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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE DE MINAS GERAIS

Curso: Direito

Alexandre de Paula Sabino


Giovanna da Rosa Justino
Guilherme Marino Ferreira
Polyanna Neiva Dayrell Costa
Stella Marinho Costa
Thayanne Lopes

DIREITO CIVIL
ESTUDO DIRIGIDO 2

Belo Horizonte
2023
Interpretação dos Contratos

1. Em que constitui a atividade interpretativa dos contratos?

A ideia da interpretação está ligada a necessidade por vezes crucial de se


estabelecer o significado e o alcance de preceito positivado entre as partes bem
como identificar as situações por estes previstos, bem como os efeitos que
pretende gerar. A segurança social aconselha que o intérprete não despreze a
manifestação de vontade ou a vontade declarada e, que identifique a intenção
comum real dos contratantes ou contraentes.
Portanto, a interpretação é atividade voltada a reconhecer e reconstruir o
significado da valorização jurídica que constitui o seu objeto. Na perquirição da real
intenção dos contratantes, o intérprete não se vinculará ao nomen iuris dado ao
contrato, mas cabe prender-se ao tipo contratualmente adequado ao negócio que
realizam.
A necessidade de se estabelecer a vontade das partes, instrumentalizada pelo
contrato, exige uma correta compreensão, tanto dos próprios contratantes, nas
relações jurídicas de direito material, quanto também do Poder Judiciário, no caso
de haver um conflito na sua aplicação. Existem duas modalidades de regras de
interpretação, uma voltada para a manifestação de vontade (caráter subjetivo) e a
que se referem aos preceitos contratuais em si próprios (caráter objetivo).

2. Defina as teorias interpretativas dos contratos da Escola Subjetivista


(Savigny e Windscheid) e da Escola Objetivista (Zittelmann) e indique a
que foi adotada pelo Direito Civil atual.

De acordo com Savigny, a posse seria o poder direto que alguém tem para
dispor fisicamente de uma coisa com a intenção de tê-la como sua e para defendê-
la da intervenção ou agressão de outrem. Para a posse jurídica são necessários
dois elementos que caracterizam a Teoria Subjetiva, quais sejam: i) o corpus –
elemento objetivo ou material da posse, traduzindo-se no domínio ou poder físico
sobre a coisa ou na detenção do bem e possibilidade de disposição; e ii) o animus
domini – elemento subjetivo da teoria, caracterizado pela intenção do possuidor
em ter a coisa para si, é dizer, o ânimo de ter a propriedade do bem.
Essa teoria subjetiva na esfera civil entende que o locatário, o comodatário, o
depositário, o mandatário e os demais que tiverem poder físico sobre coisas não
passariam de meros detentores e, consectariamente, não gozariam de proteção
direta. Destarte, havendo turbação, tais sujeitos haveriam de dirigir-se a quem lhes
conferiu a detenção, a fim de que estes defendam a posse através do interdito
possessório. Entende-se que, para Savigny, não é possível que alguém exerça a
posse por outrem, haja vista não ser possível ter, para outrem, um bem com o
desejo de tê-lo para si. É dizer, segundo o entendimento do jurista alemão, não
existindo a vontade de ter a coisa como sua, haverá mera detenção do bem.
A Teoria Subjetiva da Posse serviu de fundamento para diversas codificações
civilistas do século XIX. Atualmente, diante da evolução jurídica acerca do tema e
da necessidade de efetiva proteção das relações jurídicas, não encontra respaldo
na seara jurídica. É mister, entretanto, destacar que ainda existem resquícios do
entendimento subjetivista, como se depreende da leitura dos arts. 1.223 e 1.204,
do atual Código Civil Brasileiro, que tratam da aquisição e perda da posse.
A Teoria Objetiva parte do entendimento de que o elemento corpus é suficiente
para caracterizar a posse, daí a objetividade da teoria. Para o autor, o animus
constitui elemento ínsito, implícito do poder de fato exercido sobre a coisa, ou seja,
o corpus. Logo, o elemento objetivo é o caractere visível e passível de
comprovação, sendo a manifestação externa do direito.
A teoria objetiva traça distinção entre posse e propriedade e diz que o
aproveitamento econômico da coisa que pertence ao dono é possível quando este
também possui a posse. Para o autor, a posse é reconhecida pela destinação
econômica dada à coisa, ou seja, percebe-se a posse sobre um bem pela forma
econômica da relação exterior com o possuidor.
De acordo com a Teoria Objetivista, pode-se afirmar que a posse: a) é um
direito que faz parte do conteúdo do direito de propriedade; b) é condição fática
para o aproveitamento econômico da coisa; c) é meio de proteção do domínio; d)
pode ser direta ou imediata e indireta ou mediata; e f) é um caminho que conduz
ao direito de propriedade. Logo, podemos concluir que, majoritariamente, o Código
Civil adotou essa teoria, como se depreende da leitura do art. 1.196. Destarte, a
norma não exige a intenção de dono nem o poder físico sobre o bem para
reconhecer a posse, esta caracterizada pela relação exterior entre sujeito e coisa,
observando-se a destinação econômica desta.

