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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFATECIE

CURSO DE DIREITO
CAMILA SIQUEIRA RA:169061
EDUARDA TORRES RA:171609
LUANA PUJOLI RA:129674
MATHEUS DUBIELA RA:129345

TRABALHO DE INICIAÇÃO AO MUNDO JURÍDICO E MECANISMOS DE


PROTEÇÃO À PESSOA HUMANA

PARANAVAÍ
2023
CAMILA SIQUEIRA RA:169061
EDUARDA TORRES RA:171609
LUANA PUJOLI RA:129674
MATHEUS DUBIELA RA:129345

TRABALHO DE INICIAÇÃO AO MUNDO JURÍDICO E MECANISMOS DE


PROTEÇÃO À PESSOA HUMANA

Trabalho realizado na disciplina de Iniciação ao Mundo Jurídico


como requisito parcial para a obtenção de nota do 2. Bimestre

Prof. Dra. Leticia Rosa Jordão

PARANAVAÍ
2023
INTRODUÇÃO

As carreiras jurídicas no Brasil desempenham um papel fundamental na


manutenção do Estado de Direito e na promoção da justiça. Compreender a
natureza e o funcionamento dessas carreiras é essencial para aqueles que desejam
ingressar nesse campo de atuação profissional, bem como para aqueles que
buscam compreender o sistema jurídico brasileiro.
O Brasil possui um sistema jurídico complexo e abrangente, influenciado
principalmente pelo direito civil, baseado em leis escritas, e pelo sistema judicial
hierárquico. O exercício das carreiras jurídicas no país requer uma formação sólida
em Direito e o cumprimento de requisitos específicos, que variam de acordo com
cada área de atuação.
Neste trabalho, exploraremos algumas das principais carreiras jurídicas no Brasil,
apresentando suas características, responsabilidades e perspectivas de atuação.
Destacaremos as profissões de advogado, juiz, promotor e defensor público, que
compõem o núcleo central do sistema de justiça brasileiro.
Além disso, abordaremos as etapas necessárias para se tornar um profissional
dessas áreas, incluindo a formação acadêmica, os exames de admissão, as
especializações e as exigências éticas e morais. Também discutiremos as
peculiaridades de cada carreira, como as áreas de atuação, as possibilidades de
progressão na carreira e os desafios enfrentados pelos profissionais.
Ao compreender as carreiras jurídicas no Brasil, podemos ter uma visão mais ampla
do funcionamento do sistema jurídico e do impacto que esses profissionais têm na
sociedade. Através desse conhecimento, poderemos refletir sobre o papel do Direito
na construção de uma sociedade mais justa e equitativa, bem como identificar as
oportunidades e os desafios enfrentados por aqueles que escolhem seguir essas
carreiras.
MINISTÉRIO PÚBLICO

O Ministério Público é uma instituição essencial para a proteção dos direitos


e a promoção da justiça em um país democrático de direito. Nisso, trataremos de
algumas questões importantes relacionadas com o Ministério Público, tais como o
seu estatuto e funções, as leis que o regulam, o desenvolvimento das suas
atribuições e os limites dos seus poderes. O Ministério Público é uma instituição
independente e autônoma, vinculada principalmente ao Judiciário, mas com funções
diferenciadas.
Seu cargo mais importante é o de Procurador-Geral da República,
responsável pelo Ministério Público Federal do Brasil. Nos Estados Unidos, o
Procurador-Geral é o chefe da acusação. O Ministério da Função Pública é
constituído por procuradores e procuradores, cabendo-lhe o exercício das funções
ministeriais nos diferentes órgãos. As principais funções do Ministério Público
incluem a defesa da ordem jurídica, da autoridade democrática e dos interesses
sociais e individuais invioláveis. Isso significa que o papel do Ministério de Assuntos
Públicos é defender os direitos da sociedade como um todo e proteger os direitos
que os indivíduos não podem renunciar ou negociar, como os direitos básicos,
descentralizadores e coletivos. A promotoria tem muitas leis que a regulam e
definem seus poderes.
A Constituição Federal é o principal marco legal que rege o Ministério
Público, define suas competências e garante sua independência. Além disso,
existem leis específicas como a Lei Complementar nº. 75/93 que regulamenta a
organização, titularidade e estatuto do Ministério Público Federal, e a Lei n. 8625/93
sobre poderes e organização, Ministério Público dos Estados.
Apesar da independência do Ministério Público, houve limitações em seu
funcionamento. Deve pautar-se pelo respeito pela legalidade, equidade, justiça e
moralidade. Suas ações devem ser baseadas em evidências e apuração de fatos,
garantindo um julgamento justo e respeito pelos direitos de todas as partes
envolvidas. Os promotores não podem inferir arbitrariamente sua competência ou
usar seus poderes.
Em termos de autoridade, existem certas garantias para os promotores
cumprirem suas funções ao máximo. Os membros do ministério fiscal gozam de
independência funcional, ou seja, não estão sujeitos a qualquer outro órgão ou
autoridade no exercício de suas atividades. Além disso, eles desfrutam de uma
proibição vitalícia e benefícios ilimitados, o que significa que não podem ser
demitidos ou punidos sem o devido processo, e desfrutam de estabilidade no
emprego. Estas competências visam garantir a independência e imparcialidade do
Ministério Público.
Em suma, o Ministério Público tem papel fundamental na defesa dos
interesses sociais e na promoção da justiça. Seus membros desempenham funções
essenciais pautadas na defesa do ordenamento jurídico e dos direitos fundamentais.
O Ministério Público agiu dentro da lei, buscou a justiça e respeitou os direitos de
todos os envolvidos, conforme leis específicas e a Constituição Federal. Suas
atribuições lhe conferem autonomia e autonomia no exercício de suas atribuições,
melhorando assim o desempenho da instituição em benefício da sociedade.

