasil, o advogado é
indispensável à administração da justiça, sendo até mesmo inviolável por seus
atos e manifestações no exercício da profissão, é correto afirmar que nenhuma
demanda judicial, qualquer que seja o órgão do Poder Judiciário pelo qual
tramite, independentemente de sua natureza, objeto e partes envolvidas, pode
receber a prestação jurisdicional se não houver atuação de advogado.

Errado. A regra é que as partes devem ser representadas pelo


advogado. No entanto, existem algumas exceções, onde as pessoas
podem atuar perante o Poder Judiciário sem a representação de um
advogado: Habeas corpus; Revisão criminal; Acesso à Justiça do
Trabalho e Juizados Especiais CÍVEIS (nos criminais precisa-se de
advogado).

99. (CESPE - 2009 - PC-RN - Agente de Polícia) É assegurado aos integrantes da


Defensoria Pública da União a garantia da inamovibilidade e o exercício da
advocacia fora das atribuições institucionais.

Errado. Os integrantes da Defensoria Pública são inamovíveis, no


entanto a Constituição veda expressamente o exercício da advocacia
fora das atribuições institucionais.

100.(EJEF - 2008 - TJ-MG - Juiz) O advogado, conquanto indispensável à


administração da justiça, não possui inviolabilidade por seus atos e
manifestações no exercício da profissão.

Errado. Conforme artigo 133 da CF: “O advogado é indispensável à


administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e
manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.” Lembre-se
de que essa inviolabilidade não é absoluta.

101.(EJEF - 2008 - TJ-MG - Juiz) A Defensoria Pública Estadual constitui órgão


integralmente subordinado ao Poder Executivo e não lhe é assegurada
autonomia alguma, quer funcional ou administrativa.
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Errado. A Constituição assegura expressamente às Defensorias


Públicas Estaduais a autonomia funcional e administrativa e a
iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. Lembre-se de que a
Constituição não fala na Defensoria Pública da União, somente nas
estaduais.

102.(TJ-DFT - 2007 - TJ-DF – Juiz) Os Procuradores dos Estados e do Distrito


Federal exercerão a representação judicial e a consultoria jurídica das
respectivas unidades federadas e serão estáveis após dois anos de efetivo
exercício, mediante avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, após
relatório circunstanciado das corregedorias.

Errado. O prazo do estágio probatório dos Procuradores dos Estados e


do Distrito Federal é de 3 anos e não de 2, como afirma a questão.

103.(TJ-DFT - 2007 - TJ-DF – Juiz) Às Defensorias Públicas Estaduais são


asseguradas autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua
proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias.

Certo. Essa é a cópia do artigo 134, § 2º da CF.

104.(TJ-DFT - 2007 - TJ-DF – Juiz) A lei pode disciplinar a inviolabilidade do


advogado por seus atos e manifestações exarados no exercício da profissão.

Certo. Conforme artigo 133 da Constituição: “O advogado é


indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus
atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei”.
Assim, a inviolabilidade do advogado não é absoluta e pode ser
disciplinada pela lei.

105.(FAURGS - 2010 - TJ-RS - Oficial Escrevente) A Advocacia-Geral da União tem


por chefe o Advogado Geral da União, de livre nomeação pelo Presidente
dentre cidadãos maiores de 30 (trinta) anos.

Errado. A AGU é chefiada pelo Advogado-Geral da União (também


chamado de AGU), cargo de livre nomeação e exoneração pelo
Presidente da República e que possui status de Ministro de Estado. São
requisitos para que alguém ocupe esse cargo:

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- ser cidadão,
- ser maior de 35 anos
- possuir notável saber jurídico e reputação ilibada

Assim, o erro da questão está na idade do Advogado-Geral da União:


35 anos e não 30, como afirma a questão.

106.(FAURGS - 2010 - TJ-RS - Oficial Escrevente) A Defensoria Pública da União é


instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a
representação da União, judicial e extrajudicialmente.

Errado. Quem faz a representação da União, judicial e


extrajudicialmente, é a Advocacia-Geral da União e não a Defensoria
Pública (art. 131).

107.(FAURGS - 2010 - TJ-RS - Oficial Escrevente) As Defensorias Públicas da União


e dos Estados possuem a atribuição funcional de prestar consultoria e
assessoramento jurídico ao Poder Executivo.

Errado. Quem presta a consultoria e assessoramento jurídico ao Poder


Executivo é a Advocacia-Geral da União e não a Defensoria Pública
(art. 131).

108.(FAURGS - 2010 - TJ-RS - Oficial Escrevente) A Advocacia-Geral da União é


instituição essencial à justiça, cumprindo-lhe a orientação jurídica e a defesa
dos necessitados, em todos os graus de jurisdição.

Errado. Quem presta a orientação jurídica e a defesa dos necessitados,


em todos os graus de jurisdição é a Defensoria Pública e não a AGU
(art. 134).

109.(FAURGS - 2010 - TJ-RS - Oficial Escrevente) Às Defensorias Públicas


Estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa e iniciativa de
sua proposta orçamentária.

Certo. Essa é a cópia do artigo 134, § 2º da CF.

110.(CESPE - 2009 - DPE-PI - Defensor Público) Os recursos correspondentes às


dotações orçamentárias da DP, tanto na esfera federal quanto estadual, serão

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repassados até o dia trinta de cada mês, em parcelas cujos valores deverão
estar previamente definidos na LDO respectiva.

Errado. O art. 168 da Constituição estabelece que “Os recursos


correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os
créditos suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos
Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria
Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, em
duodécimos, na forma da lei complementar a que se refere o art. 165,
§ 9º.”

111. (CESPE - 2009 - DPE-PI - Defensor Público) Como órgão do Estado incumbido
da assistência jurídica aos hipossuficientes, a DP dispõe de exclusividade para,
em qualquer circunstância, agir em juízo na defesa dos direitos dos mais
necessitados.

