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Teoria do Direito - Bianca monteiro

Aula 1
● Ubi societas, ibi jus.
● Wherever there is a human society, there will always be the legal phenomenon.
● Legal phenomenon: it can be understood as a true normative behavior orientation
experience, rectum, que significa direito reto, aquilo que é conforme a lei, a própria lei,
conjunto de leis, ciência que tem por objeto as leis.
● Sua definição nominal: aquilo que é conforme a regra.
Pode- se dizer que a palavra direito tem três sentidos:
1. Regra de conduta obrigatória (direito objetivo);
2. Sistemas de conhecimentos jurídicos (ciência do direito)
3. Faculdade ou poderes que tem ou pode ter uma pessoa, ou seja, o que pode uma pessoa
exigir de outra ( direito subjetivo)
Paulo Dourado de Gusmão
TEORIA GERAL DO DIREITO: O QUE É?
"Pode-se dizer que a teoria geral do direito enquanto teoria positiva de todas as formas de
experiência jurídica, isto é, aplicável aos vários campos do saber jurídico, é uma ciência da
realidade jurídica, que busca seus elementos na filosofia do direito e nas ciências jurídicas,
para, estudando- os, tirar conclusões sistemáticas que servirão de guia ao jurista e até mesmo
ao sociólogo ou ao historiadora do direito, sem as quais não poderiam atuar cientificamente"
Maria Helena Diniz
Norma: princípio que serve de regra, de lei; Ex: normas escolares. Modelo, exemplo a ser
seguido; padrão. Ex: normas da empresa.
● A palavra norma vem do latim norma ( esquadro, régua) e revela no campo da conduta
humana, a diretriz de um comportamento socialmente estabelecido.
● A norma jurídica nada mais é do que o preceito de direito estabelecido pela sociedade e
que num dado momento da dinâmica social transforma-se em conduta obrigatória.

Aula 2 - Relação entre sociedade, Direito e Estado


Objetivos:
● Identificar a importância do direito para a sociedade e vice e versa;
● Conhecer as teorias que explicam a relação entre Direito e Estado.
● Reconhecer o Direito como instrumento de controle social

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Ainda que considerado possível uma organização não apoiada na coerção de regras jurídicas,
portanto, pautado na correção dos indivíduos livremente associados, tal ambiente
proporcionaria um sistema cruel e arbitrário.
(Marquardt Neto, 2016, p.30).
A importância do Direito para a sociedade contemporânea
A construção de uma sociedade inclusiva é um processo de fundamental importância para o
desenvolvimento e a manutenção de um Estado democrático. Entende-se por inclusão a
garantia,a todos, do acesso contínuo ao espaço comum da vida em sociedade, sociedade essa
que deve estar orientada por relações de acolhimento àdiversidade humana, de aceitação das
diferenças individuais, de esforço coletivo na equiparação de oportunidades de
desenvolvimento,com qualidade, em todas as dimensões da vida (BRASIL, 2001b, p.20).

RELAÇÃO ENTRE O INDIVÍDUO E O ESTADO


Teoria dos status de Jellinek
● Relaciona o homem e o Estado;
● É uma teoria que estuda a relação do direito do indivíduo em face do Estado.
● A partir dessa relação é possível alcançar quatro resultados/ status: sujeição, defesa,
prestacional e participativo.

Status Relação na qual a pessoa emcontra-se em


subjectionis estado de sujeição em relação ao Estado.

Status libertatis Relação na qual a pessoa detém tão somente a


prerrogativa de uma abstenção do Estado.

Status civitatis Relação na qual a pessoa tem a possibilidade


de exigir prestações do Estado.

Status activus Relação na qual a pessoa poderá participar da


vontade do Estado.

Classifica os direitos em:


● Direitos de defesa;
● Direitos prestacionais;

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● Direitos de participação.

Direitos de Defesas dos Exigem uma Negativos


defesa direitos de abstenção estatal
liberdade

Direitos Promoção dos Exigem uma Positivo


Prestacionais direitos de atuação estatual
igualdade

Direitos de Viabilizam a Exigem ao Misto


participação participação do mesmo tempos,
indivíduo na abstenção e
sociedade prestação

Jellinek (1970, p. 165-166) afirma que os fins só podem ser alcançados mediante a existência de
uma ordem jurídica que assinale a cada um os limites de suas ações, bem como encaminhe a
vontade particular até os interesses comuns em direções predeterminadas.
Jellinek adverte que não é apenas pelo Direito ou pelas forças sociais que se asseguram e
regulam as limitações descritas, mas mormente pelo poder coercitivo do Estado.
O Estado não se exterioriza senão por meio do direito, estruturado a partir de uma ordem jurídica
que passe a limitar a vontade soberana.A doutrina da Justificação do Estado em Georg Jellinek
está ancorada na ideia de que não há Estado sem Direito, como também não há direito quando
não se compactue os fins do Estado.

