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Trabalho Instituições de direito

aplicado à contabilidade:
Aluno: Raphael Augusto da Silva Oliveira
Prof. : David Faria

1. "Antígona", de Sófocles, é uma tragédia grega que aborda o conflito entre o Direito
Natural e o Direito Positivo através dos dilemas enfrentados pela protagonista homônima.
Antígona deseja enterrar seu irmão Polinices, mesmo que isso vá contra as ordens do rei
Creonte, que proibiu o sepultamento como punição por sua traição à pátria.

No contexto da peça, Antígona representa o Direito Natural, que se baseia em princípios


universais e morais, como o respeito aos laços familiares e aos rituais funerários. Ela defende
que é seu dever sagrado enterrar seu irmão, independentemente das leis humanas. Essa
postura é evidenciada nas páginas 14 e 15 da obra, quando ela confronta Creonte e justifica
sua ação apelando para as leis não escritas dos deuses.

Por outro lado, Creonte encarna o Direito Positivo, que é estabelecido pelos governantes e
encontra sua legitimidade na autoridade do Estado. Ele defende a supremacia das leis
humanas sobre quaisquer outras considerações, incluindo as leis divinas. Creonte proclama
seu decreto de não permitir o sepultamento de Polinices como uma medida de segurança para
o Estado e como uma demonstração de seu poder absoluto. Essa posição é evidenciada ao
longo da peça, especialmente nas páginas 16 e 17, quando ele reforça suas leis e pune quem
as desobedece.

Assim, o confronto entre Antígona e Creonte representa o embate entre duas concepções de
justiça: uma baseada em princípios universais e morais (Direito Natural) e outra
fundamentada na autoridade do Estado e nas leis estabelecidas pelos governantes (Direito
Positivo). Esse conflito dramático ressoa ao longo da peça, culminando em uma tragédia que
evidencia as complexidades éticas e morais inerentes à condição humana

2.1 A diferença entre direito objetivo e direito subjetivo;


O direito objetivo e o direito subjetivo são conceitos fundamentais no campo do
direito. Vou explicar brevemente a diferença entre os dois, com base em uma
interpretação geral desses conceitos.

O direito objetivo refere-se ao conjunto de normas, regras e princípios que governam


uma sociedade em particular. É o sistema legal em si, estabelecido pelo Estado para
regular o comportamento das pessoas e das instituições. Esse conjunto de regras
pode abranger diversas áreas, como direito civil, direito penal, direito constitucional,
entre outras. O direito objetivo é, essencialmente, a lei escrita e aplicável a todos os
membros de uma sociedade.

Por outro lado, o direito subjetivo é a faculdade ou poder conferido a um indivíduo


pela ordem jurídica para exigir determinadas condutas dos outros membros da
sociedade ou do próprio Estado. Em outras palavras, é o direito que uma pessoa tem
de agir de certa maneira ou de exigir que outros ajam de determinada forma,
protegido pelo sistema legal. Por exemplo, o direito à propriedade, o direito à
liberdade de expressão e o direito à vida são todos exemplos de direitos subjetivos.

Assim, enquanto o direito objetivo é o sistema legal como um todo, o direito


subjetivo é a faculdade concedida aos indivíduos por esse sistema para proteger
seus interesses e exigir determinadas condutas.

2.2 O sentido da expressão "ramos do direito", fazendo breve


abordagem sobre 5 desses ramos;

A expressão "ramos do direito" se refere à divisão do campo jurídico em diferentes


áreas de especialização, cada uma lidando com um conjunto específico de normas e
princípios legais. Essa divisão é útil para facilitar o estudo e a prática do direito, uma
vez que o direito como um todo é vasto e abrange uma variedade de assuntos e
situações.

Aqui está uma breve abordagem sobre cinco dos principais ramos do direito:

​ Direito Constitucional: Este ramo do direito trata da análise e interpretação da


Constituição de um país. Ele define a estrutura do governo, os direitos e
deveres dos cidadãos, os poderes dos diferentes órgãos do Estado e os
princípios fundamentais que regem a organização política e social de uma
nação.
​ Direito Civil: O direito civil lida com as relações entre indivíduos e entidades
privadas. Ele abrange uma ampla gama de áreas, incluindo direito das
obrigações (contratos e responsabilidade civil), direito das coisas
(propriedade e posse), direito de família (casamento, divórcio, adoção) e
direito das sucessões (herança).
​ Direito Penal: Este ramo do direito diz respeito às leis que regulam o
comportamento criminoso e as penalidades associadas a ele. Ele abrange
crimes contra a pessoa (como homicídio e agressão), crimes contra a
propriedade (como roubo e furto) e uma variedade de outras ofensas contra a
sociedade em geral.
​ Direito Administrativo: O direito administrativo trata das leis e regulamentos
que regem a administração pública. Ele abrange questões como licitações
públicas, contratos administrativos, responsabilidade do Estado, atos
administrativos, entre outros aspectos relacionados à atuação do poder
público.
​ Direito do Trabalho: Este ramo do direito trata das relações entre
empregadores e empregados, bem como dos direitos e obrigações
decorrentes dessas relações. Ele abrange questões como contratos de
trabalho, remuneração, condições de trabalho, saúde e segurança no trabalho,
entre outros aspectos relacionados ao mundo do trabalho.

Esses são apenas alguns dos principais ramos do direito, e há muitos outros, como
o direito comercial, o direito internacional, o direito ambiental, entre outros, que
também desempenham papéis importantes na estrutura jurídica de uma sociedade.

2.3 Quais são as principais acepções da expressão jurídica "Direito" e


em que ela se distingue da Jurisprudência

O termo "Direito" possui várias acepções, que podem variar dependendo do contexto
em que é utilizado. Aqui estão algumas das principais:

​ -Direito Objetivo: Refere-se ao conjunto de normas jurídicas vigentes em um


determinado ordenamento jurídico. É o sistema de regras e princípios que
regulam as relações entre as pessoas e entre estas e o Estado. Por exemplo,
o Código Civil, o Código Penal, entre outros.
​ -Direito Subjetivo: É a faculdade que uma pessoa tem de exigir de outra o
cumprimento de uma obrigação, ou de exercer determinada atividade, de
acordo com as normas do Direito objetivo. Por exemplo, o direito de
propriedade, o direito à liberdade de expressão, entre outros.
​ -Direito Positivo: Refere-se ao conjunto de normas jurídicas efetivamente em
vigor em uma determinada sociedade ou Estado em um dado momento.
​ -Direito Natural: Refere-se a princípios de justiça e moral que são
considerados universalmente válidos, independentemente de serem
positivados em normas jurídicas. É a ideia de que existem direitos inerentes à
natureza humana.

Agora, quanto à distinção entre "Direito" e "Jurisprudência":

● Direito: Refere-se ao conjunto de normas, princípios e instituições que


compõem o ordenamento jurídico de um país ou sistema legal.
● Jurisprudência: Refere-se à interpretação e aplicação das leis por parte dos
tribunais. É o conjunto de decisões judiciais que servem de precedente para
casos semelhantes. A jurisprudência é uma fonte do Direito, pois contribui
para a formação e evolução das normas jurídicas, mas não é sinônimo de
Direito. Enquanto o Direito é o sistema normativo como um todo, a
jurisprudência é uma das ferramentas utilizadas na interpretação e aplicação
desse sistema.

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