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Questões
1. Qual a natureza jurídica da execução fiscal e da medida cautelar fiscal? Identificar
o fundamento e os requisitos legais da medida cautelar fiscal, bem como apontar
qual o momento oportuno para a sua propositura. (Vide anexos I e II)
Não possui esse condão por ausência de previsão legal. Pode, contudo,
suspender a execução caso, por meio da análise do juiz, entenda-se que ela preencheu
os requisitos da tutela provisória.
(g) A oposição de exceção de pré-executividade impede o ajuizamento de embargos
à execução fiscal?
Não, uma vez que a exceção não é uma ação e que o mesmo juiz da execução
julga a exceção, bem como os embargos, não há litispendência bem como risco de
decisões divergentes.
Os arts. 914 e 915 do CPC não se aplicam às execuções fiscais. Isso ocorre
porque o CPC é norma geral tem aplicação subsidiária em execuções fiscais, de modo
que prevalecem as disposições da norma especial, isto é, a Lei de Execuções Fiscais
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(b) Na execução fiscal, ao executado ainda persiste o direito de, no prazo de 5 dias
da sua citação, “garantir a execução”? Justifique sua resposta.
Para haver a abertura de prazo para embargos deve ocorrer evento que
garanta de modo substancial o direito da fazenda, é o que se pode extrair do art. 16
da LEF:
Art. 16 - O executado oferecerá embargos, no prazo de 30 (trinta) dias, contados:
I - do depósito;
II - da juntada da prova da fiança bancária ou do seguro garantia;
III - da intimação da penhora.
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Desse modo, uma vez que o 185-A do CTN possui natureza acautelatória,
não possui o condão de abrir o prazo para a apresentação de embargos à execução.
Por outro lado, se a questão também requer a análise do BACENJUD, este abre
prazo para embargos visto que proporciona satisfação ao direito de crédito da
fazenda.
(c) Quais seus pressupostos e limites legais? É necessária demonstração por parte
da Fazenda de que inexistem outros bens capazes de garantir a dívida? Ou aplica-
se o art. 854 do CPC/15 (admite a constrição de ativos financeiros sem a prévia
ciência do executado)? (Vide anexo IV e V)
São requisitos para a aplicação do art. 185-A do CTN: (i) citação do devedor
tributário; (ii) inexistência de pagamento ou apresentação de bens à penhora no
prazo legal; e (iii) a não localização de bens penhoráveis após esgotamento das
diligências realizadas pela Fazenda. Segundo o STJ em repetitivo, caracteriza-se
esgotamento das diligências quando houver nos autos (a) pedido de acionamento do
Bacen Jud e consequente determinação pelo magistrado e (b) a expedição de ofícios
aos registros públicos do domicílio do executado e ao Departamento Nacional ou
Estadual de Trânsito – DENATRAN ou DETRAN. Entendimento que me parece
razoável diante das possibilidades de medidas executivas da Fazenda.
Sobre a possibilidade de penhora online do BACENJUD, cabe a penhora
antes da citação na forma do art. 854 do CPC.
Uma vez que os arts. 7 e 15 da LEF não fazer a exigência de o seguro ser de
30% a mais do valor do débito, não é aplicável tal exigência prevista no CPC. Como
norma especial, a LEF prevalece sobre o CPC.
b) uma vez instaurado o IDPJ, a defesa apresentada pelo sócio ou pessoal jurídica
que se pretende atribuir responsabilidade pela obrigação tributária pode versar
sobre o mérito da cobrança (inexigibilidade do crédito tributário), ou apenas sobre
a ilegitimidade de sua responsabilização patrimonial pela dívida objeto da
execução fiscal?
Diante o IDPJ, cabe ao sócio ou PJ apenas tratar sobre a atribuição de
responsabilidade. Permitir que trate sobre toda e qualquer matéria seria como se
utilizar do incidente como embargos à execução, os quais possuem o requisito da
garantia.
8. Em sua opinião, para que a execução fiscal seja proposta já com o sócio no pólo
passivo (seu nome consta na certidão de dívida ativa) é necessário que tenha
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