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Sempre Dentro do
Triângulo Verde
(máximo 4 linhas)
INTRODUÇÃO
Nome do Autor no Triângulo
AO
DIREITO
MARÍLIA RODRIGUES MAZZOLA
Introdução ao Direito
Apresentação
Ao longo da disciplina Introdução ao Direito, iremos abordar os elementos essenciais
para que você compreenda o que é o Direito e as relações jurídicas. Noções básicas
sobre alguns ramos do direito, tais como constitucional, civil, trabalho e comercial
serão estudados nesta unidade para que você adquira os conhecimentos necessários
para a aplicação desses conceitos em seus estudos posteriores e específicos de
cada disciplina.
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Unidade 1 – Introdução ao
Introdução ao Direito
Direito
Introdução
Olá, aluno. Na unidade 1, iremos dar início a disciplina de Introdução ao Direito. Ao
compreendermos o conceito de Direito e das normas jurídicas e estudarmos os
principais ramos do Direito e as suas fontes, seremos capazes de compreender
melhor as relações jurídicas e identificarmos seus elementos. Esperamos que seja
uma leitura proveitosa e que agregue em seu caminho profissional.
Objetivos da Aprendizagem
Ao final do conteúdo, esperamos que você possa:
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Conceito de Direito
A palavra “direito” carrega muitos significados. De origem latina, significa direto, reto,
de acordo com a lei.
Direito
Como nos ensina Francisco Amaral (apud GONÇALVES, 2013, p. 20), a palavra direito
[…] é usada, na acepção comum, para designar o conjunto de regras com que
se disciplina a vida em sociedade, regras essas que se caracterizam pelo
caráter genérico, concernente à indistinta aplicação a todos os indivíduos,
e jurídico, que as diferencia das demais regras de comportamento social
e lhes confere eficácia garantida pelo Estado.
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Como o direito depende de condutas, que serão reguladas por ele, as fontes do direito
são as leis, os costumes, os princípios gerais do direito, a jurisprudência e a doutrina.
Costume
princípio ou regra não escrita que se introduziu pelo uso, com o consentimento
tácito de todas as pessoas que admitiram a sua força como norma a seguir na
prática de determinados atos (SILVA, 1993, p. 577).
Lei
Jurisprudência
Doutrina
Negócios jurídicos
Se o Direito trata de condutas, ou seja, faculdades ou poderes que uma pessoa tem
ou pode exigir, podemos dividir o direito em direito natural e direito positivo.
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O direito natural traz o direito ideal, correlacionado à justiça, abstrato, pois liga-se
a princípios superiores, da natureza e da ética do ser humano, sendo estudado pela
escola jusnaturalista.
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Saiba mais
O estudo do direito e de seus esquemas teóricos é conhecido
como dogmática jurídica. Quer saber mais sobre o direito como
uma ciência? Clique aqui e veja o vídeo.
As regras do direito podem ser feitas para regular as condutas sociais e para organizar
a própria sociedade que irá se estabelecer (iremos falar mais sobre isso em uma
outra unidade).
Vale para todos (caráter geral) Indivíduo age em busca de seus interesses.
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Apesar da distinção ser bem clara e ainda atual, existem algumas relações particulares
nas quais há regulação e/ou interferência do Estado, por exemplo, o casamento.
Com base nessa divisão entre direito público e direito privado, podemos compreender
ainda algumas relações sociais:
Assim, podemos compreender que definir o direito não é uma tarefa simples por haver
diversos sentidos (ciência, regra de conduta e prerrogativa).
Reflita
Pense em um contrato de compra e venda. Quem comprou algo
(o comprador) tem a obrigação de pagar certo preço pela coisa
comprada e tem o direito de exigir essa coisa de outrem (o
devedor). O devedor, por sua parte, tem a obrigação de entregar a
coisa ao comprador e o direito de exigir o pagamento pelo negócio
de compra e venda.
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Veja que essa relação tem uma estrutura imperativa-atributiva para as duas partes.
Se nenhuma delas cumprir sua parte, haverá intervenção do Estado, por meio de
normas impositivas em razão do descumprimento.
Normas jurídicas, por definição, são regras que disciplinam condutas de maneira
bilateral, imperativa, geral e abstrata por meio da coercibilidade.
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Vejamos o que cada um desses elementos significa:
Bilateral
as normas jurídicas criam enlaces, direitos para uma parte e deveres para
outras.