Errado. A CF garante aos que comprovarem insuficiência de recursos a


assistência jurídica integral e gratuita. Não prevê, contudo a
exclusividade às Defensorias Públicas para agir nessas causas.

112.(CESPE - 2009 - DPE-PI - Defensor Público) Os profissionais do direito que


ocupam o cargo de DP nos estados-membros ingressam por meio de concurso
de provas ou de provas e títulos, conforme definido pelo legislador estadual.

Errado. Conforme artigo 134, § 1º: “Lei complementar organizará a


Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e dos Territórios e
prescreverá normas gerais para sua organização nos Estados, em
cargos de carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso
público de provas e títulos, assegurada a seus integrantes a garantia
da inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora das
atribuições institucionais.”

Assim, o erro da questão está em dizer que o concurso pode ser


somente de provas. Ele tem que ser de provas E TÍTULOS. Além disso,
Lei Complementar da União definirá normas gerais para as DPs dos
Estados.

113.(CESPE - 2009 - DPE-PI - Defensor Público) As funções institucionais da DP


incluem não apenas a defesa dos necessitados em todos os graus de
jurisdição, mas também a tarefa de lhes prestar orientação nos seus

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problemas jurídicos, mesmo que não estejam vertidos em uma causa deduzida
em juízo.

Certo. Conforme artigo 134: “A Defensoria Pública é instituição


essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a
orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos necessitados, na
forma do art. 5º, LXXIV.”

114.(CESPE - 2009 - DPE-PI - Defensor Público) A DPU e as DPEs dispõem de


autonomia funcional e administrativa, sendo competentes para elaborar e
encaminhar suas propostas orçamentárias ao Poder Executivo, dentro dos
limites estabelecidos na LDO.

Errado. Somente as Defensorias Públicas Estaduais possuem essa


autonomia, conforme art. 134, §2º.

115.(CESPE - 2010 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) – Juiz) O chefe da AGU é escolhido,


entre os membros das carreiras desse órgão, pelo presidente da República.

Errado. O cargo de Advogado-Geral da União é de livre nomeação e


exoneração pelo Presidente da República. Assim, não é necessário que
o AGU seja da carreira da Advocacia-Geral da União.

116.(CESPE - 2010 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) – Juiz) A CF assegura aos procuradores


dos estados e do DF estabilidade após dois anos de efetivo exercício, mediante
avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, após relatório
circunstanciado das corregedorias.

Errado. O tempo do estágio probatório é de 3 anos e não 2, como


afirma a questão.

117.(CESPE - 2010 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) – Juiz) De acordo com o disposto na CF


e com entendimento do STF, a representação judicial de tribunal regional
federal, por se tratar de órgão da União destituído de personalidade jurídica,
cabe à AGU.

Certo. O Supremo já entendeu que, em se tratando de órgão da União


destituído de personalidade jurídica, a representação judicial do TRF
caberia à AGU (Rcl 8.025).

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118.(CESPE - 2010 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) – Juiz) Segundo a CF, o ingresso nas
classes iniciais das carreiras da AGU far-se-á mediante concurso público de
provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em
todas as suas fases.

Errado. Muito maldoso esse item. Conforme o texto da CF, o ingresso


nas classes iniciais das carreiras de PROCURADORES DOS ESTADOS E
DO DISTRITO FEDERAL far-se-á mediante concurso público de provas e
títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em
todas as suas fases. A Constituição não fala expressamente da AGU,
somente a Lei Complementar 73/1993 o faz.

119.(CESPE - 2010 - AGU - Agente Administrativo) O advogado-geral da União,


com o cargo organizado em carreira na qual o ingresso dependerá de concurso
público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do
Brasil em todas as suas fases, exercerá a representação judicial da União,
cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua
organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento
jurídico do Poder Executivo.

Errado. O cargo de Advogado-Geral da União (chefe da ADVOCACIA-


Geral da União) é de livre nomeação e exoneração pelo Presidente da
República, dentre cidadãos maiores de trinta e cinco anos, de notável
saber jurídico e reputação ilibada. Quem exercerá a representação
judicial da União, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que
dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de
consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo é a
ADVOCACIA-Geral da União.

120.(FCC - 2009 - DPE-MA - Defensor Público) A Constituição da República


estabelece que, assim como os membros das carreiras da Advocacia Pública,
os integrantes das Defensorias Públicas exercem atividade essencial à função
jurisdicional do Estado, incumbindo aos integrantes das carreiras mencionadas
a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos que comprovarem
insuficiência de recursos.

Errado. De fato, tanto a Advocacia Pública quanto a Defensoria Pública


são atividades essenciais à função jurisdicional do Estado. No entanto,
cabe somente à Defensoria Pública a orientação jurídica e a defesa, em
todos os graus, dos que comprovarem insuficiência de recursos.

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Repare que a questão fala “incumbindo aos integrantes das carreiras


mencionadas”.

121.(FCC - 2009 - DPE-MA - Defensor Público) A Constituição da República


estabelece que, assim como os membros das carreiras da Advocacia Pública,
os integrantes das Defensorias Públicas ingressarão na carreira em cargos de
classe inicial, providos mediante concurso público de provas e títulos, com a
participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas fases.

Errado. Também muito maldoso esse item. Conforme o texto da CF, o


ingresso nas classes iniciais das carreiras de PROCURADORES DOS
ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL far-se-á mediante concurso público
de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do
Brasil em todas as suas fases. A Constituição não fala expressamente
da participação da OAB nos concursos da AGU e nem da Defensoria
Pública. Observe o texto da CF:

Art. 134, § 1º - Lei complementar organizará a Defensoria Pública da


União e do Distrito Federal e dos Territórios e prescreverá normas
gerais para sua organização nos Estados, em cargos de carreira,
providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e
títulos, assegurada a seus integrantes a garantia da inamovibilidade e
vedado o exercício da advocacia fora das atribuições institucionais.
(não fala nada da OAB)

Art. 131, § 2º - O ingresso nas classes iniciais das carreiras da


instituição de que trata este artigo (AGU) far-se-á mediante concurso
público de provas e títulos. (não fala nada da OAB)

Art. 132. Os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal,


organizados em carreira, na qual o ingresso dependerá de concurso
público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos
Advogados do Brasil em todas as suas fases, exercerão a
representação judicial e a consultoria jurídica das respectivas unidades
federadas.

