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Causas Suspensivas
• Pode ocorrer, entretanto, um fato novo que venha a adiar o pagamento. Trata-se
das causas suspensivas da exigibilidade do crédito tributário (ato ou fato a que a
lei atribui o efeito de retardar a exigibilidade da cobrança do referido tributo).
Espécies
• Tais causas estão previstas no art. 151 do Código Tributário Nacional e são
(obs.: alteração pela Lei Complementar n. 104, de 10.1.2001):
MO DE RE CO PA
• · moratória;
• · depósito do seu montante integral;
⚫ Em regra, se a lei não fixa prazo para o recolhimento do tributo, será ele de 30 dias, a
contar da regular notificação do lançamento. Só a lei pode conceder moratória,
prorrogando aquele prazo (lei formal: princípio da legalidade e da indisponibilidade do
interesse público); lei essa da pessoa política competente para criar o tributo.
⚫ Cada ente político só pode conceder moratória de seus próprios tributos. Para uma
corrente doutrinária, o art. 152, inc. I, “b”, do Código Tributário Nacional é
inconstitucional (fere os princípios federativo, da autonomia municipal e da autonomia
distrital). Nesses termos, vide art. 151, inc. III, da Constituição Federal.
⚫ O art. 38 da Lei das Execuções Fiscais estabelece que a ação anulatória do débito
fiscal deve ser precedida pelo depósito integral do montante a ser discutido. Esse
artigo é inconstitucional e fere o princípio da igualdade e o princípio da
universalidade da jurisdição, pois discrimina o contribuinte que não tem
possibilidade financeira de depositar o valor, impedindo-o de ter acesso à prestação
jurisdicional (assim, o contribuinte com condições de depositar teria acesso ao
judiciário e o contribuinte carente dessas condições teria seu acesso ao judiciário
tolhido).
⚫ O Poder Judiciário declarou letra morta essa parte do art. 38: Súmula 247 do extinto
TRF: “Não constitui pressuposto da ação anulatória do débito fiscal o depósito de
que cuida o art. 38 da Lei n. 6.830, de 1980”.
⚫ Qualquer decisão administrativa pode ser revista pelo Poder Judiciário, bastando
que a parte sucumbente ingresse com a devida ação (não há trânsito em julgado
de decisões administrativas no Brasil). Enquanto o recurso administrativo estiver
tramitando, fica suspensa a exigibilidade do crédito tributário.
• novo inciso evidencia o que já vinha sendo reclamado pelos juristas e estava
sendo reconhecido pela jurisprudência: as medidas liminares e a antecipação
de tutela, concedidas em qualquer tipo de ação judicial, possuem o condão de
suspender a exigibilidade do crédito tributário.
Parcelamento
⚫ - Pagamento
⚫ - Compensação
⚫ - Transação
⚫ - Remissão
⚫ - Prescrição e Decadência
⚫ - Consignação em pagamento
⚫ - dação em pagamento
Rol Taxativo?
⚫ O artigo 146, III, b, CF trata das normas gerais de direito tributário, matéria
esta que inclui a disciplina do crédito tributário e, conseqüentemente, das
formas de sua extinção. Tais normas gerais são normas-quadro, ou seja,
orientação, jamais supressão de competência aos legisladores dos entes
federativos. Assim, cabe a própria lei da pessoa federativa competente
para instituição de determinado tributo dispor, de forma exaustiva, sob de
que forma o crédito tributário pode ser extinto.
⚫ Com isso, não é forçoso concluir que o rol de causas extintivas dispostas
pelo legislador no artigo 156 do CTN não é taxativo ou exaustivo, ao
contrário, é possível que os entes federativos dentro de suas esferas de
poder disponham ou criem outras formas de extinção do crédito
tributário.
Pagamento
⚫ O pagamento deve ser interpretado no seu sentido estrito, por se tratar a obrigação
tributária de obrigação pecuniária.
⚫ Prova do Pagamento – artigo 158, CTN - O artigo quer significar que o pagamento
da última parcela ou de uma não importa na presunção de pagamento das
prestações anteriores, inversamente portanto do que ocorre no Direito Privado (art.
