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EMENTA: Norma e as diversas formas de normatização da vida social; Teoria da

Norma Jurídica: estrutura, atributos e função; Direito e Historiografia: funções da


história para o estudo jurídico; Direito Antigo: Atenas e Roma; Direito na Idade Média;
Formação dos Sistemas Continental e Anglo-Saxão; Direito no Brasil-Colônia, Império
e República Velha

SIGNIFICADOS DA PALAVRA „DIREITO‟


Direito como justo: designa o que é certo e errado.

Miguel Reale, em Lições Preliminares de Direito, afirma que "aos olhos do homem
comum o Direito é a lei e ordem, isto é, um conjunto de regras obrigatórias que
garante a convivência social graças ao estabelecimento de limites à ação de cada um
de seus membros".

DIREITO – MORAL – RELIGIÃO – ETIQUETA

DIREITO E A COERCITIVIDADE

FINALIDADE DO DIREITO

Finalidade básica – COEXISTÊNCIA PACÍFICA

Enfim, o direito é um instrumento de pacificação social, que visa favorecer o amplo


relacionamento entre as pessoas e os grupos sociais, a fim de manter a ordem
e coordenar os interesses individuais e coletivos

DIREITO NATURAL E DIREITO POSITIVO

DIREITO NATURAL - ou jusnaturalismo é uma teoria que postula a existência de


um direito cujo conteúdo é estabelecido pela natureza e, portanto, é válido em
qualquer lugar.

O Direito Natural não é escrito, não é criado pela sociedade e nem é formulado
pelo Estado. É um Direito espontâneo que se origina da própria natureza social
do homem, revelado pela conjugação da experiência e razão. Princípios de
caráter universal e imutáveis. Ex: direito à vida e à liberdade.

São diversas as origens do direito natural:

Para os helenistas, o direito natural corresponderia à natureza cósmica. Ex:


perfeição, ordem e equilíbrio do universo;

Para os Teólogos medievais, vinha de Deus;

Para os racionalistas, o Direito Natural é produto da razão humana;

Atualmente, a corrente majoritária afirma ser o direito natural baseado na natureza


humana. Todo ser é dotado de uma natureza e um fim, ou seja, a natureza do ser
(suas propriedades) define o fim a que este tende. Para se chagar a esse fim
devemos respeitar algumas normas, que compõe o Direito Natural.
Direito natural é aquele que se compõe de princípios inerentes à própria
essência humanas, servem de fundamento ao Direito Positivo: "o bem deve ser
feito", "não lesar a outrem", "dar a cada um o que é seu", "respeitar a personalidade
do próximo", "as leis da natureza", etc..

Portanto, revela ao legislador os princípios fundamentais de proteção ao homem. É


constituído por um conjunto de princípios, com caráter universal, eterno e imutável e
pertencem a todos os tempos, não são elaborados pelos homens e emanam de uma
vontade superior porque pertencem à própria natureza humana: "o direito de
reproduzir" "o direito de constituir família" "direito à vida e à liberdade"... Direito
Natural é o direito legítimo, que tem raízes, que brota da própria vida, no seio do
povo.

O direito natural é a ideia abstrata do Direito; o ordenamento ideal, correspondente a


uma justiça superior e anterior – trata-se de um sistema de normas que independe
do direito positivo, ou seja, independe das variações do ordenamento da vida social
que se originam no Estado.

Com o surgimento do direito positivo, através do Estado, sua função passa a ser
uma espécie de contrapeso às atividades legitiferante do Estado, fornecendo
subsídios para a reivindicação de direitos pelos cidadãos, passando a ter um caráter
subjetivo.

DIREITO POSITIVO: conjunto de normas jurídicas escritas e não escritas, vigentes


em um determinado território e, também internacionalmente, na relação entre os
Estados. Não obstante tenha surgido nos primórdios da civilização ocidental, o
direito positivo se consolida como esquema de segurança jurídica a partir do
século XIX.

É institucionalizado pelo Estado, são normas jurídicas de determinado país.