3. Como se interpretam os contratos de adesão, segundo o Código Civil e o


CDC?

Conforme o artigo 423 quando há cláusulas ambíguas ou contraditórias, a


interpretação dos contratos deve ser feita levando em conta a função social do
contrato e a boa-fé juntamente com as circunstâncias em que o contrato foi
celebrado, adotando a interpretação mais favorável ao aderente. Em seu art. 424
é estabelecido que são nulas as cláusulas contratuais que estipulem a renúncia
antecipada do aderente a direito resultante da natureza do negócio.

Somado a isso, no CDC, em seu art. 54, são estabelecidas regras específicas
para os contratos de adesão. No dispositivo é estabelecido que as cláusulas dos
contratos devem ser claras e objetivas e que em eventuais dúvidas quanto à
interpretação, devem ser interpretadas de forma favorável ao consumidor. Além
do mais, em seu art. 51 há uma lista de vedação de cláusulas abusivas.
4. Cite as 12 regras interpretativas de Pothier.

Robert-Joseph Pothier (1699-1772) foi um importante jurista francês do século


XVIII que contribuiu significativamente para o desenvolvimento do direito civil
moderno. Entre as suas principais contribuições, destacam-se a elaboração de
diversas obras sobre o direito civil e a sistematização de regras que ainda hoje são
utilizadas em diversos países.

Em seu livro “Tratado da Obrigações”, publicada em 1761, estabeleceu regras


que foram denominadas como "12 Regras Interpretativas de Pothier", consiste em
uma série de princípios para ajudar na interpretação das leis. O objetivo dessas
regras é fornecer um guia claro para interpretar as leis e garantir que a
interpretação seja justa e consistente.

Para começar, a primeira regra é a Regra da Evidência. Esta regra estabelece


que a interpretação de um texto de lei deve ser baseada em sua evidência, ou
seja, naquilo que é claro e evidente. A segunda regra é a Regra da Conformidade,
que estabelece que a interpretação deve ser feita de acordo com o objetivo da lei.
A terceira regra é a Regra da Analogia, que estabelece que a interpretação deve
ser feita com base em uma lei semelhante já existente.

Além disso, a quarta regra é a Regra da Exceção, que estabelece que a


interpretação deve levar em consideração as exceções à regra geral. A quinta
regra é a Regra da Interpretação Literal, que estabelece que a interpretação deve
ser baseada no sentido literal das palavras. A sexta regra é a Regra da
Interpretação Extensiva, que estabelece que a interpretação deve ser estendida
para além do sentido literal das palavras.

A sétima regra é a Regra da Interpretação Restritiva, que estabelece que a


interpretação deve ser restrita para evitar a ampliação indevida das leis. A oitava
regra é a Regra da Interpretação Benéfica, que estabelece que a interpretação
deve ser benéfica para a pessoa que é afetada pela lei. A nona regra é a Regra da
Interpretação Contraditória, que estabelece que a interpretação deve evitar
contradições dentro da lei.

