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Faculdade de Direito
4o Ano
Direito Administrativo-I
Tema:
Abilio Félix
Beira
UNIVERSIDADE ZAMBEZE FACULDADE DE DIREITO
Março de 2022
I. INTRODUÇÃO......................................................................................................3
3.3. Teoria Geral adoptada e Sobre a Questão das Fontes de Direito Administrativo. .6
IV. CONCLUSÃO......................................................................................................18
V. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................19
UNIVERSIDADE ZAMBEZE FACULDADE DE DIREITO
I. INTRODUÇÃO
Além disso, realce-se o facto de estarmos perante uma área do direito que
vive não apenas de normas verticais, que tratam directamente matérias como o
ambiente, directamente aplicáveis, em termos imperativos ou subsidiariamente, mas
também de normas de direito judiciário e processual, o Estatuto dos Tribunais
Administrativos e Fiscais e Código de Processo nos Tribunais Administrativos, o que
significa que, nos termos dos critérios distintivos tradicionais, é enformado por normas
quer de natureza orgânica, quer substantivas, quer processuais, e cujas fontes e seus
regimes jurídicos diversos adquirem relevo maior ou menor, mas que importa destacar e
situar. Vamos estudar primeiro, sinteticamente, a teoria geral das fontes de direito e
depois apontaremos alguns diplomas fundamentais que se lhe referem e abordaremos o
papel das outras fontes, sejam as internas (geradas no âmbito da comunidade nacional)
sejam as comunitárias europeias e as internacionais (geradas no âmbito supranacional
da União Europeia ou da sociedade internacional em geral).
Com efeito, segundo o Código Civil (artigos 1.º a 4.º, com estatuições com
pretensão nesta matéria, a assumir uma natureza materialmente constitucional; de
regulação exclusiva das fontes), a principal fonte imediata era a lei e previam-se
como fontes mediatas, dependente da vontade da lei (ou seja, existentes na medida em
que do legislador lhe conferisse tal qualidade), os assentos, os usos e a equidade (apesar
de não se compreender tal integração, pois esta não é fonte de factos normativos, mas
apenas um modo de decisão meramente casuística, ou seja, recurso admissível, em
certas situações, para casos individuais e concretos).
de reflexão das doutrinas correntes, de que não conseguem afastar-se (por vezes,
afirmando o direito a partir de textos e dogmas não jurídicos, mesmo que respeitáveis),
até chegarem, finalmente, em sede de antinomias jurídicas a concluir, em sede de regras
de hierarquização aplicativa das normas, que as cientificamente válidas o são apenas
para os tribunais, mas não para a Administração Pública, ou seja, que a Administração
Pública deve aplicar um direito diferente do dos tribunais e, portanto, também daquele a
que estão sujeitos os administrados, numa construção dual, pretensamente científica, em
que o direito poderia, ao mesmo tempo, ser e não ser, pois que o cidadão, em caso de
conflito de normas ou de sucessão de normas ou de cumulação de normas de poderes
diferentes, não poderia deixar de procurar reger-se pela norma que deve ser aplicável,
mas em que a Administração Pública teria que aplicar normas diferentes realmente e
não aplicáveis, porque pautando-se essencialmente pelo princípio lex posterior ou,
quando muito, lex specialis, com desprezo em geral da supremacia da norma
constitucional, do DIP e do DUE, para que caiba depois aos tribunais, nos poucos casos
que aí vão parar, intervirem para repor a verdadeira legalidade, aplicando as normas que
devem ser cientificamente aplicáveis.
questão seja colocada ao e resolvida pelo órgão máximo do ministério (ou de pessoa
colectiva em causa), tudo sem prejuízo do direito normal de impugnação pelo
destinatário, público ou privado, da decisão que não aplique a norma tida como
inconstitucional, para o tribunal administrativo competente.
De qualquer modo, esclareça-se que o termo fonte de direito, será aqui usado, não
no sentido corrente em direito comunitário, de modo de produção ou revelação de actos
impositivos, mas de modos de produção (criam uma norma ou alteram e extinguem
normas existente; carácter inovador, natureza constitutiva da norma) e de modos de
revelação (dão a conhecer pela primeira vez, em si ou no seu conteúdo, direito pré-
existente; sem carácter inovador, mas meramente declarativo) de uma parte desse actos,
as normas jurídicas.
que significa que, onde o costume se impuser, ele será fonte autónoma de direito, de
aplicação preferente à lei, sem prejuízo da possibilidade de revogação recíproca
casuística. A questão que importa dirimir é a de saber se o costume é uma fonte
primária do direito, nos termos da definição perfunctória, dada acima, ou não?
No domínio do direito público, basta que se entenda que uma norma positiva
contrária já não é aplicável, exigível, para desde logo, sem mais indagações, devermos
considerar estarmos perante um costume. O animus (opinio juris vel necessitatis), que
é a convicção da obrigatoriedade (regras impositivas) ou da licitude (regras
permissivas). Posto isto, vejamos as diferentes espécies de costumes, para podermos,
desde já, manejar os diferentes conceitos.
IV. CONCLUSÃO
Contudo, com esse cenário caótico das fontes de direito administrativo, cenário
que poderia ser recheado com mais uma centena de factores e variáveis, abre espaço
para tragédias no funcionamento da Administração Pública. A primeira delas é a
dificuldade, já mencionada, de se identificar o bloco normativo correcto a reger uma
determinada conduta estatal. A segunda, conexa à primeira, é a multiplicação dos erros
ocasionados pela escolha incorrecta das fontes e das normas aplicadas ao caso concreto.
Tais erros, não raro, elevam a necessidade de anulação e revogação de actos da
Administração e actos administrativos, aumentando gastos públicos e, pior, criando
insegurança nas relações entre entes estatais, bem como entre o Estado e os cidadãos
V. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS