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Súmula 558: “Em ações de execução fiscal, a petição inicial não pode ser indeferida
sob o argumento da falta de indicação do CPF e/ou RG ou CNPJ da parte executada.”
Súmula 559: “Em ações de execução fiscal, é desnecessária a instrução da petição
inicial com o demonstrativo de cálculo do débito, por tratar-se de requisito não
previsto no art. 6º da Lei n. 6.830/1980. (Porque é lei especial. Ainda que o CPC/15
exija isso, a LEF não exige)”
Procedimentos na LEF
• Regularidade da inscrição: efeitos –– presunção relativa (art. 3º):
Art. 3º - A Dívida Ativa regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez.
Parágrafo Único - A presunção a que se refere este artigo é relativa e pode ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do
executado ou de terceiro, a quem aproveite.
O crédito é certo e líquido, possui valor definido.
A medida cautelar fiscal é ação própria do Fisco, prevista na Lei n. 8.397/1992, e que pode ser
intentada pelos entes políticos tributantes.
Conforme a lei, para a concessão da medida cautelar fiscal, em regra, deve haver prova literal da
constituição do crédito fiscal e prova documental de que o contribuinte esteja tentando se furtar
fraudulentamente ao adimplemento tributário.
Vale ressaltar que o par. único do ART. 1 da Lei traz duas hipóteses em que o requerimento da
cautelar independe da prévia constituição do crédito tributário:
i) quando o sujeito passivo, notificado a recolher o tributo, põe ou tenta por seus bens em nome de
terceiros;
ii) quando o devedor aliena bens sem comunicar ao Fisco, nos casos em que a lei assim exigir.
– A decretação da medida cautelar fiscal acarreta, de imediato, a indisponibilidade dos bens do
requerido, até o limite da satisfação da obrigação.
– O arrolamento administrativo, por sua vez, consiste no procedimento de inventário dos bens e
direitos do sujeito passivo de obrigação tributária sempre que o valor dos créditos de sua
responsabilidade for superior a 30% de seu patrimônio conhecido.
– Com previsão na Lei n. 9.532/1997, o arrolamento de bens está intimamente relacionado à medida
cautelar fiscal, servindo-lhe de substrato.
– O STJ já decidiu que o arrolamento configura apenas um cadastro em favor do
Fisco, permanecendo o contribuinte no pleno gozo dos atributos da propriedade (REsp
1.217.129-SC, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, DJe 21/11/2016).
Da ação de repetição de indébito
tributário
O contribuinte possui o direito material de ser ressarcido em valor pago indevidamente ou a mais, a teor
do que preceitua o artigo 165 do CTN, possui o direito de ser ressarcido por pagamento indevido, logo,
possui o direito processual de ajuizar ação de repetição de indébito tributário, uma vez atendidos os
demais requisitos e pressupostos processuais e condições da ação.
O interesse processual deriva da necessidade de obter um provimento jurisdicional que lhe autorize a
obter de volta a quantia despendida indevidamente.
O Código Tributário Nacional (CTN) prevê, em seu artigo 165, as hipóteses em que o contribuinte possui
o direito à repetição de indébito.
A ação visa restituir o contribuinte ao seu estado anterior de riqueza ou capacidade contributiva, como
imperativo de Justiça, verdade ideal de Justiça e de equidade.
Tem legitimação ativa todo aquele que suportou o ônus da cobrança, isto é, aquele que, evidentemente
sem suporte legal, sofreu redução em sua capacidade contributiva. A legitimação passiva da ação de
repetição do indébito é do sujeito ativo da obrigação.
Todavia, extingue-se o direito de pleitear a restituição após o decurso do prazo de 5 anos, contados: da
data da extinção do crédito tributário, nas hipóteses dos incisos I e II, do artigo 165, do Código Tributário
Nacional; da data em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou passar em julgado a decisão
judicial que tenha reformado, anulado, revogado ou rescindido a decisão condenatória, na hipótese do
inciso III do referido artigo 165. É o que dispõe o artigo 168 do CTN.