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18.09
• O estado está implícito (é ele que cria as regras, mas ele não intervém).
• Relação entre particulares.
• Surge e é valorizado no estado pré-moderno- Séc. XVI/XVII, quando se valorizam as
relações particulares e o direito privado; e vai se caracterizar pela defesa destes valores:
Liberdade e Igualdade-paridade (todos os pares têm os mesmos direitos).
*Individualismo* é o que caracteriza esta linha estruturante.
Liberdade e Responsabilidade: tanto por parte do cidadão como da sociedade; mas tenho
que garantir a liberdade para que possa ser livre com segurança.
Porque se caracteriza como aquilo que em nome de todos se pode exigir a cada
um ou como aquilo a que cada um se pode exigir em nome de todos, pois o direito é
chamado a institucionalizar, a limitar e legitimar, controlando deste modo o poder e
em última análise a garantir a situação de cada um dos particulares que, com este
poder, se vão controlar (?), não é um exercício de poder arbitrário.
O que se tem em vista é atingir uma igualdade nem que para isso se parta de desigualdade
…quer dizer que….
Há tratamento igual para o que é igual e desigual para o que não é igual (p.e.: impostos; propinas;
...)
25.09
02.10
Bilateralidade Atribuída: (A relação de bilateralidade torna-nos fungíveis no nosso
comportamento.)
Comparatibilidade ou terciabilidade exigida pela controvérsia jurídica: o ser humano é
absolutamente infungível (não é possível/passível substituir). Trata-se de uma nota, que nos
permite também diferenciar as relações de direito que os outros tipos de relações, por um lado,
temos a ideia de cada sujeito, cada individuo ética e pessoalmente relevante tenha marca da
infungibilidade e nessa medida, este sujeito é tido e preservado como absoluto “na dimensão
da irrepetibilidade e na dimensão da sua integridade” (não nos repetimos), mas se assim é, em
contrapartida existe uma ideia de correlatividade e, por isso, de fungibilidade que nos permite
mobilizar todo um sistema jurídico. Fungibilidade esta, criada a partir da posição relacional
que os direitos e deveres vão impor.
É neste terceiro momento da função prescritiva, que se vai autonomizar o direito entendido
enquanto prática comunitariamente prudencial, ou seja, é a partir daqui que começa a surgir
atividade prudencial (os juízes, juristas, doutores que levam a cabo), ou seja, no plano do
direito existe uma mediação de um terceiro que nesta fase (em que nos encontramos ainda) é
o sistema jurídico, constituído por fundamentos (princípios) e critérios (normas,
jurisprudência, doutrina e a realidade histórico-social).
Todo este sistema jurídico com estas dimensões, vai contribuir para a controvérsia jurídica, já
que, não se resolve por si.
Este sistema vai sentir necessidade de instaurar meios passíveis de serem mobilizados para
responderem à controvérsia jurídica … nomeadamente: - Sanção.
Quarto momento: institucionalização normativa dos meios capazes de garantir a eficácia social
que o nexo intersubjetividade, exigibilidade, executabilidade, ou seja, surge então o problema
da sanção, e se por um lado o direito é principio de ação e enquanto principio de ação, diz-nos
o que fazer ou o que não podemos fazer, descreve, portanto, os comportamentos lícitos ou
ilícitos, através de normas que são elas próprias critérios de ação, pois são compostas por duas
partes (estrutura formal da norma jurídica- por regra, constituídas por um se → então, ou seja,
a norma prevê um comportamento: “previsão”- [hipótese] -> “estatuição”- é a resposta
encontrada na própria norma para a adoção de um determinado comportamento
[consequência]) e por outro lado, o direito é critério de sanção, e mais uma vez nos vamos
deparar, com o problema da bilateralidade atributiva.
Se alguém não respeitar o direito de outra, chegando mesmo a adotar comportamentos
que violem esse direito, o titular deste mesmo direito, tem a possibilidade de junto de um
terceiro imparcial (p.e: um tribunal; um juiz.), exigir que este terceiro obrigue o faltoso a
cumprir com o comportamento que lhe está a distribuir.