122.(FCC - 2009 - DPE-MA - Defensor Público) A Constituição da República


estabelece que, assim como os membros das carreiras da Advocacia Pública,
os integrantes das Defensorias Públicas poderão exercer a advocacia fora das

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atribuições institucionais, nas hipóteses previstas na lei complementar que


organizar a carreira.

Errado. A Constituição veda de forma expressa o exercício da


advocacia pelos defensores públicos e membros do Ministério Público.
Por outro lado, a CF não veda que os membros da advocacia pública a
exerçam. Assim, desde que não haja vedação na lei e desde que não
violem os interesses da pessoa de direito público em relação à qual
pertençam, os advogados públicos poderão exercer a advocacia fora
das atribuições institucionais.

Somente como exemplo, os advogados da União não podem advogar


por força da Lei Complementar 73/93. Já os Procuradores do DF
podem, uma vez que não há vedação na lei.

123.(FCC - 2009 - DPE-MA - Defensor Público) A Constituição da República


estabelece que, assim como os membros das carreiras da Advocacia Pública,
os integrantes das Defensorias Públicas serão remunerados por subsídio fixado
em parcela única, vedado o acréscimo de gratificação, adicional, abono,
prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória.

Certo. Tanto os Advogados da União quanto os Defensores Públicos


são remunerados por subsídio, conforme artigo 135 da Constituição.

124.(FCC - 2006 - BACEN – Procurador) O Advogado-Geral da União é livremente


nomeado pelo Presidente da República dentre os integrantes da carreira da
advocacia pública.

Errado. O cargo de Advogado-Geral da União é de livre nomeação e


exoneração pelo Presidente da República. Assim, não é necessário que
o AGU seja da carreira da Advocacia-Geral da União.

125.(FCC - 2006 - BACEN – Procurador) A representação judicial e extrajudicial da


União é incumbência exclusiva e direta da Advocacia-Geral da União, vedada a
representação através de órgão vinculado.

Errado. A Constituição estabelece que A Advocacia-Geral da União é a


instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, representa
a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei
complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento,

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as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder


Executivo.

126.(FCC - 2006 - BACEN – Procurador) O Advogado-Geral da União deve ser


maior de trinta anos e não ter idade superior a sessenta e cinco anos, além de
possuir notável saber jurídico e reputação ilibada.

Errado. A AGU é chefiada pelo Advogado-Geral da União (também


chamado de AGU), cargo de livre nomeação e exoneração pelo
Presidente da República e que possui status de Ministro de Estado. São
requisitos para que alguém ocupe esse cargo:

- ser cidadão,
- ser maior de 35 anos
- possuir notável saber jurídico e reputação ilibada

127. (FCC - 2006 - BACEN – Procurador) A representação da União, na execução


da dívida ativa de natureza tributária, cabe à Procuradoria da República,
observado o disposto em lei.

Errado. A CF 88 prevê que na execução da dívida ativa de natureza


tributária, a representação da União cabe à Procuradoria-Geral da
Fazenda Nacional, observado o disposto em lei.

128.(FCC - 2006 - BACEN – Procurador) As atividades de consultoria e


assessoramento jurídico do Poder Executivo são atribuições da Advocacia-Geral
da União, nos termos da lei complementar que a organizar.

Certo. A AGU é organizada por Lei Complementar e possui duas


funções:

1. Representar a União, judicial e extrajudicialmente, diretamente


ou através de órgão vinculado.

2. Exercer atividades de consultoria e assessoramento jurídico do


Poder Executivo.

129.(VUNESP - 2010 - TJ-SP - Agente de Fiscalização Judiciária) É obrigatório o


patrocínio das partes pelo advogado, em qualquer juízo ou tribunal, exceto no
juizado de pequenas causas e no juizado de menores.

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Errado. Via de regra, as pessoas não podem atuar diretamente perante


o Poder Judiciário, uma vez que o advogado inscrito na OAB é o único
que possui a capacidade postulatória (capacidade de “agir em juízo”).

Apesar disso, existem algumas exceções, onde as pessoas podem


atuar perante o Poder Judiciário sem a representação de um
advogado:

- Habeas corpus
- Revisão criminal
- Acesso à Justiça do Trabalho
- Juizados Especiais CÍVEIS (nos criminais precisa-se de
advogado)

130.(VUNESP - 2010 - TJ-SP - Agente de Fiscalização Judiciária) O advogado é


indispensável à administração da justiça e, nos termos da lei, inviolável por
seus atos e manifestações, no exercício da profissão.

Certo. Conforme o artigo 133 da CF: “O advogado é indispensável à


administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e
manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.”

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Meus caros Auditores-Fiscais do Trabalho, chegamos ao final de nossa aula de


hoje. Continuem firmes e estudem de maneira simples, procurando entender o
espírito das normas e não apenas decorando informações. Lembre-se que
A SIMPLICIDADE É O GRAU MÁXIMO DA SOFISTICAÇÃO (Leonardo da
Vinci).
Espero que todos vocês tenham muito SUCESSO nessa jornada, que é
bastante trabalhosa, mas extremamente gratificante!

Abraços a todos e até a próxima aula.

Roberto Troncoso

Se você acha que pode ou se você acha que não


pode, de qualquer maneira, você tem razão.
(Henry Ford)

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VII. QUESTÕES DA AULA

Ministério Público

1. (NCE-UFRJ - 2007 - MPE-RJ - Analista Administrativo) Se o MPERJ não


encaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro do prazo estabelecido
na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de
consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados da lei
orçamentária vigente, observados os limites da lei de diretrizes orçamentárias;

2. (NCE-UFRJ - 2007 - MPE-RJ - Analista Administrativo - adaptada) Os recursos


correspondentes às dotações orçamentárias próprias e globais do Ministério
Público, compreendidos os créditos suplementares e especiais, ser-lhe-ão
entregues até o dia vinte de cada mês.