DIREITO E ESTADO: CONCEITOS


Direito: Pode ser compreendido como um sistema de normas e condutas, impostas e reguladas
por um conjunto de instituições, dividido em ramos; dentro de um ordenamento jurídico. Sendo
portanto, um produto da própria convivência social.

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Estado:Aquele designado a controlar e administrar a nação, é uma instituição política, social e


jurídica, que ocupa um território. É um produto emanado de uma necessidade humana,
vislumbrando manter a coexistência e paz social.
Existem quatro teorias fundamentais que explicam a relação entre o Estado e o Direito: teoria
monista, dualista, do paralelismo e tridimensional.
1- Teoria Monista (Estatismo jurídico)
➔ O Estado e o Direito se confundem em uma única realidade.
➔ No entendimento monista, só existe o Direito estatal, não se admitindo a ideia de qualquer
regra jurídica fora do Estado.
➔ O Estado é a única fonte do Direito, pois só ele dispõe de força coativa para estabelecer
normas.

2- Teoria Dualista (Pluralista)


➔ Sustenta que o Estado e o Direito são duas realidades distintas, independentes e
inconfundíveis. O Estado não é a única fonte do Direito, nem com este se confunde.
➔ O que provém do Estado é apenas uma categoria especial do Direito: O Direito Positivo.
Ainda, existem e vigoram os princípios do Direito Natural, as normas do Direito Costumeiro e as
regras que se firmam na consciência coletiva.
➔ A função do Estado é positivar o Direito, isto é, traduzir em normas escritas os princípios que
se firmam na consciência social.

3-Teoria do paralelismo
➔ Entende que o Estado e o Direito são realidades distintas, mas de natureza interdependentes
➔ Busca solucionar a antítese monismo–dualismo:
● Reconhece que vários centros de determinação jurídica surgem e se desenvolvem fora do
Estado, obedecendo a uma graduação de positividade.
● Prepondera o Estado como centro de irradiação da positividade.
➔ O direito não é estatal existem vários centros de determinação jurídica bquebsurgem e se
desenvolvem fora do Estado.
4-Teoria Tridimensional ( Miguel Reale)

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➔ Nova visão acerca da realidade jurídica que compreende o Direito sob três aspectos
epistemológicos: fato, valor e norma.
➔ A tridimensionalidade corresponde a uma característica de toda conduta ética, uma vez que
toda conduta implica no fato de uma ação subordinada a uma norma resultante de um valor que
se quer realizar, sendo, portanto uma qualidade genérica da conduta e do direito.
Três elementos coexistem numa unidade concreta:
FATO: Aspecto fático (o Direito como fato, ou em sua efetividade social e histórica.
VALOR: Aspecto axiológico (o Direito como valor de Justiça).
NORMA: Aspecto normativo (o Direito como ordenamento e sua respectiva ciência).

FATO: Acontecimento social que envolve interesses básicos para o homem e que por isso se
enquadra no conjunto de assuntos regulados pela ordem jurídica.
VALOR: Corresponde ao elemento moral do direito. Se toda obra humana é impregnada de
valores, igualmente o direito, ele protege e procura realizar valores ou bens fundamentais e vida
social.
NORMA: Consiste no comportamento ou organização social imposto aos indivíduos.

→Valores: características específica


Bipolaridade: todo valor tem um desvalor em sentido oposto. Ao ato lícito contrapõe-se o
ilícito, ao autor, o réu. Por essa razão, o valor positivo deve ser protegido, amparado.
Implicação recíproca: os valores positivos e negativos implicam-se mutuamente.
Referibilidade: condutor de um posicionamento, uma orientação acerca da decisão a ser tomada,
pois é por meio do valor que o ser humano adequará seu comportamento.
Preferibilidade: é representada pela possibilidade de escolha. A opção por um caminho a ser
seguido. Opção por determinados valores em prejuízo de outros.
É possível verificar que incidem diversos valores sobre os mais variados fatos sociais, e é a partir
dessa incidência que os valores são percebidos como origem de diversas possibilidades de
determinações normativas. Contudo, apenas uma dessas possibilidades será escolhida pelo Poder
e, por fim, será materializada em uma norma jurídica.
Fato, valor e norma: integração

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De acordo com Miguel Reale, em todo equalquer fenômeno jurídico há a existênciade um fato
subjacente, sobre o qual incide umvalor, que confere determinado significado aeste fato,
determinando a ação dos homens aatingir um objetivo, e por fim uma regra ounorma, que tem a
finalidade de integrar umelemento a outro, por exemplo, o fato ao valor. Assim, sempre que
surgir uma norma jurídica, ela mede o fato e o valora.O Direito congrega todos os três elementos,
sendo uma integração normativa de fatos segundo valores.
Reale ensina que:
“onde quer que haja um fenômeno jurídico, há, sempre e necessariamente, um FATOsubjacente
(fato econômico, geográfico,demográfico, de ordem técnica, etc); um VALOR, que confere
determinadasignificação a esse fato, inclinando oudeterminando a ação dos homens nosentido
de atingir ou preservar certafinalidade ou objetivo; e, finalmente, uma regra ou NORMA, que
representa a relaçãoou medida que integra um daqueleselementos ao outro, o fato ao valor”.