322, CC). Exemplo: IPTU – o pagamento da última parcela não faz presunção da
quitação das anteriores. O inciso II do artigo 158 dispõe sobre a impossibilidade de
se considerarem quitados outros créditos referentes a um tributo pela só quitação
ou cumprimento de uma de suas obrigações pecuniárias. Exemplo: Pode o
contribuinte do IR pagar somente o valor principal, sem quitar as demais como a
relativa a correção monetária e multas.
⚫ Espécies de Compensação:
⚫ Autores da linha de Paulo de Barros afirmam ser cabível tanto na via judicial como
na administrativa, por a lei se referir a litígio que pode ser entendido de forma
ampla e não restritamente.
⚫ Significa remir, perdoar a dívida por parte do credor que renuncia a direito.
⚫ Uma vez reconhecida a remissão de um crédito tributário este não mais será
objeto de cobrança pelo credor; a remissão atinge o crédito em qualquer fase
de cobrança, ou seja, antes do lançamento, após o lançamento, na fase de
cobrança executiva ou mesmo após o trânsito em julgado de decisão
administrativa ou judicial.
⚫ Em linha de princípio, há que se atentar que existe mais de uma forma de ser
contado o prazo dependendo do tipo de lançamento levado a efeito.
Consignação em Pagamento:
⚫ Quando declara a inexistência de uma relação jurídica tributária, seja por qual motivo for.
ISENÇÃO ANISTI
⚫ Boa parte da doutrina, capitaneada por José Souto Maior Borges e Alfredo Augusto Beker,
entende que a norma isentante incide para que a norma de tributação não possa incidir.
⚫ Como regra, a lei isencional ou anistiadora será ordinária. Pode, entretanto, a LC isentar?
⚫ Sim, desde que o tributo passível de instituição por Lei Complementar seja dispensado
pela própria Lei Complementar, norma de idêntica estatura, em abono ao princípio da
hierarquia das leis e da legalidade.
⚫ As isenções de ICMS são veiculadas por meio de Convênios – atos celebrados pelos
representantes do Poder Executivo no Âmbito do CONFAZ.
⚫ É fácil perceber que tal ato carece de ratificação do Poder Legislativo a luz do Processo
Legislativo para se revestir de eficácia.
⚫ É sabido que o instrumento ratificador adequado se traduz no Decreto Legislativo e não por
Decreto propriamente dito – instrumento estranhamente usado para a celebração de
convênio. È atecnia ou paradoxo que merece nossa reflexão.
⚫ A anistia, em outro giro, tem eficácia retrospectiva, abrangendo situações pretéritas (ex
tunc). De fato, a norma anistiadora objetiva retirar o inadimplente do rol de pessoas
impontuais, quando ele, descumprindo uma obrigação tributária, viu-se na iminência de ser
multado.
⚫ A anistia e a isenção designam favores legais antecedem afigura do lançamento, uma vez
que são causas excludentes do Crédito Tributário. Caso tenhamos o tributo ou a multa
lançada, o perdão que suceder ao lançamento receberá o nome de remissão – verbo
remitir.
⚫ O artigo 151, III da CF/88 proíbe a União de isentar tributos estaduais e municipais. Trata-
se de um princípio constitucional que preconizam as regras das isenções autonômicas.
⚫ Artigo 156, § 3º, II da CF/88: cabe À lei complementar federal (LC 116/03) isentar as
exportações de serviços para o exterior quanto ao ISS.
⚫ Boa parte da doutrina tem entendido que a letra “a” – ICMS – deixou de representar uma
heteronomia quando a E.C./42 ampliou os efeitos do artigo 155, § 2º, X “a”, afastando a
incidência de ICMS para todos os bens exportados.
⚫ Sim, pois a União quando celebra o acordo por meio do Presidente da República (art.84,
VIII), manifesta-se como pessoa política internacional, na defesa dos interesses sabedores
da nação, diante dos demais países signatários.
⚫ Memorize, portanto, que a União não se mostra como Pessoa Jurídica de Direito Público
Interno, sob pena de macular o princípio ora estudado. Por fim, pode-se afirmar qu o
tratado apresenta no campo isencional, uma heteronomia. Exemplos: Tratado de Itaipu –
1973 (Brasil e Paraguai); Tratado de Montevidéu – 1980 (gasoduto Brasil - Bolívia).