Por isso questiona-se, O que é exatamente a sanção?
É todo o meio que a ordem jurídica mobiliza de forma a tornar eficazes as suas prescrições. A
ordem jurídica ao estabelecer/criar um conjunto de sanções tem desde logo de cumprir com
um conjunto de exigências, e são elas, a proporcionalidade, a correlatividade, a igualdade, a
necessidade, a adequação normativa e para terminar, o critério da culpa (está estritamente
associado a sanções que atingem diretamente a pessoa [código penal-normativo]) – critérios ou
requisitos de uma sanção.
Sancionar significa, pois, tornar efetivos, sérios e dignos de respeito as prescrições normativas.
Sancionar NÃO É O MESMO QUE COAGIR, ou seja, dizer sanção ou coação, não é a mesma coisa.
O direito tem como característica iminente ser sancionatório, mas não é regido pela coação.
De forma simplificada, é uma consequência a um comportamento. Sanções jurídicas (ou
seja, estabelecidas no código normativo): Pode ser uma sanção positiva/ promocionais ou
negativa:
✓ Sanção positiva/promocionais: Na medida em que, sanção é todo o meio de que o
direito se serve para tornar eficazes os seus objetivos específicos e práticos, são
instituídas a possibilidade de meios promocionais positivos ligados a um
comportamento igualmente positivo. São, portanto, sanções que beneficiam o sujeito
que pratique determinado comportamento, ou que de acordo com determinados
critérios ou requisitos uma vez verificados, terão como consequência a atribuição de
benefícios.
Exemplos: Um Mecenas (quem dá do seu dinheiro para contribuir para a arte, tem
benefícios de incentivos fiscais); doador de sangue (Se doar sangue, durante 30 anos,
fica isento de pagar consultas)
Por definição do Sr. Doutor Aroso Linhares, “As sanções positivas, se destinam a
potenciar as efetivas possibilidades da relação da intersubjetividade social.”, ou seja,
cumprindo o que está prescrito no direito, poderá beneficiar de regalias, potenciam a
Intersubjetividade social, para um bom porto, para que a controvérsia que há sempre,
seja resolvida entre as partes (promove sempre mais benefícios e “harmonia” entre as
partes).
✓ Sanção Negativa: São aquelas que traduzem uma resposta negativa, dada pela Ordem
Jurídica, sempre que determinado sujeito age em desconformidade com os
imperativos da ordem jurídica, ou seja, com as prescrições da ordem jurídica, por regra,
estas sanções têm a elas associadas o recurso “à força”, por isto, obriga a Ordem
Jurídica, à adoção de um determinado comportamento para colmatar o não respeito
pelo comportamento que está prescrito na previsão.
O carácter sancionatório do direito, implica necessariamente a existência de uma
autoridade, que por regra, é um tribunal, para que se faça cumprir o que está agora
programado na estatuição (É a determinação na norma de um determinado
comportamento. A resposta encontrada na norma, para a adoção ou não daquele
comportamento), o que é na previsão, no que está na estrutura formal da norma. (Art.
483, nº1 do código civil- Estatuição)
Por isto, reforça-se a ideia de que a sanção se confunde com a coação, pois alguém pode
ser condenado/ obrigado a adotar um certo comportamento e ainda assim, não ter de
o cumprir à força, cumpre a sanção voluntariamente/espontaneamente, sem ser
necessário recorrer a outros meios que coajam nesse comportamento.
Só a sanção é que é predicativa do direito (elemento social do direito).
A coação é um dos muitos meios ao dispor do sistema jurídico, com o objetivo de dar
efetividade pratica à normatividade jurídica.
Pergunta:
Art. 1086 do código civil
Salvo estipulação em contrário o contrato celebrado com prazo certo renova-se
automaticamente no seu termo e por períodos sucessivos de igual sucessão.
Resposta: É a resposta a um comportamento e a consequência é a renovação do
contrato.
9/10