Para concluir, a décima regra é a Regra da Interpretação da Intenção, que


estabelece que a interpretação deve ser baseada na intenção do legislador. A
décima primeira regra é a Regra da Interpretação da Convenção, que estabelece
que a interpretação deve ser baseada em convenções estabelecidas. Por fim, a
décima segunda regra é a Regra da Interpretação da Razão, que estabelece que
a interpretação deve ser baseada na razão e no bom senso.

Essas regras são consideradas uma importante contribuição para a


hermenêutica jurídica, suas contribuições são consideradas de grande importância
para o desenvolvimento do direito civil moderno e influenciaram a elaboração de
códigos civis em diversos países, incluindo o Código Civil francês de 1804 e o
Código Civil brasileiro de 1916.
5. A Fundação Alphonso Vecchio, em cumprimento à sua missão
institucional de amparo à pesquisa biológica em protozoários de lagoas,
destinou por doação à Universidade de Belo Horizonte imóvel constituído
por um vão livre no 4º andar de um edifício situado próximo ao campus,
onde funcionava o laboratório de pesquisas da fundação. Não obstante
nada constar na escritura pública sobre os bens móveis que o
compunham, ainda encontravam-se em seu interior, na data do ato,
aparelhos e utensílios de pesquisas, alguns aparelhos de telefone fixo,
uma TV, material de limpeza e todo o mobiliário anteriormente utilizado.
Pergunta-se: deve-se presumir que a doação inclua os móveis e
pertenças que guarnecem o imóvel? Fundamente.

A interpretação contratual é baseada em uma análise tanto dos elementos


subjetivos (intenções e vontades das partes) quanto dos elementos objetivos
(circunstâncias do caso e finalidades sociais do contrato), buscando sempre
encontrar o equilíbrio entre esses dois aspectos
No caso apresentado, a doação do imóvel compreende tudo que estiver
incorporado a ele. Mesmo que na escritura pública de doação não mencione os
bens móveis, é possível concluir que eles foram incluídos na doação já que na
data da doação, estavam no interior do imóvel.
Conforme o Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor
da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua
ou detenha. Nesse sentido, os bens móveis e pertences que se encontravam no
interior do imóvel quando da doação, são considerados incorporados ao imóvel.
Prestação de Serviços e Empreitada

1. Quais são as diferenças entre o contrato de prestação de serviços e o de


empreitada?

Carlos Roberto Gonçalves em seu livro Direito Civil Brasileiro define contrato e
prestação de serviços e o contrato de empreitada como:

O contrato de prestação de serviços é aquele em que uma pessoa, podendo


ser física ou jurídica, se obriga a realizar um trabalho determinado em favor de
outra, mediante pagamento. Gonçalves ainda traz a ideia que este tipo de contrato
envolve a execução de uma determinada atividade, sem que haja a transferência
de propriedade sobre o resultado do trabalho realizado. Temos como exemplo:
assessoria, limpeza, contabilidade, etc.

Já o contrato de empreitada, segundo Gonçalves, é aquele contrato em que


uma pessoa se obriga a realizar uma obra ou serviço determinado, podendo ser
utilizados materiais próprios ou não, mediante pagamento de valor acordado entre
a pessoa que contrata o serviço e o prestador. Nesse tipo de contrato,
diferentemente da prestação de serviços, há a transferência de propriedade do
resultado do trabalho realizado. O objeto do contrato de empreitada é, portanto, a
obrigação de dar, que consiste na entrega de um bem, no caso a obra ou serviço
contratado. O empreiteiro assume o risco da atividade, sendo responsável pelo
resultado final da obra ou serviço, inclusive pelos custos envolvidos.

Sendo assim, podemos dizer que a diferença básica entre os dois contratos é
que o contrato de prestação de serviços envolve a realização de uma atividade
específica, sem transferência de propriedade do resultado, já o contrato de
empreitada envolve a entrega do bem, com transferência de propriedade, como
uma obra ou serviço. Também no contrato de empreitada, o empreiteiro assume o
risco da atividade, enquanto no contrato de prestação de serviços, esse risco fica
por conta do contratante.

