Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O direito, diferente da Moral, Religião e normas de Trato Sociais, este tem a sanção e coação
(força).
O Estado esta sujeito a Lei, a convivência e articulação das instituições não pode ir a margem
da lei.
Suas características:
3. “É muito importante compreender que o direito tem fins próprios, pois não pretende
fazer santos nem pessoas veneráveis, menos ainda elites”. O que visa, então o Direito?
Os Tribunais são entidades do Estado para validar o Direito, ou seja, através dos tribunais o
direito é administrado para reparar danos causados, e consequentemente restabelecer a ordem
e a justiça social.
1
5. Estabeleça o confronto entre os fins do Direito e os fins das restantes ordens
normativas.
Numa primeira fase, o confronto é aparente e há unanimidade entre os fins do Direito e os fins
das restantes ordens normativas, visto que o Direito, a Moral, a Religião e outras Regras de
Trato Social são instrumentos ou processos normativos de controle social e tem o fim comum
orientar a convivência do homem na sociedade. Porém, o Direito difere destes pelo simples
facto de não se limitar em aconselhar apenas, mais bem como impor a força para a restauração
da ordem, o que não se verifica na Moral, Religião e outras Regras de Trato Social.
Portanto, existe o confronto na medida em que a atividade ou ação humana além de subordinar-
se ao direito, sujeita-se as leis naturais como expressão da vontade divina, visto que o próprio
direito antigamente encontrava-se mergulhado na Religião e a classe sacerdotal possuía o
monopólio jurídico.
Neste sentido, esse confronto reside pelo simples facto de que Religião, a Moral e outras Regras
de Trato Social surgiram espontaneamente de forma natural com fim único de orientar o
homem na busca e conquista da felicidade eterna, e analisar a justiça em âmbito maior que
envolve os deveres de homens para com o criador.
Dai que ao decorrer de tempo surgem movimentos de separação entre o Direito e a Religião,
neste caso o Estado da Igreja, ficando desta forma cada qual com seu ordenamento próprio (a
laicidade do Estado).
Normas Jurídicas – são regras de conduta social gerais, abstractas, imperactivas, adoptadas e
impostas de forma coercitiva pelo Estado através de seus órgãos competentes.
Suas características:
➢ Generalidade – Todos os cidadãos são iguais perante a lei e a todos obrigam de igual
forma;
2
➢ Abstratividade – as normas jurídicas aplicam-se a um número abstracto de situações, não
a um facto concreto da vida social;
➢ Imperatividade – as normas jurídicas são de cumprimento obrigatório;
➢ Coercibilidade – em caso de não cumprimento voluntário da norma pode-se recorrer o
emprego de meios coercivos.
➢ Bilateralidade – a norma jurídica atribui um direito e obrigação ao mesmo tempo;
7. Positivismo Jurídico – São uma corrente da teoria do direito que procura explicar o
fenômeno jurídico a partir das normas postas pela autoridade soberana de uma determinada
sociedade.
O positivismo jurídico procura afastar-se das teorias jusnaturalistas do direito que sustentam a
existência de um direito natural paralelo ao direito criado por legislador.
Defendendo que só são válidas as normas criadas por autoridade soberana reconhecidas no
ordenamento jurídico independentemente do seu conteúdo. (Austríaco Hans Kelsen “Teoria
Pura de Direito).
Enquanto que a Norma Jurídica – é conjunto de regras de conduta social gerais, abstractas,
imperactivas, adoptadas e impostas de forma coercitiva pelo Estado. Logo a ordem jurídica
engloba a norma jurídica.
3
9. Relação Jurídica e indique os seus elementos, exemplificando
Relação jurídica – é um vínculo entre, pelo menos, dois sujeitos com personalidade jurídica,
tendo um deles o poder jurídico de exigir do outro determinada conduta e este o dever jurídico
de sujeitar-se a essa conduta.
O comprador fica com o direito à propriedade da coisa que adquiriu (Telefone) e com o dever
de pagar o preço acordado; por seu turno, o vendedor fica com o direito de receber o preço
acordado e o dever de entregar a coisa que vendeu (o dito Telefone).
