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CURSO DE DIREITO
ESTUDO DIRIGIDO 09
Este Estudo Dirigido foi respondido com base nas seguintes obras:
• Caliendo, Paulo Curso de direito tributário / Paulo Caliendo. – 2. ed. – São Paulo:
Saraiva Educação, 2019
O rol das hipóteses de extinção do crédito tributário previsto pelo art. 156 do
CTN é taxativo, pois assim estabelece o art. 141 do mesmo código, o qual traz a seguinte
redação:
Entretanto, para a autora Regina Helena Costa, o art. 156 não é exaustivo, já que
não cita algumas espécies gerais de extinção das obrigações. Em suas palavras:
Sendo assim, é possível afirmar que o sujeito passivo ainda deve pagar pelo
tributo, mesmo que seja imposta uma penalidade a ele, isto é, nesse caso, o contribuinte
infrator deve pagar tanto pela penalidade, quanto pelo tributo. Logo, o sujeito passivo que
cometer uma infração tributária pagará não só pela pena, mas também pelo tributo, já que
a existência da primeira não causa a extinção do crédito tributário.
Caso a lei que institui o tributo não determine o tempo do pagamento, o seu
vencimento de tal crédito dá-se 30 (trinta) dias após a data em que o contribuinte receber
a notificação do lançamento. Isso está previsto no art. 160 do Código Tributário Nacional:
Contudo, para isso ocorrer, deve-se seguir, em ordem, as regras previstas nos
incisos do artigo, os quais são:
Art. 163.
I - em primeiro lugar, aos débitos por obrigação própria, e em
segundo lugar aos decorrentes de responsabilidade tributária;
II - primeiramente, às contribuições de melhoria, depois às taxas
e por fim aos impostos;
III - na ordem crescente dos prazos de prescrição;
IV - na ordem decrescente dos montantes.
O art. 173, caput, CTN, determina que o prazo decadencial para o lançamento
do crédito é de 05 (cinco) anos e o inciso I do dispositivo determina a regra geral de
contagem desse prazo.
Sendo assim, conclui-se que o prazo decadencial de 05 (cinco) anos será contado
a partir do primeiro dia do exercício fiscal subsequente ao exercício fiscal em que o
lançamento poderia ter sido realizado.
15. Qual o prazo de prescrição do crédito tributário e qual seu termo a quo.
Sobre esse tributo, a doutrinadora Regina Helena Costa opina, nos seguintes
termos:
“Pensamos que a inteligência do dispositivo é prestigiar o atributo
da certeza do crédito do contribuinte, objeto de impugnação
judicial, de modo a qualificá-lo para efeito de compensação.
Assim, se o direito de crédito do contribuinte não se revestir da
certeza outorgada mediante a imutabilidade dos efeitos da decisão
judicial (coisa julgada material), a compensação não poderá ser
efetuada.” (COSTA, Regina Helena; 2019)
A transação na esfera do Direito Tributário, por sua vez, não se assemelha muito
com aquela regulamentada pelo Direito Civil, sendo que a principal diferença se
concentra no fato de que a transação tributária não é um contrato.
Art. 171. A lei pode facultar, nas condições que estabeleça, aos
sujeitos ativo e passivo da obrigação tributária celebrar transação
que, mediante concessões mútuas, importe em determinação de
litígio e consequente extinção de crédito tributário.