MAGISTRATURA

A magistratura nada mais é que uma das mais importantes carreiras


jurídicas, os magistrados são responsáveis por garantir a aplicação correta da lei, a
proteção dos direitos e a solução das inconformidades de forma justa.
Antes de se tornar um magistrado, é necessário passar por um longo
processo seletivo. Os requisitos para exercer a carreira de magistratura é ter
concluído o curso de bacharel em direito, tenha no mínimo 3 (três) anos de
atividades jurídicas, além de ter que realizar uma prova escrita, prova oral e
avaliação de títulos. Sendo aprovado em todas as etapas, o candidato poderá
começar a exercer a sua de função de juiz.
O magistrado deve interpretar as normas jurídicas de acordo com os
princípios constitucionais, também é responsabilidade do magistrado zelar pela
igualdade de todos perante a lei, garantindo a todos um julgamento justo e
imparcial, independentemente de sua posição social, além disso são encarregados
de solucionar os conflitos entre as partes, analisando as provas e os argumentos
apresentados, e proferir a decisão que considerarem justa e adequada, não podem
favorecer um lado em desfavorecimento do outro.
Dentre as prerrogativas do magistrado (Art. 33 da lei Complementar nº
35/1979), estão essas principais:
• Não ser preso por ordem escrita do Tribunal ou Órgão Especial, competente
para julgamento, salvo em flagrante de crime inafiançável.
• Portar arma de fogo de defesa pessoal.
Além de julgamento em primeira instância, os magistrados também podem
atuar em tribunais de segunda instância e até mesmo nos tribunais superiores,
revisando e decidindo dos recursos interpostos pelas partes insatisfeitas com as
decisões tomadas. É importante ressaltar que a magistratura exige uma conduta
ética e íntegra por parte dos juízes.
A aposentadoria dos magistrados, conforme a lei Complementar nº 35/1979,
Art. 74, é aos setenta anos de idade ou por invalidez comprovada, após trinta anos
de serviço público.

ADVOGADO

Como surgiu a advocacia:


É uma profissão com uma longa história. Alguns afirmam que os pais da advocacia
foram os gregos antigos, especialmente os retóricos, conhecidos por suas
habilidades de oratória e persuasão. A advocacia como conhecemos hoje surgiu
após a Revolução Francesa, quando também surgiu o conceito moderno de Direito,
apoiado no princípio da igualdade formal entre os homens. O grande marco foi a
criação do Código Civil francês, ou Código Napoleônico.
Os principais tipos de advogados
Advogado público e advogado privado: O advogado público, isto é, aquele que atua
no direito público, é um profissional que atua a serviço do Estado. Ele ingressa na
carreira por meio de concurso público, e pode estar vinculado a um Município,
Estado, Distrito Federal ou União. O advogado privado é aquele que atua a serviço
de uma pessoa natural ou de uma pessoa jurídica de direito privado, como uma
empresa, associação ou fundação.
Advogado contencioso e advogado consultivo: O advogado contencioso é aquele
que atua nos processos. O trabalho dele é ajudar o cliente a obter o melhor
resultado possível na causa que está em julgamento., o advogado consultivo não
atua diretamente com processos. Seu papel é prestar consultoria para ajudar os
clientes a tomar as melhores decisões e, assim, evitar qualquer problema legal.
Advogado de pessoa natural e advogado de pessoa jurídica: O advogado que
presta serviços para pessoas naturais encontra casos e atua em áreas diferentes
daquele que presta serviços para pessoas jurídicas. Para advogar para empresas, é
interessante ter conhecimento em administração, porque as questões jurídicas
andam sempre junto com as questões da gestão do negócio. Já para advogar para
indivíduos, precisará desenvolver muita empatia, porque seus clientes são seres
humanos enfrentando dificuldades. Para eles, a relação com o advogado não gira
em torno apenas de negócios, mas de questões pessoais.
Advogado civilista e advogado penalista: O advogado civilista é aquele que se
especializa em direito civil e suas subáreas, como direito de família ou contratos.
Enquanto isso, o advogado penalista é aquele que se especializa em direito penal e
suas subáreas, como direito penal empresarial ou direito penal tributário.
Advogado autônomo e advogado associado: O advogado autônomo é um grande
empreendedor. Mesmo que não esteja planejando abrir um escritório, ele é a própria
empresa. Precisa atender os clientes e cuidar dos casos, mas também precisa
gerenciar as finanças, desenvolver ações de marketing, fazer networking, emitir
notas fiscais, controlar a agenda, e todas as outras atividades que, na verdade,
qualquer escritório exige. O associado não tem que se preocupar com todas as
atividades do escritório. Ele cuida dos casos e das tarefas que são designados para
ele. Porém, isso não significa que pode se acomodar; pelo contrário, se quiser
crescer dentro da equipe, precisa se destacar.

Advogado ambientalista: o advogado ambientalista desempenha um duplo papel.


Por um lado, ele aconselha as empresas sobre o que elas podem e não podem
fazer, e informa os riscos de sanções; por outro, ele defende o meio ambiente,
movendo ações contra as empresas que transgredem a legislação.
Advogado de startups: advogar nesse ramo é um desafio. Em alguns casos, a
startup é tão inovadora que ela cria problemas jurídicos completamente novos.
Então, o advogado que atua com direito das startups precisa identificar esses
problemas e pensar em soluções para que eles não se tornem obstáculos ao
negócio.
Advogado dativo: Advogado dativo, diferente do constituído, é aquele nomeado pelo
juiz para atuar na defesa de pessoas hipossuficientes quando não há um membro
da defensoria pública na comarca. A nomeação do advogado dativo se faz para
assegurar direitos estabelecidos na Constituição. Vale ressaltar que apesar do
profissional ser chamado pelo estado para atuar na defesa de outrem, essa atuação
não o enquadra como Defensor Público, não lhe coloca como membro da
Defensoria, muito ao menos gera vínculo empregatício.
O advogado pode atuar em várias áreas, sendo elas:
· Direito Administrativo
· Direito Ambiental
· Direito Civil
· Direito Constitucional
· Direito das Pessoas com Deficiência
· Direito de Família
· Direito Desportivo
· Direito Digital
· Direito do Consumidor
· Direito Eleitoral
· Direito Empresarial
· Direito Imobiliário
· Direito Internacional
· Direito Médico
· Direito Penal
· Direito Previdenciário
· Direito Público
· Direito Trabalhista
· Direito Tributário

Os fundamentos dos direitos e prerrogativas dos advogados é o Estatuto da OAB,


estipulado pela Lei nº 8.906/1994
"Nos termos do art. 7º, II, da Lei 8.906/94, o Estatuto da Advocacia garante ao
advogado a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus
instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e
telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia.
as principais prerrogativas e direitos dos advogados. São elas:
1. Ausência de hierarquia;
2. Amplo exercício de defesa;
3. Liberdade no exercício profissional;
4. Inviolabilidade do advogado;
5. Imunidade profissional;
6. Sigilo profissional;
7. Comunicação com o cliente;
8. Acesso aos processos e autos de investigação;
9. Direitos da advogada grávida, lactante, adotante ou que dado à luz e do
advogado pai;
10. Prerrogativas de atuação.