Imperativo
Geral
Abstrato
Coercitivo
Por sua vez, relações jurídicas são relações reconhecidas pelos legisladores, ou seja,
tuteladas por estes, tutelando interesses legítimos de pessoas.
Norma
para que haja uma relação jurídica, é necessária a existência prévia de uma
norma, uma regra jurídica previamente delimitada pelo legislador. Sem a regra
de direito, não há relação jurídica, mas sim relações sociais controladas por
outras forças como a moral, a religião, a etiqueta etc.
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Fato
Consequência
toda relação jurídica produz efeitos jurídicos que geram vínculos entre as
pessoas dessa relação jurídica. Desse vínculo, há a possibilidade de exigência
de condutas, segundo os comportamentos previstos na norma.
Podemos perceber que as relações jurídicas são relações sociais nas quais os
sujeitos de direito têm direitos subjetivos tutelados pelo Direito. Assim, há um vínculo
(relação jurídica) entre pessoas (sujeito passivo e sujeito ativo) regulado por uma
norma (jurídica).
Ramos do Direito
As normas jurídicas, apesar de constantemente mutáveis em razão da evolução da
sociedade, podem ser envelopadas em subdivisões, os ramos do direito, para facilitar
o estudo da ciência do direito.
Atenção
Essa divisão é meramente fictícia, para fins de estudo, uma vez
que o direito, em si, é uno.
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Podemos, dessa forma, indicar algumas áreas de atuação do Direito:
Direito administrativo
Direito financeiro/econômico
Direito penal/criminal
Direito processual
Direito civil
Direito do trabalho
Direito Internacional
Direito comercial/empresarial/societário
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Direito constitucional
Direito tributário
Direito ambiental
Além da divisão do Direito em ramos, para fins de estudo da sua ciência, devemos
ressaltar a sua diferença da moral.
Ramos do Direito
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O Direito tem uma característica importante, que o diferencia da moral, que é a
coercibilidade. Significa dizer que o Direito é pautado pela sanção, imposta pelo
Estado, enquanto a moral esta é unicamente imposta pela consciência dos seres
humanos (remorso, arrependimento, sem qualquer coerção).
Ainda no campo de divisão dos ramos do direito, uma importante divisão é a entre
direito material e direito processual.
O direito processual diz respeito ao direito que disciplina o processo, qual seja
os atos processuais, que são os ritos e procedimentos destinados as prestações
jurisdicionais.
Atenção
Quer dizer: para que uma tutela (um direito) seja obtida, é necessário
uma série de procedimentos em sequência (por exemplo, dar
entrada no processo por meio de petição inicial, apresentar defesa,
haver audiência, sentenciar etc.) que são disciplinados pelo direito
processual, havendo inclusive legislação específica para tanto
(por exemplo, os códigos de processo civil e processo penal).
As tutelas, ou seja, os direitos, são disciplinados pelo direito material, que disciplina
e trata as garantias e os fatos jurídicos estudados por meio dos diversos ramos do
direito.
Assim, o direito material pode ser entendido pelo conjunto de normas que atribuem
direitos aos indivíduos e que endereçam as relações jurídicas e que, ao serem
violados, serão endereçados pelo direito processual, para sua obtenção, por meio da
tutela jurisdicional do Estado.
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Conclusão
Nesta unidade, fizemos uma reflexão inicial sobre o Direito. Estudamos o direito como
ciência e o conceituamos, além de verificarmos suas fontes. Pudemos compreender
as relações jurídicas e conhecemos alguns dos principais ramos de estudo do Direito,
que serão mais bem explorados ao longo desta disciplina.
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Referências
INTRODUÇÃO ao Estudo do Direito – Perfil Histórico I. [S. l.: s. n.], 2021. 1 vídeo (8:46
min). Publicado pelo canal Trilhante. Disponível em: https://youtu.be/IMkehzkz_iA.
Acesso em: 5 jan. 2023.
GONÇALVES, C. R. Direito Civil Brasileiro. Volume 1: parte geral. 11. ed. rev. atual. São
Paulo: Saraiva, 2013.
REALE, M. Lições preliminares do Direito. 27. ed. São Paulo: Saraiva, 2002. E-book.
WALD, A. Curso de Direito Civil Brasileiro: introdução e parte geral. 7. ed. São Paulo:
Editora dos Tribunais, 1995.
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