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Aula 7
Fontes do Direito
1. Fontes do Direito
Informar de onde se originam as normas que produzem as leis. Elas advêm de 2 fontes:
principais:
2. Normas/Lei
Norma: mandamento comportamental de condutas, estabelecidas pelo senso de
justiça comum da sociedade.
Lei: regra escrita pela qual a norma se manifesta transmitindo as regras de conduta a
todos.
3. Ordenamento jurídico
Diz respeito à hierarquia das normas, como elas se comportam e interagem entre si. É
necessário se ater as 3 características fundamentais para sua construção:
Unidade: Complexidade e Múltiplas fontes (hierarquia).
Coerência: sistema, ordem sem antônimos (conflitos)
o Critérios para resolver Antônimos: Hierarquia> Especialidade> (a mais
específica)> Cronologia (a norma mais recente tem prioridade).
Completude: não deve haver lacunas nas normas, podendo ser preenchidas de duas
formas:
o Hetero-integração: Ordenamentos diversos/Fontes diversas (podendo ser
derivado de outros países ou de tratados internacionais)
o Auto-Integração: Analogia/Princípios Gerais (é preenchida pela alta reflexão
das fontes da qual ela se origina).
4. Construção escalonada.
Existe uma norma superior da qual as outras normas são derivadas. As normas derivadas
devem respeitar a Unidade, Coerência e a Completude do Ordenamento jurídico.
Uma vez que uma norma é validada é reconhecida como norma jurídica. Isso não diz respeito a
justiça e eficácia da norma.
5. Regras estruturais
EX:
Convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência e seu protocolo
facultativo
Tratado de Marraqueche, relativo à reprodução e à distribuição de obras, livros e
textos em formato acessível a pessoas com deficiência visual.
Convenção Interamericana contra o Racismo, a Discriminação Racial e Formas
Correlatas de Intolerância.
7. Costumes
Os costumes de um povo e levado em consideração como norma, se passar por 2 requisitos:
Uso cotidiano
Convicção da obrigatoriedade
8. Jurisprudência
Cada parte da pirâmide se divide em diversos tribunais, cada qual tendo sua área de
atuação e competência, na qual outro tribunal não poder opinar por estar fora de sua
jurisprudência, respeitando sempre a hierarquia.
No cenário em que há mais de 1 tribunal de mesmo nível hierárquico opinando no
mesmo caso, será necessário chegar a um consenso, caso não haja consenso o
Supremo Tribunal Federal emite uma sumula vinculante, que nada mais é, do que a
imposição de um consenso do tribunal de maior posição hierárquica. Somente o
supremo pode realizar tal ato.
AULA 8
1. O direito e a pessoa
“Toda pessoa é sujeito de direito”. O estado da a cada pessoa (ser humano/vivo), direitos e
deveres, para chegar a esse entendimento e necessário entender 3 conceitos:
Pessoas tem dignidade e são fins em si mesmas: por sermos seres racionais, temos a
liberdade de discernir o que somos e o que podemos ser e fazer.
Objetos tem preço e são meios: é tudo aquilo que o Homem pode usar como meio de
exercer sua liberdade.
A direito e Biocêntrico: considera tudo aquilo que VIVO (animais/plantas), como
passivos de respeito. Portanto não pode ser tratado como objeto.
A pessoa já possui direitos desde o ventre, mas a vida civil da pessoa só começa após o
nascimento com vida, dando assim início a sua personalidade jurídica:
3. Sujeito Abstrato
O conceito já estabelecido é que todo a pessoa é sujeito de direito, porém, existem diversas
ocasiões em que o sujeito poderá ter seus direitos revogados ou suspensos. Logo o conceito
será considerado abstrato, sendo necessário analisar o contesto jurídico. Vale observa que:
Existem 2 tipos de sujeitos, os quais continuaram a ser pessoas dotadas de direito, porém terão
o início de seus direitos em tempos diferentes.
5. Capacidade e sujeito
Todos têm direitos mas nem todos conseguem exercer seus direitos por conta própria. Por isso
muitas vezes o titular do direito necessitara de ajuda, podendo ela ser de 2 formas:
7. Bilateralidade do direito
9. Situação jurídica.
Situação: posição do sujeito em relação ao objeto.
Existem situações jurídicas relacionais e não relacionais:
o não relacionais: sujeitos indeterminados.
o relação jurídica: vínculo/elo entre sujeitos. As pessoas se vinculam por direitos
e deveres.
Existem situações e relações jurídicas existenciais e patrimoniais
Relação jurídica:
toda relação social que produz efeitos jurídicos, na qual o ordenamento jurídico atribui
um direito (sujeito ativo) e o correspondente dever ou sujeição a sujeito passivo;
são relações tuteladas pelo direito que vinculam sujeitos;
podem ser existenciais, patrimoniais e mistas;
podem ser de direito público ou privado.
Podem ser abstratas ou concretas.
Simples ou complexas.