3. (ESAF/CGU/2006) São princípios institucionais do Ministério Público, previstos


no texto constitucional, a unidade, a indivisibilidade, a autonomia decisória e a
independência funcional.

4. (ESAF/CGU/2006) O membro do Ministério Público adquire vitaliciedade após


dois anos de exercício e só poderá perder o cargo por decisão transitada em
julgado do Conselho Nacional do Ministério Público, assegurada a ampla
defesa.

5. (NCE-UFRJ - 2007 - MPE-RJ - Analista Administrativo) Durante a execução


orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou
assunção de obrigações que extrapolem os limites da lei de diretrizes
orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de
créditos suplementares ou especiais;

6. (ESAF/Advogado-IRB/2006) Os membros do Conselho Nacional do Ministério


Público são nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a
escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para um mandato de dois
anos, sem possibilidade de recondução.

7. (ESAF/CGU/2006) O impedimento para o exercício da advocacia junto ao juízo


ou tribunal no qual atuava, antes de decorrido três anos de seu afastamento
do cargo por aposentadoria ou exoneração não se aplica ao membro do
Ministério Público.

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8. (NCE-UFRJ - 2007 - MPE-RJ - Analista Administrativo) A autonomia financeira


traduz-se na prerrogativa que o MPERJ possui de elaborar sua proposta
orçamentária, prevendo sua gestão financeira.

9. (MPE-MS - 2011 - MPE-MS - Promotor de Justiça) A destituição do Procurador-


Geral da República pelo Presidente da República deve ser precedida de
autorização da maioria absoluta do Congresso Nacional;

10. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) O Ministério Público abrange o Ministério Público


da União e os ministérios públicos estaduais e do DF e territórios.

11. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) Conforme posicionamento do


STF, será constitucional norma estadual que atribuir o exercício das funções
dos membros do MP especial no tribunal de contas do estado aos membros do
MP estadual.

12. (ESAF/PGFN/2007) O princípio do promotor natural decorre explicitamente do


princípio institucional da indivisibilidade.

13. (ESAF/CGU/2008) O Procurador-Geral de Justiça do Ministério Público dos


Estados e o do Distrito Federal e Territórios é nomeado pelo respectivo
governador, que o escolhe de lista tríplice elaborada pelos integrantes da
carreira.

14. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Aos membros do Ministério Público, ao contrário


do que ocorre com os membros da magistratura, não é vedado o exercício de
atividade político-partidária.

15. (ESAF/CGU/2008) Além das previstas na Constituição, o Ministério Público


pode exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis
com sua finalidade, mas lhe é vedada a representação judicial e a consultoria
jurídica de entidades públicas.

16. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) O Conselho Nacional do Ministério Público


não tem poderes para determinar a remoção de membro do MP.

17. (ESAF/TCU/2006) A Constituição autoriza o Poder Executivo a,


unilateralmente, ajustar a proposta orçamentária do Ministério Público Federal,
se ela for encaminhada em desacordo com os limites estabelecidos na lei de
diretrizes orçamentárias.

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18. (CESPE/Analista-SERPRO/2008) Compete ao presidente da República nomear o


chefe do Ministério Público da União.

19. (ESAF/PGDF/2007) O Ministério Público tem o poder de, em procedimento de


ordem administrativa, determinar a dissolução compulsória de associação que
esteja sendo usada para a prática de atos nocivos ao interesse público.

20. (ESAF/CGU/2006) É garantia do membro do Ministério Público, a


inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do
órgão colegiado competente do Ministério Público, por voto de dois terços de
seus membros, assegurada ampla defesa.

21. (ESAF/Advogado-IRB/2006) Em razão de sua autonomia financeira e


administrativa, durante a execução orçamentária do exercício, o Ministério
Público poderá, justificadamente, assumir obrigações que extrapolem os
limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, desde que já esteja em
tramitação no Congresso Nacional pedido de abertura de crédito suplementar
ou especial.

22. (FCC - 2006 - TRE-SP - Analista Judiciário) NÃO é considerada função


constitucional do Ministério Público, dentre outras, exercer o controle da
atividade policial, na forma da lei complementar da União e dos Estados.

23. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) Segundo a CF, o MP brasileiro compreende


apenas o MP Federal e o MP dos estados e do DF.

24. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) É função institucional do MP defender


judicialmente os direitos e os interesses das populações carentes.

25. (MPE-MS - 2011 - MPE-MS - Promotor de Justiça) O Poder executivo pode


ajustar proposta orçamentária do Ministério Público encaminhada em
desarmonia com a Lei de Diretrizes Orçamentárias.

26. (MPE-MS - 2011 - MPE-MS - Promotor de Justiça) A independência funcional é


um princípio institucional do Ministério Público;

27. (MPE-MS - 2011 - MPE-MS - Promotor de Justiça) O Ministério Público pode


propor diretamente ao Poder legislativo a criação de seus cargos;

28. (FCC - 2007 - MPU - Analista de Informática) Conforme disposto na


Constituição Federal vigente, o Procurador-Geral da República poderá ser

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destituído pelo voto de dois terços dos membros do Conselho Superior do


Ministério Público Federal, desde que autorizado pelo Presidente da República.

29. (MPE-MS - 2011 - MPE-MS - Promotor de Justiça) Ressalvado o magistério, ao


membro do Ministério Público, ainda que em disponibilidade, é vedado o
exercício de qualquer outra função pública.

30. (CESPE - 2009 - PC-RN - Agente de Polícia) Uma das garantias do MP é a


vitaliciedade, após três anos de exercício, não podendo perder o cargo senão
por sentença judicial transitada em julgado.

