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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO SINODAL

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS


CURSO DE SOCIOLOGIA

TRABALHO INDIVIDUAL
DE
INTRODUÇÃO AO DIREITO

TEMA: FALE SOBRE AS FONTES DO DIREITO.

a) FONTES IMEDIATAS
b) FONTES MEDIATAS

Elaborado Por: Domingos Dala Missi

CURSO: SOCIOLOGIA
3º ANO
PÓS-LABORAL

O Docente
_______________________________
Lic. Wanderlei Disso Manuel Martins

Matala / 2020
Índice

INTRODUÇÃO......................................................................................................1

FONTES DO DIREITO: FONTES IMEDIATAS E FONTES MEDIATAS.............2

FONTES IMEDIATAS E FONTES MEDIATAS....................................................2

a) Imediatas....................................................................................................3

b) Mediatas........................................................................................................3

CONCLUSÃO.......................................................................................................5

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................6
INTRODUÇÃO

O presente faz parte da cadeira de introdução ao Direito e tem como


tema: Fontes do Direito: Fontes Imediatas e Fontes mediatas.

Sabendo antes que: Fonte do Direito é de onde provêm o direito, a


origem, nascente, motivação, a causa das várias manifestações do direito.  Nas
palavras de Miguel Reale (2003), Fontes do Direito são “processos ou meios
em virtude dos quais as regras jurídicas se positivam com legítima força
obrigatória”. Já para Hans Kelsen (2009) é “o fundamento de validade da
norma jurídica, decorre de uma norma superior, válida.”

Quando se fala em fontes do Direito, quer-se com esta expressão


jurídica referir ao processo como o direito é formado e revelado, enquanto
conjunto sistematizado de normas, com um sentido e lógica próprios,
conformador e disciplinador da realidade social de um Estado.

Tradicionalmente, são apontadas como fontes do Direito, a lei, o


costume, a jurisprudência, a equidade e a doutrina. Actualmente, tem sido
defendido também que os princípios fundamentais de Direito constituem fonte
do Direito.

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FONTES DO DIREITO: FONTES IMEDIATAS E FONTES
MEDIATAS
O termo “fonte do direito“ é empregado metaforicamente, pois em
sentido próprio fonte é a nascente de onde brota corrente de água. Justamente
por ser uma expressão figurativa tem mais de um sentido. (MOEZIO 2016).

“Fonte jurídica” seria a origem primária do direito, confundindo-se com o


problema da gênese do direito. Trata-se da fonte real ou material do direito, ou
seja, dos fatores reais que condicionaram o aparecimento da norma jurídica.

Fontes do direito" é uma expressão utilizada no meio jurídico para se


referir aos componentes utilizados no processo de composição do direito,
enquanto conjunto sistematizado de normas, com um sentido e lógica próprios,
disciplinador da realidade social de um estado. Em outras palavras, fontes são 
as origens do direito, a matéria-prima da qual nasce o direito.

As fontes têm várias classificações possíveis: podem ser voluntárias e


involuntárias, materiais ou formais; as formais, por sua vez, podem ser
imediatas e mediatas.

FONTES IMEDIATAS E FONTES MEDIATAS.

As fontes imediatas do Direito constituem aqueles factos que, por si só,


são considerados enquanto factos geradores do Direito. No Direito nacional,
temos como fonte imediata do Direito as leis, compreendendo-se, nesta
definição, a Constituição, as leis de revisão constitucional, as leis ordinárias da
Assembleia da República, e os decretos-lei do Governo, entre outros.

Enquanto fontes mediatas do Direito, cuja relevância resulta de forma


indireta para a construção do Direito, surgem-nos a jurisprudência (conjunto de
decisões relativas a casos concretos que exprimem a orientação partilhada
pelos tribunais sobre determinada matéria), o costume (como prática constante,
socialmente adotada, e acompanhada de um sentimento ou convicção
generalizados da sua obrigatoriedade) a equidade (juízo de ponderação e

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resolução de um conflito, proferido por um tribunal, segundo um sentido de
justiça e experiência aplicados ao caso concreto, sem recurso a lei), a doutrina
(pareceres e opiniões desenvolvidas pelos jurisconsultos sobre a interpretação
e aplicação do Direito), e ainda os princípios fundamentais do direito (princípios
estruturantes de qualquer sistema jurídico e que são imanentes ao próprio
Direito). (DINIZ, 2008. p. 283 )

a) Imediatas

Imediatas – São as leis penais. Classificam-se em:

Normas penais incriminadoras: são aquelas estabelecidas no código


penal ou leis penais especiais, que descrevem o crime. Essas normas
possuem dois preceitos: primário (descreve o crime) e secundário (comina a
pena).