A Teoria Tridimensional do Direito trouxe uma visão inovadora e integrada do Direito


proporcionando uma maior proximidade das leis com os ideais de justiça e uma sequência
denormas que visam realmente servir e guiar o homem em seu desenvolvimento. O Direito como
uma interação dinâmica e dialética dos três elementos que o integram, sendo dinâmico e esta
característica só pode ser compreendida se levarmos em consideração não só a dimensão
norma,mas também as dimensões fato e valor.
A compreensão da justificativa do Estado reside na questão de que não há como satisfazer os fins
comuns do ser humano sem a existência do Estado, fato que enseja a instituição de uma
organização política que ordene, por meio de uma ordem jurídica, estruturas aptas a limitar o
poder estatal e permitir o convívio social, produto da solidariedade entre os homens
A primazia da segurança desta ordem deve se traduzir nos fins do Estado, razão pela qual se
justifica a sua instituição e a submissão dos indivíduos ao seu poder coercivo.

DIREITO COMO MEIO DE CONTROLE SOCIAL


Direito: garantia da vida em sociedade
O Direito não é o único responsável pela harmonia da vida em sociedade
- Religião
- Moral

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- Regras de trato social


Regulação da conduta social com vistas à ordem e à justiça
Os fatos sociais mais importantespara o convívio social são juridicamente disciplinados.
O Direito provoca, pela precisão das suas regras e sanções, um grau de certeza e segurança no
comportamento humano, que não pode ser alcançado pelos outros tipos de controle social.
Como o Direito decorre da criação humana, isto é, da vontade da sociedade em se
autorregulamentar, ele se manifesta como controlador do homem social ou como sistema de
controle social. Sob esse prisma, o Direito é utilizado como instrumento de dominação da
sociedade, pois esta se submete, em grau de obediência, às regras de controle instituídas para
organizar a sua convivência.Esse poder de dominação social característico do Direito, deve ser
muito bem estruturado, pois, caso seja irrestrito, há o sério risco de o Direito ser percebido como
força escravizadora, no lugar de libertadora.

Aula 3: Direito Natural, Direito Positivo e suas concepções

Objetivos:
● Demonstrar como a doutrina tradicional relaciona-se com o Direito Natural e como
Direito Positivo.
● Apontar as principais caracteristicas do Direito Natural e do Direito Positive.
● Definir um paralelo entre o Direito e a racionalidade. Estabelecer uma relação entre lei e
direito.
CORRENTES FILOSÓFICAS QUE EXPLICAM O DIREITO
1. Jusnaturalismo
2. Juspositivismo
3. Historicismo
Posições filosóficas acerca do Direito:
- Jusnaturalismo: é a posição filosófica que defende tanto a existência de um Direito
Natural quanto a necessidade de que ele Beja o fundamento de validade do Direito
Positivo.

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- Juspositivismo: identifica o Direito apenas com o Direito Positivo, ou seja, relaciona o


Direito com a lei.

Direito Natural: as leis que regulam o comportamento não estão condicionadas aos desígnios do
legislador, pois tratam-se de coisas que valem por si mesmas. O Direito Natural é geralmente
Identificado como sendo de ordem superior, algo universal e Imutável
Direito Positivo; há uma relação de dependência entre aquilo que é considerado lícito ou ilícito e
a própria letra da lei, do que resulta a ideia de que os valores positivados são fundamentalmente
relativos à vontade daqueles que estão legitimados para legislar.O Direito Positivo é o
ordenamento Jurídico vigente em certo Estado.
[-]os comportamentos regulados pelo Direito Natural são bons ou maus por si mesmos,
enquanto aqueles regulados pelo Direito Positivo são por si mesmos indiferentes e assumem uma
certa qualificação apenas porque (e depois que) foram disciplinados de um certo modo pelo
Direito Positivo (é justo aquilo que é ordenado, injusto o que é vetado).
Norberto Bobbio (1995, p. 23)
O Jusnaturalismo e suas vertentes

Período Antiguidade Idade Período


Histórico Clássica Média Moderno

Fonte do Cosmológic Teológica Antropológic


Direito Natural a o

Via de acesso Razão Fé Razão


ao direito
Natural

Jusnaturalismo cosmológico:
● Tipico da Antiguidade Clássica
● Identifica o direito Natural com a ordem Natural dos cosmos
● Isto é, a origem do Direito Natural repousa sob um conjunto de leis universais, eternas e
imutáveis que são constitutivas da própria realidade.
● A razão é a via de acesso ao direito natural.
Jusnaturalismo teológico

