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DEFINIÇÃO E COMPREENSÃO DE
DIREITO
Definição de Direito
Definir o Direito enquanto ciência é área de estudo e investigação humana
diferenciando-a das outras ciências.
II. Conjunto de normas jurídicas vigentes num país - Direito enquanto ordenação
jurídica – Codificação de leis e preceitos legais. Legislação, quadro jurídico, regime
nacional. É o complexo de normas jurídicas que rege o comportamento humano, de
modo obrigatório e prevê punição em caso de haver violação.
III. Direito pode referir à ciência do direito. A ciência do direito é um ramo das
ciências sociais que estuda as normas obrigatórias controladoras das relações dos
indivíduos em uma sociedade. Exemplo: Curso de base dos advogados, notários.
DIREITO NATURAL # DIREITO
POSITIVO
I. DIREITO NATURAL – é a ideia abstrata do Direito; o ordenamento ideal, corresponde a
uma justiça superior e anterior à sociedade – trata-se de um sistema de normas independente das
variações do ordenamento da vida social que originam no Estado. Porque nascem incorporadas
no homem enquanto pertencente à humanidade.
SOCIEDADE
A NECESSIDADE DA
EXISTÊNCIA DO DIREITO
Só há sociedade se houver regras, logo, não sociedade sem Direito e vice-versa;
A vida em sociedade garante ao Homem a subsistência e a preservação da sua
espécie;
Todas as necessidades básicas para a sua sobrevivência bem como a realização
da sua personalidade e dos fins últimos da sua existência desenvolvem-se em
sociedade;
Só se pode constatar vida humana em sociedade com relações intersubjectivas
entre indivíduos;
É determinante a existência de um conjunto de regras e padrões que orientem o
comportamento dos indivíduos e que estabelecem ainda as regras da organização
da sociedade bem como as instituições que lhe servem de estrutura.
A NECESSIDADE DA
EXISTÊNCIA DO DIREITO
A NATUREZA SOCIAL DO HOMEM, É INEGÁVEL A TODO O SER HUMANO:
O Homem desenvolve toda a sua vida em sociedade.
A tribo (conjunto de famílias que obedecem a um chefe)
A família
O clã (tribo onde todos são de uma descendência comum, parentes)
A cidade (polis)
A sociedade
O Estado
DUAS PERSPETIVAS SOBRE A ORIGEM
DO ESTADO/SOCIEDADE
1. A TEORIA NATURALISTA – DEFENDIDA POR ARISTÓTELES, CICEERO,
STO TOMÁS AQUINO; J.J.ROUSSAEU.
A origem natural da sociedade;
A origem da sociedade encontra o seu fundamento na natural
sociabilidade do Homem;
Dado que:
O Homem tem uma tendência natural para conviver com os outros de
modo a satisfazer as suas mais elementares necessidades.
A NATUREZA SOCIAL DO
HOMEM
CONCEPÇÃO
CONTRATUALISTA DA
SOCIEDADE
O DIREITO E As Diferentes Ordens Sociais
SOCIEDADE
AS DIVERSAS ORDENS SOCIAIS E A SUA
INTERLIGAÇÃO
A conduta social do Homem tem de respeitar as regras constituídas na
sociedade. A solidariedade entre os seus membros e, a divisão do trabalho,
promovem a convivência em sociedade.
A convivência social suscita conflitos logo, o recurso a regras que permitam
resolver os conflitos de interesses é necessário.
A ordem é essencial para regular a vida em sociedade, prevenir e resolver os
conflitos. A ordem social é constituída por uma teia complexa de regras
provenientes de ordens normativas de diversas índoles. São elas:
A Ordem Moral
A Ordem Religiosa
A Ordem Jurídica
A Ordem de Trato Social
AS DIVERSAS ORDENS SOCIAIS E A SUA
INTERLIGAÇÃO
A Ordem Moral
É um conjunto de normas de conduta que visam o indivíduo e não a
organização social. A conduta de cada indivíduo em sociedade resulta, em
grande parte, das suas convicções morais. A maturidade moral de cada um
efectiva-se através da participação na sociedade. Assim, a ordem moral produz
transformações na ordem social. O desrespeito de uma norma moral implica
para o infrator uma censura social com marginalização e rejeição.
Ordem Religiosa
A ordem religiosa tem como função regular as condutas humanas em
relação a fé e a Deus, sendo pois, uma ordem metafísica de
transcendência ou de fé. No entanto ocorrem comportamentos ditados
pela fé, por exemplo, os sacramentos do batismo e o casamento.