Não incriminadoras: o nome é bastante sugestivo, não vão incriminar.


Podem ser:

- a) Permissivas justificantes (excludentes de ilicitude / antijuridicidade,


art. 23, CP) e exculpantes (excludentes de culpabilidade. Ex: art. 26, caput,
CP);

- b) Explicativas (o legislador apenas explica, conceitua. Ex: art. 327,


CP);

- c) Complementares (uma norma complementa a outra. Ex: o art. 68


complementa o artigo 59 do CP). Em momento oportuno estudaremos as
referidas normas. Coloquei-as, apenas, para você saber quais são as fontes
formais. Apenas para iniciarmos a estrutura do seu estudo.

Ao referir a lei e as normas corporativas como fontes imediatas, significa


que qualquer cidadão a que se aplica uma outra fonte adquire determinados
direitos e obrigações por imposição direta dessa lei.

b) Mediatas

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Antes de tudo, deve saber e jamais esquecer que as fontes mediatas
não criam leis, não revogam leis. Para isso há um processo legislativo. Mas
professor, para que servem? Caro aluno, servem para integrar a norma.
Servem, apenas, para auxiliar ao intérprete. São chamadas de aporia ou
colmatação. As fontes mediatas são: analogia, costumes e princípios gerais
do direito.

- Analogia: Deve-se observar que não existe analogia de norma penal


incriminadora – in malem partem. Utiliza-se analogia apenas para beneficiar o
acusado – in bonam partem. Mas que eu é analogia? É a análise por
semelhança. É aplicar a alguma hipótese não prevista em lei, lei relativa ao
caso semelhante.

- Costumes: Trata-se do conjunto de normas de comportamento que


as pessoas obedecem de forma constante e uniforme, pela convicção de sua
obrigatoriedade. Costume há obrigatoriedade; hábito não há obrigatoriedade.
Obs.: os costumes não criam delitos, pois há o princípio da reserva lega.
Servem, apenas, para integrar a lei penal. Ex: se uma garota for à praia com
um biquíni extremamente curto, por nada responderá, pois está-se diante de
um insignificante jurídico. Mas pergunto, e se essa garota entrar com essa
mesma vestimenta em um Tribunal? Provavelmente enfrentará problemas.

- Princípios gerais do direito: São premissas éticas extraídas da lei,


que orientam a compreensão do ordenamento jurídico para melhor
elaboração, aplicação e integração das normas. Exemplifique professor? Sim.
Vamos lá: a) aos acusados em geral devem ser assegurados o contraditório e
a ampla devesa; b/ ninguém será considerado culpado antes do trânsito em
julgado de sentença penal condenatória, que trata do princípio da inocência;
c) ninguém é obrigado a produzir prova contra si, que decorre do direito ao
silêncio etc.

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CONCLUSÃO

Por fim, conclui-se que as Fontes do Direito são de suma importância


para a aplicação do direito no caso em concreto, sendo a Lei insuficiente, é
possível a busca de outras fontes para a solução do caso.

Ter conhecimento sobre o que são e quais são as fontes do


ordenamento jurídico é tarefa de profunda importância, tal como conhecer as
próprias leis de um sistema. Isso se dá pelo fato de qualquer sistema jurídico
não ser uma criação perfeita, detentora de uma completude onde não se
encontra uma lacuna sequer. Este sistema é utópico, por isso a grande
importância das fontes do direito, pois são elas que realizam o trabalho de
encontrar uma solução aplicável à situação ainda não prevista e garantir a
justiça.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DIMOULIS, Dimitri. Manual de Introdução ao Estudo do Direito. São


Paulo: Revista dos Tribunais, 2003.

DINIZ, Maria Helena. Compêndio de introdução à ciência do direito. 19.


ed. São Paulo: Saraiva, 2008. p. 283-284.

FERRAZ JUNIOR, Tércio Sampaio. Introdução ao estudo do direito:


técnica, decisão, dominação. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2001.

GARCIA, Gustavo Filipe Barbosa Introdução ao estudo do direito: teoria


geral do direito – 3. ed. rev. e atual. – Rio de Janeiro: Forense: São Paulo:
MÉTODO,2015.

PROFESSOR MOEZIO, Faculdade de direito de Alagoas, 2016.

REZEK, J.F. Direito Internacional Público – Curso Elementar, Ed.


Saraiva, 8a edição, 2000.

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