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Universidade Rovuma

Delegação de Cabo Delgado - Pemba

Curso : Contabilidade e Auditoria/ Gestão de Recursos Humanos, 1° ano.


Cadeira : Introdução ao Direito
Docente : Mestre Crisanta Pinto
Aula 2.
Tópicos da 2ª Aula
INTRODUÇÃO AO DIREITO
• Conceito de direito;
• Os vários sentidos da palavra Direito;
• As Fontes do Direito;
• Sociedade, Estado e Direito;
Conceito de direito
Preliminares:
1. Noção do Direito
Segundo Inocêncio Galvão Telles, o direito traduz-se em normas de conduta social,
preceitos que regulam, com caracter de generalidade, a convivência dos homens em
sociedade, mediante a imposição de acções e de abstenções. O Direito diz o que se deve
fazer e o que se não deve fazer; e tudo isso em ordem a proporcionar a cada um a
possibilidade de prefigurar as consequências dos seus actos ou comportamentos, prevenir
eventuais litígios, resolver litigio já desencadeados, potenciar a cooperação entre os
homens, assegurar a atribuição a cada um do que é seu. em outras palavras, realizar a
PAZ, O BEM COMUM, A JUSTIÇA. E pode se efectivar pela forca, quando necessário
e quando possível.
Conceito de direito
Exemplo: o código penal proíbe o furto e o homicídio; comanda uma abstenção ou
omissão, não furtar, não matar, isto para que haja tranquilidade e justiça e para que os
homens possam livremente realizar os seus fins na terra.
Face ao exposto, pode desde já dar-se do Direito a seguinte ideia: o direito como um
conjunto de normas de conduta social, estabelecidas em vista da justiça, da paz e do
bem comum, dotadas de generalidade, e impostas pela força quando necessário e
possível.
Os Vários Sentidos da palavra direito
• As varias acepções da palavra “direito” acompanham o dia a dia do direito:
Os vários sentidos da palavra Direito
Ciência do direito é aquele ramo que estuda e organiza os conceitos e instituições
jurídicas.
Direito natural é um conjunto de princípios basilares, que não são fruto da
criação da sociedade, nem do estado, sendo, pois, um direito que surge por
exigência da natureza.
Direito positivo, este provém da vontade do homem discricionária do homem,
que normalmente cria-lo tao perfeito quanto possível, por que visa-se pois através
do direito positivo atingir os fins da justiça, os fins jurídicos.
Direito subjectivo é a possibilidade que a norma da de um individuo exercer
determinada conduta descrita por lei.
Exemplo: se uma pessoa deve-te uma certa prestação, a lei concede-te o direito de
cobrar o individuo judicialmente.
Fontes do Direito
Fontes do Direito
• A lei;
• Costume;
• Doutrina.
• Jurisprudência;
Fontes Voluntarias
• a Lei. Definimos como um acto do Estado tendente a criação de direito. Que vai desde a
constituição ate os regulamentos.
• Jurisprudência – a actividade dos tribunais. Melhor dizendo, o conjunto das decisões
através das quais eles resolvem os litígios que lhes são submetidos. O juiz é mo
intermediário entre o Direito e a vida.
Fontes do Direito
• Doutrina – são as opiniões ou pareceres dos jurisconsultos acerca duma
questão de direito, expostas em tratados, manuais, monografias, recensões,
pareceres, etc.
Fontes não voluntarias
• O Costume – é definido como uma pratica social constante observada com
o sentimento ou convicção de que é juridicamente obrigatória. Trata-se
duma fonte anonima do direito, sem origem certa ou paternidade, cujas
normas tem a sua eficácia automaticamente assegurada.
Sociedade
A etimologia da palavra sociedade remete ao latim, societas, que significa associação
“amistosa com outros”. Sociedade é uma palavra polissémica, isto é, pode ter variados
significados conforme o enfoque, a corrente teórica e mesmo a disciplina. O agrupamento
humano sob regras e costumes comuns existe desde os primórdios da humanidade.
Sociedade é uma associação entre indivíduos que compartilham valores culturais e éticos e
que estão sob um mesmo regime político e económico, em um mesmo território e sob as
mesmas regras de convivência. A sociedade não é um amontoado de indivíduos, mas
um sistema organizado deles e ordenado em uma estrutura social, com um arcabouço
normativo e com instituições formais e informais (Estado, família, Igreja, escola etc.) —
que ensinam esse repertório de prescrições, fomentam a unidade cultural, punem a
transgressão das regras, socializam os indivíduos, definem uma gama de papéis que eles
podem desempenhar e mantêm a coesão social, económica e política.
Estado
• Noção de Estado- na definição de estado observamos três elementos essenciais que a
teoria tradicional poe em destaque:
- Povo: é um conjunto de cidadãos ou nacionais, pessoas ligadas ao estado pelo
vinculo jurídico de nacionalidade que lhes reconhece o gozo de direitos políticos. Porem
este conceito não pode ser confundido com o de população que tem natureza económico-
demogratico, e este em apreço tem natureza jurídico-político.
Território: é o espaço onde o povo é “senhor de se reger segundo as suas leis, executadas
por autoridade própria com exclusão da intervenção de outros povos”. Território terrestre,
território aéreo e o mar territorial. O território do Estado é limitado por fronteiras.
- O poder politico: é a faculdade exercida por um povo de, por autoridade própria,
institui os órgãos que exercem o poder de um território e nele criam e impõem normas
jurídicas.
A Sociedade e o Direito
A diferença entre o homem e os demais animais, portanto, é que o homem é um animal político, ou seja, vive
em sociedade e precisa administrar seus interesses.
Outro autor que escreveu sobre o tema foi Thomas Hobbes. Hobbes era contratualista, porque acreditava que o
estado e a sociedade surgiram de um contrato estabelecido entre os homens. Em sua obra Leviatã, ele reconhece
que existem diferenças entre os homens, do ponto de vista físico ou espiritual. Mas esta diferença:
não é suficientemente considerável para qualquer um possa com base nela reclamar qualquer benefício a que
outro não possa também aspirar, tal como ele. Porque quanto à força corporal o mais fraco tem força suficiente
para matar o mais forte, quer por secreta maquinação, quer aliando-se com outros que se encontrem ameaçados
pelo mesmo perigo. (THOMAS, 1988, p.74)
O direito é compreendido como uma forma normativa porque os Estados no capitalismo, assumem o papel de
garantir politicamente a reprodução social tornando-se distintos daqueles que dominam economicamente a
sociedade. Os Estados operam normativamente. Mas não é a norma que fez o direito. A norma é uma forma
pela qual o direito se exprime, mas a forma de sua constituição e de sua operacionalização advém directamente
de estruturas sociais concretas. (ALYSSON, 2013, p.66)
Por intermédio do direito, o homem pode organizar suas relações conflituosas e manter um contrato social em
que se busque de modo renovado o fim último que é, na concepção de Aristóteles a construção de uma
sociedade justa.
Bibliografia
TELLES, INOCÊNCIO GALVÃO, Introdução ao Estudo de Direito. Volume III,
10ª Edição, Coimbra 2010.
JUSTO, A. Santos, Introdução ao Estudo do Direito. 4ª Edição. Coimbra Editora.
2009.
FIM

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