DEFENSORIA PUBLICA
O que é a defensoria pública? E a diferença entre advogado e Defensor Público.
Muitos pensam que o defensor público é um advogado fornecido pelo estado,
embora esta afirmação tenha uma parcela de verdade, ela está equivocada, em
virtude de que as duas atividades, se assemelham em vários pontos, mas também
existem muitas diferenças entre elas, que serão citadas mais adiante. Ambas são de
natureza constitucional, institucional além de prerrogativas.

Em 2018 essa dúvida foi solucionada pela jurisprudência de N° 1.710.155/CE, onde


por decisão do Supremo Tribunal de Justiça vulgo STJ decidiu a favor da
desnecessidade de inscrição dos defensores públicos na Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB), isto é, faz a distinção dos advogados para os membros da defensoria
pública, em complemento pode ser citado o art. 3° §1°, da Lei 8.906/1994 que pode
ter sua interpretação conforme a constituição, diz que, para obstar a necessidade de
inscrição na OAB dos membros das carreiras da Defensoria Pública, não obstante
se exija a inscrição do candidato em concurso público. A principal diferença entre o
Defensor Público e o Advogado, está na legitimidade de o primeiro propor ações
coletivas, como a ação civil pública, visando a proteção dos interesses de uma
classe ou grupo de pessoas. Esse tipo de atribuição não cabe ao advogado
particular. Também podemos citar a atribuição da Defensoria Pública de visitar
periodicamente os estabelecimentos penais, participando ainda dos Conselhos
Penitenciários, com direito a voz e voto. Essa função é garantida pela Lei de
Execução Penal (Lei 7.210/84), e não se estende à advocacia privada. Vale
ressaltar que existe uma ‘‘exceção’’ que une os dois papeis, que seria o advogado
dativo, que em si não é membro da Defensoria Pública, mas exerce o papel de
defensor público, ajudando, por indicação da Justiça, o cidadão comum. O
pagamento de honorários não implica vínculo empregatício com o Estado e não
assegura ao advogado nomeado direitos atribuídos ao servidor público.

Cargos:
(LCP80/1994) Capítulo II – Da carreira, art. 19° A Defensoria Pública da União é
integrada pela Carreira de Defensor Público Federal, composta de 3 (três)
categorias de cargos efetivos:
I – Defensor Público Federal de 2ª Categoria (inicial);
II – Defensor Público Federal de 1ª Categoria (intermediária);
III – Defensor Público Federal de Categoria Especial (final). (Redação dada pela Lei
Complementar nº 132, de 2009).
Estes são os cargos previstos em lei, porém existem outros além da Defensoria
Pública da União (DPU) – com seus cargos de: defensores públicos federais. São
eles Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios (DPDF) – cargos:
defensores públicos do Distrito Federal e dos Territórios; Defensorias Públicas dos
Estados (DPE) – cargos: defensores públicos estaduais. Alem de outros cargos
paralelos a ela, são eles Oficial de Defensoria Pública, Assistente de Defensoria
Pública, Técnico de Defensoria Pública e Agente de Defensoria Pública.

Funções (atribuições):
O Defensor Público tem independência funcional para atuar na defesa dos
interesses dos (as) usuários (as), prestando-lhes assistência jurídica integral,
inclusive quando a parte contrária é o próprio Estado.
Segundo a Constituição da República, "a Defensoria Pública é instituição
permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como
expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a orientação
jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e
extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos
necessitados" (artigo 134, caput).
Em outras palavras, é dever do Estado, por meio da Defensoria Pública, garantir
assistência jurídica integral e gratuita àqueles e àquelas que não podem pagar por
essa assistência. Isso significa muito mais do que o direito à assistência judicial,
abrangendo, também, a defesa, em todas as esferas, dos direitos dos necessitados.
Desde a Emenda Constitucional nº 45/2004, as Defensorias Públicas Estaduais
passaram a contar com autonomia administrativa e funcional (art. 134, §2º da
Constituição Federal), bem como financeira (art. 168, CF), estando fora, portanto, da
estrutura do Poder Executivo. A Defensoria Pública presta atendimento jurídico em
sentido amplo, de natureza judicial e extrajudicial, e de educação em direitos, e tem
legitimidade para atuar não só individualmente, mas também por meio da tutela
coletiva.
Já em no estado do paraná A Defensoria Pública, instituída pela Lei Complementar
Estadual nº 55/1991 e organizada pela Lei Complementar nº 136/2011, encontra-se
hoje presente em 30 comarcas. Os membros da Defensoria Pública - Defensores e
Defensoras Públicas - devem ser aprovados em Concurso Público de Provas e
Títulos e precisam ter, no mínimo, três anos de experiência jurídica. O Defensor
Público tem independência funcional para atuar na defesa dos interesses dos (as)
usuários (as), prestando-lhes assistência jurídica integral, inclusive quando a parte
contrária é o próprio Estado.