31. (CESPE - 2009 - PC-RN - Agente de Polícia) São princípios institucionais do MP


a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional.

32. (CESPE - 2011 - TJ-ES - Analista Judiciário) O procurador-geral de justiça de


um estado federado poderá ser destituído por deliberação da maioria absoluta
da respectiva assembleia legislativa, na forma da lei complementar pertinente.

33. (MPE-SP - 2005 - MPE-SP - Promotor de Justiça) De acordo com a Emenda


Constitucional n.º 45/2004, foi criado o Conselho Nacional do Ministério
Público, o qual escolherá, em sessão secreta, um Corregedor nacional.

34. (MPE-SP - 2005 - MPE-SP - Promotor de Justiça) A distribuição imediata de


processos existente para o Poder Judiciário não se estende ao Ministério
Público.

35. (MPE-SP - 2005 - MPE-SP - Promotor de Justiça) Por não serem órgãos do
Poder Judiciário, mas auxiliares ao Poder Legislativo, perante os Tribunais de
Contas não funcionam membros do Ministério Público.

36. (MPE-SP - 2005 - MPE-SP - Promotor de Justiça) No Conselho Nacional do


Ministério Público, há uma divisão equânime de vagas destinadas ao Ministério
Público Federal e aos Ministérios Públicos dos Estados.

37. (EJEF - 2008 - TJ-MG - Juiz) A legitimação do Ministério Público para as ações
civis mencionadas no texto constitucional e na lei impede a de terceiros.

38. (EJEF - 2008 - TJ-MG - Juiz) Ao Ministério Público compete, dentre outras
funções institucionais, exercer o controle externo da atividade policial, na
forma da lei complementar.

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39. (TJ-DFT - 2007 - TJ-DF – Juiz) Se o Ministério Público não encaminhar a


respectiva proposta orçamentária dentro do prazo estabelecido na lei de
diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de
consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei
orçamentária vigente, de acordo com os limites legais;

40. (FCC - 2008 - MPE-RS - Secretário de Diligências) De acordo com a


Constituição Federal brasileira, os Ministérios Públicos dos Estados e o do
Distrito Federal formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma
da lei respectiva, para escolha de seu Procurador- Geral, que será nomeado
pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de três anos, vedada a
recondução.

41. (CESPE - 2010 - MPE-ES - Promotor de Justiça) Constitui função institucional


do MP promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de
intervenção da União, nas hipóteses constitucionalmente estabelecidas.

42. (CESPE - 2010 - MPE-ES - Promotor de Justiça) Compete ao STF elaborar a


proposta orçamentária do MP em conformidade com os limites estabelecidos
na lei de diretrizes orçamentárias.

43. (CESPE - 2010 - MPE-ES - Promotor de Justiça) O procurador geral da


República será nomeado pelo presidente da República para mandato de quatro
anos, vedada a recondução.

44. (ESAF/ANEEL/2006) Somente o Ministério Público pode promover a ação civil


pública.

45. (ESAF/CGU/2006) A destituição do Procurador-Geral da República, por


iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de autorização da
maioria absoluta das duas Casas do Congresso Nacional.

46. (CESPE - 2010 - MPE-ES - Promotor de Justiça) Constitui condição necessária


para a destituição do procurador geral da República, por iniciativa do
presidente da República, a autorização de um terço dos membros do Senado
Federal.

47. (CESPE - 2010 - MPE-ES - Promotor de Justiça) O procurador geral do DF e


territórios poderá ser destituído por deliberação da maioria relativa dos
membros da Câmara Legislativa do DF.

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48. (FCC - 2006 - TRE-SP - Analista Judiciário) NÃO é considerada função


constitucional do Ministério Público, dentre outras, defender judicialmente os
direitos e interesses das populações indígenas e intervir em todos os atos do
processo.

49. (FCC - 2007 - MPU - Analista de Informática) Conforme disposto na


Constituição Federal vigente, o Procurador-Geral da República poderá ser
destituído pelo voto secreto da maioria absoluta dos membros do Conselho
Nacional do Ministério Público.

50. (FCC - 2008 - MPE-RS - Secretário de Diligências) De acordo com a


Constituição Federal brasileira, os Ministérios Públicos dos Estados e o do
Distrito Federal formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma
da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado
pelo Chefe do Poder Legislativo, para mandato de três anos, vedada a
recondução.

51. (CESPE - 2010 - MPE-SE - Promotor de Justiça) O princípio do promotor


natural, imanente ao sistema constitucional brasileiro, impede que, em
situações estritas e definidas na lei, seja afastado o promotor de justiça do
processo em que deveria atuar ou removido da promotoria de que seja titular.

52. (CESPE - 2010 - MPE-SE - Promotor de Justiça) Os atos de gestão


administrativa do MP, incluindo convênios, contratações, aquisições e
alienações de bens e serviços, podem ser condicionados à apreciação prévia do
Poder Executivo, pois não gozam de eficácia plena e executoriedade imediata.

53. (MPE-MG - 2010 - Promotor de Justiça) Os Procuradores-Gerais nos Estados e


no Distrito Federal e Territórios poderão ser destituídos por deliberação da
maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei complementar
respectiva.

54. (CESPE - 2010 - MPE-SE - Promotor de Justiça) Inexiste, no Brasil, MP eleitoral


como instituição; existem apenas funções eleitorais do MP.

55. (MPE-MG - 2010 - Promotor de Justiça) Leis complementares da União e dos


Estados, cuja iniciativa é exclusiva dos respectivos Procuradores-Gerais,
estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério
Público.

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56. (MPE-MG - 2010 - Promotor de Justiça) O membro do Ministério Público tem a


garantia da inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante
decisão do órgão colegiado e competente da Instituição, pelo voto da maioria
absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa.

57. (MPE-MG - 2010 - Promotor de Justiça) Durante a execução orçamentária do


exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de
obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias, mesmo se ocorrer prévia autorização.

58. (FCC - 2006 - TRE-SP - Analista Judiciário) NÃO é considerada função


constitucional do Ministério Público, dentre outras, diligenciar pelo efetivo
respeito dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados na
Constituição Federal.

59. (ESAF-CGU-2008) O Procurador-Geral de Justiça do Ministério Público dos


Estados e o do Distrito Federal e Territórios pode ser destituído por deliberação
da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei complementar
respectiva.

60. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) O MP, apesar de dotado de autonomia


financeira, não é obrigado a elaborar sua proposta orçamentária dentro dos
limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.

61. (ESAF/AFT/2006) Compete à Câmara dos Deputados aprovar, por maioria


absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da
República, antes do término de seu mandato.

62. (ESAF/ENAP/2006) As funções do Ministério Público só podem ser exercidas


por integrantes da carreira, que deverão residir na comarca da respectiva
lotação, salvo autorização do chefe da instituição.

63. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) Entre as garantias concedidas aos membros


do MP está a estabilidade após três anos de efetivo exercício.

64. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) Quando um membro do MP se aposenta, é


vedado a ele advogar no juízo ou tribunal em que atuava, antes que haja
transcorrido três anos da aposentadoria.

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65. (ESAF/Advogado-IRB/2006) Salvo as exceções expressamente previstas em


lei, é vedado ao membro do Ministério Público exercer atividade político-
partidária.

66. (ESAF/CGU/2006) Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva


proposta orçamentária dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes
orçamentárias (LDO), o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação
da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária
vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na LDO.

67. (ESAF/CGU/2006) Lei complementar federal, de iniciativa exclusiva do


Presidente da República, estabelecerá a organização, as atribuições e o
estatuto do Ministério Público da União.

68. (FCC - 2006 - TRE-SP - Analista Judiciário) NÃO é considerada função


constitucional do Ministério Público, dentre outras, a consultoria e o
assessoramento jurídico do Poder Executivo, por ser incompatível com sua
finalidade.

69. (FCC - 2008 - MPE-RS - Secretário de Diligências) De acordo com a


Constituição Federal brasileira, os Ministérios Públicos dos Estados e o do
Distrito Federal formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma
da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado
pelo Chefe do Poder Judiciário, para mandato de três anos, vedada a
recondução.

70. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) O Conselho Nacional do Ministério Público


tem poderes para demitir membro do MP.

71. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) O Conselho Nacional do Ministério Público


pode avocar processos disciplinares em curso nos MPs.

72. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) O Conselho Nacional do Ministério Público é


composto de quatorze membros, entre os quais cinco membros dos MPs dos
estados, cada um representando uma região da Federação.

73. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) O Conselho Nacional do Ministério Público


deve ser presidido por seu conselheiro mais antigo.

74. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) Ao MP compete promover privativamente a


ação civil pública para a defesa do meio ambiente.

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75. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) A CF enumera, em rol taxativo,


as funções institucionais do MP.

76. (FCC - 2006 - TRE-SP - Analista Judiciário) NÃO é considerada função


constitucional do Ministério Público, dentre outras, promover a representação
para fins de intervenção da União e dos Estados, quando for o caso.

77. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Ao Ministério Público é assegurada autonomia


funcional e administrativa, podendo ele propor ao Poder Legislativo a criação e
a extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os por concurso
público de provas ou de provas e títulos.

78. (CESPE/AJAJ - TRT 5ª/2009) O Ministério Público do Trabalho integra o


Ministério Público da União.

79. (CESPE/TRT-17ª/2009) No tocante à organização do Estado brasileiro, a CF


estabeleceu que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à
justiça, à qual compete representar a União, judicial e extrajudicialmente.

80. (CESPE/Advogado - BRB/2010) Determinado membro do Ministério Público


estadual que tenha se aposentado no final do último ano está impedido de
exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou antes de decorridos
três anos da referida aposentadoria.

81. (ESAF/PGFN/2007) O princípio constitucional da unidade evidencia que as


subdivisões da instituição Ministério Público têm apenas finalidade
administrativa, daí não se admitir a hipótese de verdadeiro conflito de
competência que possa ser solvido pelo Poder Judiciário.

82. (ESAF/MPU/2004) O princípio da independência funcional significa, entre


outras considerações, que cada membro e cada órgão do Ministério Público
gozam de independência para exercer suas funções em face dos outros
membros e órgãos da mesma instituição.

83. (ESAF/TCU/2006) A vedação aos membros do Ministério Público de exercerem


atividade político-partidária admite exceções previstas em lei.

84. (FCC - 2008 - MPE-RS - Secretário de Diligências) De acordo com a


Constituição Federal brasileira, os Ministérios Públicos dos Estados e o do
Distrito Federal formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma
da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado

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pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma
recondução.

85. (ESAF/ANEEL/2006) A escuta telefônica determinada por membro do Ministério


Público para apuração de crime hediondo não constitui prova ilícita.

86. (FCC - 2007 - MPU - Analista de Informática) Conforme disposto na


Constituição Federal vigente, o Procurador-Geral da República poderá ser
destituído por iniciativa do Presidente da República, precedida da autorização
da maioria absoluta do Senado Federal.

87. (ESAF/PGDF/2007) O Ministério Público não pode ajuizar ação civil pública que
tenha por causa relação jurídica regulada pelo Código de Defesa do
Consumidor.

88. (ESAF/CGU/2008) O Ministério Público possui a faculdade de propor ao Poder


Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, a política
remuneratória e os planos de carreira.

89. (FCC - 2007 - MPU - Analista de Informática) Conforme disposto na


Constituição Federal vigente, o Procurador-Geral da República poderá ser
destituído por meio de deliberação do Senado Federal, se condenado pelo
Supremo Tribunal Federal por crime de responsabilidade.

90. (ESAF/PGDF/2007) O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas do Distrito


Federal integra o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.

91. (ESAF/CGU/2006) É vedado ao membro do Ministério Público exercer, ainda


que em disponibilidade, qualquer outra função pública.