Estrutura:
• Sujeito.
• Objeto.
• Garantia (sanção).
11. Posição jurídica.
Ativa:
o Pretensão – poder de exigir um comportamento (positivo, como dar e fazer, ou
negativo, como não fazer). ◦
o Poder formativo – poder jurídico de constituir, modificar ou extinguir posições
jurídicas na esfera jurídica de alguém.
Passiva:
o ◦ Dever comportamental – adotar uma conduta que satisfaça um direito.
o ◦ Sujeição – suportar o exercício de um direito, a prescindir de qualquer conduta.
13. Objeto.
Objeto dos direitos.
Bens (materiais, imateriais), direitos, prestação.
Economicidade.
15. Garantia.
São os meios pelos quais o ordenamento jurídico põe à disposição do titular de um direito
violado.
Coercibilidade do direito.
A exclusividade da jurisdição e vedação da autotutela como regra.
Fatos Jurídicos
O que são fatos jurídicos?
Fatos jurídicos são todos os acontecimentos (provindos da atividade natural ou humana) capazes de
criar, modificar ou extinguir relações jurídicas.
Fatos humanos.
Atos jurídicos (em sentido amplo): atos que decorrem da atividade humana, isto é,
ações humanas que criam, modificam, transferem ou extinguem direitos. Exemplo:
casamento, contrato etc. Podem se subdividir em :
Ato jurídico (em sentido estrito): é a simples manifestação da vontade que determina a produção de
efeitos legalmente previstos. Não tem nenhum conteúdo negocial e tem como finalidade a mera
realização da vontade do titular de um determinado direito.
Ex.: pagamento, fixação de domicílio, reconhecimento de filho, entre outros.
Negócio jurídico: trata-se de uma declaração expressa de vontade dirigida à provocação de
determinados efeitos jurídicos (com conteúdo negocial). Neste caso, o ordenamento jurídico atribui os
efeitos designados, respeitados os pressupostos de existência, validade e eficácia impostos pela norma
jurídica que sobre ele incide.
Ex: dos negócios jurídicos são os contratos.
Ato-fato jurídico: fato jurídico qualificado por uma atuação humana. No ato-fato jurídico não importa
a intenção da pessoa que realizou o ato, tendo relevância apenas os efeitos que o ato produziu.
Ex.: menor de idade comprando uma água
Involuntários: as consequências independem da vontade humana
Ex: um ato ilícito
Fatos ilícitos:
A manifestação de vontade é qualificada ou declaração de vontade. Ela é cercada de circunstâncias
negociais, socialmente vista como dirigida à produção de efeitos jurídicos.
Planos do negócio jurídico:
Existência > suporte fático: agente, objeto, forma e vontade.
Validade > respeita lei: o agente capaz, objeto lícito, forma não proibida e vontade livre.
Eficácia.
Os particulares podem criam relações jurídicas.
São direitos e deveres que se aplicam apenas entre as partes (direitos relativos).
Ex: (relações contratuais). Código Civil:
Art. 425. É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas neste
Código.
Art. 475. A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato, se não preferir
exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenização por perdas e danos.
Ato-fato jurídico
o ato é recebido pelo direito como fato do homem, total exclusão do elemento vontade, significando
um ato independente de vontade. Ex:
Atos-fatos reais: o fato para existir necessita de um ato humano, mas o elemento volitivo
(vontade) não é relevante.
Código Civil – Art. 1.263. Quem se assenhorear de coisa sem dono para logo lhe adquire
a propriedade, não sendo essa ocupação defesa por lei.
Atos-fatos indenizativos: situações em que de um ato humano licito (ou seja, não
contrário ao Direito) decorre prejuízo a terceiro com dever de indenizar.
Código Civil – Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II do art.
188, não forem culpados do perigo, assistir-lhes-á direito à indenização do prejuízo que
sofreram.
Atos-fatos caducificantes: dependentes de atos humanos constituem fatos jurídicos,
cujos efeitos consistem na extinção de determinado direito
Prescrição e decadência.
Modificação de direitos.
Modificação objetiva (relacionada ao objeto)
a) quantitativa (alteração na quantidade, no volume do objeto. Ex: dinheiro, aluvião)
b) qualitativa (troca do objeto da relação jurídica. Ex: dívida em dinheiro que é paga com um
apartamento; penhora)
Obs: Nas relações jurídicas pode haver somente uma das modificações (ou subjetiva ou
objetiva), como também pode haver ambas.
Defesa de direitos.
a) direito Artigo 5.º, XXXV, CF. a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou
ameaça a Direito.
b) Autotutela – artigo 1.210, § 1.º, CC. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em
caso de turbação, restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo
receio de ser molestado.
Extinção de direitos.
a) Perecimento do objeto.
b) Alienação.
c) Renúncia e abandono.
d) Falecimento do titular.
e) Prescrição e decadência. Prescrição é a extinção da pretensão à prestação devida.
f) Decadência se refere à perda efetiva de um direito pelo seu não exercício no prazo
estipulado”
g) Implemento da condição resolutiva: Insatisfação das condições estabelecidas no contrato,
nota de empenho, acordo ou ajuste
h) Escoamento do prazo.