AS DIVERSAS ORDENS SOCIAIS E A SUA
INTERLIGAÇÃO
Ordem de Trato Social
As regras do trato social destinam-se a permitir uma convivência mais
agradável entre as pessoas, mas não são necessárias a subsistência da
vida em sociedade. Existem normas de trato social específicas, seja
quanto ao comportamento em eventos sociais (regras de etiqueta e boa
maneiras, regras de cortesia e normas de urbanidade), quanto a forma
de vestir (moda), quanto às práticas típicas de uma profissão (ética e
deontologia), quanto aos hábitos de determinada região (usos e
costumes entre outros).
AS DIVERSAS ORDENS SOCIAIS E A SUA
INTERLIGAÇÃO
Ordem jurídica
A ordem jurídica é constituída pelo conjunto de normas
jurídicas que regulam os aspetos mais relevantes da vida em
sociedade – é a ordem social regulada pelo direito. A ordem
jurídica é um conjunto de normas que visam regular a vida do
homem em sociedade harmonizando os seus interesses e
resolvendo os seus conflitos pelo recurso a coercibilidade.
AS DIVERSAS ORDENS SOCIAIS E A SUA
INTERLIGAÇÃO
A relação entre a ordem jurídica e a ordem moral. É predominante a coincidência.
AS DIVERSAS ORDENS SOCIAIS E A SUA
INTERLIGAÇÃO
A relação entre a ordem jurídica e a ordem religiosa. É predominante a indiferença.
Assume 2 perspectivas:
Capacidade de Gozo - é atribuída a todos os sujeitos que têm personalidade
jurídica – Titularidade de Direitos.
Capacidade de exercício – é atribuída a todos os sujeitos que têm personalidade
jurídica de dispor dos seus direitos, ou seja de ser seus titulares.
O que mostra que qualquer sujeito jurídico é titular de direitos poderá dispor
deles, desde que não sofra nenhuma incapacidade prevista na Lei:
Menoridade
Anomalia Psíquica
A Personalidade Jurídica também se estende as Pessoas
Coletivas – que são organizações humanas constituídas por
varias pessoas singulares que se destinam à prossecução de
interesses coletivos públicos ou privados:
Sociedades Comerciais
Associações
OS DIREITOS
FUNDAMENTAIS DOS
CIDADÃOS.
PARTE II
DIREITOS E DEVERES FUNDAMENTAIS
TÍTULO I
PRINCÍPIOS GERAIS
Artigo 15º
(Reconhecimento da inviolabilidade dos direitos,
liberdades e garantias)
1. O Estado reconhece como invioláveis os direitos e liberdades
consignados na Constituição e garante a sua protecção.
2. Todas as autoridades públicas têm o dever de respeitar e de
garantir o livre exercício dos direitos e das liberdades e o
cumprimento dos deveres constitucionais ou legais.
Artigo 16º
(Responsabilidade das entidades públicas)
1. O Estado e as demais entidades públicas são civilmente
responsáveis por acções ou omissões dos seus agentes praticadas
no exercício de funções públicas ou por causa delas, e que, por
qualquer forma, violem os direitos, liberdades e garantias com
prejuízo para o titular destes ou de terceiros.
2. Os agentes do Estado e das demais entidades públicas são, nos
termos da lei, criminal e disciplinarmente responsáveis por acções
ou omissões de que resulte violação dos direitos, liberdades e
garantias.
Artigo 18º
(Força jurídica)
As normas constitucionais relativas aos direitos, liberdades e garantias
vinculam todas as entidades públicas e privadas e são directamente
aplicáveis.
Artigo 19º
(Direito de resistência)
É reconhecido a todos os cidadãos o direito de não obedecer a
qualquer ordem que ofenda os seus direitos, liberdades e garantias e de
repelir pela força qualquer agressão ilícita, quando não seja possível
recorrer à autoridade pública.
Artigo 20º
(Tutela dos direitos, liberdades e garantias)
1. A todos os indivíduos é reconhecido o direito de requerer ao Tribunal
Constitucional, através de recurso de amparo, a tutela dos seus direitos,
liberdades e garantias fundamentais, constitucionalmente reconhecidos, nos
termos da lei e com observância do disposto nas alíneas seguintes:
O recurso de amparo só pode ser interposto contra actos ou a) omissões dos
poderes públicos lesivos dos direitos, liberdades e garantias fundamentais,
depois de esgotadas todas as vias de recurso ordinário;
O recurso de amparo pode ser requerido em simples petib) ção, tem carácter
urgente e o seu processamento deve ser baseado no princípio da sumariedade.
2. A todos é reconhecido o direito de exigir, nos termos da lei, indemnização
pelos prejuízos causados pela violação dos seus direitos, liberdades e garantias.