92. (FCC - 2008 - MPE-RS - Secretário de Diligências) De acordo com a


Constituição Federal brasileira, os Ministérios Públicos dos Estados e o do
Distrito Federal formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma
da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado
pelo Chefe do Poder Judiciário, para mandato de dois anos, permitida uma
recondução.

93. (FCC - 2007 - MPU - Analista de Informática) Conforme disposto na


Constituição Federal vigente, o Procurador-Geral da República poderá ser
destituído por iniciativa do Colégio de Procuradores, desde que precedida de
autorização da maioria simples do Senado Federal.

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Defensoria Pública e Advocacia Pública e Privada

94. (CESPE - 2011 - TJ-PB – Juiz) A AGU é o órgão que, de modo direto, ou
mediante órgão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente,
cumprindo-lhe realizar a consultoria e o assessoramento jurídico do Poder
Executivo.

95. (FGV - 2010 - OAB - Exame de Ordem Unificado) Considerando que nos
termos dispostos no art. 133 da Constituição do Brasil, o advogado é
indispensável à administração da justiça, sendo até mesmo inviolável por seus
atos e manifestações no exercício da profissão, é correto afirmar que a
imunidade profissional não pode sofrer restrições de qualquer natureza.

96. (CESPE - 2009 - PC-RN - Agente de Polícia) É vedada à Advocacia-Geral da


União atividade de consultoria jurídica do Poder Executivo.

97. (CESPE - 2009 - PC-RN - Agente de Polícia) Cabe à Advocacia-Geral da União a


defesa do regime democrático.

98. (FGV - 2010 - OAB - Exame de Ordem Unificado) Considerando que nos
termos dispostos no art. 133 da Constituição do Brasil, o advogado é
indispensável à administração da justiça, sendo até mesmo inviolável por seus
atos e manifestações no exercício da profissão, é correto afirmar que nenhuma
demanda judicial, qualquer que seja o órgão do Poder Judiciário pelo qual
tramite, independentemente de sua natureza, objeto e partes envolvidas, pode
receber a prestação jurisdicional se não houver atuação de advogado.

99. (CESPE - 2009 - PC-RN - Agente de Polícia) É assegurado aos integrantes da


Defensoria Pública da União a garantia da inamovibilidade e o exercício da
advocacia fora das atribuições institucionais.

100.(EJEF - 2008 - TJ-MG - Juiz) O advogado, conquanto indispensável à


administração da justiça, não possui inviolabilidade por seus atos e
manifestações no exercício da profissão.

101.(EJEF - 2008 - TJ-MG - Juiz) A Defensoria Pública Estadual constitui órgão


integralmente subordinado ao Poder Executivo e não lhe é assegurada
autonomia alguma, quer funcional ou administrativa.

102.(TJ-DFT - 2007 - TJ-DF – Juiz) Os Procuradores dos Estados e do Distrito


Federal exercerão a representação judicial e a consultoria jurídica das

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respectivas unidades federadas e serão estáveis após dois anos de efetivo


exercício, mediante avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, após
relatório circunstanciado das corregedorias.

103.(TJ-DFT - 2007 - TJ-DF – Juiz) Às Defensorias Públicas Estaduais são


asseguradas autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua
proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias.

104.(TJ-DFT - 2007 - TJ-DF – Juiz) A lei pode disciplinar a inviolabilidade do


advogado por seus atos e manifestações exarados no exercício da profissão.

105.(FAURGS - 2010 - TJ-RS - Oficial Escrevente) A Advocacia-Geral da União tem


por chefe o Advogado Geral da União, de livre nomeação pelo Presidente
dentre cidadãos maiores de 30 (trinta) anos.

106.(FAURGS - 2010 - TJ-RS - Oficial Escrevente) A Defensoria Pública da União é


instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a
representação da União, judicial e extrajudicialmente.

107.(FAURGS - 2010 - TJ-RS - Oficial Escrevente) As Defensorias Públicas da União


e dos Estados possuem a atribuição funcional de prestar consultoria e
assessoramento jurídico ao Poder Executivo.

108.(FAURGS - 2010 - TJ-RS - Oficial Escrevente) A Advocacia-Geral da União é


instituição essencial à justiça, cumprindo-lhe a orientação jurídica e a defesa
dos necessitados, em todos os graus de jurisdição.

109.(FAURGS - 2010 - TJ-RS - Oficial Escrevente) Às Defensorias Públicas


Estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa e iniciativa de
sua proposta orçamentária.

110.(CESPE - 2009 - DPE-PI - Defensor Público) Os recursos correspondentes às


dotações orçamentárias da DP, tanto na esfera federal quanto estadual, serão
repassados até o dia trinta de cada mês, em parcelas cujos valores deverão
estar previamente definidos na LDO respectiva.

111.(CESPE - 2009 - DPE-PI - Defensor Público) Como órgão do Estado incumbido


da assistência jurídica aos hipossuficientes, a DP dispõe de exclusividade para,
em qualquer circunstância, agir em juízo na defesa dos direitos dos mais
necessitados.

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112.(CESPE - 2009 - DPE-PI - Defensor Público) Os profissionais do direito que


ocupam o cargo de DP nos estados-membros ingressam por meio de concurso
de provas ou de provas e títulos, conforme definido pelo legislador estadual.

113.(CESPE - 2009 - DPE-PI - Defensor Público) As funções institucionais da DP


incluem não apenas a defesa dos necessitados em todos os graus de
jurisdição, mas também a tarefa de lhes prestar orientação nos seus
problemas jurídicos, mesmo que não estejam vertidos em uma causa deduzida
em juízo.

114.(CESPE - 2009 - DPE-PI - Defensor Público) A DPU e as DPEs dispõem de


autonomia funcional e administrativa, sendo competentes para elaborar e
encaminhar suas propostas orçamentárias ao Poder Executivo, dentro dos
limites estabelecidos na LDO.

