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TRABALHO DE INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO

PROFª MARION SALVATI

CONCEITUAÇÃO DE ELEMENTOS BÁSICOS DAS FONTES DO


DIREITO E APRESENTAÇÃO DE CASO CONCRETO DO PRINCÍPIO
DO CONTRADITÓRIO.

ACADÊMICOS: BRAYAN ROCHA, FLÁVIO GÁRCIA LEITE, MATHEUS,


PEDRO RIBEIRO, WALDESIO GOMES DE FREITAS, WILLYAN REIS.

CASCAVEL
2019
ÍNDICE
1. Introdução ------------------------------------------------------------------ 3

2. Fontes do Direito --------------------------------------------------------- 4

2.1. Fonte Formal x Fonte Material ------------------------------- 4

3. Lei ----------------------------------------------------------------------------- 5

4. Jurisprudência ------------------------------------------------------------ 6

5. Principio do Contraditório -------------------------------------------- 7

5.1. Caso Concreto ---------------------------------------------------- 8

6. Costumes ------------------------------------------------------------------- 9

6.1. Tipos de costumes ----------------------------------------------- 9

7. Doutrinas -------------------------------------------------------------------- 10

8. Conclusão ------------------------------------------------------------------- 11

9. Referencias bibliográfica ---------------------------------------------- 12


1. INTRODUÇÃO

Este presente trabalho tem como objetivo a conceituação/concepção de

alguns elementos essenciais que diz respeito às Fontes do Direito, tais

como, o Direito Material, Direito Formal, Lei, Jurisprudência, Princípio do

Contraditório, Costumes e Doutrinas. Assim, como a apresentação de um

dos princípios Gerais do Direito e como se da a sua aplicação em um caso

concreto formulado pelos acadêmicos.


2. FONTES DO DIREITO

Fonte do direito é a origem, a maneira como se cria, suas raízes históricas.


São as formas por meio das quais se originam a norma jurídica, e se aplica
esta norma. Quando nos referimos ao conceito de fonte é comum que
façamos imediata associação à idéia de mananciais hídricos, ou melhor,
às nascentes de onde brotam uma corrente de água. Elas são divididas
em fontes formais e fontes matérias. (DINIZ, 2005).

DINIZ, M. H. Compêndio de Introdução à ciência do direito. 17ª Ed. São Paulo: Saraiva,
2005.

2.1. FONTE FORMAL X FONTE MATERIAL


As fontes formais são aquelas pela qual o direito se manifesta,
dividindo-se em fontes imediatas e mediatas. As fontes
formais imediatas são aqueles fatos geradores do direito, como por
exemplo, as normas legais. As fontes formais mediatas são os
costumes, os princípios gerais do direito, a jurisprudência e a doutrina.
Segundo Tércio Sampaio (FERRAZ JUNIOR, 2015) a diferença
fundamental entre o conceito de fontes formais e fontes materiais
relaciona-se à tomada de consciência de que o direito não é um dado, mas
um resultado, uma construção elaborada no seio da cultura humana. As
fontes formais, portanto, seriam resultantes do processo de elaboração
técnica de um dado (fonte material) por meio de formas solenes,
transformando-as em um resultado (leis, decretos, portarias, etc.).

FERRAZ JÚNIOR, T. S. Introdução ao Estudo do Direito: técnica, decisão, dominação. 8 ª


Ed. São Paulo: Editora Atlas S.A., 2015.
3. LEI

As leis em Arendt, (1989, p. 515) “destinam-se primariamente a funcionar


como elementos estabilizadores para os movimentos do homem, que são
eternamente mutáveis”. Esta mutabilidade é parte do movimento
ininterrupto dos assuntos humanos, denominação de Arendt para as
atividades e temas que reúnem os seres humanos em um espaço
chamado de “público”, que se materializa por meio da ação e que tem na
condição humana da natalidade a potencialidade da chegada – positiva ou
não – do novo. (ARENDT, 2010, p. 308).
Deste modo, a lei atua como um invólucro do “eu”, revestindo o homem de
uma personalidade jurídica. Consequentemente, não é o homem em sua
nudez ou abstração que adentra um tribunal para pleitear seus direitos ou
responder por seus atos, mas um sujeito portador de direitos e obrigações
(cf. ARENDT, 2011, p. 141)

https://periodicos.ufsc.br/index.php/ethic/article/viewFile/1677-2954.2012v11n3p289/23927
4. JURISPRUDÊNCIA

A professora Maria Helena Diniz em seu compendio de Introdução a


Ciência do Direito (1993, p.265), da ênfase ao seguinte conceito de
jurisprudência: “Conjunto de decisões uniformes e constantes dos
tribunais, resultantes da aplicação de normas a casos semelhantes,
constituindo uma norma geral aplicável a todas as hipóteses
similares ou idênticas”. A autora lembra, citando o ilustre Prof. Miguel
Reale, que a jurisprudência é “a forma de revelação do direito que se
processa através do exercício da jurisdição, em virtude d uma
sucessão harmônica de decisões dos tribunais”.

http://www.tjrj.jus.br/c/document_library/get_file?uuid=0742e7be-6b01-41da-8f32-

94850b3a3e2a&groupId=10136
5. PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO

O devido processo legal é regido pela igualdade entre as partes litigantes,


conferindo-lhes igual tratamento, direitos e poderes. Essa igualdade se
realiza através do contraditório.

A Constituição brasileira de 1988 (CF/1988) contempla o princípio do


contraditório em seu art. 5º, LV dispondo que „‟Aos litigantes, em processo
judicial e administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o
contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.‟‟
(BRASIL, 1988).

O princípio do contraditório está contemplado no art. 5º, LV da


Constituição brasileira de 1988, dentro do rol dos direitos e garantias
fundamentais, o que lhe garante aplicação imediata, independente de lei
regulamentadora.

Este princípio é formado por um tripé, então são 3 alicerces


fundamentais para este princípio: 1 – Conhecer: consiste no conhecimento
da existência do processo pela parte; 2 – Participar: quando existe a
participação da parte dentro do processo; 3 – Influir: quando a parte
influência no convencimento do juiz acerca do caso;

Dessa forma observa-se que o princípio do contraditório, inicia-se no


momento em que a citação válida acontece e a parte toma ciência do
processo contra si; após ser informada a parte participa do processo, se
manifestando de diversas formas, por meio de contestações, através de
petições, produzindo provas entre outros; quando a parte prática estes
atos, ela esta exercendo o princípio do contraditório;

Ribeiro, C. L. O princípio do contraditório e algumas práticas para sua realização. Artigo, 2016.
Disponível em: http://www.publicadireito.com.br/artigos/?cod=7f7ed8ecfca9e176; Acesso em: 08 Set.
2019
5.1. CASO CONCRETO
O nosso caso é em relação uma quebra de contrato de aluguel, o individuo
locou um imóvel em 2016, residiu neste imóvel por 6 meses, com o valor
de aluguel de 1200$ por mês; o mesmo saiu do imóvel no inicio do sétimo
mês;

As partes assinaram contrato de um ano;

A proprietária acionou o inquilino na vara das pequenas causas para uma


proposta de acordo; no dia da audiência o mesmo ofereceu 4000 mil reais
referentes o aluguel do mês e a pintura do imóvel, a proprietária não
aceitou, pois pedia 17 mil reais, 7 mil referente as custas de pintura do
imóvel e multa, e 10 mil reais referente os danos morais;

Por efeito natural o processo deu continuidade, o réu, apresentou provas,


como todos os comprovantes de aluguel, de condomínio, IPTU e lixo
pagos, apresentou provas como as fotos da falta de estrutura, que foi
publicada na divulgação do imóvel, como churrasqueira em perfeitas
condições e a instalação da estrutura da hidromassagem; alegando que o
imóvel não atendia ao publicado; após vários contatos a proprietária do
imóvel não mostrava nenhum interesse de cumprir o que foi oferecido.

A autora relatou que deixou de alugar para outros possíveis inquilinos já


interessado no imóvel devidos o fato de ter fechado contrato com o réu.

O mérito do julgamento do juiz não foi favorável ao pedido de danos


morais, levando em consideração que o réu apresentou provas que
ofereceu acordo para a autora, e a mesma não aceitou.