Diversas normas:
Sociais; morais; religiosas;
O Direito como:
Instituição.
Relações intersubjetivas.
Teoria da instituição.
É verdade que “onde está o direito, está a sociedade”, mas o contrário não é
verdadeiro.
Ordem social (a excluir o arbítrio e a força).
O direito não exclui outras normas sociais.
Teoria relacionista.
O direito é produto da razão
[...] conjunto das condições por meio das quais o arbítrio de um pode acordar-
se com o arbítrio de um outro, segundo uma lei universal da liberdade (KANT).
A relação jurídica seria o conceito fundamental.
Relação de direito e deveres.
SOCIEDADE E NORMAS
Pluralidade de normas.
Todas as normas contêm uma proposição.
Há um objetivo em tais proposições.
- Regras religiosas buscam religar com o divino.
- Regras morais buscam virtudes nos comportamentos humanos.
Normas jurídicas.
O direito como conjunto de normas.
A norma jurídica como proposição
- Aqui, o conceito de norma se confunde com o de regra (guiar condutas).
▶ “Dever ser” – conteúdo deontológico. A norma jurídica como prescrição.
NORMAS JURÍDICAS
Norma como comunicação.
Um complexo comunicativo (não só propositivo) das fontes, sujeitos,
obrigações, entre outros.
Norma – teoria geral do direito.
Conteúdo da norma.
Hipótese (previsão de um fato – uma conduta humana ou um acontecimento).
Estatuição (resultado).
Exemplo. Código Civil: Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária,
negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Abstrata e genérica.
A hipótese é abstrata (em oposição a um caso concreto) e genérica
(destinatário, em oposição à individualidade).
Coercitiva.
Imperativa, capacidade de impor
O Direito, como instituição ou em relações intersubjetivas, é coercitivo.
Grau de institucionalização.
O que qualifica uma norma como jurídica?
A qualificação “jurídica” significa:
1. Relevante para o Direito;
2. Produz consequências jurídicas.
O estudo da norma também é um estudo da autoridade.
A institucionalização das normas – o estado.
Direito costumeiro?
Positivismo (posto por uma autoridade) e jusnaturalismo (razão
humana).
A norma jurídica é neutra? Sim. Importa o conteúdo ou apenas a forma de
institucionalização? importa ambos
Ex. O ato de matar alguém (crime previsto no artigo 121 do Código Penal). Em
legítima defesa.
Elementos essenciais.
A sanção e a bilateralidade são elementos essenciais da norma jurídica?
Sanção e norma.
Hipótese normativa.
Uma situação de fato prevista na norma.
Fato típico; significa que um ato feito por um indivíduo é um crime.
Fato jurígeno; ato que é proibido por lei e que tem uma pena determinada caso
seja realizado
Fato gerador; fato obrigado, exemplo pagamento de tributos e impostos
Tipo legal: tipo legal é a simples descrição fria feita pela lei penal: “matar
alguém”.
Tatbestand (alemão); representação conceitual que se distingue da realidade
material
Fattispecie (italiano): conjunto dos elementos que diferenciam um
comportamento do outro.
Latim facti species: imagem de um fato.
Um conceito de norma.
Imperativo despsicologizado, a norma jurídica é critério para a conduta
humana, para qualificar agentes sociais
CLASSIFICAÇÃO
Relevância.
Normas primárias.
Tem por objeto a ação.
Subordinação.
Normas origens. Exigências produtivas determinadas por países ou blocos
para caracterizar a origem das mercadorias. Podem ser classificadas em duas
categorias: Regras de Origem Preferenciais e Regras de Origem Não-
Preferenciais
Normas derivadas. São as emendas da constituição, aquelas que foram
adicionadas à Constituição Federal posteriormente à sua promulgação pelo
Poder Constituinte Derivado
Estrutura.
Normas autônomas. normas cuja produção caracteriza-se pela imediata
participação dos destinatários principais das normas produzidas
Normas dependentes. dependem de regulamentação de outro instrumento
jurídico, lei, decreto, resolução, etc.
Semânticos.
Gerais (comuns) e individuais (particulares).
Pragmáticos.
Norma imperativa (cogente): comando de fazer ou de não fazer
Normas dispositivas.
a) Supletivas da vontade. Atenção: normas de ordem pública e privada.
b) Finalidade. e obter um resultado válido e eficaz.
c) Normas programáticas. indicam os fins sociais a serem atingidos pelo
Estado
d) Norma-objetivo. harmonizar práticas, de modo que as pessoas tenham as
mesmas orientações e expectativas em relação ao meio social que convivem.
e) Funtor (lógica).
f) Preceptivas (é obrigatório).
g). Proibitivas (é proibido).
Permissivas (é permitido).