115.(CESPE - 2010 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) – Juiz) O chefe da AGU é escolhido,


entre os membros das carreiras desse órgão, pelo presidente da República.

116.(CESPE - 2010 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) – Juiz) A CF assegura aos procuradores


dos estados e do DF estabilidade após dois anos de efetivo exercício, mediante
avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, após relatório
circunstanciado das corregedorias.

117.(CESPE - 2010 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) – Juiz) De acordo com o disposto na CF


e com entendimento do STF, a representação judicial de tribunal regional
federal, por se tratar de órgão da União destituído de personalidade jurídica,
cabe à AGU.

118.(CESPE - 2010 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) – Juiz) Segundo a CF, o ingresso nas
classes iniciais das carreiras da AGU far-se-á mediante concurso público de
provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em
todas as suas fases.

119.(CESPE - 2010 - AGU - Agente Administrativo) O advogado-geral da União,


com o cargo organizado em carreira na qual o ingresso dependerá de concurso
público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do
Brasil em todas as suas fases, exercerá a representação judicial da União,
cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua
organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento
jurídico do Poder Executivo.

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120.(FCC - 2009 - DPE-MA - Defensor Público) A Constituição da República


estabelece que, assim como os membros das carreiras da Advocacia Pública,
os integrantes das Defensorias Públicas exercem atividade essencial à função
jurisdicional do Estado, incumbindo aos integrantes das carreiras mencionadas
a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos que comprovarem
insuficiência de recursos.

121.(FCC - 2009 - DPE-MA - Defensor Público) A Constituição da República


estabelece que, assim como os membros das carreiras da Advocacia Pública,
os integrantes das Defensorias Públicas ingressarão na carreira em cargos de
classe inicial, providos mediante concurso público de provas e títulos, com a
participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas fases.

122.(FCC - 2009 - DPE-MA - Defensor Público) A Constituição da República


estabelece que, assim como os membros das carreiras da Advocacia Pública,
os integrantes das Defensorias Públicas poderão exercer a advocacia fora das
atribuições institucionais, nas hipóteses previstas na lei complementar que
organizar a carreira.

123.(FCC - 2009 - DPE-MA - Defensor Público) A Constituição da República


estabelece que, assim como os membros das carreiras da Advocacia Pública,
os integrantes das Defensorias Públicas serão remunerados por subsídio fixado
em parcela única, vedado o acréscimo de gratificação, adicional, abono,
prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória.

124.(FCC - 2006 - BACEN – Procurador) O Advogado-Geral da União é livremente


nomeado pelo Presidente da República dentre os integrantes da carreira da
advocacia pública.

125.(FCC - 2006 - BACEN – Procurador) A representação judicial e extrajudicial da


União é incumbência exclusiva e direta da Advocacia-Geral da União, vedada a
representação através de órgão vinculado.

126.(FCC - 2006 - BACEN – Procurador) O Advogado-Geral da União deve ser


maior de trinta anos e não ter idade superior a sessenta e cinco anos, além de
possuir notável saber jurídico e reputação ilibada.

127.(FCC - 2006 - BACEN – Procurador) A representação da União, na execução da


dívida ativa de natureza tributária, cabe à Procuradoria da República,
observado o disposto em lei.

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128.(FCC - 2006 - BACEN – Procurador) As atividades de consultoria e


assessoramento jurídico do Poder Executivo são atribuições da Advocacia-Geral
da União, nos termos da lei complementar que a organizar.

129.(VUNESP - 2010 - TJ-SP - Agente de Fiscalização Judiciária) É obrigatório o


patrocínio das partes pelo advogado, em qualquer juízo ou tribunal, exceto no
juizado de pequenas causas e no juizado de menores.

130.(VUNESP - 2010 - TJ-SP - Agente de Fiscalização Judiciária) O advogado é


indispensável à administração da justiça e, nos termos da lei, inviolável por
seus atos e manifestações, no exercício da profissão.

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VIII. GABARITO

Ministério Público

1. C 2. C 3. E 4. E 5. C 6. E 7. E 8. C 9. E 10.E

11.E 12.E 13.E 14.E 15.C 16.E 17.C 18.C 19.E 20.E

21.E 22.E 23.E 24.E 25.C 26.C 27.C 28.E 29.C 30.E

31.C 32.C 33.C 34.E 35.E 36.E 37.E 38.C 39.C 40.E

41.C 42.E 43.E 44.E 45.E 46.E 47.E 48.E 49.E 50.E

51.E 52.E 53.C 54.C 55.E 56.C 57.E 58.E 59.C 60.E

61.E 62.C 63.E 64.C 65.E 66.C 67.E 68.C 69.E 70.E

71.C 72.E 73.E 74.E 75.E 76.E 77.C 78.C 79.E 80.C

81.E 82.C 83.E 84.C 85.E 86.C 87.E 88.C 89.E 90.E

91.E 92.E 93.E

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Defensoria Pública, Advocacia Pública e Advocacia Privada

94.C 95.E 96.E 97.E 98.E 99.E 100. E 101. E 102. E 103. C

104. C 105. E 106. E 107. E 108. E 109. C 110. E 111. E 112. E 113. C

114. E 115. E 116. E 117. C 118. E 119. E 120. E 121. E 122. E 123. C

124. E 125. E 126. E 127. E 128. C 129. E 130. C

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IX. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. São Paulo: Saraiva

MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. São Paulo: Ed. Átlas

PAULO, Vicente e ALEXANDRINO, Marcelo. Direito Constitucional


Descomplicado. Ed. Impetus

MENDES, Gilmar Ferreira e BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito


Constitucional. São Paulo: Saraiva

CRUZ, Vítor. 1001 questões Comentadas Direito Constitucional. Questões do


Ponto (ebook)

www.cespe.unb.br

http://www.esaf.fazenda.gov.br/

http://www.fcc.org.br/institucional/

www.consulplan.net

http://www.fujb.ufrj.br

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