➢ Os sujeitos – são os entes (activo e passivo) que entram na relação jurídica de compra
e venda, a saber: o comprador e o vendedor;
➢ O objecto - a coisa sobre a qual vai recair o contrato: o Telefone;
➢ O facto - aquilo que dá origem à relação jurídica, neste caso, o contrato;
➢ A garantia - a faculdade que cada uns dos sujeitos da relação jurídica têm de recorrer
aos meios coercivos para satisfação do seu direito em caso de violação do mesmo (ex:
recurso ao Tribunal).
9.1. Facto ou Acto jurídico - é, o acto ou facto voluntário que produz efeitos jurídicos.
Exemplo: o matrimónio, vínculo ou contrato.
9.2. Sujeitos Jurídicos – são pessoas ou partes envolvidas entre as quais a relação jurídica se
estabelece.
4
➢ Relação Jurídica complexa – aquela em que os direitos e obrigações recaem sobre
ambos sujeitos daa relação jurídica. (Ex: o contrato de comprava e venda);
➢ Relação Jurídica Publica – aquela em que o Estado atua em posição de superioridade
investido de jus imperium (direito de império). Ex: o interesse publico supera o
particular, portanto o Estado goza de privilégio de rescindir o contracto sem nenhuma
pena.
10. Personalidade Jurídica – é privilégio de qualquer pessoa ser titular de relações jurídicas,
ou seja, de direitos e obrigações. A personalidade jurídica adquire-se no momento de
nascimento completo com vida e cessa com a morte. Portanto, todos os seres humanos têm
a personalidade jurídica, como: o direito a vida e integridade física, direito ao bom nome e
reputação, etc.
11. Capacidade Jurídica – é a faculdade que o ordenamento jurídico confere a uma pessoa
para ser sujeito de quaisquer direitos e obrigações desde que não sofra de qualquer
incapacidade prevista na lei como a menoridade ou anomalia psíquica.
12.1. Justiça – baseando no Platão e Aristóteles, Ulpiano, definiu justiça - como a vontade
constante e perpétua de dar a cada um o seu direito.
5
12.1.2. Qual seria o outro sentido que poderia ser dado á palavra justiça?
➢ É equidade, o respeito pelos outros bem como a igualdade das decisões aplicadas pela
lei nas relações sociais.
12.2. Equidade - é o abrandamento dos rigores da lei, ou seja, é aplicação das normas a um
caso concreto, mas nunca contrariar a Lei. Ex: о juiz utilizando-se do seu raciocínio, fará
análise do caso concreto e decidirá de acordo com o que ele acha justo, mas nunca contrariar
a lei.
14. Direito Interno – é um conjunto de normas que rege as relações entres as pessoas dentro
das fonteiras de um pais.
15. Direito Internacional – é um complexo de normas que rege as relações entre Estados e
aos particulares que tenham interesse em mais de um país.
Ex: Se, na exploração de uma fábrica petrolífera, construída por dois países, estes tiverem
alguma divergência, a questão poderá ser resolvida por meio de aplicação de normas de Direito
Internacional Público.
Ex:2 Um falecido que tenha deixado bens em vários países, poderá ser resolvida por meio de
aplicação de normas de Direito Internacional Privado.