Artigo 20º
(Tutela dos direitos, liberdades e garantias)
1. A todos os indivíduos é reconhecido o direito de requerer ao Tribunal
Constitucional, através de recurso de amparo, a tutela dos seus direitos,
liberdades e garantias fundamentais, constitucionalmente reconhecidos, nos
termos da lei e com observância do disposto nas alíneas seguintes:
O recurso de amparo só pode ser interposto contra actos ou a) omissões dos
poderes públicos lesivos dos direitos, liberdades e garantias fundamentais,
depois de esgotadas todas as vias de recurso ordinário;
O recurso de amparo pode ser requerido em simples petib) ção, tem carácter
urgente e o seu processamento deve ser baseado no princípio da sumariedade.
2. A todos é reconhecido o direito de exigir, nos termos da lei, indemnização
pelos prejuízos causados pela violação dos seus direitos, liberdades e garantias.
Provedor de Justiça)
1. Todos podem apresentar queixas, por acções ou omissões dos poderes
públicos, ao Provedor de Justiça que as apreciará sem poder decisório, dirigindo
aos órgãos competentes as recomendações necessárias para prevenir e reparar
ilegalidades ou injustiças.
2. A actividade do Provedor de Justiça é independente dos meios graciosos e
contenciosos previstos na Constituição e nas leis.
3. O Provedor de Justiça é um órgão independente, eleito pela Assembleia
Nacional, pelo tempo que a lei determinar.
4. O Provedor de Justiça tem direito à cooperação de todos os cidadãos e de
todos os órgãos e agentes do Estado e demais pessoas colectivas públicas ou
privadas, bem como o direito de tornar públicas as suas recomendações pela
comunicação social.
5. A lei regula a competência do Provedor de Justiça e a organização do
respectivo serviço.
DIREITO PÚBLICO E
DIREITO PRIVADO.
COMUNIDADE
INTERNACIONAL
Exercício na Sala:
Indentificar a ONU como organismo que
garante a ordem internacional;
Referir as diferentes agencias da ONU,
clarificando as suas funções.
DIREITO INTERNACIONAL
DIREITO INTERNACIONAL
PRIVADO - É o conjunto de normas jurídicas criado por uma
autoridade política autônoma – Estado Nacional – com o propósito de resolver os conflitos de leis no espaço.
Em termos simples, o Direito Internacional Privado é um conjunto de regras de direito interno que indica ao
juiz local que lei – se a do foro ou a estrangeira – deverá ser aplicada a um caso (geralmente privado) que
tenha relação com mais de um país.
FONTES DO DIREITO
INTERNACIONAL PÚBLICO
Tratados
Costume internacional
Princípios gerais de direito
Atos unilaterais
Decisões das organizações internacionais
O ESTADO
O Estado é uma das formas de organização da sociedade. Existem outras formas
– tribo, impérios antigos, a pólis grega, clã, etc – ao longo da História.
Thomas Hobbes – “Afirma que, ante a tremenda e sangrenta anarquia do estado de natureza, os
homens tiveram que abdicar em proveito de um homem ou de uma assembleia os seus direitos
ilimitados, fundando assim o Estado, o Leviatã, o deus mortal, que os submete a onipotência da
tirania que eles próprios criaram”.
Max Webber – “O Estado é uma relação de homens dominando homens, relação mantida por
meio da violência legítima (isto é, considerada como legítima). Ele é uma comunidade humana
que pretende, com êxito, o monopólio do uso legítimo da força física dentro de um determinado
território”.
Os 3 elementos do Estado
Povo
O povo é o conjunto dos nacionais, isto é, das pessoas ligadas ao Estado pelo vínculo da
nacionalidade. É um conceito político.
Pertencem à mesma nação todos quantos nascem num certo ambiente cultural feito de
tradições e costumes, geralmente expresso numa língua comum. Por isso que se inclui neste
conceito os que vivem na diáspora, mas, continuem ligados ao Estado de origem pela prática
da cultura.
A população é constituída pelos estrangeiros, pelos apátridas e pelos nacionais residentes no
território nacional, excluindo, portanto, os nacionais que estejam emigrados. Este conceito é
demográfico e estatístico.
Os 3 elementos do Estado
Território
O território é o espaço geográfico onde se exerce o poder do Estado, e que compreende: O solo
e o subsolo terrestre; O subsolo terrestre corresponde a toda a área subjacente ao solo até onde
a ação humana seja possível. O espaço aéreo - é toda a extensão aérea existente sobre o solo
terrestre e mar territorial. E nos Estados banhados pelo mar, o mar territorial, a plataforma
continental e a zona económica exclusiva. O mar territorial corresponde a faixa de águas
marítimas adjacentes à costa dos Estados pelo mar. O Estado exerce ainda poderes sobre os
navios, aeronaves e veículos sob a bandeira nacional, mesmo que se encontrem em território
de um Estado estrangeiro. As embaixadas e os consulados;
Soberania
A soberania de um Estado consiste no poder político do Estado – supremo e independente, de se dotar
de uma Constituição na qual definirá os princípios da sua organização e os fins que pretende alcançar e,
indica as regras básicas de distribuição de competências entre os seus órgãos. E, manifesta-se em duas
vertentes: no plano interno, pelo poder supremo do Estado sobre o povo e o território; e no plano
externo, pelo poder independente e autónomo face aos demais Estados da comunidade internacional.