2. Defina os elementos essenciais da prestação de serviços e da empreitada.

Segundo o autor Carlos Roberto Gonçalves, os elementos essenciais da


prestação de serviços e da empreitada são os seguintes:

Elementos essenciais da prestação de serviços:

I. Obrigação de fazer: o prestador de serviços se obriga a realizar uma


atividade específica para o contratante.
II. Remuneração: o prestador de serviços tem direito a receber uma
remuneração pelo trabalho realizado.
III. Inexistência de subordinação: o prestador de serviços deve ter autonomia
na execução do trabalho, sem estar subordinado ao contratante.
IV. Pessoalidade: a prestação de serviços deve ser realizada pelo próprio
prestador de serviços, não podendo ser substituído por terceiros.
V. Eventualidade: a prestação de serviços deve ser realizada de forma
eventual, sem vínculo empregatício.

Elementos essenciais da empreitada:

I. Obrigação de fazer ou entregar: o empreiteiro se obriga a realizar uma obra


ou entregar um bem, como um serviço ou produto.
II. Preço: o preço da obra ou serviço deve ser previamente acordado entre as
partes.
III. Utilização de material: o empreiteiro pode utilizar seu próprio material ou
adquirir material com o contratante.
IV. Risco da atividade: o empreiteiro assume os riscos da atividade, sendo
responsável pelo resultado final da obra ou serviço.
V. Autonomia técnica: o empreiteiro deve ter autonomia técnica na execução
da obra ou serviço, sem estar subordinado ao contratante.

É importante ressaltar que a ausência de um desses elementos pode levar à


descaracterização do contrato de prestação de serviços ou de empreitada, sendo
necessário avaliar cada caso concreto para verificar a existência ou não desses
elementos

3. Existe limite de prazo para a duração de uma empreitada e a prestação de


serviços pode ser contratada por prazo indeterminado e vigência
ininterrupta? Fundamente.

Sim, existem algumas distinções entre a empreitada e a prestação de serviços


em relação aos prazos e à vigência dos contratos.
No caso da empreitada, a Lei de Licitações (Lei nº 8.666/93) estabelece que o
prazo para execução de uma obra não pode ser superior a 5 anos, exceto em
casos de justificativa expressa e prevista no contrato. Além disso, o prazo de
entrega da obra deve ser definido no edital de licitação ou no contrato, e seu
descumprimento pode acarretar penalidades. É importante que o prazo definido
no contrato seja adequado e suficiente para que a obra seja concluída.
Já na prestação de serviços, a Lei nº 13.429/2017 (Lei da Terceirização)
estabelece que a contratação de serviços pode ser feita por prazo determinado ou
indeterminado. Se o contrato for por prazo determinado, haverá uma data de
término prevista antecipadamente. Se for por prazo indeterminado, não haverá
uma data de término específica e o contrato poderá ser rescindido pelas partes a
qualquer momento mediante aviso prévio.
Em ambos os casos, é possível que o contrato permita a prorrogação do prazo
ou da vigência, desde que haja acordo entre as partes e que seja observado o
limite máximo estabelecido pela legislação aplicável, as partes precisam estar
cientes das condições e dos prazos estabelecidos.
4. Como é a responsabilidade do empreiteiro pela qualidade e vícios da obra
e qual o alcance da responsabilidade do dono da obra quanto aos atos
praticados por aquele?

O empreiteiro é responsável pela qualidade da obra e deve garantir que ela


atenda aos padrões técnicos e de segurança. Ele também é responsável pelos
vícios ocultos da obra, que podem afetar sua utilização mesmo após a entrega.
Por outro lado, a responsabilidade do dono da obra é fiscalizar e controlar a
execução da obra, verificando se a empresa contratada está cumprindo com as
obrigações assumidas no contrato. Caso sejam identificados vícios ou defeitos na
obra, o dono da obra tem o direito de exigir que o empreiteiro corrija os problemas
identificados.
A Lei de Licitações estabelece que a empresa contratada é responsável pela
execução da obra de acordo com os projetos e especificações constantes no
contrato, bem como pelos erros, omissões ou imperfeições técnicas decorrentes.
O prazo de garantia da obra deve ser definido no contrato e o empreiteiro deve
garantir a qualidade do trabalho realizado durante esse período.