➢ Sistema Dualista
Se o Estado for dualista não existe conflito entre os dois direitos, no entanto operador interno
aplicará a norma vigente no Direito Interno, e no caso de quebrar-se um tratado com outro
Estado, o Estado ofendido recorrerá o Direito Internacional para responsabilizar o Estado
violador com quem firmou o tratado. E para que uma norma de Tratado Internacional se
transforme em uma norma de Direito Interno é necessário que ela seja incorporada
expressamente ou tacitamente por mecanismos de recepção;
➢ Não existem dois universos jurídicos distintos, só existem regras ou normas do Direito
Internacional que não refletem no Direito Interno, assim como há regras em comum;
6
➢ O Direito Internacional é considerado superior que Direito Interno, sendo o Direito
Internacional continuação de Direito Interno aplicando as relações exteriores do Estado;
➢ Há conflito na aplicação de normas de Direito Internacional e Interno, por isso para
solucionar este conflito o operador interno deve aplicar a norma do Direito Internacional,
pois há responsabilidade internacional;
➢ As normas do Direito Internacional são incorporadas com a mesma força de Direito Interno,
e uma norma interna não revoga uma norma de Direito internacional;
➢ Para os Monistas o Direito Internacional, não importa o sistema adoptado por um
determinado Estado, sempre que haver descumprimento os Tribunas Internacionais vão
levar em consideração a responsabilidade internacional, por isso a solução em pleno interno
e internacional é diferente.
2. As normas de direito internacional têm na ordem jurídica interna o mesmo valor que
assumem os actos normativos infraconstitucionais emanados da Assembleia da
República e do Governo, consoante a sua respectiva forma de recepção.
➢ Direito Canónico – é conjunto de normas feitas ou adotas pelos os líderes da igreja para a
governação cristã e seus membros. É a lei eclesiástica interna que rege a igreja católica.
7
➢ Princípios – são normas criadas por um grupo ou sociedade para definir comportamentos
e atitudes.
➢ Pessoa jurídica – é um associação ou entidade detentora da relação jurídica (direitos e
obrigações).
17.1. Direito Público – é o conjunto de normas imperativas que regulam as relações entre o
Estado e os particulares no interesse coletivo.
Ex: Supondo-se que o salário mínimo é fixado como obrigatório por lei, imagine-se um
contrato de trabalho pelo qual trabalhador e empresário convencionam que o primeiro
ganhará 2/3 do salário mínimo, visto que ele não tem mulher nem filho. É válido o
acordo? Obviamente, não. O patrão terá que pagar de qualquer forma o salário mínimo,
por se tratar de uma norma de ordem pública, de protecção ao trabalhador.
17.2. Direito Privado - é o conjunto de normas que regulam as relações entre os particulares,
ou seja, versa sobre a vida privada no seu convívio social. (onde temos as normas de direito
civil, empresarial, comercial etc);
Ex: Se recebo, por empréstimo, 2 sacos de arroz, a lei diz (Código Civil) diz que sou
obrigado a restituir esse género, na qualidade e quantidade recebidas. No entanto,
quem me emprestou aceita que eu faça a devolução em sacos de milho. É válido o
acordo? Sim, porque aqui estamos no terreno do Direito Privado, onde o particular
pode exigir ou deixar de exigir o cumprimento da lei.
17.3. Alguns principais critérios em que se procura assentar a distinção entre o direito
público do direito privado:
8
➢ O Critério Sujeito – considera que o Estado faz parte da relação jurídica no direito
público e os particulares no direito privado;
➢ O Critério do interesse – este, olha para o interesse em questão, se o interesse em
questão for público então faz parte do Direito público, da mesma forma que os
interesses particulares são regulados pelo Direito privado.
19. Lei – é a manifestação escrita da norma. Ela é necessária para regular o comportamento
humano de modo a evitar conflitos. A lei é a principal fonte de direito.
19.1. Lei em sentido lato ou amplo – qualquer acto normativo elaborado por qualquer órgão
competente na sua função de legislar. Ex: decreto-lei, regulamentos.
19.2.Lei em sentido Restrito – acto normativo elaborado pelo poder legislativo no exercício
das suas funções. Ex: Constituição, emendas constitucionais, complementares;
19.3.Lei em sentido formal – é quando parte do poder legislativo, qualquer que seja o seu
conteúdo, pode ser ou não geral, atingir ou não a todos. É lei porque formalmente é um
acto emanado do poder legislativo, não importa o seu conteúdo. Ex: leis constitucionais,
complementares.
19.4. Lei em sentido material – é referente a conteúdo, é aquela que possui a matéria, e é
aplicável a todos, mas pode originar de qualquer órgão que tenha competência de legislar. Ex:
decretos, Regulamentos, etc.