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● Igreja católica como mediadora desse direito de ordem superior


● Fé como via de acesso as revelações bíblicas e aos dogmas do cristianismo.
● O direito natural em função da característica sobre valorização da fé ante razão,
● Desígnios divinos constituem a essência do Direito Natural
Jusnaturalismo antropológico/ racional
● Na base de tal concepção do Direito Natural está a figura do homem e da faculdade da
razão.
● Tanto o jusnaturalismo cosmológico quanto o antropológico valem-se da razão como
caminho para o conhecimento dos Direitos de ordem superior.
● Via de acesso: a razão.
Diferença entre o Jusnaturalismo e o juspositivismo
Jusnaturalismo: defendem que o Direito positivo deve estar em conformidade com os ditames
do Direito Natural. Encara o Direito como uma questão ligada aos valores.
Juspositivismo: Ao identificar o Direito com a lei, defendem que há um completo afastamento
de questões de caráter ético ou valorativo do campo do Direito. Encara o Direito como uma
questão ligada aos fatos.
Os positivistas estreitam o contato da abordagem do direito, limitando-se a análise do Direito
Positivo O Direito é a lei; seus destinatários e aplicadores devem exercitá-la sem
questionamentos éticos ou ideológicos. Para eles não existe o problema da validade das leis
injustas, pois o valor não é objetoda pesquisa jurídica.Quanto à justiça, consideram apenas a
legal, mesmo porque não existiria a justiça absoluta. O ato de justiça consiste na aplicação da
regra aocaso concreto.
Paulo Nader (2012, p. 211)
¹ juízo: é uma afirmação acerca de algo.
O direito é considerado como um conjunto de fatos, de fenômenos ou de dados sociais em tudo
análogo àqueles do mundo Natural; o jurista, portanto, deve estudar o Direito do mesmo modo
que o cientista estuda a realidade Natural, isto é, abstendo-se absolutamente de formular juízos
de valor.
Noberto bobbio (1995, p.131)
A questão sobre a coercibilidade do Direito

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Juspositivismo: na medida em que tal concepção do Direito o aborda como um fato ou


fenômeno, o elemento coercitivo surge como um constitutivo do Direito.
Jusnaturalismo: na medida em que concebe o Direito em função do valor (ou daquilo que ele
deveria ser), não há qualquer necessidade de vincular ao Direito a questão sobre o poder
coercitivo, tampouco considerá-lo como algo dependente do Estado.
A validade do direito
Do lado juspositivismo, temos a ideia de que a validade deve ser encontrada na ordem dos fatos,
do ordenamento jurídico como ele é. Do lado jusnaturalista, a ideia de que a validade do Direito
Positivo encontra- se fundamentada em uma série de valores absolutos.
As características do Direito Natural
● Superior: O Direito Natural é hierarquicamente superior ao Direito Positivo. Em função
disso, em caso de conflito entre ambos, o Direito Natural sempre prevalecerá.
● Incondicionado: o direito natural não está condicionado ou se subordina a qualquer
outro Direito. Não existe direito que esteja acima do Direito Natural. O Direito Natural é
incondicionado, seja por fazer parte dos cosmos, dos desígnios divinos ou da reta razão.
● Universal: O Direito Natural é o mesmo para todos os indivíduos e todos os povos.O
Direito Natural tem validade universal; No que tange a características da universalidade
no contexto das vertentes de Jusnaturalismo, embora postulem origens distintas para o
Direito Natural, todas compartilham da ideia de que ele vale para todos os seres.
● Imutável/eterno: O Direito Natural é sempre o mesmo independentemente do conjunto
de leis positivas de um Estado, que podem variar e ser alteradas com o passar dos tempos,
as leis naturais são invariavelmente sempre as mesmas.
● Subtendido: as leis do Direito Natural não dependem de qualquer formalização; A Lari
Natural confere Direitos ou impõem obrigações, ainda que de modo tácito.
Direito Natural e racionalidade
O Jusnaturalismo tem um apelo um tanto, quanto intuitivo e de fácil compreensão, pois, se o
ordenamento jurídico Positivo precisa Direito Natural fundamentar a sua validade em algo e
existe um Direito de ordem superior, universal e imutável, nada mais apropriado do que
fundamentar o Direito Positivo no Direito Natural.
O home, ser eminentemente racional, sonda a razão de ser das coisas, não se submetendo
passivamente a qualquer ordenamento. Procura-se o fundamento ético das leis e das decisões. O