5. Defina as espécies de empreitada e indique se há sinonímia entre


empreiteiro, mestre de obras e construtor no contrato de
empreitada? Explique.

O empreiteiro de uma obra pode contribuir para ela "só com seu trabalho"
(empreitada de mão de obra ou de lavor), ou "com ele e os materiais" (empreitada
mista), consoante dispõe o art. 610 do Código Civil. No primeiro caso, assume ele
apenas obrigação de fazer, consistente em executar o serviço, cabendo ao
proprietário fornecer materiais; no segundo, obriga-se não só a realizar um
trabalho de qualidade (obligatio in faciendo), mas também a dar, consistente em
fornecer os materiais.

Distinguem-se ainda, no diversificado mundo das construções, duas outras


espécies: contrato de empreitada propriamente dito e contrato de empreitada sob
administração. Denomina-se construção sob administração, Segundo HELY
LOPES MEIRELLES, o contrato "em que o construtor se encarrega da execução
de um projeto, mediante remuneração fixa ou percentual sobre o custo da obra,
correndo por conta do proprietário os encargos econômicos do empreendimento".
A obra é impulsionada à medida que o dono oferece os recursos necessários.

Na empreitada propriamente dita, diferentemente, o construtor-empreiteiro


assume os encargos técnicos da obra e também os riscos econômicos, e ainda
custeia a construção por preço fixado de início, que não pode ser reajustado ainda
que o material encareça e aumente o salário dos empregados.

Embora o Código Civil não regulamente o contrato de construção por


administração, aplicam-se-lhe, subsidiariamente, as regras sobre a empreitada.
Ainda em atenção ao preço, a empreitada pode ser convencionada a preço fixo
ou global e a preço por medida ou por etapas. Na primeira, a preço fixo ou global,
a obra é ajustada por preço invariável, fixado antecipadamente pelas partes e
insuscetível de alteração, para mais ou para menos. O preço engloba toda a obra.

Na empreitada a preço por medida ou por etapas a sua fixação é feita de acordo
com as fases da construção ou a medida (marché sur devis). Tal modalidade
atende ao fracionamento da obra, considerando as partes em que ela se divide. O
pagamento pode ser convencionado por parte constituída ou por unidade. Não há
fixação do preço para a obra como um todo.

A subempreitada pode ser efetivada, se não houver cláusula proibitiva expressa


no contrato, ou se, pelas circunstâncias, se verificar não ter a empreitada sido
avençada intuitu personae. Subempreitada é contrato por meio do qual o
empreiteiro transfere a outrem, total ou parcialmente, sua obrigação de realizar
uma obra.

Mestre de obras é aquele que comanda os serviços da obra. A depender da


espécie de empreitada, o empreiteiro pode ser também o construtor, mas o
empreiteiro pode ser aquele que contrata o construtor caso seja outra a espécie
de empreitada.

6. Um azulejista contratado para fazer a colocação de peças de cerâmica em


pisos e paredes das unidades de apartamentos de um edifício em fase de
acabamento é considerado prestador de serviços ou
empreiteiro? Fundamentação legal.

O azulejista contratado é considerado um prestador de serviço, pois em todas


as espécies de empreitada, o empreiteiro é aquele que administra a obra. O
contrato que se estabelece com o azulejista é de prestação de serviços, não de
empreitada, havendo distinção entre empreiteiro e mão de obra:

O contrato de prestação de serviços pode ser conceituado como o negócio


jurídico pelo qual alguém - o prestador - compromete-se a realizar uma
determinada atividade com conteúdo lícito, no interesse de outrem - o tomador (no
caso do azulejista, podendo ser o empreiteiro ou o dono da obra, a depender da
espécie do contrato de empreitada) -, mediante certa e determinada remuneração.

O contrato de empreitada, por mais que se pareça com o contrato de prestação


de serviços, um não se confunde com o outro devido aos efeitos distintos de ambos
os tipos de contrato

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