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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Aula 1 – Conceitos Iniciais sobre Direito

Profª Natasha Young Buesa


Plano de Aula
Objetivos:
1) Conhecer os conceitos iniciais sobre Direito.
2) Aprender quais são as Fontes do Direito.

Metodologia: aula com datashow, material


didático e lousa.

Procedimentos de avaliação: participação na aula


e atividades.

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Alguém sabe o que é Direito?

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O homem em Sociedade
O homem é um ser social e desde o início de sua
existência na terra tem vivido em sociedade.

Essa foi a forma que ele encontrou para melhor suprir


algumas de suas necessidades coletivas, tais como
segurança. (…)

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HOMEM

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Estado – Sociedade Organizada

Com o crescimento das aglomerações humanas, a


sociedade foi se tornando cada vez mais complexa,
havendo necessidade da criação de um ente com poderes
de organizar e executar as tarefas de interesse coletivo.
(...)

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Elementos do
Estado

Povo: sociedade politicamente organizada;

Território: espaço físico onde se situa o estado;

Governo: administração pública. Poder que vem do


povo, pelo povo, para o povo.
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A Função do Estado
O Estado visa proporcionar o bem estar à sociedade
através da promoção da saúde, segurança, educação,
etc. (...)

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ORGANIZAÇÃO: a organização da sociedade se
verifica através da edição de normas de toda espécie.

 DIVISÃO DE PODERES:
 Executivo,
 Legislativo e
 Judiciário

 NECESSIDADES: recursos materiais e humanos.

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É impossível imaginar a existência
de uma sociedade sem o Direito:

• “Ubi societas, ibi jus”

• “Onde está a sociedade, está o direito.


• Onde está o direito, está a sociedade.”

Pq?
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Conceito de Direito
A palavra “direito” vem do latim directum, que supõe a
ideia de regra, direção.

Juridicamente se considera direito como norma de


conduta social, garantida pelo poder político e
organizadora da sociedade em suas partes fundamentais,
de modo a serem atingidas determinadas finalidades.

O verdadeiro papel da Ciência do Direito é, mediante a


construção de uma teoria, procurar novas soluções para a
problemática social. (...)
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É um regramento de Conduta
O direito não existe sem sociedade.
Como norma de conduta, o direito atribui faculdade ou
poderes a uma parte e impõe à outra, obrigações.
 Portanto, o Direito se expressa por meio de normas que
enlaçam o direito de uma parte, com o dever de outra.
O direito é parte integrante da vida diária.

As regras de conduta ou normas obrigatórias são


necessárias para extinguir conflitos e criar uma certa
ordem entre as diversas pessoas de uma mesma
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sociedade. (...)
O Direito não constitui um fim, mas um meio
(direitos e deveres) para tornar possível a
convivência e o progresso social.

Sua característica é essencialmente humana, é um


instrumento para o convívio social. (...)

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Direito Natural
O homem sempre teve consciência de direitos
fundamentais decorrentes de sua natureza, que não
viessem de pactos, contratos, convenções ou tratados. De
uma certa forma existem tendências gerais, comuns a
todos os homens, de iguais emoções, impulsionando-os.
Atos humanos seriam acolhidos ou repudiados por uma
consciência coletiva, capaz, naturalmente de separar o
bem do mal, o certo do errado, o direito do torto, o justo
do injusto.
O direito natural é a ideia abstrata de direito, ou seja,
aquilo que corresponde ao sentimento de justiça da
17 comunidade. (...)
Os gregos criticavam as leis e mostravam-se céticos ao
direito, porque diziam que as leis eram feitas
exclusivamente com motivações políticas, e ditadas por
elas.

É famosa a passagem, que afirmavam que aquilo que é


natural, é em todos os lugares. O mesmo fogo, diziam,
que arde na Grécia arde na Pérsia, porém as leis vigentes
na Grécia divergem daquelas vigentes na Pérsia. Logo o
fogo é natural; o direito, simplesmente artificial.*
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Direito Positivo
Ao contrário do direito natural, o Direito Positivo é aquele
conjunto de regras elaboradas e vigentes num determinado
país em determinada época. São as normas, as leis, todo o
sistema normativo vigente no país.
Exemplo: Código Civil, Código Penal, Código Comercial,
Código de Defesa do Consumidor, Leis esparsas, etc.
DIREITO POSITIVO e DIREITO NATURAL
No direito positivo, por exemplo, uma lei, não obriga ao
pagamento de duplicata prescrita, ao passo que para o
direito natural esse pagamento seria devido e correto.

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5 realidades diferentes do Direito: é...
 Norma:  regra social obrigatória.

 Faculdade:  prerrogativa que o Estado tem de criar leis.

 Justo:  o que é devido por justiça.

 Ciência:  a sistematização teórica e racional do Direito.

 Fato Social: está ligado aos fatos econômicos,


artísticos, culturais, esportivos, etc.
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Norma
É o mandamento de um comportamento normal, extraído
do senso comum de justiça de cada coletividade.

Ex: pertence ao senso comum que não se deve matar,


roubar ou furtar, logo a ordem natural de conduta é não
matar, não roubar, não furtar, e assim por diante.

A norma, portanto, é uma regra proibitiva não escrita,


que se extrai do espírito dos membros da sociedade, isto
é, do senso de justiça do povo.
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Lei
É a regra escrita feita pelo legislador com a finalidade de
tornar expresso o comportamento considerado
indesejável e perigoso pela sociedade.