Regulamentação:
Os defensores públicos estão sujeitos às regras do regime jurídico diferenciado dos
servidores públicos e à Corregedoria-Geral da Defensoria Pública. Além disso não
estão sujeitos ao Código de Ética do Estatuto da OAB. A legislação que rege para
os membros da Defensoria Pública é a Lei Complementar de Nº 80/1994, que
organiza a Defensoria Pública da União, do Distrito Federal e dos Territórios e
prescreve normas gerais para sua organização nos Estados, além de outras
providências. (Redação dada pela Lei Complementar nº 132, de 2009), legislação
que complementa a LCP80/1994. Nela se dispõem de 149 artigos subdivididos, que
regulam os membros da defensoria, com seus direitos, obrigações e proibições.
Além da estrutura, do conselho, da carreira, do financeiro, e todas as questões que
envolvem as pessoas que fazem parte da Defensoria Pública.
Limites de atuação:
A Lei 11.448/07 ao atribuir a legitimidade da Defensoria Pública para ajuizar Ação
Civil Pública deve ser interpretada conforme a Constituição Federal, a qual em seu
artigo 134 atribuiu à Defensoria o seguinte:
" A Defensoria Pública é instituição essencial à função jurisdicional do Estado,
incumbindo-lhe a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos
necessitados na forma do artigo 5º, LXXIV, da CF. parágrafo1º. .... vedado o
exercício da advocacia fora das atribuições institucionais.
Em paralelo se transcreve no art. 5° da CF ‘’O Estado prestará assistência jurídica
integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos’’.
Diante disso, pode se ressaltar que a Defensoria Pública somente pode atender a
quem COMPROVAR a carência e isso não tem ocorrido em muitos casos e acaba
reproduzindo o modelo de atender à classe média e até mesmo a alta, além de não
juntar documento comprovando a carência dos seus clientes. O que se configura
fora dos limites de sua atuação.
Prerrogativas:
Art. 43. São garantias dos membros da Defensoria Pública da União:
I - A independência funcional no desempenho de suas atribuições;
II - A inamovibilidade;
III - a irredutibilidade de vencimentos;
IV - A estabilidade;
Art. 44. São prerrogativas dos membros da Defensoria Pública da União:
I – Receber, inclusive quando necessário, mediante entrega dos autos com vista,
intimação pessoal em qualquer processo e grau de jurisdição ou instância
administrativa, contando-se lhes em dobro todos os prazos; (Redação dada pela
Lei Complementar nº 132, de 2009).
II - Não ser preso, senão por ordem judicial escrita, salvo em flagrante, caso em que
a autoridade fará imediata comunicação ao Defensor Público-Geral;
III - ser recolhido a prisão especial ou a sala especial de Estado Maior, com direito a
privacidade e, após sentença condenatória transitada em julgado, ser recolhido em
dependência separada, no estabelecimento em que tiver de ser cumprida a pena;
IV - Usar vestes talares e as insígnias privativas da Defensoria Pública;
V - (VETADO);
VI - Ter vista pessoal dos processos fora dos cartórios e secretarias, ressalvadas as
vedações legais;
VII – comunicar-se, pessoal e reservadamente, com seus assistidos, ainda quando
esses se acharem presos ou detidos, mesmo incomunicáveis, tendo livre ingresso
em estabelecimentos policiais, prisionais e de internação coletiva,
independentemente de prévio agendamento; (Redação dada pela Lei
Complementar nº 132, de 2009).
VIII – examinar, em qualquer repartição pública, autos de flagrantes, inquéritos e
processos, assegurada a obtenção de cópias e podendo tomar apontamentos;
(Redação dada pela Lei Complementar nº 132, de 2009).
IX - Manifestar-se em autos administrativos ou judiciais por meio de cota;
X - Requisitar de autoridade pública e de seus agentes exames, certidões, perícias,
vistorias, diligências, processos, documentos, informações, esclarecimentos e
providências necessárias ao exercício de suas atribuições;