DIFERENCIAÇÃO ENTRE:
Estado Nação - é uma estrutura que une a instituição política (Estado) com a unidade
cultural (Nação). Ele possui autonomia e soberania legítima, ou seja, é reconhecido por outros
países e governa pelos próprios meios, sem interferência externa. Seu surgimento foi no auge
da Idade Moderna e é o modelo mais comum até hoje. Em que o estado surge como uma
consequencia da Nação, ou seja, o sentimento de pertença se encontra associado a culturta e ao
espação fisico.
Exemplo: Segundo Onésimo da Silveira, Cabo Verde representa um estado-nação dado que pode considerar que fomos uma
nação antes de sermos um estado, sociedade politicamente organizada .
Estado Federal – Refere-se a uma unidade politica composta por vários estados,
em que o elo da união tem a ver com razões políticas, na medida que, os
diferentes estados que compõem a união podem ter legislações diferentes e até
constituições diferentes entre si com base nos costumes e valores que cada região
partilha, mas unidos por uma constituição feral.
Exemplo: EUA (compostos por 50 estados); Brasil (composto por 26 estados)
DIFERENCIAÇÃO ENTRE
2. Estado Liberal - Estado liberal (ou Estado liberal de direito) é um modelo de governo
baseado no liberalismo desenvolvido durante o Iluminismo, entre os séculos XVII e
XVIII. chamado de Estado liberal de direito, é voltado para a valorização da autonomia e
para proteção dos direitos dos indivíduos, garantindo-lhes a liberdade de fazer o que
desejarem desde que isso não viole o direito de outros.
Economicamente, o Estado liberal é fruto direto dos interesses da burguesia. Seu
principal estudioso foi Adam Smith, que acreditava que o mercado é livre quando regula
a si próprio sem qualquer interferência estatal. É o modelo oposto ao Estado
intervencionista, marcado por uma regulação exaustiva de todas as áreas da economia,
incluindo o setor privado.
ESTADO DIREITO DEMOCRÁTICO
JURISPRODÊNCIA 2
NORMAS
LEIS 1
CORPORACTIVAS
DOUTRINA 3
COSTUME 4
FONTES IMEDIATAS
Consideram-se leis que são todas as disposições genéricas advindas dos órgãos estaduais
competentes; ou normas corporativas as regras ditadas pelos organismos
representativos das diferentes categoriais morais, culturais, económicos ou profissionais,
no domínio das suas atribuições.
FONTES MEDIATAS
Costume – toda a prática reiterada e habitual, acompanhada da consciência ou
convicção do seu carácter de obrigatoriedade (práticas).
Jurisprudência corresponde ao conjunto das decisões dos tribunais. Quando um
tribunal profere uma sentença, em primeiro lugar deve conhecer o conteúdo da lei, e com
base nesse conhecimento construir a decisão. Assim, o tribunal não está a criar, mas sim
a interpretar e a aplicar a norma jurídica.
Doutrina – constitui o conjunto de opiniões, estudos e pareceres jurídicos elaborados
por técnicos de Direito de conhecida competência.
LEI
ESTUDO DA LEI
“Chama-se lei à norma jurídica decidida e imposta por uma
autoridade com poder para o fazer na sociedade politica. A lei é
assim uma norma jurídica de criação deliberada – é criada para
servir como tal.”
João de Castro Mendes, Lições de introdução ao Estudo do Direito
Ainda temos:
Sentido Material e o Formal, sendo o primeiro todo acto normativo
proveniente de um órgão estatal competente que contenha uma regra jurídica, e
a segunda é reservada a todas as formas por excelência da função legislativa do
Estado, como leis constitucionais, leis ordinárias e decretos-lei.
TIPOS E HIERARQUIA DA LEIS
1- Lei Constitucional
2- Lei comunitária
3- Lei internacional
4 Lei Ordinária/Base
5- Decreto-Lei
6- Atos
Administrativos
PRINCÍPIOS DA HIERARQUIA
DAS LEIS
ELABORAÇÃO DAS LEIS.
Em primeiro temos que clarificar a ideia de Lei constitucional ou
ordinária, visto ser nela que se encontra descrita todo o processo
legislativo.
Artigo 157º
(Aprovação e caducidade das propostas de lei e de referendo)
1. Os projectos de lei podem ser aprovados até ao termo da legislatura.
2. As propostas de lei caducam com a demissão do Governo.
3. Os projectos e as propostas de lei e as propostas de referendo caducam com a
dissolução da Assembleia Nacional ou com o termo da legislatura.