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função do
– Daí entender-se que o Direito serviria como
ferramenta de controle social. Havendo Direito, há
sociedade, e vice-versa (ubi ius, ibi societas; ubi
societas, ibi ius) (definição de Bobbio)
Direito? – O Direito, portanto, precisa dialogar diretamente com
as motivações das pessoas. Para cumprir seu papel,
precisa entender por que fazem as coisas que fazem.
– As pessoas têm, em sentido geral, duas grandes
famílias de motivações: seus valores morais ou seus
interesses (Santiago Nino).
– Por isso, o Direito procura refletir os valores que são
defendidos em sua sociedade, enquanto regula as
formas de concretização de interesses apresentadas
pelas pessoas.
Direito e formação da sociedade
– Não se pode dizer com certeza que o Direito cause ou gere uma organização social, nem
tampouco que o contrário ocorra; sabe-se, contudo, que os dois se desdobram juntos,
apoiando-se mutuamente e atravessando-se enquanto experiências possíveis
– Na base de ambas as experiências, a relação comum é aquela que promove a transição de um
espaço caótico para uma dimensão social de ordem. Esse salto é explicado de muitas formas,
e suas diversas perspectivas são indissociáveis. É representado pela superação do abismo que
separa estados naturais de interpretações culturais (antropologia cultural), desejo de
repressão (psicanálise), individualidade de coletividade (sociologia), sobrevivência solitária de
cadeias produtivas (economia).
– Essas relações caracterizam o processo de civilização das comunidades humanas. O Direito é,
portanto, ferramenta essencial para a construção das civilizações.
Civilização e Direito