XI - representar a parte, em feito administrativo ou judicial, independentemente de
mandato, ressalvados os casos para os quais a lei exija poderes especiais;
XII - deixar de patrocinar ação, quando ela for manifestamente incabível ou
inconveniente aos interesses da parte sob seu patrocínio, comunicando o fato ao
Defensor Público-Geral, com as razões de seu proceder;
XIII - ter o mesmo tratamento reservado aos magistrados e demais titulares dos
cargos das funções essenciais à justiça;
XIV - ser ouvido como testemunha, em qualquer processo ou procedimento, em dia,
hora e local previamente ajustados com a autoridade competente;
XV - (VETADO);
XVI - (VETADO);
Parágrafo único. Quando, no curso de investigação policial, houver indício de prática
de infração penal por membro da Defensoria Pública da União, a autoridade policial,
civil ou militar, comunicará, imediatamente, o fato ao Defensor Público-Geral, que
designará membro da Defensoria Pública para acompanhar a apuração.
CONCLUSÃO
Concluímos então que o estudo das carreiras jurídicas no Brasil revela um
panorama complexo e desafiador. O campo do direito oferece uma ampla gama de
oportunidades, desde a advocacia até a magistratura, passando pela carreira
pública e acadêmica. No entanto, essa diversidade também traz consigo uma série
de questões e obstáculos a serem enfrentados.
Uma das principais características das carreiras jurídicas no país é a sua
competitividade. A busca por uma posição de destaque no setor exige dos
profissionais uma combinação de conhecimento jurídico sólido, habilidades
interpessoais e capacidade de adaptação às constantes mudanças na legislação.
Além disso, a carreira jurídica requer uma dedicação constante ao estudo e
aprimoramento das habilidades, uma vez que a área está em constante evolução.
Outro aspecto relevante é a importância da ética e da responsabilidade social na
prática do direito. Os profissionais jurídicos têm um papel fundamental na busca
pela justiça e na defesa dos direitos dos cidadãos. A conduta ética e a consciência
dos impactos sociais das decisões tomadas são elementos essenciais para o
exercício responsável da profissão.
No entanto, o sistema jurídico brasileiro ainda enfrenta desafios significativos. A
morosidade dos processos, a falta de acesso à justiça para a população de baixa
renda e a burocracia excessiva são apenas alguns dos problemas que afetam o
sistema. Essas questões demandam esforços contínuos para aprimorar a eficiência
e a efetividade da justiça no país.
Apesar dos desafios, as carreiras jurídicas no Brasil oferecem oportunidades
empolgantes e gratificantes para aqueles que estão dispostos a enfrentar os
obstáculos e se dedicar ao serviço da justiça. A profissão jurídica é um pilar
fundamental para a manutenção do Estado de Direito e para a promoção de uma
sociedade mais justa e equitativa.

REFERÊNCIAS

Ministério público:

https://www.jusbrasil.com.br/artigos/funcoes-institucionais-do-ministerio-publico

Magistratura:

https://www.anamatra.org.br/artigos/1072-garantias-e-prerrogativas-da-magistratura-
escorco-e-cotejo-por-onde-anda-o-juiz-gestor

Defensoria publica:

https://justicadigital.com/blog/defensor-publico-advogado/#:~:text=Atribui
%C3%A7%C3%B5es,n%C3%A3o%20cabe%20ao%20advogado%20particular.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp80.htm#:~:text=Lcp80&text=Organiza
%20a%20Defensoria%20P%C3%BAblica%20da,Estados%2C%20e%20d
%C3%A1%20outras%20provid%C3%AAncias.
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/Lcp132.htm#art1
https://www.defensoriapublica.pr.def.br/Pagina/O-que-e-Defensoria-
Publica#:~:text=O%20Defensor%20P%C3%BAblico%20tem%20independ
%C3%AAncia,contr%C3%A1ria%20%C3%A9%20o%20pr%C3%B3prio%20Estado.
Advocacia:
https://www.aurum.com.br/
https://www.stf.jus.br/arquivo/cms/
https://blog.lfg.com.br/oab/direitos-dos-advogados/

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