O juiz decidiu que o réu deveria pagar a pintura do imóvel e o aluguel do


mês de saída do imóvel, no valor total de 5 mil reais;

O réu exerceu plenamente o principio do contraditório, participando e


influindo no mérito do julgamento, ou seja, na decisão do juiz.
6. COSTUMES

Fonte subsidiária: artigo 4º LICC  tem cabimento quando esgotadas


todas as potencialidades legais. ● condições para vigência: continuidade,
uniformidade, diuturnidade, moralidade e obrigatoriedade (Washington de
Barros Monteiro). ● conforme a idéia de justiça. ●para ser aplicado o juiz
deve levar em conta os fins sociais e as exigências do bem comum (LICC,
artigo 5°).

6.1. TIPOS DE COSTUMES

Tipos de costumes– secundum legem : previsto na lei  exemplo artigo


460 da CLT, que manda, na falta de prova de estipulação do salário,
aplicar o habitualmente pago para a função, caso não exista outro
empregado na mesma função; – praeter legem : caráter supletivo – artigo
4º LICC; – contra legem : contrário a lei  aplicação controvertida  para
casos excepcionais, quando há desajuste entre a realidade dos fatos e o
comando normativo, desde que fundada na justiça

DINIZ, M. H. Compêndio de Introdução à ciência do direito. 17ª Ed. São Paulo: Saraiva,
2005.
7. DOUTRINA
São várias as funções da doutrina dentro do mundo jurídico. Ela permite
o estudo aprofundado de normas e princípios, sendo responsável pela
atualização dos conceitos e institutos. Tal processo é fundamental para
que os profissionais estejam sempre em contato com a realidade
dinâmica. A doutrina é responsável também pela organização de todo o
conteúdo jurídico, numa divisão dos vários ramos e espécies de
normas, o que torna mais fácil a compreensão do ordenamento.

Outro ponto importante são as observações direcionadas ao objeto de


estudo, resultado do senso jurídico e crítico que deve influenciar o
estudioso. Isso significa que a doutrina não deve se limitar a dizer o
direito, é preciso submeter a lei a uma avaliação, sob diferentes ângulos
de enfoque, acusando suas falhas e deficiências do ponto de vista
lógico, sociológico e ético. Desse modo, através do debate, da
confrontação intelectual, é possível que se encontre a posição mais
equilibrada. Com isso, a doutrina desenvolve alternativas que provocam
o aperfeiçoamento do direito, de modo que este seja direcionado cada
vez mais para o seu fim maior: a justiça.

MARA, Tânia. Doutrina Jurídica. Disponível em:


< http://www.webestudante.com.br/we/index.php?option=com_content&view=arti
cle&id=80:doutrina-juridica&catid=9:intr-ao-estudo-do-direito&Itemid=84
8. CONCLUSÃO
Ao fim do trabalho, pode-se concluir que a pesquisa realizada ampliou o
conhecimento a respeito de alguns termos/princípios jurídicos e
forneceu informações importantes para ampliarmos nosso grau de
interpretação e termos uma ligação mais próxima de como funciona a
aplicabilidade da Lei em um caso concreto.
9. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 FERRAZ JÚNIOR, T. S. Introdução ao Estudo do Direito: técnica, decisão,


dominação. 8 ª Ed. São Paulo: Editora Atlas S.A., 2015.

 https://periodicos.ufsc.br/index.php/ethic/article/viewFile/1677-
2954.2012v11n3p289/23927

 http://www.tjrj.jus.br/c/document_library/get_file?uuid=0742e7be-6b01-41da-8f32-

94850b3a3e2a&groupId=10136

 Ribeiro, C. L. O princípio do contraditório e algumas práticas para sua realização.


Artigo, 2016. Disponível em:
http://www.publicadireito.com.br/artigos/?cod=7f7ed8ecfca9e176; Acesso em: 08 Set. 2019.

 DINIZ, M. H. Compêndio de Introdução à ciência do direito. 17ª Ed. São Paulo:


Saraiva, 2005.

 MARA, Tânia. Doutrina Jurídica. Disponível em:


< http://www.webestudante.com.br/we/index.php?option=com_content&vie
w=article&id=80:doutrina-juridica&catid=9:intr-ao-estudo-do-
direito&Itemid=84>

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