Ex: Código Penal, Código Civil, etc.

o direito positivo é o direito posto pelo Estado, dotado de validade, apenas por
obedecer a condições formais de sua formação.

A principal característica do direito positivado é que ele se liberta de


parâmetros imutáveis ou Iongamente duradouros, de premissas materialmente
invariáveis e, por assim dizer, institucionaliza a mudança e a adaptação
mediante procedimentos complexos e altamente móveis.

Hans Kelsen coroa o positivismo iniciado por Comte com sua Teoria Pura,
estabelecendo o positivismo jurídico ou juspositivismo.

Para ele, o direito deveria ser considerado como tal, independente de outras ciências
ou da moral. As fontes do Direito “têm que ser buscadas apenas no próprio Direito,
excluindo-se as fontes extrajurídicas”. O estudo do Direito deveria ser desprovido de
valores, já que a moral seria extrínseca ao direito.

Direito Objetivo e Direito Subjetivo

Direito objetivo é o conjunto de normas jurídicas direcionadas e impostas a todos pelo


Estado. É o conjunto de normas jurídicas que prescrever condutas e regulam a vida
em sociedade, formando o ordenamento jurídico. Estas normas vinculam a conduta
humana, são regras cogentes de comportamento, determinando como agir ou não agir
– norma agendi.

Direito subjetivo é a opção, a faculdade da pessoa de invocar o direito objetivo, ou


seja, invocar a norma jurídica a seu favor - facultas agendi. O direito subjetivo refere-
se a prerrogativa que a pessoa (titular do direito subjetivo) tem de obter certo efeito
jurídico, em conformidade com a norma jurídica. Para SÍLVIO RODRIGUES: „trata-se
da faculdade conferida ao indivíduo de invocar a norma a seu favor, ou seja, da
faculdade de agir sob a sombra da regra, isto é, a facultas agendi.

Direito Positivo e Direito Natural (Jusnaturalismo)

O direito positivo equivale ao direito objetivo, ou seja, quando se faz referência ao


conjunto de normas jurídicas que regem o comportamento humano num determinado
tempo e espaço está se falando em direito positivo e objetivo. Assim, quando se faz
alusão à norma positiva ou objetiva trata-se de uma norma coerciva.
O direito natural, por sua vez, diz respeito à ordem pública e social como um todo,
independente de normas materiais, pois emana da moral, da ética e da consciência de
um povo, refletindo no direito positivo, considerando que o legislador deve levar em
conta o valor social da norma, pois sua finalidade é torná-la obrigatória a todos, mas
principalmente àqueles que não respeitam o que é moralmente correto se não houver
uma consequência séria que os obriguem a fazê-lo.

Direito Público e Direito Privado


Uma possível distinção estabelece que o direito público se refere aos interesses do
Estado e o direito privado aos interesses particulares.
Então relações de direito público seriam aquelas em que o Estado é parte e relações
de direito privado aquelas que ocorrem somente entre particulares.
O direito público, na verdade, regula as relações entre um Estado e outro, a sua
organização, seu funcionamento e suas relações com particulares.
Assim, estão regulados pelo direito público o Direito Internacional Público, o Direito
Administrativo, o Direito Constitucional, o Direito Processual (civil ou penal), o Direito
Tributário e o Direito Penal. São matérias tanto de interesse público quanto privado,
mas cabe ao Estado a competência para tratar de tais assuntos.
O direito privado é um conjunto de normas que regula as relações entre indivíduos
face aos seus interesses particulares. Dessa forma, pertence ao âmbito do direito
privado o Direito Civil, como direito privado comum.
De uma forma mais simples, distingue-se Direito Público de Direito Privado
considerando que o primeiro regula relações do Estado com outro Estado e com
particulares e o segundo regula relações entre particulares em função do conflito de
seus interesses pessoais.

FONTES DO DIREITO

CIVIL LAW – LEI – PAÍSES DE TRADIÇÃO ROMANO-GERMÂNICA


COMMON LAW – JURISPRUDÊNCIA – COMUNIDADE BRITÂNICA DE NAÇÕES

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