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espironcristico apela para a busca de orientação, de referência, na ordem Natural das coisas. o
Direito, como instrumento de promoção da sociedade, há de estar adequado à razão, há de se
apresentar em conformidade com a natureza humana.
Paulo Nader (2012, p. 193)

Objetivo do Direito Natural


● O direito Natural de origem racional:
- Critério norteador que orienta a construção
- Fundamenta a validade das leis
● Correlação entre a noção de Direito Natural e a de bem comum
- O Direito Natural se origina da razão humana.
- O ordenamento jurídico deve visar ao bem comum.
Direito Natural e a realização do bem comum
[...] quando o filósofo chega à conclusão de que nem tudo é contingente e variável no Direito e
que alguns Direitos pertencem aos homens por sua condição de humano, alcança-se a ideia do
Direito Natural, que deve ser a grande fonte a ser consultada pelo legislador.
A natureza humana, de modo geral, é apontada pelos jusnaturalistas como selecionadora dos
fins humanos e fonte do Direito Natural [...]. Pensamos que a natureza humana se define pela
gama de instintos comuns aos seres racionais, como o da preservação da vida, da liberdade.
A observação revela-nos que a generalidade das pessoas tem ânsia de liberdade e que sem esta
não é capaz de se realizar nos planos físico e espiritual. Em consequência, a liberdade é valor
fundamental à espécie humana e se erige em princípio básico do Direito Natural (NADER, 2012,
p. 193-4).
Distinção entre Direito Natural e Direito Costumeiro:
[...] o Direito Costumeiro tende a ser uma expressão do natural que existe no homem e na
sociedade, enquanto o Direito Natural não é uma tendência do natural que existe no homem,
mas a própria expressão da natureza humana e não resulta do modus vivendi da sociedade.Na
medida em que o Direito Costumeiro surge apenas como uma consequência da vida em
sociedade ele está sujeito a uma série de variações acidentais e dependentes do tempo e do
espaço. Já o Direito Natural, por ser algo que existe mesmo Independente de tempo e espaço, é
algo universal, e imutável.

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Paulo Nader (2012, p. 192)


Diferenças entre direito Natural e Direito Positivo
1. A sua relação umbilical com a figura do Estado;
2. A sua especificidade espaço- temporal

Relação umbilical com a figura do Estado


● As leis que compõem o Direito Positivo são fundamentalmente dependentes do Estado
tanto na criação quanto na sua aplicação.
● Função legislativa do Estado
● Punção judiciária do Estado
● Direito Positivo: regulado e mantido graças ao monopólio do poder estatal.
Especificidade espaço-temporal
● O Direito Positivo é essencialmente mutável ou dinâmico
● As leta que compõem o ordenamento jurídico podem ser alteradas via proos legislativo
● O próprio ordenamento jurídico de um Estado pode ser substituído por outro
Direito Natural: é conhecido em função de uma Inspeção da própria natureza humana
Direito Positivo: é conhecido apenas por meto đa sua promulgação.

Direito Natural Direito


Positivo

Definição É o conjunto de leis de Éo


Geral ordem superior que ordenamento
supostamente fundamenta a jurídico
validade do Direito vigente em
Positivo. certo Estado.

Origem Ordem Superior (humana Estatal


ou divina). (legislativa e
judiciária)

Características Universal eterno e imutável Contextual,


espaço/tempor
al.

Critério de Valores supralegais Letra da lei


regulação do absolutos

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comportament
o

Aquisição do Inspeção da natureza Por meio da


conhecimento humana por meio da razão promulgação.
(Direito Natural
Antropológico) ou
revelação divina por meio
da fé (Direito Natural
Teológico)

Em síntese
O Direito Positivo é geralmente apresentado como o conjunto de leis que constituem o
ordenamento jurídico vigente de um dado Estado.
Já o juspositivismo é a concepção filosófica acerca do Direito que identifica o Direito com a lei.
Segundo tal posição, o Direito deve ser radicalmente distinguido de disciplinas como Ética, que
trata de valores, restando nele apenas aquilo que seja estritamente jurídico, pois só assim seria
possível desenvolver algo que pode efetivamente ser considerado uma ciência jurídica.

Aula 4: Fontes do direito


Fontes do Direito
➔ Latim: fons, fontis = nascente = tudo o que origina ou produz algo.
➔ Meios pelos quais se formam as regras jurídicas.

Definição da expressão Fonte do Direito


● Fonte é o nascedouro de determinada coisa.
● Fontes do Direito podem ser compreendidas como instâncias de concepção do Direito
● .O estudo das fontes do Direito mostra-se relevante pelo fato de que, quando nos
ocupamos delas, elas podem nos apresentar os elementos mais essenciais do Direito, os
seus valores e diretrizes.
As fontes do Direito são essenciais para compreender de que forma as normas jurídicas se
aplicam na vida em sociedade.
A lei é a principal fonte do Direito, mas sabemos que nem sempre supre as necessidades
jurídicas de um grupo social, é nesse contexto que surgem a analogia, os costumes, os princípios

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Teoria do Direito - Bianca monteiro

gerais do Direito, a doutrina e a jurisprudência.