É o meio pelo qual a norma aparece e torna


obrigatória sua observância.

De acordo com o princípio da reserva legal, não há


crime sem lei que o descreva. Assim, a lei é
descritiva e não proibitiva. A norma sim é que proíbe.
(...)
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Leis são as regras que se estabelecem para disciplinar
o comportamento do homem na sociedade, realizando
o ideal de justiça, solucionando equilibradamente os
interesses individuais em conflito.

A lei se caracteriza pela bilateralidade, ou seja, por


enlaçar o direito de uma parte com o dever de outra,
por disciplinar uma relação social entre duas ou mais
pessoas (físicas ou jurídicas), na qual uma parte tem a
faculdade de exigir a observância do dever jurídico
imposto pela norma à outra parte. (...)

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A norma jurídica exerce pressão social sobre seus
destinatários, obrigando-os a observá-la.

A ameaça de aplicação de uma sanção, coloca o


destinatário da norma no seguinte dilema: observar
espontaneamente a regra de direito ou sofrer uma sanção
aplicada pelo Estado?

As normas jurídicas são diferentes das normas morais ou


religiosas, pois as últimas você aceita por sua vontade,
sem coerção.
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Características das Leis

a) Estabelecer justiça – a lei tem por finalidade


principal estabelecer justiça entre os homens. Seu
fundamento é dar a cada um o que é seu.

b) Impor deveres a uma parte – a lei impõe o


cumprimento de um dever ou obrigação a uma das
partes. Aquele que assumiu um compromisso terá de
cumpri-lo da forma e dentro do prazo estabelecido.
(...)
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c) Atribuir direitos à outra parte – a parte lesada
poderá exigir o cumprimento da obrigação imposta
à outra parte. Diante do descumprimento, o que foi
lesado pode exigir o cumprimento da obrigação na
forma e no prazo estabelecido.

d) Poder ser imposta pelo uso da força – se a norma


jurídica não for obedecida, o Estado poderá impô-la
pelo uso da força, visto que a parte prejudicada tem
o direito de pedir a aplicação das sanções previstas.
Exemplos: Condenação por perdas e danos ou
medida de busca e apreensão. (...)
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e) São de conhecimento geral – Há presunção
absoluta de que toda população conhece as normas.

Art. 3º do CC – “Ninguém se escusa de cumprir a lei,


alegando que não a conhece”.

Quanto à origem legislativa:


Federais;
Estaduais;
Municipais.
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Fontes do Direito
Fonte material: é o motivo pelo qual se cria uma
norma jurídica. O Direito não é um produto arbitrário
da vontade do legislador, mas uma criação que se
lastreia no querer social. É a sociedade como centro
de relações de vida, como sede de acontecimentos
que envolvem o homem, quem fornece ao legislador
os elementos necessários à formação dos estatutos
jurídicos. (...)

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Como causa produtora do Direito, as fontes materiais
são constituídas pelos fatos sociais, pelos problemas
que emergem na sociedade e são condicionados pelos
chamados fatores do Direito, como a Moral, a
Economia, a Geografia, etc.
As normas sempre nascem após os fatos.
As regras ou normas do Direito não nascem ao
acaso, mas sim da própria realidade de uma
sociedade, refletindo o seu sistema de valores e tendo
por finalidade estabelecer, para as pessoas que
formam a sociedade, ordem, equilíbrio e harmonia.

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Fontes formais: são meios pelos quais o Direito se
manifesta, são os meios pelos quais o Direito pode
ser conhecido. São os meios de expressão do direito,
as formas pelas quais as normas jurídicas se
exteriorizam.

As principais fontes formais do Direito são:


a) a lei,
b) o costume,
c) a doutrina e
d) a jurisprudência
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a) Lei – é a norma jurídica escrita, obrigatória e
executória, elaborada pelo legislador, ou seja, por
órgãos do Estado, dotados de poder legislativo
(assembleias legislativas, chefe de Estado). É,
portanto, fruto de elaboração consciente e refletida.

b) Costume – é o comportamento das pessoas de uma


sociedade. O costume nasce de uma prática geral,
espontaneamente, sem leis escritas, e que as
pessoas respeitam como uma regra natural e não
prevista em lei.

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c) Jurisprudência – todo processo tem uma sentença
final, que poderá ser alvo de recurso à uma
instância superior, ou seja, ao tribunal, que é
composto por um colegiado de juízes superiores
àqueles que julgou, chamados desembargadores. As
decisões dos desembargadores, se por várias vezes
entenderem a mesma decisão, passam a ser
respeitadas como normas jurídicas.

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d) Doutrina – é o conjunto de estudos sobre o direito.
Consiste nas lições e estudos originados dos
pareceres dos juristas ou jurisconsultos de notório
saber jurídico, que servem de base ao sistema do
direito.

Esse trabalho consiste em livros, comentários, aulas,


pareceres, monografias, etc., que abordem o estudo
de determinado assunto de direito.**

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Referências

BRASIL. Mini Código Civil. Obra coletiva de autoria


da Editora Saraiva. 9ª ed. São Paulo: Saraiva, 2003.
GARCIA, Gustavo Felipe Barbosa. Introdução ao
Estudo do Direito. 4ª ed. Rio de Janeiro: Método,
2016.
MARTINS, Sérgio Pinto. Instituições de Direito
Público e Privado. São Paulo: Atlas, 2003.
NADER, Paulo. Introdução ao Estudo do Direito.
38ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2016.
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