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01.Em dificuldade para saldar seus débitos, inclusive tributários, a sociedade Minimok
Ltda., decidiu cerrar suas portas sumariamente, deixando de dar baixa regular em seus
registros e obrigações comerciais e fiscais. Tomando conhecimento do fato, fiscais da
Receita Federal verificaram não ter sido recolhido o Imposto de Renda dos dois últimos
exercícios, tendo em consequência procedido ao lançamento. Notificada regularmente a
empresa, na pessoa de seu sócio-gerente, deixou de defender-se administrativamente,
correndo o processo administrativo-fiscal à revelia e culminando com a inscrição do
crédito tributário em dívida ativa e imediato ajuizamento da execução fiscal. Alertado
por seu antigo contador, o sócio-gerente aliena vários bens sociais.
c) É possível ao fisco determinar à instituição bancária que lhe forneça os dados das
movimentações da sociedade e do sócio gerente para buscar identificar as
irregularidades, independente de autorização judicial?
02- A União, por não ter recursos suficientes para cobrir despesas referentes a
investimento público urgente e de relevante interesse nacional, instituiu, por meio da
Lei Ordinária nº 1.234, publicada em 01 de janeiro de 2014, empréstimo compulsório.
O fato gerador do citado empréstimo compulsório é a propriedade de imóveis rurais e o
tributo somente será devido de maio a dezembro de 2014. Caio, proprietário de imóvel
rural situado no Estado X, após receber a notificação do lançamento do crédito
tributário referente ao empréstimo compulsório dos meses de maio a dezembro de 2014,
realiza o pagamento do tributo cobrado. Posteriormente, tendo em vista notícias
veiculadas a respeito da possibilidade desse pagamento ter sido indevido, Caio decide
procurá-lo (a) com o objetivo de obter a restituição dos valores pagos indevidamente.
Resposta: Deverá ajuizar ação de repetição de indébito, pois o empréstimo
compulsório é inconstitucional, uma vez que este tributo deve ser instituído por lei
complementar, conforme o Art. 148, caput, da CRFB/88. Sem falar na violação ao
princípio da anterioridade, uma vez que o empréstimo compulsório referente a
investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional somente
pode ser cobrado no exercício financeiro seguinte ao da publicação da lei, no caso
somente em 2015, conforme o Art. 148, inciso II c/c o Art. 150, inciso III, alínea b,
ambos da CRFB/88.
03- A pessoa jurídica Bom Porto S.A., domiciliada no Município A, prestou serviços
portuários no Município B, onde se localiza o Porto de Ferro. A pessoa jurídica não
realizou o pagamento do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza ¿ ISS, e os dois
Municípios lavraram auto de infração visando à cobrança do ISS.
A) Qual o Município competente para a cobrança do ISS? Justifique.
Resposta: Segundo o Art. 3º, inciso XXII, da Lei Complementar nº 116/2003, o
serviço considera-se prestado no local do porto, no caso dos serviços descritos pelo
item 20 da lista anexa (Serviços portuários, aeroportuários, ferroportuários, de
terminais rodoviários, ferroviários e metroviários). Sendo assim, o Município B,
onde se localiza o Porto de Ferro, é o competente para cobrança do ISS na
hipótese.
B) qual a medida judicial mais adequada para dirimir, na hipótese, o conflito de
competência tributária relativo ao ISS?
Resposta: A medida judicial mais adequada é a ação de consignação em
pagamento, nos termos do Art. 164, inciso III, do CTN.
04- Em 2015, devido a uma grande enchente que assolou o município X, foi aprovada
uma lei que reabria, por um ano, o prazo de pagamento do IPTU já vencido dos
contribuintes proprietários de imóveis localizados nas áreas atingidas pela enchente.
Com base nessa situação, responda aos itens a seguir.
A) qual o instituto tributário utilizado para ajudar os contribuintes das áreas mais
atingidas pela enchente? Justifique.
Resposta: O instituto é o da moratória, que é uma das modalidades de suspensão
de exigibilidade do crédito tributário. Caracteriza-se por ser uma prorrogação do
prazo de pagamento de tributo pelo ente competente para instituí-lo. Está previsto
no Art. 151, inciso I, e nos artigos 152 a 155, todos do CTN.
B) A lei poderia ter delimitado a aplicação desse instituto a apenas um conjunto de
sujeitos passivos, como fez neste caso, aplicando-o somente aos contribuintes das áreas
mais atingidas? Justifique.
Resposta: Sim, a lei que institui a moratória pode delimitar os sujeitos passivos que
dela se beneficiarão, na forma do Art. 152, parágrafo único, do CTN.
05- A respeito da certidão de dívida ativa, assinale a alternativa correta:
a) A Fazenda Pública, na execução fiscal, só poderá substituir a Certidão da Dívida
Ativa para a correção de erro material e formal, podendo modificar o sujeito passivo da
execução.
b) A Fazenda Pública, na execução fiscal, só poderá substituir a Certidão da Dívida
Ativa até a prolação da sentença de embargos, em qualquer hipótese.
c) (X) A Fazenda Pública, na execução fiscal, poderá substituir a Certidão da
Dívida Ativa até a prolação da sentença de embargos, quando se tratar de correção
de erro material e formal, vedada a modificação do sujeito passivo da execução.
d) A Fazenda Pública, ajuizada a execução fiscal, só poderá substituir a Certidão da
Dívida Ativa até a citação do devedor.
e) A Fazenda Pública, na execução fiscal, poderá substituir a Certidão da Dívida Ativa,
mesmo após a sentença de embargos, enquanto não transitar em julgado e modificar o
sujeito passivo da execução.
06 - Sobre a prescrição e a decadência em matéria tributária, assinale a alternativa
CORRETA.
(X)A suspensão da exigibilidade do crédito tributário na via judicial não
impossibilita a Fazenda Pública de proceder à regular constituição do crédito
tributário com vistas a prevenir a decadência do direito de lançar.
O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 05 (cinco)
anos, contados da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por
vício material, o lançamento anteriormente efetuado.
O protesto de certidão de dívida ativa é causa interruptiva da prescrição tributária.
O termo inicial da prescrição tributária é a data da constituição definitiva do crédito, que
se dá, nos casos de lançamento de ofício, no primeiro dia do exercício financeiro
seguinte ao do lançamento.
Declarado e não pago o tributo sujeito a lançamento por homologação, tem-se como
início do prazo decadencial de 05 (cinco) anos o dia do vencimento da obrigação.