Cada uma com incidências específicas, servem para que o Direito permaneça regulando a vida
em sociedade e indicando parâmetros de conduta com o objetivo do bem comum.
O intelecto humano consiste na fonte nuclear do Direito. É dele que provêm todas as emanações
formadoras daquilo que identificamos como Direito.

Fontes Materiais Fontes históricas Fontes Formais

Fatores sociais Documentos Lei, os


representados pelas jurídicos e costumes, a
necessidades políticas, coleções legislativas doutrina e a
econômicas e culturais, do jurisprudência
bem assim fatores passado que, devido
naturais, como o clima e à sua
o importância e
relevo. Constituem a sabedoria,
matéria-prima da continuam a
elaboração do direito. influenciar as
legislações do
presente,
como, por exemplo,
a Lei das
Doze Tábuas, o
Código de
Hamurábi

Classificação das Fontes do Direito


Escritas – Fontes que passaram pela codificação;
Não Escritas – Fontes que surgem a partir do comportamento;
Estatais – São as leis e as jurisprudências, fontes elaboradas pelo poder público;
Não estatais – São os costumes, doutrinas e negócios jurídicos. Fontes elaboradas pela
sociedade;
Nacionais – São as fontes originadas no Brasil;
Internacionais – Fontes criadas a partir da norma internacional

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Fontes do Direito: A LEI


➔ Norma jurídica escrita emanada de poder competente.
➔ Lei – latim: légere = ler.
➔ Lei é texto escrito, feito para ser lido
➔ “É uma regra geral, que, emanado de autoridade competente, é imposta, coativamente, à
obediência de todos” (Bevilaqua, 1959).
➔ Poder competente para editá-la: Poder Legislativo
➔ Casos excepcionais (urgência e relevância da matéria): Presidente da
República pode editar medidas provisórias, com força de lei (CRFB/88, ART 62)

Fontes do Direito: OS COSTUMES


➔ É a norma jurídica que não faz parte da legislação. É criado espontaneamente pela sociedade,
sendo produzido por uma prática geral, constante e reiterada.
➔ “a norma jurídica que resulta de uma prática geral constante e prolongada, observada com a
convicção de que é juridicamente obrigatória” (MONTORO, 1995).
➔ “a regra de conduta criada espontaneamente pela consciência comum do povo, que a observa
por modo constante e uniforme, e sob a convicção de corresponder a uma necessidade jurídica”
(SANDOVAL, 1999).
➔ Para que um costume seja reconhecido como tal é preciso:
a) que seja contínuo: fatos esporádicos, que se verificam vez por outra não são
considerados costumes;
b) Que seja constante: a repetição dos fatos deve ser de longa duração, sem dúvidas, sem
alteração;

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Teoria do Direito - Bianca monteiro

c) Que seja moral: o costume não pode contrariar a moral ou os bons hábitos, não pode ser
imoral;
d) Que seja obrigatório: que não seja facultativo, sujeito à vontade das partes interessadas.

Costume Lei

É Emana do Estado, por meio


espontâneo de um processo
próprio de elaboração

Se expressa Se expressa por fórmula


oralmente escrita

Fontes do Direito: A DOUTRINA


• Conjunto de investigações e reflexões teóricas e princípios metodicamente expostos, analisados
e sustentados pelos autores, tratadistas, jurisconsultos, no estudo das leis (Max e Édis, 2017).
• É o conjunto sistemático de teorias sobre o Direito elaborado pelos juristas. É produto da
reflexão e do estudo que os grandes juristas desenvolvem sobre o Direito (Cotrim, 2008).
• Por intermédio da doutrina “depura-se e cristaliza-se o melhor critério interpretativo, a servir de
guia para o julgador e de boa orientação para o legislador”.

Fontes do Direito: A JURISPRUDÊNCIA


• Latim: jurisprudentia – jus (Direito) e prudentia (sabedoria) = direito aplicado com sabedoria
• São regras gerais que se extraem das reiteradas decisões dos tribunais num mesmo sentido,
numa mesma direção interpretativa.
• Em regra não vincula o juiz, mas costuma dar-lhe importantes subsídios na solução de cada
caso.
* Súmula vinculante: entendimento do Supremo Tribunal Federal , em matéria constitucional,
passa a ser de observância obrigatória pelos demais tribunais

(CRFB/88, art. 103-A)Art. 4º Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a
analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.
Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro

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Teoria do Direito - Bianca monteiro

Fontes do Direito: A ANALOGIA


A analogia é tida como uma das formas de integração da Lei. Dessa forma, se aplica quando nos
encontramos diante de uma lacuna, ou seja, uma hipótese não regulada por lei. Assim, uma vez
existente a lacuna, fazendo o uso da analogia, pode-se aplicar disposição relativa a um caso a
outro semelhante.
Princípios Gerais do Direito
● Latim: principium, principii = origem, começo, base
● Princípios são proposições básicas que informam as ciências, orientando-as.
Para o Direito, o princípio é seu fundamento, a base que irá informar e orientar as normas
jurídicas
É um preceito jurídico implícito, portanto, não escrito, amplo e que informa um conjunto de
regras.

