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Suspensão do Crédito Tributário, Extinção do Crédito Tributário e Exclusão do

Crédito Tributário

1. Quais as hipóteses de suspensão, extinção e exclusão do crédito tributário?


Explique com suas próprias palavras, em apertada síntese, cada uma delas.
R.: As hipóteses de suspensão se encontram no art. 151 do CTN e que assim os
dispõem:
Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:
I - moratória;
II - o depósito do seu montante integral;
III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis
reguladoras do processo tributário administrativo;
IV - a concessão de medida liminar em mandado de
segurança.
V - a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em
outras espécies de ação judicial;
VI - o parcelamento.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o
cumprimento das obrigações assessórios dependentes da
obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela
conseqüentes.
No que se refere a extinção, as hipóteses estão presentes no art. 156 do CTN:
Art. 156. Extinguem o crédito tributário:
I - o pagamento;
II - a compensação;
III - a transação;
IV - remissão;
V - a prescrição e a decadência;
VI - a conversão de depósito em renda;
VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento
nos termos do disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º;
VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no
§ 2º do artigo 164;
IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a
definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser
objeto de ação anulatória;
X - a decisão judicial passada em julgado.
XI - a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e
condições estabelecidas em lei.
Parágrafo único. A lei disporá quanto aos efeitos da extinção
total ou parcial do crédito sobre a ulterior verificação da
irregularidade da sua constituição, observado o disposto nos
artigos 144 e 149.
Por último a exclusão do crédito tributário surge aundo o lançamento é excluído do
processo da obrigação, de maneira que esse crédito tributário não será formado
enquanto a lei que o exclui está vigente. As formas de exclusão do crédito tributário
são a isenção e a anistia.
2. Quais os efeitos da suspensão da exigibilidade do crédito tributário?
R.: A suspensão da exigibilidade do crédito tributário acarreta a impossibilidade
de serem tomadas ações voltadas a cobrança do ônus, por não correr prazo
prescricional enquanto a causa suspensiva estiver perdurada.
3. Qual a diferença existente entre remissão, isenção, imunidade e anistia? Em sua
opinião, é correto, lógica e tecnicamente, como faz o CTN em classificar a isenção
como modalidade de “exclusão do crédito tributário”? Justifique.
R.: A remissão se trata do perdão total ou parcial de crédito tributário, é o ato de
perdoar a dívida. A isenção é a dispensa de pagamento de tributo devido ao fato da
ocorrência de seu fato gerador. A imunidade tributária é limitação imposta pela
constituição ao poder de tributar dos entes públicos, onde certos entes não dever
ser obrigados a recolher tributos, devido a sua atividade exercida. Já a anistia se
trata de perdão legal das penalidades pecuniárias, onde se há a dispensa do
pagamento de tributo e ocorre anteriormente ao lançamento de multa.
Sim, é correto que a isenção seja modalidade de exclusão do crédito
tributário. A isenção ocorre quando a lei determina que o contribuente deixe de
pagar a respectiva obrigação tributária mesmo que haja o fato gerador do tributo,
portanto, à exclusão do crédito tributário.
Nesse elastério, impõe o caput do artigo 173 do CTN que o prazo decadencial para
constituição do crédito tributário será de 5 anos, veja-se: “o direito de a Fazenda
Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 anos”.
Quanto ao início da contagem do prazo decadência, há que se levar em o tipo de
lançamento, uma vez que a depender do tipo em análise haverá alteração da regra
do início da contagem do prazo.
Nos casos de lançamento de ofício e por declaração (hipóteses em que depende do
Fisco agir), temos por regra geral que o prazo será iniciado no primeiro dia do
exercício seguinte àquele de que o lançamento poderia ser efetuado. Logo,
independentemente da data da ocorrência do fato gerador, a contagem do prazo
decadencial se inicia no primeiro dia útil do ano seguinte.
Contudo, vale ressaltar que não basta ao Fisco lançar, deve, igualmente, notificar o
contribuinte dentro do prazo decadencial.
Além disso, devemos nos atentar à hipótese da regra do novo prazo, pelo qual se
inicia o prazo decadencial a partir da data em que se torna definitiva a decisão que
houver anulado por vício formal o lançamento anteriormente efetuado. De tal modo,
o termo inicial se dá da data da notificação da anulação.
Importante, nesse particular, que apenas gerará novo prazo se a anulação for
decorrência de vício for formal, pois o prazo decadência decorrente da anulação de
vício material é regido pela regra geral.
5. Qual o lapso temporal do prazo prescricional? Qual o marco inicial e final do
lustro prescricional?
Depois de lançado ou constituído o tributo, nao havendo pagamento, o CTN fixa o
prazo prescricional de 05 anos para que a fazenda, possa ajuizar a execução fiscal.
A data de inicio tambem depende de diversos fatores, tais como, se houver ou nao
defesa e recurso administrativo, se houver pagamento parcial do débito, se houve
confissao da divida e parcelamento, dentre outras circunstâncias que podem
suspender ou interromper o curso de prazo prescricional.

6. Existe prescrição durante o trâmite do processo no âmbito administrativo ?


Justifique. E no âmbito do processo judicial? Justifique
Após o ajuizamento da execução fiscal, o prazo prescricional pode voltar a fluir,
dando origem ao que chamamos de “prescrição intercorrente”.
Em 2005 o Superior Tribunal de Justiça emitiu a súmula 314, definindo que: “ Em
execução fiscal, não localizados bens penhoráveis, suspende-se o processo por um
ano, findo o qual se inicia o prazo da prescrição quinquenal intercorrente.”
Todavia, permaneceu a dúvida sobre quando se iniciaria a aludida suspensão de 1
(um) ano, o que, como visto, influencia diretamente no termo inicial da prescrição
intercorrente. Também permaneceu o impasse sobre como e em que condições se
daria o fluxo do prazo e a consumação da prescrição intercorrente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
AMARO, Luciano. Direito Tributário Brasileiro. 20ª ed. São Paulo: Saraiva. 2014.

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