9
➢ Logo, (Lei em sentido lato ou amplo = Lei em sentido material) e (Lei em sentido Restrito
= Lei em sentido formal).
19.5.Lei Especial – é aquela que a constituição confia à disciplina de matéria determinada. Ex:
Lei de drogas, Lei que protege o meio ambiente.
➢ Logo a Lei especial revoga a lei geral.
20. Hermenêutica Jurídica - é a ciência que estuda os métodos de interpretação de uma lei.
10
➢ Interpretação restritiva - quando o intérprete conclui que o legislador escreveu mais do
que realmente pretendia dizer. Ex: A lei diz “descendente”, quando na realidade queria
dizer “filho”.
21. Irretroatividade da Lei - no momento em que a lei penetra no mundo jurídico, para reger a
vida social, deve atingir apenas os actos praticados na constância de sua vigência.
22. Repristinação- Quando uma lei revogadora perde a sua vigência, a lei anterior, por ela
revogada recupera a sua validade.
11
➢ A auto-integração – quando o juiz preenche a lacuna utilizando recursos da própria fonte
de direito (legislação), geralmente através da analogia.
• Analogia legal - a relação de semelhança ou casos idênticos previstos toma por base
uma lei;
• Analogia iuris - toma por base um caso similar e concreto julgado pelo Judiciário,
mas não previsto.
Atenção que: Não pode ser aplicada analogia no Direito Penal (a não ser para beneficiar o réu)
e no direito fiscal.
Texto é qualquer conteúdo escrito nas diversas fontes legais existentes, enquanto que a norma
jurídica consiste numa actividade de produção interpretativa e aplicativa, visto que há normas sem
texto. Em suma norma é o resultado do sentido construído através da interpretação do texto
normativo.
12
O costume é fonte de direito quando podemos extrair do comportamento de uma sociedade,
uma norma que seja considerada válida pelo ordenamento jurídico.
Ex: As pessoas antes de sair de casa escolhem o vestuário consoante a um determinado lugar,
e ninguém cogita ou ousa sair de casa sem roupa. Logo, extrai-se a seguinte norma: É
obrigatório estar vestido em público ou em proibido andar nu em público.
Primeiro quando fala-se de normas jurídicas em Moçambique - são todas regras de conduta
social gerais, abstractas, imperativas adoptadas e impostas de forma coercitiva pelo Estado
através dos órgãos competentes! Entretanto o modelo ou sistema jurídico dominante usado em
Moçambique é Romano-Germânico (preceituado/legislação).
Portanto, entende-se por Hierarquia para o direito das Normas jurídicas- à subordinação desta
a uma fonte geradora superior (Constituição da República) de todas as demais normas.
Logo, temos:
➢ Na 3ª posição temos as Leis Ordinárias - são quaisquer normas jurídicas elaboradas pelo
poder legislativo ou pode autorizar qualquer outro órgão competente em sua função típica
de legislar. Ex: Código Civil, Código Penal, etc.
13
➢ E por fim temos 4ª as Leis Delegadas - são leis criadas ou aprovadas pelo poder executivo
(conselho de ministros) com autorização do poder legislativo (Assembleia da República)
no exercício das suas funções. Ex: Decreto lei, Resoluções, medidas provisórias, etc.
14
O Vactio Legis – é o período compreendido entre a publicação e entrada em vigor de uma
lei. Ao abrigo da Lei nº: 6/2003 de 18 de Abril de artigo nº:1 do código civil. (cria Vactio
Legis)
27.1. Fontes Imediatas do Direito – são aquelas que produzem directamente as normas
jurídicas, sem qualquer subordinação a outra fonte de direito, essas têm uma valia própria. Ex:
Lei, Costumes e Usos.
27.2. Fontes Mediatas do Direito - são aquelas que só são reconhecidas como fontes de direito
na medida em que a lei lhes confere esse valor. Ex: Doutrina e Jurisprudência.
15
Fim
16