Classificação - Refere-se ao alcance dos princípios.


Ominivalentes: incide sobre todos os ramos do direito. Ex.: boa-fé.
Polivalentes: incide sobre vários ramos do direito, mas não todos.
Monovalentes: incide apenas sobre um ramo do direito.
Setoriais: incide apenas sobre um aspecto.

Representam ideias de justiça, liberdade, igualdade, democracia, dignidade, etc.


• Hoje, os Princípios gerais de Direito são – em sua maioria – escritos, porque já foram
incorporados ao sistema legal (positivados, expressos, escritos, codificados).
• Todo Princípio geral de Direito escrito (inserido na legislação) é norma jurídica!
Na seara específica da Teoria Geral do Direito, os princípios gerais do direito são enunciados
normativos – de valor muitas vezes universal – que orientam a compreensão do ordenamento
jurídico no tocante à elaboração, aplicação, integração, alteração ou supressão das normas.
Representam o núcleo do sistema legal.
São, pois, as ideias de justiça, liberdade, igualdade, democracia, dignidade,
etc., que serviram, servem e poderão continuar servindo de alicerce para o
edifício do Direito, em permanente construção.

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Teoria do Direito - Bianca monteiro

Exemplos:
Na área constitucional:
- Todos devem ser tratados como iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza;
- Todos são inocentes até prova em contrário;
- Ninguém deverá ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude
de lei;
- Nenhuma pena deverá passar da pessoa do condenado;
- Aos acusados em geral devem ser assegurados o contraditório e a ampla defesa;
- A propriedade deve cumprir sua função social;
Na área civil:
- Ninguém deve descumprir a lei alegando que não a conhece;
- O enriquecimento ilícito deve ser proibido;
- Ninguém deve transferir ou transmitir mais direitos do que tem;
- A boa-fé se deve presumir e a má-fé deve ser provada;
- As obrigações contraídas devem ser cumpridas (pacta sunt servanda);
- Quem exercitar o próprio direito não estará prejudicando ninguém;
- Os valores essenciais da pessoa humana são intangíveis e devem ser respeitados;
Fontes não Estatais
Ao lado das normas jurídicas elaboradas pelo Estado, existem outras normas efetivamente
obrigatórias e exigíveis, de origem não estatal. São elaboradas pelos diferentes grupos sociais e
destinadas a reger a vida interna desses grupos. Esses ordenamentos jurídicos, elaborados por
diferentes grupos sociais e não pelo Estado, constituem também fontes do direito, embora em
caráter subsidiário e, em regra, desde que não colidam com a legislação em vigor.

Aula 5: Sujeitos do direito


Os Sujeitos de Direito
Sujeito de direito, ou sujeito jurídico, é aquele sujeito de um dever jurídico a de uma pretensão
ou titularidade jurídica. A titularidade jurídica é o poder de fazer valer o cumprimento do dever
jurídico. Portanto, o sujeito jurídico e, num sentido mais amplo, Sujeitos-de-direito, são todos
aqueles não só sujeitos de um dever, como sujeitos de um poder jurídico.

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Teoria do Direito - Bianca monteiro

➔ O Direito só se operacionaliza por meio dos sujeitos que o envolvem.


➔ Pessoa física e pessoa jurídica são os sujeitos do direito e, cada um com suas características,
permite que as normas jurídicas que formam o ordenamento sejam aplicáveis.

Os sujeitos das relações jurídicas podem ser divididos em duas espécies:

Noções gerais sobre a pessoa natural


O termo “pessoa”, no sentido jurídico, designa qualquer sujeito de direito para o qual são
atribuídos direitos e deveres em relações jurídicas. Designa tanto o ser humano quanto uma
organização humana, a exemplo de empresas, fundações, entre outros, considerados sujeitos de
direito.
A pessoa natural
A pessoa natural é, basicamente, todo ser humano, independentemente de credo, raça, gênero ou
idade.
A igualdade civil - princípio constitucional - inciso III do art. 1º da Constituição Federal
(BRASIL, 1988): elenca a dignidade da pessoa humana como um dos fundamentos da República
e do Estado Democrático de Direito. Atributos e aspectos pessoais de distinção: nome, domicílio
e Estado, filiação, sexo designado no nascimento, casamento enacionalidade.A “pessoa natural”
no Código CivilArt. 1º: “Art. 1º Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem
civil”. (BRASIL, 2002).
Assim, além de a pessoa natural ser uma pessoa humana individualmente considerada, é também
dotada de direitos e deveres, “[...] de modo que a ‘pessoa natural’ é o ser humano considerado
como sujeito de direitos e obrigações” (DINIZ, 2012, p. 162).O começo da

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Teoria do Direito - Bianca monteiro

“pessoa natural”Os direitos da pessoa natural, ao menos no ordenamento jurídico brasileiro,


vinculam a pessoa, não surgem por opção ou podem ser abdicados, decorrem do próprio
nascimento e da condição de ter nascido brasileiro.
A pessoa jurídica
A pessoa jurídica é uma realidade social criada pelo Direito. São organizações humanas criadas
para determinadas necessidades e finalidades.
O Direito dá realidade ou personalidade a esses tipos de organizações, tornando-as sujeitos de
direito, e, tal como as pessoas naturais, é possível atribuir-lhes direitos e deveres.

Personalidade e Capacidade
A personalidade é o atributo fundamental do ser, pois a ele confere a aptidão para agir
juridicamente, ou seja, para interagir em relações jurídicas.
Toda pessoa é dotada de personalidade, e, por conseguinte, é sujeito de direito.
Da personalidade, neste sentido, decorre a capacidade para titularizar direitos e deveres,
pretensões e obrigações.
Importante frisar que a personalidade, assim conceituada, não tem natureza jurídica de
direito, e sim de pré-condição ou, ainda, pressuposto lógico para a existência de direitos
subjetivos.

Direito objetivo é o conjunto de normas que regulam a vida do indivíduo na Sociedade,


enquanto o Direito subjetivo é aquele que o sujeito de Direito (pessoa física ou jurídica) invoca
a seu favor, em determinada situação.

Direito Subjetivo
É uma prerrogativa ou faculdade de agir. É a facultas agendi, em oposição ao di-reito-lei ou
norma, que é a norma agendi. Assim, o direito faculdade é a prerrogativa concedida pela lei. É a
norma autorizante, ou seja, a autorização concedida pela norma para que o sujeito possa agir:
“Os direitos subjetivos se definem: permissões dadas por meio de normas jurídicas. São
autorizações, fundadas no direito objetivo, para uso das faculdades humanas”.
Personalidade e Capacidade
Apesar de não definir a personalidade, o Código Civil determina os modos de sua

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aquisição, ou seja, o nascimento com vida, no caso da pessoa natural, e o registro do ato
constitutivo, em se tratando de pessoa jurídica.

Personalidade jurídica
Conceito: Capacidade de direito, de gozo ou de aquisição, é a aptidão genérica para adquirir
direitos e contrair obrigações. Condição indispensável para atuar no mundo jurídico. Todas as
pessoas, sem qualquer discriminação por raça, crença, orientação sexual,
condição social ou idade.A personalidade jurídica começa com a vida, mas põe a salvo, desde a
concepção, os direitos do nascituro.
Fim da personalidade jurídica:
A personalidade da pessoa natural acaba com a morte;
Espécies:
a) Morte real: comprovada por exame médico a certeza de sua ocorrência.
b) Morte presumida: situações em que não se tem certeza sobre a ocorrência da morte, mas em
razão da probabilidade.

Capacidade jurídica
É a aptidão para a prática dos atos da vida civil por si mesmo.
Em regra, todos os sujeitos de direito têm, além da personalidade jurídica, a capacidade de fato
ou de exercício.
Incapacidade: Trata de hipóteses que, em razão da presunção absoluta ou relativa, não podem
praticar sozinhos os atos da vida civil.

A Relação Jurídica
● A ordem jurídica institui relações jurídicas, ou seja, relações entre sujeitos jurídicos.
● O sujeito de um dever jurídico implica um direito a outro sujeito.
● O sujeito de direito é o titular tanto de um dever quanto de um poder jurídico. E, portanto,
sujeito de pretensões jurídicas com o correspondente dever jurídico.A relação jurídica entre os
sujeitos, ou seja, entre a conduta de dois indivíduos, é determinada por normas jurídicas
estabelecendo um direito subjetivo.

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Pode-se definir relação jurídica justamente como a vinculação entre sujeitos jurídicos que
envolve deveres e direitos entre as partes.
Entre direito e dever há uma correspondência, ou seja, um é o reflexo jurídico do outro.

Fato Jurídico
É todo acontecimento que repercute no mundo jurídico e que
produz, portanto, efeitos jurídicos. Para ser considerado jurídico, o fato deve corresponder ao
suporte fático de uma norma, pois é a previsão normativa que lhe imputa os efeitos jurídicos
correspondentes.

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